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Introdução Propomo-nos tratar no presente trabalho monográfico um dos espaços com mais dinamismo, sobretudo nos últimos anos, dentro do território nacional Argentino “A Região Metropolitana de Buenos Aires” a entendendo a esta como uma conurbación que se conformou mediante um processo de expansão, pelo qual diferentes centros cresceram e se transbordaram, constituindo uma única mancha urbana; uma unidade espacial de forma tentacular que se estende através das vias de circulação sobre o espaço rural integrando numerosas cidades pelo fenômeno de coalescencia urbana. O espaço geográfico que vamos estudar é polinuclear, isto é, este constituído por algum centro de maior hierarquia que outros como San Justo, San Martín, Morón, Merlo, Florencio Varela, etc.; que desenvolvem funções culturais, comerciais, bancárias e reduzem os fluxos de pessoas para o centro da Cidade de Buenos Aires. Mas além destas, a Região apresenta outras caraterísticas, desde sua importância dentro do sistema nacional até a diversidade de usos que se apresentam dentro de seu perímetro. Não obstante esta Região apresenta uma ampla heterogeneidade desde vários pontos de vista, desde o cultural, o econômico, o social, o tipo de atividade predominante, etc. Pelo qual o critério que prepondero para a identificar como Região em nosso país se baseio no funcional; A Região Metropolitana é uma região funcional, afirmada também em um modo de vida urbano, dentro de um espaço homogêneo e contínuo; em cujo interior se localiza a cidade mais importante de nosso país, a Capital Federal, Cidade de Buenos Aires, sede dos poderes políticos e instituições, ponto de partida para o interior do país como assim também para o exterior. Pelo precedente trataremos em primeiro lugar conhecer nosso espaço geográfico; consideramos que todo professor de geografia, deve poder ver com clareza e objetivamente seu meio, saber e descobrir suas riquezas, seus recursos, seu funcionamento, suas vantagens e desvantagens. Não posso ensinar o que não conheço e o que conheço o devo conhecer bem, longe da percepção subjetiva, porque de ser assim estaríamos transmitindo conteúdos parcializados; destacando só alguns detalhes de nosso meio. Ao mesmo tempo buscaremos tentar compreender como funciona a Região analisando os diferentes elementos que a compõem; sua posição e comparando seu relacionamento com outros elementos. Não podemos deixar de lado a interpretação de determinados conceitos relacionados com a Geografia Urbana e Rural, e tentaremos lhe dar sentido a alguns deles os destacando dentro da Região que estudaremos Pelo qual esperamos que este trabalho seja de proveito e sirva para tudo isto que acabamos de ressaltar nesta introdução Região e região funcional. Sabemos claramente que quando falamos de uma região geográfica fazemos referência a um “espaço terrestre individualizado que possui certos rasgos fundamentais de conformidade entre os elementos que a compõem. Seu tamanho é tal que constitui a primeira divisão a efetuar em um continente. Possui continuidade espacial; isto é que uma região geográfica é uma unidade que não pode ser fragmentada e esta destinada a não variar por um longo período”. Para analisar a região Metropolitana de Buenos Aires nos basearemos em um critério funcional. Dado que aqui a coesão interna e a consequente organização do espaço é produto da ação de um centro urbano, (Buenos Aires) que atua como verdadeiro centro ou ponto nodal com respeito a um território no que a vida esta sujeita, em menor ou maior medida ao que disponha esse centro organizador. “Quando um conjunto de assentamentos esta em condições de satisfazer a gama de necessidades e desejos dos habitantes de um espaço geográfico, no material e espiritual, dizemos que definem uma rede de cidades ou uma região funcional”. A definição da região metropolitana baseia-se na unidade funcional de alta complexidade que conforma a metrópole e sua área de expansão..A concentração de população, atividades, meios de transporte e capital caraterizam à região. A concentração inicio-se na cidade, expandiu-se formando a aglomeração (Grande Buenos Aires) e atinjo funcionalmente um espaço que pode ser fechado em tanto Região Metropolitana. Agora bem, dado que nos avocaremos a um estudo relacionado com o urbano, sabemos que existem conceitos dentro desta área cuja definição variam segundo os diferentes critérios que a cada autor realize. Para unificar ditos critérios definiremos alguns conceitos finque para este estudo. Aglomeração: concentração de população em grandes áreas urbanas, cuja expansão e crescimento desorganizado lhe conferem caraterísticas especiais. Conurbación: conjunto urbano que conforma uma unidade urbano demográfica contínua e predominantemente compacta, poucas vezes interrompidas. A delimitação é móvel pois o crescimento é permanente na maioria dos casos. Segundo a forma da expansão costuma apresentar tentáculos. Suburbano: dicese do espaço geográfico periférico de uma cidade, no qual as funções são múltiplas, (residencial, industrial, hortícola, recreativa) embora as atividades estão estreitamente vinculadas com a cidade. Periurbano: são aquelas áreas urbanas com espaços discontinuos de edificaciones que apresentam situações degrada no urbano e residuais no agrário. Oferece uma larga gama de usos dispare Área metropolitana faz referência a uma cidade central e um meio urbano conectados por determinados fluxos sociais e econômicos que permitem identificar uma unidade de funcionamento. Zona metropolitana, refere à totalidade das unidades político-administrativas ocupadas total ou parcialmente pela mancha urbana Região metropolitana âmbito territorial maior, que inclui tanto a mancha urbana como centros de diferente tamanho "localizados dentro de uma linha imaginária demarcada pelos níveis de interação (presente ou potencial) bem como áreas de exploração primária e espaços vazios Como pode ser notado, a distinção entre Área Metropolitana e Zona Metropolitana reside em que no primeiro caso se privilegia como ponto primeiramente ao problema a lógica e dinâmica dos processos sociais que "unificam de fato" ao centro com seu meio urbano, enquanto no segundo caso o ponto primeiramente é a dimensão político-administrativa. Se segue-se esta linha de raciocínio, ambos conceitos não são excluyentes, embora em termos espaciais a Zona Metropolitana "excede" à Área Metropolitana ao envolver, de fato, a totalidade do território ocupado pelas unidades político-administrativas O conceito de Região Metropolitana, então, é o enquadramento geral dentro do qual há que buscar a explicação aos processos de desenvolvimento metropolitano Localização e divisão política A Região Metropolitana de Buenos Aires localiza-se aproximadamente no centro este da porção continental sul-americana da RepublicaArgentina compreendendo duas divisões administrativas muito importantes, a Cidade Autônoma de Buenos Aires, (Capital Federal da Nação) e parte nordeste da Província de Buenos Aires; abrange atualmente um espaço estimado que vai desde os 34° 24 aos 35° 00 de latitude sul e desde 58° 12 aos 58° 41 longitude oeste. limita ao este com o Rio da Prata e ao oeste, norte e sul com a região Pampeana, “segundo o critério de regionalización elaborado pelo INDEC para a República Argentina”. Ocupa uma superfície estimada em um pouco mais de 5.000 Km2; e esta divida politicamente em partidos ou municípios que juntos conformam o Grande Buenos Aires. É muito importante clarificar o seguinte antes de continuar. O que chamamos o Grande Buenos Aires, envolve a todos os partidos mencionados anteriormente. Mas quando nos referimos ao conurbano bonaerense devemos necessariamente excluir daárea de trabalho a porção deltaica do Rio Paraná, correspondente aos territórios de San Fernando, Sino e Zarate. As causas desta determinação são as seguintes: lmente à aglomeração. fisiográficas e o modo de vida de seus habitantes conferem-lhe uma paisagem absolutamente diferente do resto. Todos eles são partidos que ainda se estão incorporando à Região Metropolitana. Seu anexión responde principalmente a uma desconcentraciónda força de trabalho para a periferia da região, que expande com força as funções urbanas com níveis inferiores de emergência para núcleos menores que se mantêm separados da aglomeração, ao menos inicialmente, mas que conformam uma entidade urbana dispersa; ligada inclusive com outras aglomerações próximas, tal é o caso do que ocorre com o Grande A Prata. A Região Metropolitana então ficará para nosso estudo integrada pela Cidade Autônoma de Buenos Aires, e pelos seguintes municípios: Brown Avellaneda Berazategui Esteban Echeverría Ezeiza Florencio Varela Hurlingam Ituzaingó Lanus Lomas de Zamora Malvinas Argentinas Merlo Moreno Morón Perón Quilmes Isidro Vicente López A partir de 1994 alguns partidos sofreram modificações e subdivisiones; Esteban Echeverría foi divido em Ezeiza e Esteban Echeverría, General Sarmiento divido em Malvinas Argentinas, José C. Paz e San Miguel; e Morón divido em Hurlinghan, Ituzaingó e Morón. Por outro lado surgiu um novo partido