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Planejamento e Controle de Estoques Unidade IV(1)

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Planejamento e controle de estoques
Unidade IV
A empresa precisa identificar os custos dos estoques para tomar ações estratégicas com a finalidade 
de reduzi‑los. Sem conhecê‑los, é impossível tratá‑los. Cabe, portanto, especial atenção ao tema. O 
objetivo é levar o aluno a ter uma visão ampla da área de materiais, além das funções que lhes foram 
atribuídas, o que facilitará o entendimento como um todo e um melhor desempenho das funções, além 
de prepará‑lo para realização de outras funções dentro da área de materiais.
Para finalizar o assunto de Planejamento e Controle de Estoque, vamos abordar, nesta unidade, os 
diferentes custos com estoque, tanto o de manutenção de estoque como pela falta do mesmo, baseado 
no conceito e cálculo do lote econômico de compras ideal.
Associados aos custos de estoques, também vamos abordar giro de estoque e rotatividade, capital de 
giro, retorno de capital e make or buy (fabricar ou comprar de terceiros).
Com muitos exercícios de fixação, o aluno poderá aprender a aplicar os conceitos dos cálculos 
mostrados e tentar associá‑los às suas atividades do cotidiano. É importante ressaltar que, atualmente, 
os cálculos exibidos aqui podem e devem ser feitos por meio de ferramentas tecnológicas, como, por 
exemplo, softwares de gestão empresarial (ERPs), que realizam os cálculos de acordo com os parâmetros 
preestabelecidos no cadastro dos produtos, na implantação do sistema ou na manutenção dele.
Por exemplo: para um sistema realizar o cálculo do ponto do pedido, ou seja, disparar um alerta de 
novo pedido quando o estoque chega ao nível x, terão que ser parametrizados no sistema os níveis de 
estoque, como estoque médio e estoque de segurança.
Independentemente de o sistema realizar os cálculos, sabemos que ele é uma máquina irracional, e 
por isso não faz nada sozinha, ela precisa ser instruída e alimentada. Essas informações e definição de 
parâmetros precisam ser elaboradas por quem entende do assunto. Em outras palavras: se o aluno for 
requisitado para a definição desses parâmetros, estará preparado?
7 Custos dos estoques
A aquisição dos itens de estoque ou a produção dos itens a serem vendidos acarretam custos que 
vão além dos valores da aquisição ou do custo de produção. Os valores pagos para os fornecedores ou 
os custos de produção são apenas parte dos custos de estocagem dos mesmos. 
Em uma visão leiga, ao perguntar qual o custo dos itens de estoque, é comum ouvir por parte da 
empresa a multiplicação dos valores unitários pelo volume que há em estoque. No entanto, tal conta 
não é correta, uma vez que os valores pagos são apenas parte dos custos. Para entendermos o conceito, 
vamos considerar a seguinte situação:
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A Empresa X fez análise de demanda de um item e viu que poderia vender 3000 unidades/mês. 
A entrega é imediata, pois os fornecedores são muitos e a competição entre eles é grande. Então, a 
empresa decidiu fazer compras uma única vez no início de cada mês. Assim, receberia no dia seguinte os 
produtos que consumiria durante o mês e, no final do mês, faria um novo pedido.
Dimensões do item:
A: 20 cm
L: 30 cm 
C: 20 cm
Supõe‑se que ele será recebido em paletes de 1,0m X 1,2m e que se podem empilhar três volumes; 
Pegando a base do volume 0,20C X 0,30L = 0,06 m² e a base do palete é de 1,0m X 1,2m = 1,2 m².
Dividimos a base do palete pela base do volume: 1,2m/0,06 = 20 unidades na base do palete, 
mas empilham‑se 3 níveis. Então: 20 x 3 = 60 unidades em cada palete. Como temos 3000 unidades 
recebidas: 3000/60 = 50 paletes, e precisamos ter espaço para estocar esse volume. Caso não se possa 
empilhar os paletes uns sobre os outros, serão necessários 60 m², sem considerar corredores e espaço 
para movimentação. Imagine os custos de tal espaço. Quanto maior, mais caro, e ainda há o valor do 
dinheiro aplicado. 
A Empresa Y decidiu comprar estoque para dez dias. Considerando a mesma demanda, teremos uma 
compra de 1000 unidades. Então, 1000 / 60 = 17 paletes, o que vai consumir 20 m² do estoque. Haverá 
menos volume, porém com giro maior. 
A Empresa Z decidiu comprar para o dia 100 unidades. Terá seus riscos, mas não haverá estoque, 
recebendo os itens que irão direto para a linha de produção a fim de serem vendidos aos clientes.
Percebe‑se que os volumes influenciam diretamente nos custos, pois, quando se compram lotes 
maiores, compra‑se menos vezes, ou seja, reduzem‑se os custos de contato com fornecedores, mas 
aumentam os custos de armazenagem, os operacionais do estoque.
As situações que acabamos de observar podem ser mais bem analisadas por meio de cálculos 
para encontrar o melhor lote, aquele que não seja caro por conta das taxas atribuídas à estocagem, 
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mas também não custe tanto por se pedir de forma extremamente retalhada, aumentando os custos 
operacionais, como o do pedido.
Então, quanto pedir por vez? Em quantos lotes? Qual o volume ideal de compras para o meu tipo de 
negócio?
Para responder a essas dúvidas, vamos identificar os tipos de custos dos estoques para encontrar o 
equilíbrio dos níveis de cada tipo e reduzir ao máximo os investimentos em estoques.
7.1 Classificação dos tipos de estoques
Martins (2006) classifica os custos da seguinte forma:
a) custos diretamente proporcionais;
b) custos inversamente proporcionais;
c) custos independentes (fixo);
d) custo total.
7.1.1 Custos diretamente proporcionais
Esses custos aumentam de acordo com o volume do estoque, ou seja, quanto maior o estoque, maior 
o custo; quanto maior o volume, maior a necessidade de armazenagem e, consequentemente, de espaço 
físico.
Veja os tipos de custos que aumentam proporcionalmente com seu volume:
Custo de armazenagem: estoques altos exigem maior espaço físico, maior aluguel e maior taxa de 
armazenagem.
Custo de oportunidade: quando se investe em estoques, principalmente se não forem nas 
quantidades necessárias para atender à demanda, a empresa perde oportunidade de obter retorno sobre 
outros investimentos. Dessa forma, quanto maiores os estoques, maiores serão os custos de oportunidade.
Exemplos:
Estocagem e manuseio do material: se os volumes forem altos, há maior necessidade de manuseio, 
exigindo um aumento de recursos humanos para execução dos trabalhos.
Taxas e seguros: o valor referente aos custos de estocagem e o seguro dos mesmos será de acordo 
com o volume estocado.
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Perdas e furtos: por maiores que sejam os investimentos com segurança, o risco de furtos não será 
zero. Sempre há que se levar em conta um índice de perdas que, se tratar de grandes volumes estocados, 
pode gerar imensos prejuízos.
