Buscar

Origem do sangue

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10
1 | O SANGUE
11
Estamos iniciando a incrível viagem pelo corpo humano. Nas páginas 
deste material, veremos aspectos relacionados às doenças sangüíneas ou transmitidas 
pelo sangue, suas formas de tratamento e a doação de sangue. Neste capítulo, você 
encontrará alguns conceitos fundamentais para compreender melhor esta viagem.
NOSSO CORPO É FORMADO POR 
DIVERSOS TIPOS DE CÉLULAS
O nosso corpo é constituído de trilhões de células, organizadas 
em diversos tecidos. Todas essas células se originam de uma 
única, denominada célula-ovo ou zigoto, que, por sua vez, é o re-
sultado da união de outras duas: o espermatozóide e o óvulo.
À medida que o embrião cresce, grupos de células vão se 
tornando diferentes em estrutura e função, devido a um pro-
cesso chamado de diferenciação celular. Em última análise, esse 
processo é controlado pelo DNA, que é o material genético.
?respondaessa
Mas, se o DNA, que contém a informação genética, é 
igual em todas as células do nosso corpo, como é possí-
vel que as células possam ser tão diferentes?
As células se diferenciam em tecidos porque não têm os mesmos trechos da molécula de DNA ativadas. Assim, a diferenciação celu-
lar é resultado da ativação de alguns genes e da desativação de outros, ou seja, cada tipo de célula possui um conjunto particular de 
genes ativos, apesar de o material genético ser igual em todas elas.
Como conseqüência, o conjunto de proteínas codificadas pelos genes varia de acordo com o tipo de célula. Por exemplo, nas 
células das glândulas salivares devem estar ativos genes que codificam as enzimas secretadas na saliva. É claro que os genes que 
determinam a produção das enzimas da saliva não devem estar ativos em outro tecido do corpo!
Essa atividade diferencial dos genes começa a ser determinada no embrião e persiste nos tecidos adultos ao longo da vida. 
Representação da formação de um organismo a partir de uma única célula, o zigoto.
Óvulo sendo fecundado
pelo espermatozóide
neurônios
células do 
sangue
células do
tecido adiposo 
células
musculares
12
TIPO CELULAR IMAGEM DESCRIÇÃO
VALORES NORMAIS 
PARA ADULTOS PRINCIPAIS FUNÇÕES
1. Eritrócito ou 
glóbulo vermelho
1
Disco bicôncavo sem núcleo, com 
aproximadamente 8 µm de diâmetro. 3,8 a 6,3 milhões por mm3 Transporte de oxigênio e pequena quantidade de gás carbônico.
2. Leucócito ou 
glóbulo branco
4.000 a 11.000 por mm3
a. Neutrófilo 2 Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta de dois a cinco lobos.
40% a 75% dos leucócitos Destrói partículas relativamente pequenas por fagocitose.
b. Eosinófilo 3
Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta dois lobos. 1% a 6% dos leucócitos Ataca parasitas e inativa substâncias que produzem inflamações.
c. Basófilo 4
Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta dois lobos. 0 a 1% dos leucócitos
Libera anticoagulantes que previnem a coagulação do 
sangue; libera histamina que causa inflamação.
d. Monócito 5
Cerca de duas a três vezes maior que o eritrócito; 
forma do núcleo varia de redonda a lobada.
2% a 10% dos leucócitos Origina o macrófago que destrói partículas 
relativamente grandes por fagocitose.
e. Linfócito 6
O núcleo ocupa 90% da célula, que é apenas 
um pouco maior que o eritrócito. 20% a 45% dos leucócitos Funções relacionadas à resposta imunológica.
3. Plaqueta 7
Fragmentos citoplasmáticos de células da 
medula óssea chamadas megacariócitos. 125.000 a 450.000 por mm3 Importante na coagulação do sangue.