Presidente Perón que foi formado com parte dos partidos de San Vicente , Esteban Echeverría e Florencio Varela. A cidade de Buenos Aires A cidade de Buenos Aires é a Capital Federal da Republica Argentina foi fundada por Pedro de Mendoza em 1536 e refundada por Juan de Garay em 1580. as principais razões da eleição desta localização foram a disponibilidade da água potable e a combinação de um porto natural com uma barranca elevada, livre de inundações, onde atualmente se encontra o Parque Lezama. Com a criação do Virreinato do Rio da Prata em 1776 a cidade de Buenos Aires foi convertida em Capital. A eleição e Buenos Aires, cidade de escasso desenvolvimento para a época, respondia a dois fatores: o avanço Português para o Rio da Prata através do sul do Brasil e do Uruguai e a crescente importância da rota do cabo de Fornos, devido ao crescimento dos espaços Americanos sobre o Pacífico. Com a inauguração do Porto de Buenos Aires autorizada pelo regulamento de comércio livre, a fins do século XVIII, Buenos Aires não só foi a capital política senão o porto principal de uma vasta extensão, que chegava até o Alto Peru. Isto provoco um rápido crescimento na população e a valoração do gado para a exportação de couros. Com a federalización 1880 esta se afianzo como centro econômico, político e social da Argentina. A partir dali atinjo um desenvolvimento surpreendente. Que nas últimas décadas ultrapasso suas limite políticos e se prolongo nos territórios adjacentes constituindo o “Grande Buenos Aires”. Desde 1947 até nossos dias, no entanto a população da capital Federal mantém-se estável (três milhões de habitantes aproximadamente), com um ligeiro descenso nos últimos anos. Seus partidos próximos cresceram a tal ponto que duplicam à cidade que gerou este crescimento. A superfície da cidade é de 200 Km2, esta limitada pelo rio da Prata ao este e nordeste, pelo Riachuelo para o sul, e pelo traçado da avenida Geral Paz para o oeste e norte, que atua como caminho de circunvalación. Atualmente, a cidade de Buenos Aires é um centro multifuncional já que desenvolve funções diversificadas e muito complexas: financeira, comercial, educativa, cultural, administrativa, gerencial, de serviços especializados, política (sede dos poderes) e portuária (tem o Porto exportador e importador mais importante do país). Nela se com centram as atividades, o poder e as inovações tecnológicas. Buenos Aires carateriza-se por sua estrutura urbana heterogênea na que altera bairros residenciais com mansões como Palermo Chico, Vila Devoto, Bairro Norte, e Belgrano; bairros antigos, típicos representantes de épocas passadas como San Telmo, Constituição, Recoleta e Centro; bairros comerciais e populosos como Belgrano, Caballito e Flores; e também bairros fabriles como Mataderos ou Barracas, entre os mais distintivos Bairros que conformam a cidade: Saavedra Nuñez Costanera Norte Belgrano Coghlan Vila Urquiza Vila Pueyrredon Vila Devoto Vila Ortúzar Vila Real Vila De Parque Vila Santa Rita Vila Geral Mitre Vila Luro Agronomia Chacarita Colegiales A Paternal Floresta Parque Avellaneda Mataderos Liniers Versailles Monte Castro Vila Lugano Vila Riachuelo Vila Soldati Flores Caballito Parque Chacabuco Nova Pompeya Parque Patricios Almagro Balvanera San Cristóbal Boedo Palermo Recoleta Retiro San Nicolás Monserrat Constituição San Telmo A Boca Barracas Alguns dos mais nomeados são: Palermo: bairro residencial, muito conhecido por seus jardins Botânicos e zoológicos, e o parque 3 de Fevereiro. A Boca: junto ao riachuelo foi habitada no século passado exclusivamente por imigrantes italianos. Sua velha edificación, entre a que ainda há muitas casas de zinco, pintada com cores vivas, a distinguem. Uma de suas ruas, telefonema "Caminito" conserva-se com as caraterísticas primitivas decoradas e pintadas com motivos típicos a iniciativa de um artista boquense, Dom Benito Quinquela Martín, cujas obras mostram a vida e o trabalho do bairro. San Telmo: é o bairro mas velho da cidade, conhece-lho também como Bairro Sul. Ainda existem velhas casonas, com seus grandes pátios, zaguanes com portas cancel de grades, etc.; mas já começou tem se modernizar e constantemente se constroem vários edifícios. Belgrano na zona Norte e Flores na zona oeste, são bairros residenciais. Há grandes edifícios de departamentos e contam com uma atividade comercial muito importante que se desenvolve sobre a Av. Cabildo em Belgrano e a Av. Rivadavia em Flores. Mataderos e Liniers, são bairros fabriles; as casas geralmente baixas, rodeiam fabrica-as oficinas industriais Aos bairros mencionados devemos somar o último criado na década do 90, do século XX; Porto Madero, do qual nos ocuparemos mais adiante Médio físico Parece-nos indispensável ter em conta o enquadramento físico geral no qual se encontra emprazada a Região Metropolitana pelo qual aremos uma revisão geral sobre a Pampa Ondulada cujas caraterísticas são as seguintes: A Pampa Ondulada é um setor privilegiado. Bloco levantado cuja ascensão continua em nossos dias, se estende ao noroeste do Salgado caindo com suave pendente até a borda da escarpada barranca que emoldura o vale do Paraná, em parte em contato direto com o rio (barranca viva) gerando locais propícios para o estabelecimento de portos, e em parte separada dele (barranca morrida) por uma esplanada baixa construída pelo próprio rio ou por suas afluentes. A região toma seu nome de uma série de lomadas decorrentes da modelagem impressa à zona pela grande quantidade de rios e ribeiros que escavaram no passado amplos vales aterrazados, de fundo chato e tamanho desproporcionado com seu volume atual, pelo que escorregam zigzagueantes e, por causa do movimento de ascensão da zona, entallando suas cauces na esplanada baixa, sobre a que transbordam em ocasião de chuvas excecionais. A precipitação média anual atinge os 900 mm; em condições normais a maior parte se infiltra alimentando a camada freática, um dos valiosos recursos da área. A vegetação natural adapta-se às cambiantes condições do relevo que incidem também na formação dos chãos, se apresentandoestes bem desenvolvidos e profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenagens na loma e seus suaves faldeos, onde prospera a estepa herbácea, mas pesados, argilosos, com evidências de hidromorfismos nos baixos, onde a estepa se transforma até dar local aos juncales, totorales e cortaderales dos banhados. Esta Pampa Ondulada, que também desce escalonadamente desde o ribeiro do Médio até as imediações da Prata, gerou a imagem da fertilidadinesgotável da pampa, pela excelente aptidão de suas terras agrícolas, sua tapiz herbáceo palatable para o gado, a abundância e qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas e a macieza de seu clima. Sua posição ribereña dos caudalosos rios navegables e sua condição de local de trânsito obrigado entre o porto e o Paraguai, Tucumán e Cujo, fizeram dela a zona mais densamente povoada e a que sofreu mais intensas modificações por ação do homem, quem substituiu a vegetação natural por uma pradera de cultivo, em parte forestada com tal intensidade que já é impossível resgatar o horizonte original. A mesma sorte correu a fauna autóctona que não pôde enfrentar a concorrência dos animais introduzidos pela colonização. Também é a zona onde a indústria e o crescimento urbano geraram as mais variadas formas de contaminação ambiental. Mas no que respeita estritamente à região que vamos analisar podemos dizer que apresenta três enquadramentos naturais bem diferenciados, o Rio da Prata, a planície Pampeana e o Delta do Paraná, os que individualmente ou sócios desempenharam um papel importante no processo de organização territorial da região, e indiretamente no devir econômico da região e social do interior do país. O Rio da Prata constituiu desde a época da conquista uma importante via para o intercâmbio. Na atualidade sua funcionalidade como via navegable se encontra limitada pela escassa profundidade do cauce, que dificulta o acesso de navios de grande calado. A planície Pampeana por sua vez a constituído por múltiplas razões, o motor que induziu o assentamento dos primeiros grupos populacionais e a sua posterior expansão e consolidação. A escassa variação de pendentes locais e regimes estimulou a fluidez nas comunicações terrestres, ao mesmo tempo que aunadas à qualidade e espessura dos horizontes gumíferos explicam o amplo desenvolvimento das atividades agropecuárias, frutícolas, florícolas e hortícola. O Delta do Paraná apresenta uma formação aluvional de avançada subtropical muito próximo da mesma região. Durante muitos anos estas ilhas serviram à provisão de recursos naturais como são a lenha., duraznos e laranjeiras silvestres, que anteriormente foram transformados em recursos comerciais (a plantação de salicáceas para a obtenção de massa celulósica, o cultivo de frutales, etc). O crescimento Hoje em dia a Região Metropolitana contínua em expansão dentro do “grande Buenos Aires” contínua uma crescente urbanização dos intersticios. O assentamento urbano começou na zona do porto e desde ali estendeu-se de forma concêntrica para o interior do território