Obsolescência: a existência de produtos perecíveis, obsoletos e ultrapassados também será maior 
se o nível dos estoques for elevado. Isso é inevitável.
Custo do capital investido: o custo será proporcional à quantidade de materiais na qual se vai 
investir. O investimento deve ser baseado na previsão de demanda para minimizar os riscos de perdas, 
tanto em produto como em espécie. Esse tipo de custo é também conhecido como custo de carregamento 
(Cc). Vamos ver como podemos calculá‑lo. A fórmula é:
Cc = Ca + (i. P)
Em que:
Cc = custo de carregamento
Ca = custo de armazenagem
I = taxa de juros
P = preço de aquisição
Aplicando em um exemplo prático:Um item tem custo de armazenagem anual total de $ 0,80 por unidade e preço de compra unitário de 
$ 5,00. Considerando uma taxa de juros de 10% ao ano, calcule o custo de carregamento do estoque desse item.
Aplicando a fórmula:
Ca = 0,80
I = 0,10
P = 5,00
Cc = Ca + (i. P)
Cc = 0,80 + (0,10. 5,00)
Cc = 0,80 + 0,50 = 
Cc = $1,30/por unidade/ano
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Aparentemente, esse custo é pequeno, mas tente multiplicá‑lo pelo número de SKU (Stock Keeping 
Unit – Unidades Mantidas em Estoque), ou seja, de itens mantidos em estoque. Imagine uma empresa 
com 30 mil itens diferentes e que ela tenha uma média de 10 unidades por item. Já seriam 300 mil itens 
multiplicados por R$ 1,30 e os custos com armazenagem seriam R$ 390000,00.
Portanto, é necessário saber que os custos não são somente os de aquisição, como neste exemplo, os R$ 5,00 
por unidade. Haveria um acréscimo de R$1,30 por unidade, considerando apenas os custos de armazenagem.
7.1.2 Custos inversamente proporcionais aos estoques médios
Há casos em que se aumentarmos o volume de compra, obtém‑se vantagem financeira com 
descontos. Nessas situações, a empresa aceita comprar maior quantidade (ainda que isso aumente 
seus custos de estocagem) pela vantagem do desconto adquirido. Porém, é necessário encontrar um 
equilíbrio nesse aumento de compras, porque, inevitavelmente, chegará uma hora em que o desconto 
obtido não cobrirá os custos para manter estoques.
Esse tipo de custo inversamente proporcional aos volumes de compras pode ocorrer em duas 
ocasiões:
Custos de obtenção: no caso de compras de terceiros, em que a aquisição de vários lotes 
antecipadamente gera um desconto ofertado pelo fornecedor.
Custos de preparação: de igual modo, quando se produz algo internamente, fazem‑se compras 
maiores com menor frequência.
Entenda de forma prática:
Se uma empresa tem demanda de 12 “x” ao ano e as adquire de forma retalhada, em 12 lotes, terá 
custo de estocagem baixíssimo. Em compensação, os custos operacionais, chamados custos de emissão 
de pedido, aumentam muito e superam a redução de custos de estocagem.
Por outro lado, se a empresa compra de uma única vez esses 12 lotes de “x” para reduzir os custos 
operacionais, terá problemas com estocagem, espaço físico, armazenagem e grande investimento de 
capital. Por isso é importante encontrar esse equilíbrio.
Veja no exemplo o equilíbrio para a seguinte situação:
Esses custos de pedido incluem:
• mão de obra de compradores, supervisores e outros;
• materiais;
• custos indiretos (telefone, espaço, reproduções, correio, viagens etc.).
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Veja um exemplo:
Quadro 35
1 Gerente 10000
3 Compradores 12000
2 Assistentes 5000
1 Mensageiro 800
1 Material de escritório e manutenção 900
1 Rateio do aluguel da empresa 2000
1 Viagens do setor 1580
Total R$ 32280
Pedidos no mês 269
Custo do pedido R$ 120
 saiba mais
Custo do pedido designa um componente dos custos de suprimento. 
Custo relativo da estrutura necessária ao funcionamento do suprimento 
(ou custo por entrega realizada pelo fornecedor). Abrange custos como os 
de pedido e reclamações de compra, recebimento, controle de qualidade 
(inspeção de recebimento, movimentação de materiais, pagamentos etc). 
Veja mais em: <http://www.canaldotransporte.com.br/letrac.asp>. 
Acesso em: 20 ago. 2012.
Entenda melhor com o exemplo:
Você é responsável pela gestão de materiais de uma empresa que obteve custos referentes à mão 
de obra, encargos, material de escritório, correspondência e aluguel. Somados os totais e divididos pelo 
número de pedidos no mês, chegou‑se ao valor de R$ 120,00 por emissão de pedido. Determine o custo 
incorrido na emissão de um pedido nas seguintes formas de aquisição, considerando que a demanda 
anual dessa empresa seja de R$ 40000 unidades.
a) Comprar uma única vez (1 lote);
b) Comprar 5 lotes;
c) Comprar 12 lotes.
Como saber o lote ideal, entre as três opções?
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Vejamos:
D = demanda
Q = lote
EM = estoque médio
Observe, no quadro a seguir, como ficam os custos de estoques nos três níveis indicados:
Quadro 36
Número de compras/
custos emissão de pedido Tamanho lote (Q) Estoque médio = Q/2
1 x 120 = 120,00 D (40000/1) = 40000 40000/2 = 20000
5 x 120 = 600,00 D/5 = 40000/5 = 8000 8000/2 = 4000
10 x 120 = 1200,00 D/10 = 40000/10 = 4000 4000/2 = 2000
Veja que, quanto maiores os estoques, menores são os custos operacionais para emissão de pedido.
É necessária análise criteriosa dos níveis de estoque para tentar encontrar o equilíbrio, evitando 
perda nas duas extremidades, pois ainda se devem analisar os custos com estocagem para decidir melhor.
7.1.3 Custos independentes
São aqueles que independem dos níveis de estoques. Eles não apresentam oscilação quando alterados 
para mais ou para menos.
Normalmente, esses custos são com aluguéis de galpão, contas fixas, como depreciação, itens de 
segurança do trabalho e combate a incêndio; mão de obra (não interfere no custo de estocagem), 
ferramentas, softwares e hardwares que, uma vez adquiridos, não influenciarão nos custos de estoques.
7.2 Custo total
O objetivo, nessa etapa, é encontrar os custos totais de estoque. Martins (2006) direciona uma 
fórmula para fazermos os cálculos. Há outras maneiras, mas essa foi a escolhida por ser didática e de 
fácil percepção em uma empresa.
É necessário somarem‑se os três custos encontrados anteriormente: custos diretamente proporcionais 
+ custos inversamente proporcionais + custos independentes.