O SANGUE É UM TECIDO
A movimentação do sangue no sistema circulatório permite a 
distribuição de oxigênio e de substâncias nutritivas para todas 
as células do corpo e o recolhimento das substâncias tóxicas 
que resultam do metabolismo celular. Basicamente, o sistema 
circulatório é composto pelo sangue que, impulsionado pelo 
coração, circula dentro dos vasos sangüíneos.
O sangue é composto de duas partes: plasma e elemen-
tos celulares. O plasma constitui cerca de 55% do volume do 
sangue e é composto de água (90%), na qual estão imer-
sos sais minerais, proteínas, gorduras, fatores de coagulação, 
hormônios e outras substâncias. O plasma contém também o 
fibrinogênio, uma proteína importante no processo de coa-
gulação do sangue. A outra parte é formada de elementos 
celulares, que são os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos 
e as plaquetas.
+ paraSabermais
Apesar de seu aspecto líquido, o sangue tem todas as carac-
terísticas de um tecido. Ele possui células e uma abundante 
substância intercelular. +
T
IP
O
S 
D
E 
C
ÉL
U
LA
S 
D
O
 S
A
N
G
U
E 
E 
SU
A
S 
FU
N
Ç
Õ
ES
13
TIPO CELULAR IMAGEM DESCRIÇÃO
VALORES NORMAIS 
PARA ADULTOS PRINCIPAIS FUNÇÕES
1. Eritrócito ou 
glóbulo vermelho
1
Disco bicôncavo sem núcleo, com 
aproximadamente 8 µm de diâmetro. 3,8 a 6,3 milhões por mm3 Transporte de oxigênio e pequena quantidade de gás carbônico.
2. Leucócito ou 
glóbulo branco
4.000 a 11.000 por mm3
a. Neutrófilo 2 Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta de dois a cinco lobos.
40% a 75% dos leucócitos Destrói partículas relativamente pequenas por fagocitose.
b. Eosinófilo 3
Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta dois lobos. 1% a 6% dos leucócitos Ataca parasitas e inativa substâncias que produzem inflamações.
c. Basófilo 4
Cerca de duas vezes maior que o eritrócito; 
núcleo apresenta dois lobos. 0 a 1% dos leucócitos
Libera anticoagulantes que previnem a coagulação do 
sangue; libera histamina que causa inflamação.
d. Monócito 5
Cerca de duas a três vezes maior que o eritrócito; 
forma do núcleo varia de redonda a lobada.
2% a 10% dos leucócitos Origina o macrófago que destrói partículas 
relativamente grandes por fagocitose.
e. Linfócito 6
O núcleo ocupa 90% da célula, que é apenas 
um pouco maior que o eritrócito. 20% a 45% dos leucócitos Funções relacionadas à resposta imunológica.
3. Plaqueta 7
Fragmentos citoplasmáticos de células da 
medula óssea chamadas megacariócitos. 125.000 a 450.000 por mm3 Importante na coagulação do sangue.
14
Vamos ver agora um pouco mais sobre estas células e 
elementos celulares que compõem o tecido sangüíneo e 
suas funções:
GLÓBULOS VERMELHOS
As células presentes em maior número no sangue humano 
são os glóbulos vermelhos, também chamados hemácias ou 
eritrócitos. Ao contrário de outros animais, nos mamíferos, 
são células anucleadas, ou seja, que não possuem núcleo 
(sendo, portanto, desprovidas de DNA).
No seu interior, há grande quantidade de um pigmento 
vermelho chamado hemoglobina. A hemoglobina é uma mo-
lécula constituída por quatro cadeias de aminoácidos e cada 
uma está ligada a um grupamento químico, chamado heme, 
que contém átomos de ferro em sua estrutura.
A função das hemácias é transportar oxigênio dos pulmões 
até as células do corpo, assim como transportar parte do 
gás carbônico, produzido na respiração, das células para os 
pulmões. Nos pulmões, onde há muito oxigênio, as moléculas 
de hemoglobina se combinam com moléculas de O2, que são 
transportadas aos tecidos. A hemoglobina livre pode então 
se ligar à parte do CO2 presente nos tecidos e transportá-la 
aos pulmões (a maior parte do CO2 produzido nos tecidos é 
transportada pelo plasma sangüíneo).