Hoje em dia “o Grande Buenos Aires” possui uma forma tentacular pois a crescido e cresce seguindo as vias de circulação sobre os espaços rurais através de um processo de união entre cidades próximas, denominado fenômeno de coalescencia urbana (tendência das coisas a unir-se) portanto este constituído por numerosa localidades que conformam uma verdadeira aglomeração com algo mais de 11.000.000 de habitantes segundo o censo realizado em 1991. Este crescimento produziu-se de uma maneira rápida e desenvolvida. O processo de suburbanizaciónproduziu-se através da incorporação desorganizadas de terras que carecem de serviços básicos para seus habitantes. Os partidos do “Grande Buenos Aires” encontram-se divididos em forma concêntrica em três cintos a partir da Capital Federal. A avenida Geral Paz e o Riachuelo separam à Cidade de Buenos Aires do primeiro cinto. A rota 4 ou “Caminho de Cintura” estabelece a divisão entre o primeiro e o segundo cinto. O limite entre o segundo e o terceiro cinto, ainda em projeto, estaria representado pelo prolongamento do caminho do Bom Ayre que se unirá à rota nacional 2, a Cidade da Prata e a futura ponte entre a Cidade de Buenos Aires e Colônia do Sacramento no Uruguai. Por último a rota nacional 6, que vai desde Sino até A Prata bordea e marca o fim de toda a aglomeração. Processo de conformação espacial Se recorrerá à diferenciação em períodos, segundo as mudanças introduzidas an o uso das diferentes tecnologias de transporte. De acordo com a expansão da cidade de Buenos Aires, centro neurálgico da Região, diferenciam-se três períodos. do transporte de tração animal (1530 a 1864): a difusão das inovações técnicas e o intercâmbio desde o porto de Buenos Aires introduziu uma mudança que favoreceu o crescimento pampeano. Durante esta etapa a cidade apresentava uma estrutura mononuclear simples, favorecida pela compactación do núcleo original e por sua curto rádio de acessibilidade imediata. Dentro da área urbana a alternância do uso do chão foi comum, só na área central agrupava aos edifícios públicos. Os do norte, do oeste e do sul eram os elementos circulatorios por onde se canalizavam os fluxos das interações funcionais. Pampeana cresceu mais rapidamente que o resto do território. Deu-se assim o grande empurre para pôr em funcionamento o circuito da concentração que se retroalimenta a si mesmo e se produz mais concentração. A ferrovia estruturou um circuito de alta complexidade de intercâmbios restringido praticamente à área nuclear. Este período a metrópole baseou seu crescimento na expansão suburbana radial sustentada na possibilidade de deslocações diários por ferrovia e bonde. As ferrovias a longa distância determinaram a estrutura radial básica da aglomeração. Com a ferrovia aumentou a velocidade das interações e a magnitude dos fluxos, depois produziu-se a absorção dos núcleos populacionais periféricos e a expansão em banda de extensão radial que deixo de lado os intersticios subdesarrollados. A estrutura urbana se complejizó. Sobre a antiga estrutura concêntrica se sobreimpuso uma radial que organizou setores. O setor residencial com população de altos rendimentos estendeu-se ao longo do eixo Norte, nos povos e quintas de veraneio e de fim de semana, o núcleo industrial do Sul estendeu-se desde Avellaneda até Quilmes automotor (1930 até a atualidade): o incremento na velocidade das interações e a quantia dos intercâmbios facilitaram a concentração nos @nodo com maior acessibilidade. As diferenças territoriais incrementadas durante o período de expansão do setor agropecuário aumentaram ainda mais com o aparecimento do setor industrial. A aglomeração industrial baseada na economia de escala, de localização e de urbanização fortaleceu a grande concentração metropolitana. A colonização provinciano à metrópole atinge sua máxima expressão entre 1943 e 1947, onde ingressam umas 100.000 pessoas provenientes do interior. Na metrópole cresceram concentricamente islotesde pobreza as “vilas de emergência” em terras vagas ou não aptas para a instalação humana. O automotor por sua vez, apresenta-se como o médio de transporte mais importante, gerador da grande expansão suburbana indiscriminada. A extensão da área urbanizada não tem limite muito precisos, se foi ocupando todo o espaço disponível. Os desenvolvimentos das rotas e as vias de circulação rápida consolidaram uma endeble estrutura radiocentrica com um rellenamiento pouco seletivo que acentuou as diferenças entre as áreas consolidadas e as periféricas intersticiais. As metrópoles busca um reordenamento, precisa o espaço regional para seguir crescendo. Para uma focagem mais profunda de divisãodas coroas Distinguimos anteriormente quatro coroas de crescimento que marcam de alguma maneira a diferentes delimitação que a aglomeração de Buenos Aires apresentou ao longo dos anos passados. Mas esta divisão que realizamos é a mais comum utilizada dentro do âmbito geral de estudo do AMBA; existe outra divisão por coroas que se elaborou com os seguintes señalamientos: Definem-se duas coroas iniciais, abrangendo a área de Capital, Avellaneda e Lanús. Define-se uma segunda linha forte de limite, formada pela cuenca do Reconquista (Caminho do Bom Ayre) o ribeiro Morón, avariando traça-a no rio Matança até atingir o Caminho de Cintura, prolongando pelo limite entre Quilmes e Berazategui. Entre estas duas linhas define-se a sinuosidad correspondente ao limite da zona provista de rede de água potable (maior que a área servida com rede cloacal) que servirá de limite entre terceiro e quarto anel. Uma terceira linha sinuosa correspondente ao limite da área urbanizada, no que atualmente existe loteo, define a separação entre quinto e sexto anel. Fica assim uma estrutura de anéis concêntricos semelhante à da maioria das análises efetuadas, confirmam os limites materiais e bordas em expansão (linhas sinuosas). Sobre esta base foram viradas as principais linhas ferroviárias como elemento representativo das diferentes cuencas de meios de transporte em comum. A Avenida Pan-americana (Acesso Norte) e Gaona (Acesso Oeste) servirão de limites entre cuencas. Similar função cumprirão o rio Matança e o Caminho Geral Belgrano. À mencionada matriz integrada por sete anéis agregam-se-lhe seis cuencas de meios de transporte. As grandes autoestradas (Pan-americana e Gaona) comportam-se de maneira diferente em função do anel que atravessam. É possível constatar que estes eixos funcionam como limite entre zonas quando atravessam a segunda e terceira coroa, se convertem, na quinta e sexta, no principal elemento de conexão, desenvolvendo fortes ramificações na trama circundante. Esta condição determina que o assentamento do sexto anel (área em processo de urbanização) tendam a vincular com as áreas centrais através destas autoestradas e não das cuencas de transporte utilizadas até a quinta coroa. Cabe destacar que a inexistência de grandes eixos viales na zona sul desequilibra este suporte conceptual. A finalização da autoestrada à Prata, a refuncionalización de Avenida Pavón, bem como a electrificación do ramal a Bosques do FFCC Rocha, modificariam substancialmente esta avaliação. A sua vez, mantém total vigência o prolongamento da Avenida Geral Paz, obra abandonada faz mais de 50 anos pese a haver sido expropiada a maioria de sua traça que, como fica demonstrado, mantém total vigência. No caso do FFCC Rocha, à altura da quarta coroa a linha divide-se em dois eixos, um com destino a Glew e outro a Ezeiza. Assim mesmo, a cuenca que foi identificada como San Martín / Urquiza está atravessada por outras linhas ferroviárias, sem grande efeito na conformação da estrutura urbana. No caso da Matança, a linha do FFCC Belgrano não cobra grande significação, sendo a Rota 3 o verdadeiro elemento estruturante do tecido urbano. A população metropolitana Vamos a identificam três grandes períodos relacionados com mudanças globais registrados no país, utilizando os dados censales existentes Formação da aglomeração (1865-1930) Apesar da importância do período colonial de Buenos Aires, para analisar o processo de metropolización basta com retrotraerse em meados do século passado. Quando o país se incorpora ao mercado internacional como economia agro-exportadora começa uma marcada etapa de crescimento do assentamento, que converte a Buenos Aires na maior aglomeração da América Latina. Quase entrando ao último quarto do século XIX, Buenos Aires ainda constituía uma tranquila cidade, com 187.000 habitantes em 1869 e sem registrar ainda os rasgos característicosde umas grande metrópoles. A partir de incorporar-se a Argentina à economia mundial como país agroexportador Buenos Aires começa a adquirir `primacía” como centro urbano: de representar o 13,2% da população total do país passa a ter o 25,8 % entre 1869 e 1914. A partir deste período a cidade começa a acumular uma série de funções centrais de máxima especialização tais como a capitalidade nacional, porto predominante primeiramente e saída do importante comércio exterior, assentamento principal dos fluxos migratórios, cabeceira da rede ferroviária e caminera, etc.. Cresce onze vezes a quantidade de