Fórmula
CT = (Ca + i x P) x (Q/2) + Cp (D/Q) + CI + D x P
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CT – custo total
Ca – custo de armazenagem
i – taxa de juros
P – preço do item
Q – lote de compra
Q/2 – estoque médio
Cp – custo do pedido
D – demanda
Ci – custos independentes
Entenda a composição da fórmula:
Ca – custo de armazenagem – somatória dos custos de:
a) mão de obra;
b) obsolescência;
c) perdas;
d) equipamentos;
e) manuseio etc. 
Ela (a somatória) deve ser dividida pelo volume médio mantido em estoques em determinado período.
i – taxa de juros de mercado – normalmente é o valor das taxas com as quais o mercado está 
trabalhando em determinado período (por exemplo, no Brasil, taxa Selic).
P – preço de compra do item – é o valor que será pago aos fornecedores ou o custo de produção.
Q – lote de compra praticado pela empresa (também aprenderemos a calcular). 
Cp – custo de pedido – é o custo de fazer cada pedido aos fornecedores. Para obter esse valor, 
devemos somar os custos do setor de compras e dividi‑los pelo número de pedidos realizados no período, 
conforme aprendemos a calcular.
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D – demanda do item no período.
CI – custo invariável (ou custo fixo) – independe do volume de estoque. 
A fórmula anterior pode ser dividida em três etapas:
(Ca + i x P)
Esse trecho é chamado custo de carregamento. É o custo diretamente proporcional que será 
multiplicado pelo estoque médio (Q/2). 
Cp (D/Q)
Esse trecho é o custo inversamente proporcional ao estoque.
CI + D xP
Esse trecho é o custo fixo. 
Asomatória dos trechos formará o que chamamos de custos totais de estoque.
Vejamos um exemplo:
A demanda anual de uma empresa é de 10000 unidades e o preço de aquisição do item é de R$ 1,00 
cada. O custo com armazenagem é de R$ 0,50 por unidade, e a taxa de juros é de 12% ao ano.
Sabe‑se que o custo fixo anual para esse item é de R$ 100,00 e o custo de pedido é de R$ 20,00. Dessa 
forma, determine os custos totais para manutenção dos estoques dessa empresa, considerando lote de:
a) 1000
b) 4000
Aplicando a fórmula:
CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
Em que:
CT – custo total
Ca – 0,50/unidade 
i – 12% ao ano
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P – 1,00
Q – a) 1000 
 b) 4000
Q/2 – 500
Cp – 20,00
D – 10.000
Ci – 100,00
a) CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P) 
 
CT = [(0,50 + 0,12. 1,00). (1000/2)] + (20,00. 10000/1000) + 100,00 + (10000. 1,00)
CT = 310 + 200 + 100,00 + 10000 
CT = R$10610,00
b) CT = [(CA + i. P) x (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
CT = [(0,50 + 0,12. 1,00) x (4000/2)] + (20,00. 10000/4000) + 100,00 + (10000. 1,00)
CT = 1240,00 + 50 + 100,00 + 10000 
CT = R$11390,00
7.3 Custos pela falta de estoque
Como vimos, estocar custa caro. No processo de aquisição e manutenção, esses custos são mensuráveis, 
como vimos até aqui. Porém, não dispor de estoques para atender à demanda no momento necessário 
também custa caro e esses custos são imensuráveis.
Veja os tipos de custos por falta de estoques.
Linha parada:
• mão de obra, depreciação e materiais perdidos;
• conturbação na nova partida.
Lucros cessantes:
• perdas de vendas ou cancelamento de pedidos;
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• custos adicionais;
• perda de clientes;
• compra de terceiros;
• multas e prejuízos contratuais;
• prejuízos à imagem da empresa.
 saiba mais
A fim de se reduzirem os riscos de custos pela falta de matéria‑prima, 
muitas empresas, principalmente as montadoras de veículos, colocam em 
contratos multas altíssimas para atrasos de fornecimento, já que a linha 
parada gera custos muito elevados. Dessa forma, alguns fornecedores têm 
que realizar entregas de helicóptero para evitar tais multas.
O que garante o consumidor contra atrasos?
Consulte o inciso 12 do artigo 39 do CDC – Código Defesa do 
Consumidor.
Resumidamente, Martins (2006) aponta que os estoques possuem três custos distintos e 
complementares:
Custo CIPE
CDPE
CF
Volume
CIPE – Custo Inversamente 
Proporcional ao Estoque.
CDPE – Custo Diretamente 
Proporcional ao Estoque.
CF – Custo Fixo.
Figura 22
7.4 Lote econômico de compras
Encontrar o lote econômico ideal é algo crucial para administrar os níveis de estoques e trabalhar 
com uma quantidade enxuta. 
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O LEC está presente na fórmula para se definirem os mais importantes níveis de estoque que existem. 
Porém, para aplicar o lote representado pela letra “Q”, é necessário antes encontrar o lote ideal para o 
tipo de negócio e de demanda.
A fórmula do LEC é:
LEC
C xD
C ixP
p
A
=
+
2
Em que: 
CP – custo de pedido
D – demanda
CA – custo de armazenagem
i – taxa de juros
P – preço 
Resolvendo um exemplo prático:
A empresa Dangus é uma multinacional de grande porte, com demanda anual de 10 mil unidades 
do item ES33. O preço do item é de R$ 1,08, a taxa de juros anual é de 33,3% (R$ 33,30) e o custo 
de armazenagem por unidade/ano é de R$ 0,30. O custo do pedido é de R$ 33,00 e os custos 
indiretos R$ 400,00 reais.
Encontre o lote ideal:
Resposta/solução
LEC =
+
= = =
2 33 10 000
0 30 0 333 108
660000
0 65964
1000545 75 10
. . .
, , . , ,
, 000
O lote seria de 1000 peças, o que não impede que ele seja ajustado de acordo com as definições de 
lote do fornecedor, desde que não se altere muito esse resultado. 
De qualquer forma, obtêm‑se em lotes para atender à necessidade de demanda, levando em 
consideração os aspectos mais importantes que compõem os custos totais com estoques.
Agora que já sabemos como calcular o lote econômico, vamos aplicá‑lo aos custos totais.
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Continuando o exemplo:
Vamos considerar três exemplos diferentes para encontrarmos os custos totais: com lotes menores 
que 1000; com o lote ideal encontrado (1000) e com lotes de 2000, maiores do que o necessário.
Deverão ser encontrados os custos totais para os seguintes lotes:
a) Lotes de 500 unidades;
b) Lotes de 1000 unidades;
c) Lotes de 2000 unidades.