15
Estrutura da hemoglobina.
 
 cadeia 
 
 ferrro
 heme
 cadeia 
A vida média de uma hemácia é cur ta, cerca de 120 dias. 
Após esse período, as hemácias são destruídas no fígado, 
onde ocorre a quebra das moléculas de hemoglobina e a 
disponibilização dos aminoácidos resultantes para a sínte-
se de novas proteínas. A maior par te do ferro presentena hemoglobina pode retornar à medula óssea, local de 
formação de novas hemácias.
16
GLÓBULOS BRANCOS
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são células maiores que 
as hemácias e possuem núcleo. Suas formas são variadas, mas 
suas funções são sempre relacionadas à defesa do organismo. 
Algumas dessas células, os linfócitos, produzem os anticorpos. 
Os linfócitos também são importantes no combate aos vírus 
e às células cancerosas. Outras células, como os monócitos e 
neutrófilos devoram, pelo mecanismo da fagocitose, agentes 
invasores como as bactérias. Os glóbulos brancos podem atra-
vessar a parede dos vasos sangüíneos e ir aos tecidos, onde há 
uma infecção, para fazer a fagocitose.
+ paraSabermais
Veja no Capítulo 2 as doenças que interferem na produção 
e no funcionamento de hemácias, hemoglobinas e glóbulos 
brancos; e aprenda no Capítulo 3 as formas de terapias 
desenvolvidas para o tratamento dessas doenças. +
Macrófago em processo de fagocitose de uma bactéria.
17
PLAQUETAS
Também estão presentes no sangue corpúsculos chamados 
plaquetas, ou trombócitos. Elas não são células inteiras, mas 
sim fragmentos de células (dos megacariócitos, assim chama-
dos por serem muito grandes). Sua função é participar nos 
processos de coagulação do sangue.
 fiqueligado
O sistema hematopoético
As células do sangue têm vida curta – dificilmente ultrapassam 
os 120 dias. Elas são constantemente renovadas pela multiplica-
ção de células localizadas nos órgãos hematopoéticos (do grego 
haimato, sangue + poesis, produção).
As primeiras células sangüíneas surgem muito cedo no 
embrião. Depois, o fígado e o baço passam a atuar como órgãos 
formadores de sangue, provisoriamente. A partir do segundo 
mês de vida intra-uterina, começa a ossificação e inicia-se a 
formação da medula óssea, formadora de sangue no interior dos 
ossos. A partir de então, a medula óssea passa a produzir todas 
as células do sangue. 
Macrófago em processo de fagocitose de uma bactéria.
18
AS CÉLULAS-TRONCO
As células especiais da medula óssea capazes de originar todos os tipos de células do sangue 
são chamadas células-tronco. Um grupo especial de células da medula óssea vermelha se divide, 
originando células linfóides – que vão originar os linfócitos dos tipos B e T – e células mielóides 
– que vão originar os demais leucócitos, as hemácias e os megacariócitos. A diferenciação das 
células do sangue ocorre de modo progressivo. Durante os sucessivos ciclos de divisão celular, 
as células-filhas tornam-se cada vez mais diferenciadas.
As células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de multiplicação prolongada 
ou ilimitada, capazes de produzir pelo menos um tipo de célula altamente diferenciada. Quando 
uma célula-tronco se divide, além de uma célula diferenciada, dessa divisão também vai resultar 
uma célula que continua idêntica a ela, ou seja, indiferenciada, para manter o estoque.
Origem e diferenciação das células do sangue.
 
 célula-tronco pluripotente
 mielóide linfóide
 reticulócito megacariócito monócito
 eritrócito plaquetas macrófago neutrófilo eosinófilo basófilo linfócito B linfócito T 
 GRANULÓCITOS
19
 fiqueligado
Todas as células têm duas características importantes: o grau de 
diferenciação e a potencialidade. O grau de diferenciação reflete 
o quanto uma célula é especializada. A potencialidade é a capa-
cidade que ela tem de originar outros tipos celulares.