habitantes, multiplica-se 16 vezes a área ocupada e começa a estender-se o espaço urbano e aglomerarse com assentamentos situados em jurisdições contíguas. Registra-se neste período a ampliação dos limites da cidade, a que em 1887 anexa os Partidos de Belgrano e Flores prevendo, só em parte, a futura expansão do assentamento. A cidade cresceu aceleradamente a partir de haver adquirido a capitalidade, convertendo-se na grande cidade do sul da América por seu “cedo” desenvolvo sócio-econômico- cultural. Centro principal da etapa agro-exportadora do país, cumpre assim o primeiro ciclo de vida como grande cidade e seu suporte físico (#infraestrutura e equipamento urbano) se desenvolve ao impulso das atividades. É neste processo de formação do assentamento que se observam as mais altas taxas de crescimento populacional, entre 40% e 50 % de crescimento médio intercensal, baseado fundamentalmente na forte entrada de contingentes inmigratorios, principalmente europeus. Apesar do acelerado crescimento, em 1914 quase o 80% da população residia dentro dos limites da cidade de Buenos Aires. Crescimento da aglomeração (1930-1970) No período compreendido entre 1930 e 1970, a taxa de crescimento média anual intercensal diminui quase à metade do precedente, ficando próxima aos 25 por mil em todo o período, no entanto segue sendo bem mais alta que a taxa do país, que cai ao redor do 18 por mil em todo o período. Isto é que (no contexto de uma moderação do crescimento demográfico do país, devido fundamentalmente à diminuição da imigração, a aglomeração de Buenos Aires se mantém como a área mais dinâmica, incrementando sua primacía no sistema urbano nacional (embora no subperíodo 1947/60 a taxa de crescimento da população aglomerada metropolitana começa a ser menor que a população urbana do país). A vitalidad da ecossistema metropolitano guarda relacionamento com as funções assumidas por Buenos Aires como centro do desenvolvimento industrial sustitutivo de importações. Por outra parte, embora em diminuição, o componente migratório segue sendo muito importante no crescimento do assentamento. Progressivamente o fluxo populacional de ultramar é substituído por habitantes do interior e de paises limítrofes; no conurbano, como na Cidade de Buenos Aires, jurisdição na que o fenômeno é similar mas mais atenuado, em 1980 o 30,28 % da população estrangeira provinha de países limítrofes. Sede a mais do 60 % das indústrias e local onde se concentra o principal mercado de consumo, a aglomeração cresce trasponiendo limites jurisdiccionales e atinge em 1970 aproximadamente 10 milhões de habitantes, Buenos Aires, a cidade central, se mantém estável desde 1947 em ao redor de 3 milhões de habitantes. Neste segundo ciclo de vida do assentamento, o suporte físico começa a apresentar limitações às atividades residenciais e produtivas (tanto no relativo ao médio construído pelo homem como ao médio natural originário). Inicia-se um período em que se tenta restringir o crescimento das atividades produtivas na área. Entre 1914 e 1970, a extensão transborda limites jurisdiccionales e anexa assentamentos urbanos periféricos que reforçam o capitalino, gerando uma unidade funcional que passade uma rádio teórico de 13,5 km a 30,7 km..Desta maneira, à problemática de grande cidade que já padecia (a mobilidade e o transporte, a sobreposição de usos de chão, a afetação de recursos naturais, etc), assume ademais a originada pelas múltiplas jurisdições que intervêm nos processos de gerenciamento relativos ao assentamento: Nação, Província e Municípios. Diminuição do crescimento (1970-1991) Desde 1970 em adiante começa a atenuar-se o crescimento da aglomeração `Neste último período, que desde o ponto de vista demográfico começa em meados da década do `60, se inicia um processo de desaceleração do nível de crescimento registrado nas décadas anteriores” A influência fundamental exerce-a o descenso experimentado pelas migrações internas. No entanto, no estudo citado expõem-se uma série de causas possíveis que se complementam: Uma política deliberada, sobretudo durante o último governo militar, que desalentó o assentamento de população migrante na aglomeração: expulsión de pobladores de países limítrofes, libertação progressiva dos aluguéis, erradicación das vilas de emergência do território da Capital Federal, etc, Descenso do nível de emprego devido à forte crise industrial que afetou particularmente aos partidos industriais do Grande Buenos Aires. 4 O destacável deste período, com o único antecedente do lapso 1914-1938, é que o crescimento vegetativo iguala e depois supera o crescimento migratório. Na década de 1970-80 só o 25 % do crescimento se explica pelas migrações.' Apesar da desaceleração do crescimento demográfico, o acréscimo do número de habitantes segue sendo alto em valor absoluto, já que a população da Capital Federal mantém-se constante. É a cada vez maior o peso relativo dos Municípios correspondentes à Província de Buenos Aires na população total da aglomeração, incrementando a complexidade jurisdiccional da área. A calda da taxa de crescimento reflete-se em que a “primacía” atingida pela aglomeração, embora se mantém, tende a decaer em importância') Desde 1960 começou a baixar o indicador do número de vezes que a população maior contém à do segundo centro urbano do país (de 11,4 em 1960 a 9,9 em 1980), e desde 1970 cai sua participação com respeito à população total do país (35,8 em 1970 e 33,5 em 1991) O esgotamento sucessivo dos modelos agroexportador e de industrialización sustitutiva põe hoje em questão o futuro da cidade. O assentamento padece uma queda da atividade industrial, crescimento do setor terciário improductivo, desemprego, segmentação e segregação sócio-espacial. Por outra parte, pela agonia do “estado benfeitor nas últimas décadas deixou-se de financiar o caro suporte físico da cidade, convertido em um déficit cumulativo que pesa sobre seu futuro. A aglomeração parece achar ao início de um ciclo de vida, no qual deve encontrar um novo equilíbrio entre o suporte físico e as atividades que nele se desenvolvem. Estruturação interna O processo de metropolización acelerada apresenta duas fases bem diferenciadas: uma de crescimento concentrado e outra de crescimento por expansão da área ocupada. Entre 1869 e 1895 produz-se, apesar da quase duplicação da rádio teórico metropolitano, um acréscimo da densidade de 96 a 108 habitantes por hectare, enquanto na segunda fase a densidade diminui quase à metade.(6) , Organizando as jurisdições e zonas em anéis e setores, é possível identificar a estruturação espacial interna da aglomeração. O crescimento populacional concentra-se, no primeiro período, dentro dos atuais [imite da cidade de Buenos Aires. Enquanto em 1869 mais do 80 % dos habitantes da aglomeração repartiam-se entre o Centro e o ler. Anel, em 1915 quase o 80 % da população metropolitana residia dentro da atual cidade de Buenos Aires Quanto à estruturação por setores, observamos que se produz um acréscimo no peso relativo do Norte e o Oeste que passam de 15.8 ao 30.4, e do 16.4 ao 29.3 % entre 1869 e 1915, em prejuízo do Centro que decrece fortemente (de 41.3 a 6.3 %) e do Sul que cresce muito pouco (de 24.2 a 27.8%). Começa a diferenciar-se o setor Norte da cidade, que melhora suas condições de habitabilidad, como foi o local eleito pela classe alta porteñaque foge do centro e sul da cidade depois das epidemias desatadas sobre Buenos Aires. Outro aspeto de interesse é o comportamento da densidade na área central metropolitana, definida como o setor da cidade no que reside o 10 % da população agrupada em forma mais densa, no subperiodo expansivo: Nela a densidade diminui de 337 a 320 habitantes por hectare enquanto no resto das metrópoles a queda se duplica (5 e 10 % respetivamente) Se manifesta assim a forte centralidade do núcleo histórico que recebe grande investimento de #infraestrutura e equipamento no período, e não se vê afetada sua função apesar da grande expansão urbana) Paralelamente na primeira fase do período registra-se um empeoramiento das condições de vida urbana na área (o hacinamiento aumenta de 1,65 a 1,90 pessoas por quarto) embora o acréscimo é maior no centro que na periferia. Para fins do período, entre 1904 e 1909, continua o crescente deterioro do centro, mas diminui fortemente o hacinamiento na periferia'(de 1,94 a 1,14 pessoas por quarto). Criam-se certos mecanismos que permitem a alguns imigrantes iniciar uma sustentada marcha para a periferia, que implica ao mesmo tempo um acesso à propriedade imóvel e um enrolamiento nas filas dos grupos médios. Este processo baseia-se principalmente em dois elementos: a extensão do transporte urbano, bonde elétrico, que chega à quase totalidade da cidade, e a venda de lotes a prazo acessíveis à população de baixos recursos. Adquirem desta maneira importância crescente na cidade os estratos socioeconómicos meios, caraterística que diferenciará marcadamente a Buenos Aires de outras metrópoles latinoamericanas. No crescimento da aglomeração durante o período 1930- 1947, a cidade central consolida-se e atinge seus limites (salvo o setor Flores