Para isso, utilizaremos a fórmula para o custo total, já dada anteriormente:
Veja os resultados a seguir:
a)
Ca – R$ 0,30 unid./ano
I – 33% ao ano (0,33%)
P – R$ 1,08
Q – 500
CP – 33,00
D – 10000
Ci – 400,00
CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
CT = 0,30 + 0,33. 1,08. 500/2 + 33. 20 + 400 + 10000. 1,08
= 164,10 + 660 + 400 + 10800,00
CT= 12024,10
Siga o mesmo raciocínio
b) 
Ca – R$ 0,30 unid./ano
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I – 33% ao ano (0,33%)
P – R$1,08
Q – 1000
CP – 33,00
D – 10000
Ci – 400,00
CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
CT = 0,30 + 0,33. 1,08. 1000/2 + 33. 10 + 400 + 10000 1,08
= 328,20 + 330 + 400 + 10800
CT = 11858,20
c)
Ca – R$ 0,30 unid./ano
I – 33% ao ano (0,33%)
P – R$ 1,08
Q – 2000
CP – 33,00
D – 10000
Ci – 400,00
CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
CT = 0,30 + 0,33. 1,08. 2000/2 + 33. 5 + 400 + 10000. 1,08
= 656,40 + 165,00 + 400 + 10800
CT = 12021,40
Veja o resultado planilhado e as considerações finais sobre o assunto:
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Planejamento e controle de estoques
Quadro 37
(Ca + i x P) Cp (D/Q) CI + D x P
CDP CIP CF ou CI Custo total
500 164,10 660 400 + 10800 12024,10
1000 328,20 330 400 + 10800 11858,20
2000 656,40 165,00 400 + 10800 12021,40
Utilizando lotes de 500 peças (abaixo das necessidades), os custos diretamente proporcionais (que 
envolvem a manutenção de estoque) são baixos. Em contrapartida, os custos operacionais (com emissão 
de pedido), chamados de inversamente proporcionais, são muito altos.
Com isso, desmistifica‑se o pensamento de que pedir da forma mais retalhada possível é melhor 
para a empresa reduzir custos com estoques.
Neste caso, estaria sendo pedida apenas a metade da demanda e, portanto, teriam que ser emitidos 
vários pedidos ao mês.
Quando se adquirem lotes muito grandes, acontece a mesma coisa. Pedir em grande quantidade 
(o dobro da demanda) estaria possivelmente reduzindo custos operacionais com emissão de pedidos, 
além de haver possível desconto com fornecedor por comprar a mais. No entanto, essas reduções não 
justificam os custos diretamente proporcionais de manter em estoque o dobro da necessidade mensal.
Parece pequena a diferença, não? Então repense a questão considerando o volume de itens (SKU) e 
o volume de demanda de cada item.
 Lembrete
Deve‑se pensar que, adotando a política ideal de estoque, a empresaterá muitos benefícios, como grande redução dos índices de estoque (físico), 
redução financeira de investimento de capital, sem contar as perdas e os 
riscos que os estoques oferecem.
Exemplo de aplicação
A metalúrgica Sid tem uma demanda anual de 36000 unidades da peça YKZ7 e o preço de aquisição 
do item é de R$ 2,00 cada. O custo com armazenagem é de R$1,00 por unidade/ano, sendo que a taxa 
de juros é de 12% ao ano. Sabendo que o custo fixo anual (independente) para esse item é de R$ 150,00 
e o custo de pedido é de R$ 100,00:
a) encontre o lote o ideal;
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b) com o lote encontrado, calcule os custos totais.
Observação: se o resultado for fracionado, arredonde apenas para o próximo número. Exemplo 
[...]9,899 fica [...]10.
Comentários:
Primeiro passo: destacar da situação do enunciado as informações que serão utilizadas na fórmula:
D – 36000
P – 2,00
Ca – 1,00
i – 0,12
Ci – 150,00
CP – 100,00
Com base nas informações, vamos ao segundo passo: encontrar o lote econômico:
LEC
C xD
C ixP
p
A
=
+
2
LEC =
+
= = =
2 100 36000
1 0 12 2
7 200 000
124
5 806 45161 2 409 6
. .
, .
. .
,
. . , . , 55
Ou seja, 2410 peças.
Terceiro passo: agora, com o lote econômico, podemos encontrar os custos totais. Utilizando as 
mesmas informações do enunciado:
CT = [(CA + i. P). (Q / 2)] + (CP. D / Q) + CI + (D. P)
= (1 + 0,12. 2). 2410/2 + 100. 14,94 + 150 + 36000. 2,00
= 1,24. 1205 + 1494 + 150 + 72000
1494,20 + 1494 + 150 + 72000
CT= R$75138,20
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Planejamento e controle de estoques
8 AnáLise de estoques 
Como avaliar os investimentos feitos em estoque e saber se os retornos desses investimentos estão 
adequados e no tempo desejado? As fórmulas a seguir irão auxiliar você a encontrar essas respostas, 
pela rotatividade dos estoques e pelo retorno de capital. 
Pode‑se ainda analisar a melhor forma de reduzir custos de produção e estocagem decidindo entre 
produzir internamente ou terceirizar os processos por meio da fórmula de make or buy.
Essas análises são fundamentais para as empresas saberem se estão indo bem, em que estão errando 
e o que podem melhorar para aumentar seus lucros e a competitividade.
8.1 Giro de estoque/rotatividade (R) 
O giro de estoque ou rotatividade é a quantidade de vezes que o estoque gira ao ano. É interessante para a 
empresa saber em quanto tempo isso acontece, configura‑se o giro do capital que ela investiu para essa finalidade.
Quanto maior o giro, melhor para a empresa, pois isso significa que ela possui uma boa gestão de 
estoques e que trabalha com o essencial para atender à demanda. É uma forma de avaliar o capital 
investido em estoque, comparando com o custo das vendas anuais (R).
Para calcular a rotatividade, é preciso saber duas informações: o valor dos estoques (E) – seja em 
volume monetário ou em quantidade – e o custo de vendas anuais (CV), que representa o valor anual 
das vendas sem a mão de obra e as despesas gerais.
Os custos de vendas são divididos pelo volume dos estoques. A fórmula é:
R = CV / E
Exemplo: 
Uma empresa teve como resultado de vendas (faturamento anual) um total de R$ 360000,00, 
dos quais os custos de vendas foram de R$ 240000,00. Para esse resultado, ela investiu em estoques 
(matéria‑prima, material auxiliar, manutenção, WIP e produto acabado) um montante de R$ 60000,00 
e seu lucro foi de R$ 50000,00. Pergunta‑se: qual a rotatividade?
R = CV / E
R = 240000 / 60000
R = 4
O resultado mostra que os estoques giram quatro vezes, o que significa que ele fica parado por cerca 
de 90 dias (360/4 = 90), ou seja, há estoque para 3 meses. Esse exemplo mostra bem a finalidade e a 
importância de conhecer o giro dos estoques. 
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Se mais bem planejado, nessa simulação, os estoques poderiam ser menores e com maior giro, impedindo 
assim de se desembolsar de uma única vez investimentos, que, além da perda de dinheiro, trazem também 
outros riscos de perdas associados, conforme vimos em custos de manutenção de estoques.