Quanto maior a potencialidade da célula, geralmente será 
menor o seu grau de diferenciação. O zigoto é a célula com a 
máxima potencialidade, pois ele dá origem a todos os tipos de 
células. No outro extremo, há células com potencialidade nula, 
como é o caso dos glóbulos vermelhos, que perdem seu núcleo no 
processo de diferenciação, perdendo, conseqüentemente, a capa-
cidade de originar células iguais a elas. 
Comportamento das células-tronco.
 
 célula-tronco
 divisão celular
 
diferenciação celular
 célula diferenciada
20
As células-tronco são classificadas segundo sua capacidade de 
gerar novos tipos celulares, ou seja, sua potencialidade. Em 
ordem decrescente de potencialidade estão as células-tronco 
totipotentes, pluripotentes e multipotentes.
O zigoto e as primeiras células que resultam de sua divisão 
são totipotentes, pois podem originar todos os tipos de célu-
las e, se isoladas, até um organismo inteiro. As células-tronco 
da medula óssea que originam todos os tipos de células do 
sangue são células pluripotentes, pois originam muitos tipos 
celulares. Já os dois tipos celulares (mielóide e linfóide) deri-
vados dessas células pluripotentes da medula são chamados 
de multipotentes, pois têm potencialidade para originar alguns 
tipos celulares.
Classificação das células-tronco de acordo com a sua potencialidade.
Em relação à origem, uma classe importante de células- 
tronco são as chamadas células-tronco embrionárias. 
Como o nome sugere, elas são derivadas de um embrião nos 
estágios iniciais de desenvolvimento, na fase anterior à implan-
tação no útero materno, quando o embrião é um conglome-
rado de aproximadamente 200 células, chamado blastocisto. 
À medida que o embrião se desenvolve, as células-tronco 
embrionárias se diferenciam em todos os tipos de células 
nele presentes: sangue, pele, músculo, fígado, cérebro etc. 
Por isso, as células-tronco embrionárias são chamadas 
pluripotentes.
células-tronco totipotentes
podem originar um organismo inteiro. Os exemplos são o zigoto 
e as primeiras células-tronco do embrião que resultam da divisão 
do zigoto.
células-tronco pluripotentes
Podem originar quase todos os tipos de tecidos, mas não um 
organismo inteiro. Um exemplo são as células-tronco embrionárias 
da massa interna do blastocisto.
células-tronco multipotentes
Podem originar diversos tipos de tecidos, mas não todos. 
O melhor exemplo são as células-tronco do adulto.
célula-tronco hematopoética outras células-tronco
plaquetas glóbulos vermelhos
 glóbulos brancos
21
Um outro grupo muito importante de células-tronco são 
as chamadas células-tronco do adulto. Elas também são 
versáteis, mas possuem menor poder de diferenciação do 
que as células-tronco embrionárias.
As células-tronco mais conhecidas e mais utilizadas na medi-
cina são as células hematopoéticas da medula óssea. Além 
da medula óssea, essas células são também particularmente 
abundantes no sangue do cordão umbilical e da placenta dos 
recém-nascidos, que também são consideradas células-tronco 
do adulto.
As células-tronco do adulto estão presentes em diferentes 
tecidos, sendo as responsáveis pela regeneração parcial destes 
tecidos no caso de ferimento ou doença que os destroem.
 fiqueligado
Até bem pouco tempo, acreditava-se que, uma vez que uma célu-
la-tronco do adulto tivesse sido determinada para produzir um 
certo tecido, seu destino não poderia ser mudado e ela não pode-
ria jamais produzir um outro tipo de tecido. Desde então, pes-
quisas têm mostrado que elas são mais flexíveis do que se ima-
ginava: experimentos realizados com células-tronco do cérebro 
e de músculo de camundongo mostraram que, se manipuladas 
em laboratório, elas podem reconstituir as células hematopoéticas 
desses animais. 