Sul e Lugano afetado por limitantes do suporte natural, cuja habilitação começará ao final do período), requerendo para isso importantes obras de #infraestrutura em saneamento (entubamiento de Tosse ribeiros Maldonado e Vega), e comunicações (telefones, emissoras radiofónicas). Tais fatos manifestam-se na evolução da configuração espacial metropolitana com um crescimento mais lento da área ocupada que da população, originando um processo de crescimento da densidade que se reverte a partir de 1947. Apesar de que as taxas de crescimento diminuem dentro da Cidade de Buenos Aires ainda seu peso populacional em 1947 atinge quase o 60 % do total e, por outra parte, é ainda baixo o crescimento que se verifica nos anéis 3ro. e 4to. (os dois primeiros após a Avenida Geral Paz). A partir de 1947 as políticas de crédito à morada individual, o loteo privado, a autoconstrucción, o incremento do transporte coletivo e seu abaratamientorelativo alargam a mancha urbana de baixa densidade. Apesar do importante investimento em morada popular, aparecem neste período, devido à grande pressão demográfica, os signos de uma nova manifestação do déficit habitacional: as vilas miséria, assentamentos irregulares de moradas precárias em terras ocupadas ilegalmente, a mais das vezes em chão não apto para a atividade residencial. No período 1960/1970 produzem-se algumas variantes com respeito ao período anterior que registrava uma queda generalizada da densidade. Esta segue diminuindo com relacionamento ao total metropolitano, embora de maneira mais suave, mas, simultaneamente, se densifican ainda mais as zonas mais densas. Isto é considerado “regresiva”, em comparação com os modelos teóricos que determinam uma tendência a suavizaro gradiente de densidades em relacionamento com o crescimento geral da economia urbana. Considerando as metrópoles em seu conjunto, pode ser observado uma maior concentração espacial da população nas zonas de melhores condições de habitabilidad, enquanto no conurbano crescem as zonas mais deficitarias das periferias. A queda do crescimento da aglomeração neste período não é homogênea senão pelo contrário podem ser identificado situações de grande contraste. Em termos gerais enquanto no 4to. e 5to. Anel registram-se altas taxas de crescimento, no centro e os anéis intermédios as taxas são baixas ou negativas. As taxas mais altas concentram-se dentro do 4to. Anel, nos partidos de Moreno, Esteban Echeverría e Florencio Varela, em ambos períodos intercensales e o caso da Matança 8, para o período 1970/80. Nos dados censales 1970, 1980 e 1990 foi possível separar o Partido da Matança em setores A (que se corresponde com o 3r.Anel) e B (que se corresponde com o 4to. Anel) que têm comportamentos sociodemografícos muito diferentes. No 5to. Anel as altas taxas correspondem aos partidos do setor Norte, Escobar e Pilar, e aos correspondentes ao setor Oeste, Gral. Rodríguez e Marcos Paz. Tal comportamento verifica-se se comparamo-lo com os pesos populacionais que as diferentes áreas da aglomeração vão registrando no mesmo período. Pode ser comprovado que são os Anéis 4to. e 5to. que aumentam sua percentagem de participação na população total da área a expensas do resto dos Anéis, o Centro e o Grande A Prata que pode ser analisados separadamente. A análise por setor arroja que no 4to. Anel concentra-se o crescimento do peso populacional no setor Oeste (82.5 %) e no setor Sul (56.9 %), no 5to. Anel o setor Norte duplica-se (Escobar e Pilar) e o setor Oeste cresce em sua percentagem de participação com o total da população em um 50%. Por um lado existe uma tendência firme ao desaparecimento das “políticas implícitas” que estimulavam o processo de suburbanización dos estratos de ba]vos rendimentos, tal como se manifesta no crescente preço dos transportes ou o surgimiento de políticas “explícitas” de controle da ocupação do chão, Lei 8912 na Província e Código de Planejamento Urbano na Cidade de Buenos Aires. Esta tendência parecesse ter continuidade nos `90 através das privatizações das redes de #infraestrutura de serviços domiciliários e do transporte (ferrovias, subterrâneos, concessões de rotas e autoestradas com cobrança de portagem, etc). Complementarmente observam-se signos de deterioro central como o crescimento da população alojada em hotéis-pensão (sucedâneo dos conventillos), um reflujo de população instalada em assentamentos precários centrais (depois de seu expulsión na segunda metade da década do `70), e a emergência do fenômeno novo de casas “tomadas”, que coexiste, para fins dos `80 e princípios dos `90, com tentativas de posta em valor mediante empreendimentos como Porto Madero, Avenida de Maio, reciclagem de conventillos, e investimento privado em shoping “centers” na cidade central. Por outra parte, surge um novo padrão de assentamento em estratos de altos rendimentos, o “country clube”, que pode, no futuro, transformar em uma extensão da periferia. Acompanhando esta tendência, e em uma forma atrasada respeito de outras metrópoles, instalam-se super e hipermercados periféricos. Estes fatos são interpretados como uma tendência de reversión total da estrutura sócio-espacial urbana. Se estaria assistindo agora a um estádio de transição devido à forte inércia da estrutura anterior. Deslocações da população Volume e caraterísticas das deslocações Os antecedentes sobre estudos do fenômeno da mobilidade quotidiana de a população do Áreá Metropolitana são os seguintes: Estudo Preliminar de Transporte da Região Metropolitana de Buenos Aires (EPTRM), realizado em 1970, que incluiu um inquérito de origem e destino dos traslados na área. Censo Nacional de População e Moradas 1980, incluiu uma pergunta sobre local de trabalho e estudo, que permitiu registrar as deslocações por ditos motivos. A pergunta mencionada foi excluída no Censo de 1991 pelo qual não pode ser contado com dito registro atualizado. - Análise de Mobilidade da Região realizada pelas autoridades de transporte em 1991/92 do que obteve dados globais de volume de trasladossem dados de origem e destino dos mesmos. Do último estudo mencionado podem ser extraído os dados que permitem dimensionar o volume atual de traslados bem como de sua evolução nas duas últimas décadas. Em dito período podem ser observado desajustes entre a quantidade de traslados e o crescimento da população na Área Metropolitana. Enquanto o número de habitantes aumenta um 37,1 %, as viagens só o fazem em um 3,7 %, pelo qual a taxa de viagens por habitante baixa de 2 a 1,5 traslados por dia e por pessoa. Corresponde- se esta observação com o desaparecimento das políticas implícitas de suburbanización, como o subsídio estatal ao transporte público de passageiros. De acordo com o antedicho as conclusões sobre a variação registrada na composição modal das viagens, tal como o expressa um estudo sobre os efeitos da desregulamentação do transporte na mobilidade metropolitana “Observa-se que a participação dos modos públicos na divisão modal do EPTRM era de 66,70% do total das deslocações, enquanto na atualidade só representam o 59,70%. A queda na participação dos meios públicos atinge o 11%”. A perda de participação difere entre os diversos modos de transporte, efetivamente, enquanto o #comboio registra uma calda do 9 %, o coletivo diminui o 8,2 % e o modo subterrâneo fá-lo em um 32,9%. Outro aspeto interessante que pode ser visto neste quadro é a alta proporção de viagens a pé de 10 quadras e mais que os habitantes da Região realizam diariamente. O incremento de quadras caminhadas é de 14 % entre as duas observações. Deve ser clarificado que o estudo de 1970 considerava viagens a pé aqueles realizados a 5 ou mais quadras, enquanto o estudo de 1991/92 considera como viagem a pé aqueles de 10 quadras e mais, o que implica que o incremento é muito maior que o assinalado pelo guarismo. As conclusões manifestadas sobre ambos fatos (acréscimo do uso do automóvel particular e deslocações a pé), se relacionam com o processo de distribuição regresiva do rendimento que experimentou o país nas últimas décadas. A quantidade de viagens com transbordo é quase o duplo para os usuários residentes na Província, mais de dez vezes maior nos que realizam 2 transbordos, e 4 vezes maior nos que requerem 3 e mais mudanças de modo”. A quantidade de usuários que precisam fazer pelo menos 1 transbordo diminuiu entre os dois estudos, em virtude do qual se supõe que a área servida pela rede de transporte se incrementou. No entanto, baseando em uma informação citada em dito estudo, pela qual os custos generalizados de transporte aumentaram (bem como sua incidência nas despesas familiares), pode ser suposto que certos trechos de trasladosse fazem atualmente a pé com a consequente diminuição dos trasbordos. Comparando os registros de 1970 e 1991/92 observa-se um incremento importante (12%) do motivo trabalho em detrimento do resto dos motivos de viagem refletindo, novamente, a queda na qualidade de vida dos habitantes da Região”. Distribuição espacial dos traslados Com respeito às zonas de origem e destino das viagens conta-se com informação produzida nos registros de 1970 (EPTRM) e 1980, Censo 