Segundo Hamilton Pozo (2007), as médias de giro de estoques nos principais países em 1997 eram 
as seguintes:
Quadro 38
Índices de 97 Brasil Mundial (EUA, Europa e Ásia) Japão
Rotatividade 14 80 160
Exemplo:
Seguindo essas médias mundiais, vamos considerar que três empresas, uma em cada país representado, 
teriam o mesmo custo de vendas (U$ 20.000,000) e já conhecendo as suas respectivas rotatividades (14, 
80 e 160), qual será o valor investido em estoques em cada um dessas três médias mundiais?
Rotatividade:
Brasil: R = 14
CV = 20.000.000
Se R = CV / E, então: 
E = CV / R
E = 20.000.000 / 14 = R$1428571,43
Países médios (EUA, Europa e Ásia): R = 80
E = CV / R
CV = 20.000.000 / 80 = R$ 250.000,00
Japão: R = 160
CV = 20.000.000
E = CV / R
E = 20.000.000 / 160 = R$ 125.000,00
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Planejamento e controle de estoques
Como se pode perceber nos três exemplos de média mundial, as empresas tinham os mesmos 
custos de vendas, porém, pelo fato de os giros serem diferentes, impacta no montante que precisa ser 
desembolsado para investimento em estoques, que é completamente diferente. 
A média mundial representa o dobro da do Japão, que com giro anual médio de 160 vezes possui 
estoques para apenas dois dias.
Você consegue imaginar a rotatividade de uma empresa? Se está dentro dos padrões brasileiros, 
se seria um desvio na curva, inserindo‑se na média mundial dos principais países, ou se é exceção do 
segmento, como a média do Japão?
Se o aluno não possui as informações de vendas e investimento do estoque compostas na fórmula 
anterior, pode tentar encontrar o giro do estoque sabendo o consumo de determinado período e o 
estoque médio do período a ser consultado.
Digamos que se saibam as seguintes informações financeiras dos estoques pelas NFs.:
Quadro 39
Mês Entradas Saídas 
Janeiro 15000 22000
Fevereiro 3000 18000
Março 19000 18000
Abril 20000 8000
Maio 19000 10000
Junho 53000 53000
Considerando que o estoque inicial em janeiro era de R$ 30000, vamos preencher o quadro a seguir 
para encontrar o consumo médio e o giro dos estoques.
O estoque médio pode ser encontrado com a fórmula:
EM = Ei + Ef / 2
Ei = Estoque inicial
Ef = Estoque final (saldo)
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Quadro 40
Mês Estoque inicial Entradas Saídas
Saldo
estoque final
Estoque médio
Ei + Ef / 2
Janeiro 30000 15000 22000 23000 26500
Fevereiro 23000 3000 18000 8000 15500
Março 8000 19000 18000 9000 8500
Abril 9000 20000 8000 21000 15000
Maio 21000 19000 10000 30000 25500
Junho 30000 53000 53000 30000 30000
Total semestre 121000 129000 129000 121000 121000,00
Consumo no 
período
Vendas médias 
no período
O saldo (estoque final) é o resultado do estoque inicial + entradas – saídas.
Perceba que o estoque final de um período é o inicial do próximo período.
Primeiramente vamos descobrir o EM, estoque médio mensal (total de vendas médias dividido pelo 
período de 6 meses):
Em = 121.000 / 6 =
Em = 20167
A média mensal de consumo foi de 20167 unidades.
Encontrar o giro do estoque dessa empresa seria então:
G = valor consumido no período
estoquemédio no período
Giro = 129000 / 20167 = 6,40
Giro = 6,4
6 é a quantidade de vezes que a mercadoria entra e sai no período analisado.
8.2 Cobertura de estoque
A cobertura de estoque é o tempo em que a mercadoria fica parada em estoque, baseado no 
resultado da rotatividade. É apenas uma análise do resultado do giro, de forma a facilitar a identificação 
do impacto desses resultados.
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Planejamento e controle de estoques
Seguindo os resultados aplicados no giro de estoque ou na rotatividade, vamos ilustrar com o mesmo 
enunciado. Veja:
Uma empresa teve como resultado de vendas (faturamento anual) um total de R$ 360000,00, dos 
quais o custo de vendas foi de R$ 240000,00. Para esse resultado, ela investiu em estoques (matéria‑prima, 
material auxiliar, manutenção, WIP e produto acabado) um montante de R$ 60000,00, e seu lucro foi de 
R$ 50000,00. Pergunta‑se: qual a rotatividade?
Fórmula:
R = CV / E
R = 240000 / 60000
R = 4
Diante do resultado da rotatividade ou do giro, que foi de 4, ou seja, nessa situação o estoque gira 
quatro vezes ao ano, apliquemos a fórmula da cobertura de estoques:
C = 
número de dias do período em estudo
giro
Suponhamos, então, que se deseja conhecer a cobertura do estoque para seis meses (ou 180 dias). 
Pergunta‑se: qual a cobertura do estoque?
C = 180 / 4 = 45 dias
E para 12 meses (360 dias)? 
360 / 4 = 90 dias.
Ou seja, quando se descobre a rotatividade anual, já se sabe a frequência de giro nesse período. 
Como a base anual sempre será 360 dias, divide‑se pelo resultado da rotatividade ou do giro obtido.
Aplicando outros períodos, fica fácil visualizar quantos dias ficam parados os estoques durante o 
período analisado. Se, ao ano, ele gira quatro vezes (portanto, fica parado 90 dias no ano), se analisarmos 
o período de seis meses, ele fica parado 45 dias e assim sucessivamente.
Exemplo de aplicação
1 Uma empresa manufatureira implantou um sistema informatizado de controle de estoque. Após 
um período de seis meses de operação, obteve o seguinte relatório de movimentação financeira, em 
reais, considerado o estoque inicial em janeiro de R$148580,00. 
1 Exercício baseado na obra de Petrônio Garcia Martins, “Gerenciamento dos Recursos Materiais“.
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Quadro 41
Mês Entradas Saídas 
1 125000,00 112700,00
2 ‑‑‑‑‑‑‑ 95580,00
3 245000,00 98950,00
4 189000,00 106450,00
5 ‑‑‑‑‑‑‑‑ 80630,00
6 96500,00 115560,00
Determine:
a) consumo médio mensal (EM);
b) giro dos estoques no período;
c) cobertura dos estoques.
Seguindo o exemplo do conteúdo explicativo, preencha o quadro a seguir para colher as informações 
necessárias para montagem das fórmulas.
Mês Estoque inicial Entrada Saídas Saldo Estoque médio (ei + ef) / 2
1
2
3
4
5
6
Total
a) Informe os resultados do EM
Utilize: o total de vendas médias dividido pelo período consultado. 
b) Informe o giro
Utilize: 
valor consumido no período
estoque médio no período
c) Informe a cobertura do estoque
Utilize a fórmula: C = 
número de dias do período em estudo
giro
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Planejamento e controle de estoques
Comentários
Quadro 42
Mês Estoque inicial Entrada Saídas Saldo Est. médio(ei + ef) / 2
1 148580 125000 112700 160880 154730
2 160880 — 95580 65300 113090
3 65300 245000 98950 211350 138325
4 211350 189000 106450 293990 252625
5 293990 — 80630 213270 253585
6 213270 96500 115560 194210 203740
Total 609870 1116095
Total das vendas médias dividido pelo período – no caso, 6 meses.
a) Estoque médio = 1 116 095
6
. . → EM = 186016 estoque médio mensal. 
b) Giro = valor consumido no período
estoque médio no período
 → Giro = 
609 870
186 016
.