+ paraSabermais
Veja o Capítulo 3 para mais informações sobre o uso de 
células-tronco do adulto e embrionárias em trans-
plantes de medula óssea e na regeneração de órgãos e 
tecidos. +
22
TRABALHANDO COM O TEMA EM SALA DE AULA
ATIVIDADE 1
ESTÍMULO À LEITURA E COMPREENSÃO DO TEXTO
Para ajudar na compreensão deste capítulo, que possui muitos termos técnicos importantes,o professor pode organizar um jogo com os alunos. Após a leitura, divididos em dois (ou mais) 
grupos, os alunos devem selecionar palavras do texto que não são comuns.
Um grupo deve perguntar sobre o significado de uma palavra que esteja no texto e, sem 
poder consultá-lo, o outro grupo deverá tentar explicar o significado. Caso não saibam, o primei-
ro grupo deve dar a explicação, também sem a consulta. Dessa forma, o professor pode avaliar 
a apreensão dos conteúdos específicos, em uma dinâmica lúdica e estimulante. Se os grupos 
tiverem dúvidas sobre o significado da palavra, outras fontes (dicionários, livros didáticos, revis-
tas) podem ser consultadas.
ATIVIDADE 2
O TIME JOGA MAL: DESCULPA OU EFEITO DA ALTITUDE?
Vimos, aqui, a importância do sangue para o corpo humano. Você pode trabalhar este tema 
com os alunos, solicitando a leitura do texto abaixo, sobre os preparativos da seleção brasileira 
de futebol (“Brasil pega Equador na altitude de Quito”, Jornal O Estado de S. Paulo, 17/11/2004).
Guayaquil – Entre a Comissão Técnica e os jogadores não há segredo. O jogo desta quarta-
feira, às 19 horas (de Brasília), será o mais difícil do ano pelas Eliminatórias Sul-Americanas para 
a Copa do Mundo de 2006. Não importa que o Brasil seja líder invicto com 20 pontos e tenha a 
maioria das estrelas do futebol mundial. O estudioso Carlos Alberto Parreira sabe que enfrentar 
o Equador nos 2.860 metros de altitude de Quito, com apenas um dia de treinamento, é quase 
um suicídio. “Nós fizemos o levantamento de uma partida que serviu como exemplo do efeito 
da altitude. Na última partida entre Santos e LDU em Quito os equatorianos deram 36 chutes 
a gol e os brasileiros apenas quatro. Nós vamos ter de usar a inteligência e o nosso talento indi-
vidual para sair do Equador com uma vitória. Será a nossa única opção”, afirmava o treinador. 
23
Parreira não admitia que se levasse em consideração a tradição ao analisar o jogo desta 
quarta-feira. “A campanha dos equatorianos nas Eliminatórias revela o que eles estão fazendo. 
Simplesmente todos os 13 pontos que conseguiram foram em Quito. Estão invictos jogando em 
casa. Fora, perderam todas. A aposta deles está no fator altitude. Estou esperando uma partida 
complicadíssima”, admitia. 
Estratégia – A estratégia do técnico Parreira será a de fazer a Seleção prender a bola o 
máximo possível durante todo o jogo. “Eles vão tentar impor correria principalmente no 
primeiro tempo. Já joguei duas vezes em Quito e sei como é. Depois de conseguir a vantagem 
no placar, se armam só para descer em contragolpes em velocidade. O Brasil terá de ser fir-
me no começo do jogo. Administrar a bola, não se expor”, detalha Roque Júnior, entregando 
a estratégia de Parreira. Sem poder escalar Edu e Zé Roberto, suspensos, o treinador acabou 
apostando em Renato e Kléberson no meio-de-campo. 