1980. Lamentavelmente não se conta com informação deste tipo correspondente a 1992, e os outros registros não são comparáveis por utilizar diferentes divisões territoriais. Mesmo assim resulta de utilidade analisar os resultados da cada período a fim de sacar conclusões sobre osaspetos espaciais da mobilidade da população. Em uma primeira coluna observa-se o peso relativo das viagens realizadas dentro da mesma zona, em uma segunda as viagens a zonas contíguas e na última as viagens à zona central da cidade. No primeiro caso podem ser identificado as zonas que apresentam maior grau de autonomia do resto da Região. Pode ser destacado o caso da Prata / Berisso Enseada, na qual o 87.4 % das viagens são intrazonales, contrastando com o conjunto das zonas da Cidade de Buenos Aires que não atingem o 10 %, como média, de viagens internos. Isto manifesta a forte interrelação da cada zona de Capital Federal com o resto e, pelo contrário, o volume, muito menor, de interrelação da zona com centro na capital provincial. Caraterísticas da população por anel e setor. Setor Norte. Os anéis 3 e 4, respeito da densidade destaca a forte descontinuidade que impõe o rio Reconquista no arco Norte e Oeste. No 3er. Anel (partidos de Vicente López, San Isidro, San Martín e 3 de Fevereiro) observa-se uma subcorona de maior intensidade residencial mais próxima à cidade de Buenos Aires. A sua vez esta coroa está atravessada por faixas de maior densidade montadas sobre os eixos de transporte. Com respeito ao variáveis Sócio econômico e Variação de população observa-se, de modo geral, áreas demograficamente mais estabilizadas com prevalência dos níveis socioeconómicos alto e médio. No 4to. Anel do Setor Norte (formado pelos partidos de Tigre e General Sarmiento) a prevalência combina níveis de crescimento médio ou alto, enquanto a ocupação do chão é menos densa. Na borda externa começa a predominar o nível socioeconómico médio, explicable pelo crescimento dos “countrys'. Setor Oeste. No 3er. Anel (inclui o Partido de Morón e a zona A de A Matança) repete-se o observado no caso anterior, configurando-se uma subcorona ainda mais homogênea contígua ao limite com a cidade de Buenos Aires. Cabe destacar uma diferença com o setor Norte na maior concentração de nivele-os sócio- econômicos altos sobre o eixo da ferrovia Sarmiento. O 4to. Anel no setor Oeste (partidos de Moreno, Merlo e setor B da Matança) observa-se uma segunda subcorona de densidade alta que passa por Isidro Casanova -Rafael Castillo terminando em Morón, uma área mais isolada de densidade alta se registra à altura de González Provam, na Matança. Por outra parte, configuram-se dois eixos radiais de densidade média que atravessam as subcoronas; uma já mencionada alo longo da ferrovia Sarmiento, que chega até Merlo, e a segunda ao longo da Rota 3 chegando até a localidade de González Catán, A diferença entre os dois eixos radiais é que o corredor Sudoeste apresenta um baixo nível socioeconómico e alto crescimento da população, Setor Sul. O setor Sul distribui-se entre os anéis 2do. (inclui os partidos de Avellaneda e Lanús e prolonga-se dentro da cidade de Buenos Aires), 3ero. (partidos de Lomas de Zamora e Quilmes) e 4to. (partidos de Esteban Echeverría, Alte. Brown, Florencio Varela e Berazategui), Tal como se observou nos casos precedentes, enquanto a densidade se organiza no sentido dos anéis diminuindo do centro à periferia, os tipos sócio demográficos se organizam em forma radial. Destacam-se dois corredores montados sobre as duas linhas da ferrovia Rocha (A Prata e Temperley) que apresentam um escalonamiento A diferença observable com os setores precedentes é que as melhores condições socioeconómicas e a estabilização demográfica aparece mais concentrada nos eixos radiais, enquanto se alargam as áreas intersticiais com população em condições de pobreza e com forte crescimento demográfico. Dinâmica da população Crescimento estimado. Efetuou-se uma estimativa da população para o ano 2000 considerando como fixas as taxas de crescimento intercensalmédio do período 19/80/91. Mais que o considerar uma predição, é de utilidade o tomar como um palco futuro possível em caso de se manter certas condições vigentes na atualidade, mas sujeito a ser modificado atuando sobre as forças causales do padrão de urbanização. Aplicou-se à população 1991 as taxas de crescimento intercensal precedente, trata-se de uma estimativa global que sintetiza a Região nos mesmos anéis e setores já definidos para analisar a evolução histórica da aglomeração, e posteriormente se realiza um cálculo mais detalhado, desagregado a nível de Partido. No caso da estimativa a nível de partido obtiveram-se os valores anuais entre 1991 e 2000, permitindo um seguimento detalhado da possível evolução populacional. A estimativa prevee para a aglomeração do Grande Buenos Aires uma população a mais de 13 milhões para o fim de século XX, o que representaria um crescimento moderado, mais ainda se se compara o caso de Buenos Aires com outras grandes cidades latinoamericanas. Distribuição da população estimada. O crescimento da aglomeração não é homogêneo, se registrando de modo geral maiores taxas de crescimento nos anéis mais afastados e nas áreas intersticiais. A tendência mostra que se verificaria uma diminuição da participação na população total do assentamento desde o centro até o 3er. Anel e se registraria um acréscimo a partir de 4to. Anel. Analisando os setores observa-se que apesar da prevalência populacional da zona Norte se estaria produzindo uma tendência de nivelação que aproximaria os pesos residenciais dos três eixos radiais. A variação do peso populacional analisa-se a nível de partido. Os partidos que mais crescem em participação populacional são os pertencentes aos anéis periféricos. Mas ademais podem ser diferenciado aos que apresentariam os maiores crescimentos de se manter as tendências vigentes. Destaca-se o caso de Escobar como o de maior crescimento populacional no enquadramento regional, lhe seguindo EstebanEcheverría, Florencio Varela, Moreno, General Rodríguez, Marcos Paz e Pilar correspondentes ao 4to. e 5to. anel. Pelo contrário, destaca-se a perda de importância na população regional da cidade de Buenos Aires, Avellaneda, Lanús, Vicente López, San Isidro, Três de Fevereiro e a zona A de a Matança que pertence ao 3er. Anel. Quadro 6.1.1 Província de Buenos Aires: 24 Partidos do Grande Buenos Aires. População por sexo segundo idade em anos simples. Ano 2001 Idade Total Sexo Varões Mulheres Total 8.684.437 4.213.697 4.470.740 0-4 760.313 387.423 372.890 5-9 783.699 398.239 385.460 10-14 792.989 401.345 391.644 15-19 741.560 373.279 368.281 20-24 779.864 388.775 391.089 25-29 670.070 331.586 338.484 30-34 596.390 293.634 302.756 35-39 544.163 265.053 279.110 40-44 526.155 256.374 269.781 45-49 486.229 233.821 252.408 50-54 461.184 220.052 241.132 55-59 373.835 177.536 196.299 60-64 314.352 144.358 169.994 65-69 271.973 120.702 151.271 70-74 242.890 100.828 142.062 75-79 175.107 68.498 106.609 80-84 96.729 33.391 63.338 85-89 47.306 13.960 33.346 90-94 15.983 4.039 11.944 95-99 3.365 770 2.595 100 e mais 281 34 247 Fonte: INDEC. Censo Nacional de População, Lares e Moradas 2001. Usos do chão e expansão urbana A observação dos usos do chão permite relevar afetações particulares do território que nos falam de pautas específicas de organização do espaço. Um primeiro reconhecimento guarda relacionamento com a base geográfica, com a estrutura ambiental original sobre a que se produz o assentamento, ao respeito pode ser estabelecido um conjunto de fatores de localização decorrentes do relacionamento entre uso e médio natural. Desde sua fundação o relacionamento de propriedade (e portanto a diferenciação do público e o privado), constitui a segunda matriz de estruturaçãodo território. O transporte coletivo, desde os anos 40, é outro fator determinante das organizações territoriais, designadamente da tendência à ocupação de intersticio -naturalmente aptas e inaptos- entre eixos ferroviários radiais. As ferrovias, desde 1857 representam uma revolução na organização do território, atingindo, quatro décadas mais tarde, 149 Km. na cidade e seus arredores. Assentados sobre as lomadas loéssicas melhor drenadas, são origem da maior parte dos subcentros metropolitanos atuais. Em 1890, o tecido urbano estende-se desde o centro para Barracas pelo sul e praça miserere pelo oeste, cobrindo uma superfície de 24 km2. Em 1895 a cidade atinge 85 km2 se agregam-se os subcentros periféricos, particularmente Quilmes, Lomas de Zamora e Morón, (Bozzano, 1992) Em 1934, Buenos Aires ocupa o sétimo local entre as grandes cidades do mundo, com três milhões de habitantes, em 1940 o tecido urbano é de aproximadamente 680 km2. Entre 1947 e 1991 a Região Metropolitana Buenos Aires verificam, de diferente forma, aspetos do processo de metropolización totalizam 12.961 km2 (Bozzano, Plotet a o, 1989). Deles, 2.168 km2 correspondem a espaços urbanos, e 2.238 km2 são periurbanos. A Capital Federal, é tradicional palco da maior concentração de investimento pública da Argentina. Se as metrópoles expandiu-se através