.
 
\ Giro = 3,28 vezes
É a quantidade de vezes que a mercadoria entra e sai no período analisado.
c) Cobertura – tempo em que a mercadoria fica parada em estoque.
C = número de dias do período em estudo
giro
 → 6 meses
C = 
180
3 28
dias
,
 = 54,88 ou 55 dias
Tempo de cobertura no período analisado: C = 55 dias.
8.3 Retorno de capital
O retorno de capital serve para medir especificamente o tempo de retorno dos investimentos feitos 
em estoque (RC). O cálculo é baseado nos lucros das vendas anuais (L) sobre o capital investido em 
estoque (C).
A fórmula é a seguinte:
RC = L / C
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Em que:
L = lucro
C = capital investido
Vejamos um exemplo utilizando os dados do exercício anterior.
Uma empresa teve como resultado de vendas anuais um total de R$ 360000,00. Para esse resultado, 
ela investiu em estoques (matéria‑prima, material auxiliar, manutenção, WIP e produto acabado) um 
montante de R$ 60000,00 e seu lucro foi de R$ 50000,00.
RC = L / C
RC = 50000 / 60000 = 0,83
Como o resultado é menor que 1, esse é um péssimo retorno de capital.
Suponhamos que um concorrente teve os mesmos resultados, porém não precisou investir 
esse mesmo montante de capital em estoques. Investiu apenas R$ 32000,00. Qual seria o retorno 
do capital?
RC = L / C
RC = 50000 / 32000 = 1,56, que já seria um retorno de capital bem superior ao exemplo 
anterior.
Apesar disso, Pozo (2007) diz que o coeficiente ideal para o RC é, em média, de 15 a 25.
Exemplo de aplicação
Situação A 
A empresa X teve como resultado de vendas anuais um total de R$840000,00. Para esse 
resultado, ela investiu em estoques (matéria‑prima, material auxiliar, manutenção, WIP e produto 
acabado) um montante de R$ 160000,00 e seu lucro foi de R$ 280000,00. Encontre o retorno 
de capital.
Situação B 
A empresa Y tem o mesmo faturamento bruto da empresa X. Para esse resultado, ela precisou investir 
em estoques um montante de R$ 120000,00, obtendo lucros de R$ 400000,00. Qual foi o retorno de 
capital dessa empresa? 
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Planejamento e controle de estoques
Comente, comparando os resultados das empresas A e B.
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
 __________________________________________________________________________
Comentários
Situação A:
Faturamento: R$ 840000,00
Capital investido em estoque: R$ 160000,00
Lucro: R$ 280000
RC = L / C
RC = 280000 / 160000 = 1,75
Situação B
Faturamento: R$ 840000,000
Capital investido em estoque: R$ 120000,00
Lucro: R$ 400000,00
RC = L / C
RC = 400000,00 / 120000,00 = 3,33
Comentando os resultados de ambas:
Na primeira situação, o retorno foi menor pelo fato de o investimento de capital em estoques ter 
sido maior do que o da situação B. Certamente a empresa X teve maiores custos de vendas e por isso 
reduziu a margem de lucro.
Na situação B, a empresa Y conseguiu administrar melhor, reduzindo o capital investido, assim como 
os custos de vendas, obtendo maiores lucros.
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Grosso modo, a empresa X teve R$ 840000 bruto. Se ela investiu R$ 160000 em estoques e teve 
lucro de R$ 280000, então ela deve ter tido R$ 440000 de custos de vendas (840 – 160 – 280 = 440), 
enquanto a empresa Y: 840 – 120 – 400 = 320, menor custo com vendas.
Ambas obtiveram bom retorno de capital e geraram lucros. Porém, o fato é que é possível melhorar, 
o que vai depender da gestão de estoques. Se for mal administrado, com baixa rotatividade, a empresa 
terá que investir mais capital. Do contrário, com menos capital investido, consequentemente há maiores 
lucros.
A conta é simples: lucro dividido pelo o que se investiu em estoque. Se se investiu muito, o lucro é 
pouco. Investindo pouco, o lucro é muito.
Veja o exemplo final: lucro: 100000 / capital 50000,00. Sem fazer conta, dá para perceber que se 
colheu o dobro do que foi plantado? Agora, aplicando a fórmula: 
RC = L / C
100000 / 50000 = 2. 
Percebeu? Duas vezes mais. Portanto, o segredo é minimizar os custos para maximizar os lucros.
8.4 Make or buy – fabricar ou comprar
Finalizando a disciplina de PCE, vimos que, de fato, a política de estoque para uma organização é tão 
importante quanto as vendas. Não menos importante é mensurar os custos que envolvem os estoques 
e suas atividades.
Conhecer esses custos pode ser importante também para se tomar decisões estratégicas de grande 
impacto, que modificam o modelo de negócio da empresa, como é o caso da decisão entre fazer/
produzir ou comprar/terceirizar.
Muitas empresas preferem não investir na infraestrutura de uma planta industrial e nas necessidades 
para a instalação dessa fábrica, incluindo mão de obra e todos os riscos intrínsecos. 
Saber se fabricar é melhor que comprar um componente, por exemplo, inclui considerações 
econômicas, tais como aspectos quantitativos, qualitativos, além de fontes de fornecimento e necessidade 
de se criarem instalações e controlar prazos de entrega.
Para que a empresa possa produzir um item, ela tem de estar certa de que isso vale a pena 
financeiramente, tanto pelos aspectos de investimento como pelos riscos envolvidos. Ainda 
que ela tenha capacidade de produção, nem sempre isso pode ser viável. Tudo dependerá da 
oferta que tem para comprar de terceiros e das oportunidades de negócios com parcerias de 
fornecimento.
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Planejamento e controle de estoques
A decisão envolve custos fixos e variáveis que precisam ser conhecidos para se tomar a decisão.
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Esta decisão está muito ligada ao tipo de demanda com a qual a empresa 
trabalha, principalmente se esta for sazonal (com a venda de produtos 
somente em determinadas épocas do ano), inutilizando sua capacidade de 
produção nos períodos de baixa, tendo de arcar com todos os custos fixos 
até que chegue o período de alta novamente.
Como calcular
O cálculo é bastante simples, só precisamos de duas informações:
a) Quanto custa para fabricar?
Para encontrar esses custos, a fórmula é: 
CF + CV . (V)
CF – custo fixo
CV – custo variável
V – volume esperado de demanda
b) Quanto custa para comprar?