O Brasil irá começar o jogo com o time fechando a intermediária para evitar os lançamentos 
em velocidade nas costas de Cafu e Roberto Carlos. “Nós não vamos poder sair tanto como 
estamos acostumados. Eu e o Roberto iremos fechar o nosso setor. Não vamos dar as chances 
que eles estão esperando”, jura Cafu. “Essa será a partida típica para ser jogada com inteligên-
cia. Saber aproveitar quando tivermos a bola dominada. Os torcedores equatorianos irão fazer 
pressão para que a seleção do seu país derrote o Brasil. Com certeza irão deixar espaço atrás 
na sua marcação. E nós estaremos prontos para aproveitar esse espaço”, promete Kaká. 
Ataque – O jogador do Milan, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo terão mais liberdade na frente. 
Para não se desgastar, não deverão ajudar na marcação de jeito nenhum. É ordem do treinador. 
E Parreira irá utilizar a derrota para os equatorianos nas Eliminatórias para a Copa de 2002 
como referência ao time. “Nós não podemos nos comportar da mesma maneira daquela der-
rota por 1 a 0. Não vamos permitir que eles dominem as ações da partida.”
O treinador brasileiro quer ir muito mais além do que terminar 2004 com o Brasil em pri-
meiro e invicto nas Eliminatórias. “Eu vi o sufoco que foi com a nossa seleção nas Eliminatórias 
de 1993 e 2001, quando se classificou na última rodada. Os meus jogadores sabem que precisam 
vencer o Equador e ficar cada vez mais próximo da classificação para a Copa de 2006. Chega 
de passar aperto para ir a um Mundial”, resume o preocupado Parreira.
24
Para tentar diminuir o efeito da altitude, o Brasil viajará nesta quarta-feira no final da 
manhã de Guayaquil para Quito. O preparador Moracy Sant’Ana disse que também irá fazer 
um aquecimento especial, muito mais for te. Segundo seus estudos, isso amenizaria um pouco 
a sensação de cansaço prematuro.
Cosme Rímoli – Fonte http://estadao.com.br/print/2004/nov/17/20.htm
Sugira aos estudantes que realizem uma pesquisa procurando responder às seguintes questões:
1. Qual é a relação entre a altitude e o desempenho no jogo de futebol?
2. Que modificações devem ocorrer no organismo dos indivíduos que vivem em altitu-
des elevadas?
3. O que poderia ser indicado aos jogadores brasileiros para que se preparassem melhor 
para jogar em Quito?
Dicas
Em altitudes elevadas, diz-se popularmente que “o ar é 
mais rarefeito”, pois há menos oxigênio disponível. Para 
compensar isso, o corpo dos indivíduos que vivem sob essas 
condições produz mais hemácias do que em altitudes menos 
extremas, a fim de regularizar a quantidade de oxigênio 
que chega às células.
O nível de hemácias, em grandes altitudes, se regulariza 
em cerca de duas semanas.
Sugerimos ao professor, também, a leitura de outro texto interessante sobre o efeito da altitude 
nos atletas, para que enriqueça a discussão com os estudantes: http://estadao.com.br/print/2004/
nov/17/20.htm (“Timão nas alturas”, publicado em 22/2/2003).
25
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Livros
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna. São Paulo: Mo-
derna, 1997.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R.; OTTO, P. A. Biologia e saúde humanas. São Paulo: Mo-
derna, 1981.
PEREIRA, L. V. Clonagem: fatos & mitos. São Paulo: Moderna, 2002.
Jornais e Revistas
Jornal O Estado de S. Paulo – 10 de maio de 2004
O que é célula-tronco - Mayana Zatz
Link: http://www.estadao.com.br/educando/noticias/2004/mai/10/69.htm
Revista Época – Edição 214, 24 de junho de 2002.
Americanos encontram células adultas que dão origem a qualquer outra
Link: http://epoca.globo.com/nd/20020623ct_e.htm
Links
Com Ciência
Clonagem terapêutica... e polêmica – Lygia Pereira
http://www.comciencia.br/reportagens/celulas/10.shtml
Dráuzio Varella
Clonagem humana (células-tronco) – Dráuzio Varella
http://www.drauziovarella.com.br/artigos/clonagemhumana.asp
Imuno-hematologia
http://ioh.medstudents.com.br/

Outros materiais