de milhares de loteos que permaneceram quase baldios durante décadas, outros condicionantes naturais e sociais se combinaram para a modelar. Buenos Aires não cresceu no deserto nem na montanha, senão na última grande planície de clima tépido em ocupar no mundo. A expansão teve local sobre uma estrutura agrária de explorações grandes e médias dedicadas ao gado, já a agricultura extensiva, em menor medida. Os territórios emergentes O território organiza-se a partir da articulação de racionalidades sociais, econômicas e ambientais, meadas frequentemente por racionalidades políticas. Todas estas racionalidades estão presentes de muito diversa forma. Identificamos a presença de território onde dominam racionalidades sociais, econômicas ou ambientais. Territórios com domínio de racionalidades econômicos são aqueles onde se assentam as diversas fases dos circuitos econômicos em termino de produção, distribuição e de comercialização ou de consumo. Os territórios com domínios de racionalidades sociais são os que se destacam pela ocupação para a reprodução social, seja em termos de morada individual ou coletiva ou em vos terminem serviços ou equipamentos coletivos diversos. E por último temos aqueles territórios com domínio de racionalidades ambientais; aqui referimo-nos àquelas áreas referidas à natureza como suporte físico, em tanto delimita ou condiciona o desenvolvimento urbano I- Territórios com condicionantes econômicas dominantes: 1-Centro metropolitano (sistema de centros) 2-Subcentros metropolitanos e locais 3-Corredores comerciais e de transporte 4-Zonas industriais 5-Produção agrícola-intensiva em âmbitos de borda II-Territórios com condicionantes sociais dominantes 6-Localidades e bairros consolidados 7-Bairros, periferias e loteos em consolidação 8-Grandes equipamentos coletivos III-Territórios com condicionantes ambientais dominantes 9-Âmbito com recurso naturais degradados 10-Planícies e vales inundables em âmbito de borda No progresso de organização metropolitana, âmbitos centrais e âmbitos periféricos podem integrar os mesmos grupos de territórios com racionalidades econômica ou sociais dominantes. Assim por exemplo, as maiores concentrações comerciais e de serviços nos subcentrosmetropolitano integram território com domínio de racionalidades econômicas, ao igual que extensos âmbitos hortícola ou florícolas da borda urbana. Em territórios centrais dominam fases do circuito econômico relacionada com a circulação, o comércio e o consumo, bem como são serviços variados. São os âmbitos onde os efeitos úteis de aglomeração de organização urbana se manifestam mais fortemente. Trata-se de âmbitos das metrópoles onde se verifica uma concentração econômico-social de atividades comerciais, de distribuição, transportes e serviços. Inclui sistema de centros (1), subcentros (2) e corredores comerciais e de transporte (3), todos de diversa hierarquia. Em territórios intermédios dominam aspetos relacionados com a reprodução social. Os efeitos úteis de aglomeração urbana reconhecem nestes territórios uma variação dada pelo diverso nível de investimento pública em #infraestrutura e equipamentos. Trata-se de âmbitos das metrópoles com tecidos urbanos onde a vivência apresenta níveis e formas de consolidação variáveis, dados pelo diferente acesso aos serviços. Inclui localidades e bairros consolidados (6) e bairros, periferias e loteos em consolidação (7). Em territórios de borda tem local processos dominados por racionalidades sociais, econômicas ou ambientais que não se derivam da concentração econômico-social urbana, nem da reprodução social em termos de habitat. São todos os âmbitos onde os efeitos de aglomeração mencionados são menos evidentes, isto é, onde as tendências de valorização como “valor de uso complexo” (Topalov, 1979) diminuem em maior medida. Inclui produções agrícola-intensivas (5), grandes equipamentos coletivos (8), âmbitos com recursos naturais degradados (9) e planícies e vales inundem-lhes (10). No conurbano há muitas bordas distribuídas por toda a região. Os casos de subcentros e corredores da segunda e terceira coroa, por um lado e os de vales e planícies inundem-lhes desocupados na primeira coroa, por outro, permitem verificar isto. Referimo-nos, em primeiro lugar, aos subcentros de diversas hierarquia como Moreno, Berazategui, Florencio Varela, Tigre, Berisso, Enseada, San Vicente, Cruzamento Varela, Alejandro Korn, Guarnica, Glew, Longchamps, Tristan Suárez, Ezeiza, Laferrere, Go nzáles Provam, Mariano Deita, José C.Paz, Os Polvorines, Tortuguitas, Dom Torcuato, General Pacheco, O devastar e Benavides, e, fora de limite-os deste estudo, Zarate, Sino, Belém de Escobar, Garin, Ing. Maschwitz, Pilar, Lujan, General Rodríguez, Marcos Paz, Cañuelas, A Prata, Os Fornos, City Bell e Vila Elisa. Em segundo local trata-se de grandes equipamentos e de âmbitos inundables ou degradados na primeira coroa ou que constituem o limite com a segunda coroa. Trata-se de intersticios urbanos do vale inferior do riu Reconquista nos Partidos de Morón, General Sarmiento, General San Martín, Três de Fevereiro, San Isidro, San Fernando, e Tigre e na menor medida, do Riachuelo e/ou Matanças, muitos mas ocupados que aquele, os partidos de Lomas de Zamora, A Matança e Esteban Echeverría, assim mesmo, na faixa da planície costeira, em Avellaneda e Quilmes. O tecido urbano metropolitano. A exceção dos territórios dominados por condicionamentos naturais (vales e planícies inundables), por deterioro ambiental (fornos e pedreiras) e pela produção primário-intensiva (horticultura-floricultura- avicultura-granja), a região metropolitana de Buenos Aires compõe-se, só em 24 dos 41 partidos e o distrito Federal, de 88.727 maçãs que em 1992 albergam 8.147.163 habitantes, segundo o censo de 1991. O total regional deveria superar normalmente as 115.000 maçãs. Esta cifra arroja uma média geral de 92 habitantes por maçã, considerando a totalidade do tecido residencial, comercial, industrial e de serviços. As exceções são os grandes equipamentos definidos como territórios de borda, já seja que se localizem em intersticios ou na periferia urbana. Se se obvian todas as maçãs de equipamentos, indústrias, depósitos e oficinas esta cifra #chegar 100 habitantes por maçã. O tecido urbano registra grandes diferenciações, dadas em primeiro lugar porsua distribuição nas diferentes coroas metropolitanas. Lanús e General San Martín registram caraterísticas totalmente diferentes a San Vicente ou Estebán Echeverría. Em segundo local existem grandes variações no relativo a tecidos residenciais respeito de outros mistos. O conurbano é um complexo no que se acontecem tecidos diversos definindo subcentros, corredores e bairros muito diferentes entre si. Noventa mil maçãs que definem tecidos e territórios. A partir da localização territorial poderão ser identificado territórios centrais, territórios intermédios, territórios de borda e territórios industriais. A configuração do tecido urbano mais a forma de ocupação deste é o que confere identidade ao território. Esta identidade é produto do domínio ou a articulação dos diferentes condicionamentos. A análise estatística das variáveis permite-nos realizar uma caraterização dos diferentes usos do chão da região. Com a incorporação da variável população poderão ser determinado os padrões de distribuição dominantes que permitam a identificação da cada tipo, pauta ou padrão. O partido com maior quantidade de população absoluta do R.M.B.A. é A Matança com mais de um milhão de habitantes: a uma discreta distância segue-lhe em ordem de importância Geral sarmiento, Morón, Lomas de Zamora e Quilmes com mais de quinhentos mil habitantes. Os partidos com menos carga populacional absoluta (menos de duzentos mil habitantes), Enseada, Berisso e San Vicente são sumamente atípicos. No caso de San Fernando, de reduzida superfície urbana, seu caráter atípico deve-se à extensão da zona de ilhas com usos agrícolas e de segunda residência. Quiçá pelo atípica, esta informação é pouco significativa da exibição da população sobre o território. A distribuição da população no R.M.B.A. vai diminuindo desde as zonas centrais para as bordas. Excluída A Capital Federal, a primeira coroa apresenta-se como um setor consolidado. Em mudança, na segunda e terceiro coroa a concentração produz-se sobre os corredores de transporte e em territórios onde se geraram efeitos úteis em aglomeração. Os eixos norte e sul tiveram preponderancia nas políticas de consolidação, verificando pela presença de maiores densidades nos partidos que se localizam sobre isso. Situação particular teve o crescimento para o oeste e sudoeste (Moreno-Merlo-Matança), desaconselhado pelo plano de desenvolvimento para o ano 2000 elaborado na década do 60 pelo CONADE, mas que manteve uma grande dinâmica de assentamento de setores carenciados. Desde a perspetiva particular dos usos do chão, pode ser afirmado que a pauta de localização acompanho o desenvolvimento da mancha urbana, concentrando certos usos em áreas específicas (industrial conjuntos habitacionais, shoppings). Sobre uma pauta básica de desenvolvimento de tramas residenciais, mas