A fórmula é mais simples ainda:
P. V
P – preço de compra (do terceiro)
V – volume esperado de demanda
Vamos criar um cenário com as informações necessárias para decidir entre fabricar ou comprar: 
Uma empresa exporta frutas para o mercado holandês. Para esse processo, ela possui duas opções: 
comprar as caixas de embalagem das frutas ou produzi‑las no galpão, já que o processo é bastante 
simples, pois se trata de caixotes de madeira. Se a opção for comprar os caixotes prontos, cada um sai 
a R$ 1,00.
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Unidade IV
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A demanda anual depende, em grande parte, das condições político‑econômicas entre os dois países 
e, portanto, ela usa o método de previsão de demanda pela MMP (Média Móvel Ponderada). Encontre 
primeiramente a demanda para outubro/XX11, conforme quadro a seguir:
Quadro 43
Mês Demanda (V) Peso % Total
Maio 30000 5% 1500
Junho 30000 15% 4500
Julho 22000 20% 4400
Agosto 35000 20 % 7000
Setembro 38000 40% 15200
Outubro 1 37100
Apesar de o processo produtivo ser simples, se a empresa optar por fazer as embalagens, terá de 
reestruturar o layout de parte do galpão para estabelecer a fabricação, tendo, com isso, de investir em 
maquinário, o que resultará em custos fixos anuais de R$ 5000,00. Os custos variáveis para a manufatura, 
materiais e despesas gerais são avaliados em R$ 0,50/embalagem. 
Agora que já se sabe a demanda, encontremos:
a) custo de fabricar;
b) custo de comprar;
c) comente a decisão entre os dois processos.
a) Custo para produzir
CTfabricar = CF + (CV. V)
CTfabricar = 5000 + 18550 
CT = R$ 23550,00 
b) Custo para comprar de terceiros
CF = P. V
0,50. 37100 = R$ 18550,00
c) Opção pelo processo “b”, comprar de terceiros
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Planejamento e controle de estoques
Motivos: além de ser mais barato, a empresa terá menos riscos associados às questões como manter 
estrutura e administrar recursos materiais e mão de obra.
Exemplo de aplicação
Vamos apresentar agora uma situação um pouco mais complexa, em que a empresa possui dois 
modelos de processos (“A” e “B”) para serem fabricados e deve decidir entre quais deles fabricar, ou ainda 
se compensa comprar de um fornecedor estrangeiro, por exemplo, importando da China.
Nesse contexto, a empresa tem uma demanda bastante estável, que gira em torno de 200 unidades 
anuais.
Acompanhe as informações de custos apresentadas no quadro a seguir e faça os cálculos necessários, 
como segue:
Quadro 44
Fabricar Opção de processo
Comprar 
Processo A Processo B 
Demanda esperada 200000 200000 200000 
Custo fixo ($/ano) 45000 18000 ‑‑‑‑ 
Custo variável ($/unidade) 10,00 25,00 ‑‑‑‑ 
Preço de compra ($/unidade) ‑‑‑‑ ‑‑‑‑ 38,00
Com base nas informações anteriores, pergunta‑se: 
a) qual o custo de produzir pelo processo A?
b) qual o custo de produzir pelo processo B?
c) qual o custo de terceirizar?
d) qual a decisão final entre os modelos de processo? Justifique.
Comentários
Primeiro passo:
Aplique as fórmulas para cada processo.
Fazendo primeiro o custo de produzir, cuja fórmula é:
CTfabricar = CF + (CV. V)
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Unidade IV
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Processo A
CT = 45000 + (10,00. 200000)
CT = 45000 + (2000000,00)
CT = 2045000,00
Processo B
CTfabricar = CF + (CV. V)
CT = 18000 + (25,00. 200000)
CT = 18000 + 5000000,00
CT = 5018000,00
Processo de comprar
CF = P. V
CF = 38,00. 200000
CF = 7600000,00
Decisão:
A decisão da empresa deve ser continuar a produzir por meio do modelo de processo “A”, que é o 
mais viável entre todos.
Justificando a escolha
Apesar de o processo “B” apresentar custos fixos muito superiores ao processo “A” (mais que o 
dobro), a vantagem nos resultados foi atribuída aos custos variáveis que incidem sobre a demanda, o 
que justifica os resultados tão diferentes entre os processos de fabricação. O processo “B” tem custo 
variável de R$ 25,00, em vez de R$ 10,00 do processo “A”.
Terceirizar, nesse caso, não é viável, tendo em vista que a diferença de terceirizar ou produzir pelo 
processo “A” chega a triplicar, o que não justifica os riscos ou custos de infraestrutura e recursos humanos 
necessários anualmente.
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Planejamento e controle de estoques
 Resumo
A unidade IV trouxe informações sobre a composição dos custos de 
estoque, custos diretamente proporcionais, inversamente proporcionais e 
fixos ou independentes, que formam os custos totais. Foram apresentados 
com exercícios elaborados passo a passo para melhor compreensão do 
aluno.
Abordaram‑se também formas de calcular o retorno de investimentos 
em estoques (retorno de capital), para que se tenha ideia se o prazo 
do retorno de capital está adequado ou excessivo, cálculo que está 
relacionado à rotatividade ou ao giro e cobertura de estoque, ou seja, 
quantas vezes os estoques giram em um certo período. Isso determinará 
se o investimento feito está dentro do aceitável, algo também analisado 
dentro desta unidade.
A unidade tratou ainda de fórmulas que facilitam a identificação de 
custos para produzir ou terceirizar (make or buy).
Apesar dos altos custos para manter estoques, o conteúdo apresentou 
também o assunto dos custos com a falta de estoques, mostrando que 
os custos de estoques são calculáveis, enquanto os custos pela falta deles 
podem ser imensuráveis. Isso confirma o grande desafio do administrador 
de materiais em manter sempre o equilíbrio, quando se trata de definir o 
que estocar, quanto estocar e quando estocar.
Esta disciplina atendeu aos objetivos de dar uma visão ampla sobre 
a gestão de matérias, no planejamento e controle de estoques, e foi 
devidamente embasada em conceitos e fundamentos para podermos 
contextualizar a disciplina na ampla área logística.
O objetivo foi passar informações de forma prática, com muitos 
exercícios de fixação, reflexão e análise, trazendo situações do cotidiano no 
qual o aluno está envolvido.
Certamente, o aluno pôde perceber a importância dessa área no contexto 
organizacional. Sejam as mínimas atribuições até as mais estratégicas têm 
seu papel fundamental para contribuir com os resultados que a empresa 
almeja alcançar.
Não é à toa que as empresas estão investindo mais no conhecimento e 
na prática da logística, sem os quais seria impossível continuar a competir.
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É de suma importância que o aluno busque conhecer melhor os 
processos e tente contribuir com os conhecimentos adquiridos na sua vida 
acadêmica. Assim, será possível agregar valor à sociedade e multiplicar 
conhecimento.
 exercícios
Questão 1. A figura a seguir é uma representação gráfica dos custos de estocagem. As três curvas 
referem‑se aos custos diretamente proporcionais ao tamanho do lote, aos custos inversamente 
proporcionais e ao custo total. É mostrado também o ponto de lote econômico de compra (LEC). 
Custos
Tamanho do lote
Figura 23
É preciso lembrar‑se de que, ao adotar o modelo do lote econômico, consideram‑se algumas 
premissas que não necessariamente ocorrem no mundo real. O modelo está, portanto, sujeito a críticas 
que devem ser levadas em conta. Foram feitas algumas afirmativas que levam em conta essas premissas 
e a realidade do mercado:
I. O modelo assume estabilidade de demanda, o que acontece na situação real de mercado.
II. O custo de pedido fixo é bem identificado pelo modelo, quando na realidade temos diferentes 
produtos, cada um deles com um tipo de negociação e modelo de pedido.
III. O custo de manutenção de estoque é expresso, no modelo, por uma função linear, quando 
na realidade existem diferentes produtos com diferentes comportamentos em termos de custos de 
manutenção em estoque.
IV. O uso do conceito de lote econômico despreza fatores não financeiros, pois, no mundo real, eles 
não têm importância prática.
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Planejamento e controle de estoques
As afirmativas que não apresentam incorreções são:
A) I e II.
B) II e III.
C) III e IV.
D) I e III.
E) II e IV.
Resposta correta: alternativa B
Análise das afirmativas:
I. Afirmativa incorreta.
Justificativa: realmente, o modelo do lote econômico adota a premissa de estabilidade de demanda, 
mas, ao contrário da afirmativa, essa estabilidade não ocorre no mundo real.
II. Afirmativa correta.
Justificativa: o modelo do lote econômico adota a premissa de que o custo do pedido fixo é bem 
identificado e, realmente, no mundo real isso não acontece, em razão das negociações e dos modelos 
de pedidos.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: o modelo do custo de manutenção de estoque é considerado no modelo como uma 
função linear, ou seja, diretamente proporcional ao tamanho do lote, mas no mercado real isso pode não 
ser verdadeiro. Por exemplo, um produto que necessite de refrigeração terá um custo muito aumentado 
quando for necessária uma segunda câmara frigorífica, ou seja, um comportamento não linear.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: realmente, o conceito de lote econômico é eminentemente financeiro. No entanto, 
no mundo real, muitos outros fatores podem ser importantes, os estratégicos, por exemplo, não 
considerados nesse modelo.
Questão 2. O gráfico a seguir mostra os custos totais de estocagem de dois produtos de uma mesma 
empresa. Sobre esees produtos, afirma‑se:
I. O lote econômico de compra de ambos os produtos está um pouco abaixo das 50 unidades.
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II. O lote econômico de compra do produto A não está determinado no gráfico.
III. O lote econômico de compra do produto B está em torno de 75 unidades.
IV. Caso o lote de compra de ambos os produtos esteja em torno de 40 unidades, o custo de estocagem 
será o mesmo para os dois produtos.
V. Trabalhando‑se com o lote econômico de compras de ambos os produtos, teremos um custo 
menor de estocagem para o produto B.
Custos totais de estocagem
Lote econômico de compra
Cu
st
o 
m
en
sa
l
$ 6.000
$ 4.000
$ 2.000
$ 5.000
$ 3.000
$ 1.000
250
Produto A
Produto B
15050 2001000
$ 0
Figura 24
Assinale a alternativa correta:
A) As afirmativas III, IV e V estão corretas.
B) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
C) As afirmativas II e V estão corretas.
D) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
E) As afirmativas I, III e V estão corretas.
Resolução desta questão na Plataforma.
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Planejamento e controle de estoques
FIGURAS E ILUSTRAçõES
Figura 1
DESAFIO‑DA‑GEST%E3O‑DE‑ESTOQUE.PHP. Disponível em: <http://portalgestaodenegocios.com.br/
Desafio‑da‑Gest%E3o‑de‑Estoque.php>. Acesso em: 19 abr. 2011.
Figura 8
FLUXO RELACIONADO À TAXA DE CONSUMO. Disponível em: MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração 
de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006. 
Figura 9
DEMANDA ESTACIONÁRIA. Disponível em: BALLOU, R. H. Logística empresarial: gerenciamento da 
cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2001. p. 225.
Figura 10
TENDÊNCIA CRESCENTE. Disponível em: BALLOU, R. H. Logística empresarial: gerenciamento da cadeia 
de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2001. p. 225.
Figura 11
DEMANDA COM PICOS DE VARIAÇÃO. Disponível em: BALLOU, R. H. Logística empresarial: 
gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2001. p. 225.
Figura 17
ÁRVORE DE ESTRUTURA. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2006/ADMINISTRACAO.pdf>. 
Acesso em: 27 ago. 2012.
Figura 21
DETERMINANDO NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE.Disponível em: BALLOU, R. H. Logística empresarial: 
gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2001. p. 58.
REFERêNCIAS 
Textuais
BALLOU, R. H. Logística empresarial: gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 
2001.
150
____. Logística empresarial: gerenciamento da cadeia de suprimentos. 5. ed. São Paulo: Bookman, 
2006.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Gestão logística de cadeias de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
CHIAVENATO, I. Iniciação à administração de materiais. São Paulo: Makron,1991.
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Administração da produção. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São Paulo: Atlas,1993.
GURGEL, F.; FRANCISCHINI, P. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Cengage 
Learning Editores, 2002.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 
2006. 
MOREIRA, D. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
RODRIGUES, R. A. Gestão estratégica de armazenagem. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
SIMCHI‑LEVI D.; SIMCHI‑LEVI, E.; KAMINSKY P. Cadeia de Suprimentos – projeto e gestão. São Paulo: 
Bookman, 2003.
TUBINO, D. F. Manual de planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas, 2000.
VIANA, J. J. Administração de materiais: enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002.
Sites
<www.ilos.com.br>
<ibope.com.br>
Exercícios
Unidade I – Questão 1: Enade – Administração (2009) – questão 28. Disponível em: <http://public.
inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012. 
Unidade I – Questão 2. Enade – Administração (2006) – questão 30. Disponível em: <http://public.inep.
gov.br/enade2006/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012.
151
Unidade II – Questão 1: Enade – Administração (2006) – questão 34. Disponível em: <http://public.
inep.gov.br/enade2006/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012. 
Unidade II – Questão 2. Enade – Administração (2009) – questão 29. Disponível em: <http://public.
inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012.
Unidade III – Questão 1: Enade – Administração (2006) – questão 24. Disponível em: <http://public.
inep.gov.br/enade2006/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012. 
Unidade III – Questão 2. Enade – Administração (2002) – questão 24. Disponível em: <http://public.
inep.gov.br/enade2002/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2012.
152
153
154
155
156
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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