sobre as que se localizam usos comerciais e de serviços que, acompanhando as principais vialidades, consolidam uma estrutura à que atribuímos diversos níveis de centralidade. Espaços amanzanados Realizando a análise em números absolutos de espaços amanzanados por partidos, encontramos por ordem de importância, à Matança ( 10.396), seguindo a uma considerável distância Geral Sarmiento (7.204), Estebán Echeverría (6.761), Morón (6.352), Moreno (5.712), Merlo(5.400) e Almirante Brown (5.202). Em termos absolutos detecta-se um relacionamento direto entre os partidos do primeiro anel, os espaços amanzanados e a quantidade de população, verificando-se que em valores absolutos a maior categoria em conto a espaço amanzanado corresponde ao partido de maior população. Esta situação não se observa em partido do segundo e terceiro anel onde o relacionamento entre amansamiento e população apresenta valores inferiores. Berisso, San Fernando e Enseada são desde esta perspetiva atípicos. Berisso e Enseada, em tanto partidos do terceiro anel, possuem menor carga populacional, à que pode ser agregado a afetação de superfícies significativas ao uso industrial. Sua organização territorial gerada a partir do território central do Grande A Prata (centro da Prata), apresenta no caso deste estudo uma limitação por não estar incluído esse município nos alcances deste trabalho. Pode no entanto avaliar-se que esta aglomeração guarda uma independência relativa com respeito ao comportamento do resto da aglomeração, escapando inclusive à análise de coroas, já que poderia ser compreendido assim mesmo como o desenvolvimento de uma aglomeração de coroas concêntricas. Com respeito a San Fernando, é preciso clarificar que dentro da área de estudo não se inclui a seção ilhas, que constituem grande parte de seu território, isto explica a reduzida quantidade de maçãs que apresenta. O caso de Avellaneda refere-nos a outras razões, tais como a existência de vastos territórios de difícil urbanização devido a condicionantes naturais (planícies costeiras), como à existência de grandes equipamentos industriais (destilerías, silos, galpones industriais) e #infraestrutura (porto, canais, autoestrada). Os restantes partidos encontram-se com 2.000 e 5.000 maçãs em situações diversas, onde pode ser ressaltado casos como o de Quilmes que esta totalmente consolidado ou o de Florencio Varela e Tigre que apresenta ainda grandes territórios afetados à atividade primária. Densidade por maçã Aos partidos do primeiro anel corresponde-lhes a mais alta densidades (um intervalo que vai desde 120 habitantes por maçã a 180 habitantes) explicadas a partir das “vantagens” de aglomeração que se manifestam com maior força, potenciado por sua proximidade com a Capital Federal, uma primeira onda expansiva. É significativo o grau de consolidação destes partidos, alguns dos quais apresenta todo seu espaço amanzanado(San Martín-Lanús) e em alguns casos mais de 90% de suas ruas pavimentadas. A maioria dos partidos do segundo anel encontram-se entre os de 80 e 120 habitantes por maçã. Entre estes encontramos aos partidos com maior quantidade de população absoluta (A Matança- Geral Sarmiento-Quilmes). Estes se explica por que estes partidos, conquanto já se estendeu a trama da cidade, que permanecem zonas onde a ocupação das áreas loteas é ainda muito baixa. Entre os 40 e 80 habitantes por maçã localizam-se grandes setores dos partidos da segunda e terceira coroa: importantes extensões amanzanadas sobre traça-a de vias de comunicação não pavimentadas, com pequenos centros em formação colindantes, e importantes territórios dedicados à produção primária ou à indústria. Dentro deste tipo localiza- se Florencio Varela, Berazategui, Alte Brown, Moreno, Merlo, Esteban Echeverría e A matança. O partido de San Vicente com uma densidade de 22 habitantes por maçã chamada a atenção pelo fato da grande quantidade de maçã que apresenta (3.430) para o volume de sua população (75.000 hab).Isto faz pensar que em algum momento se sobredimensionó a expectativa de crescimento populacional do distrito. Tecidos residenciais A distribuição das densidades das maçãs residenciais explica-nos certas pautas de localização residencial, já que excetuam-se deste rubro ao tecido com equipamentos e com áreas de usos específicos. Comparando estes dados segundo as densidades (absolutas por maçã), detecta-se a existência dos mesmos intervalos já descriptos. É, no entanto, destacável o acréscimo das densidades no primeiro anel, excluídas as áreas destinadas a grandes equipamentos (da produção, recreativos, de serviços, etc.) e de atividade comercial. Isto demonstra que certos “fatores de aglomeração” incidem positivamente na consolidação destes partidos. No caso de Avellaneda, San Fernando, San Martín e Vicente López e em menor medida em Lomas de Zamora, é onde as áreas residenciais são dominantesdentro dos setores da trama que identificamos como espaços amanzanados. No segundo anel, conquanto produzem-se acréscimo nas densidades, não exibem pautas muito diferentes que as descriptas. Do exposto pode ser concluído que à medida que nos afastamos do primeiro anel as diferenças entre as densidades absolutas por maçã, e densidades por maçãs ocupadas para uso residencial se fazem menos evidentes. Isto nos fala da diminuição do peso relativo dos territórios afetados à produção, simultaneamente decrece a incidência de fatores de aglomeração prevalecendo a residência sobre outros usos. No caso de San Vicente, significativo pelo excecional, os dois tipos de densidades são equivalentes. Também são exceções Enseada - Berisso - Tigre - Berazategui, onde a presença industrial marca o processo de urbanização. Tecido comercial O comportamento dos tecidos destinados a uso comerciais permite diferenciar áreas centrais e periféricas dentro da mesma unidade administrativa. Esta observação baseia-se no relacionamento entre a densidade absoluta de população por maçãs e a importância das aglomerações comerciais. Novamente o comportamento assinala estratos diferenciados (anéis) diminuindo o peso relativo destes territórios à medida que afastamo-nos do eixo de aglomeração comercial. As leis de definição do valor assinalam uma lógica estructurante do território unido aos usos centrais. A amortização deste valor como uso eficiente da cada predio incidirá sobre sua densidade, qualidade e volumetría. Centros de diversas escalas se concentrarão cerca das estações dos pavimentos e das zonas de concentração como hospitais, sedes administrativas ou escolas. Nos casos de San Fernando - Vicente Lopez - e Avellaneda esta caraterística adquire maior significação em torno das grandes vias de circulação que estruturam estas áreas (Avdas. Libertador - Maipú - Mitre). Não pode ser deixado de mencionar San Martín - Lanús - Lomas de Zamora - 3 de fevereiro que, pertencendo ao primeiro anel, suas áreas comerciais perdem força relativa (7 a 8%) por se localizar dentro de distritos onde a afetação de espaços à produção (oficinas) desalienta os usos terciários. Os casos de San Isidro-San Fernando - Berisso - Berazategui aparecem como exceções à regra, transgrediendo a correspondência entre os anéis e as densidades comerciais. Tanto San Isidro como Vicente López seguem um desenvolvimento linear, onde o elemento fundamental de valoração é a borda do rio organizando o território segundo estratos paralelos. San Fernando, com certas particularidades, reproduz esta lógica, constatando em algumas zonas que a deslocação de setores populares por outros de maior poder de compra reforça esta tendência. Em municípios de forte tradição industrial como Berazategui e, sobretudo, Berisso o aparecimento de zonas comerciais poderia ser devido a processos de reconversión destes espaços, em função da terciarização das atividades. A distribuição dos setores comerciais da Matança correspondem-se com uma lógica territorial particular que guarda certa independência dos limites administrativos do distrito, dentro do que encontramos comportamentos típicos do primeiro anel (San Justo - Casanovas), do segundo anel (Laferrere) e do terceiro (González Catán). Tecido misto (Tecido residencial com galpones, oficinas e/ou indústrias). Os padrões de distribuição deste tipo de tecido não escapa à lógica descripta em pontos anteriores, com isto queremos assinalar que os partidos pertencentes ao primeiro anel são os que apresentam maiores valores relativos. Neste degrau que vai desde o 8% ao 23%, encontramos aos municípios próximos à Capital federal, com a exceção de Vicente López, que nas redondezas de Munro apresenta novas pautas de assentamento. Encontramos tendências que nos permitem explicar padrões de assentamento de usos de chão. Os municípios do primeiro anel são os que primeiro se consolidaram. Se dúvida incidem positivamente fatores de aglomeração que determinam vocações (prevalências). Quanto ao segundo e terceiro anel assinaladas as exceções de San Isidro e San Fernando, a implantação industrial aparece em grandes predios, como se fosse preexistente ao espaço amanzanado. Os comportamentos destes partidos, conjuntamente com Vicente López, é similar em todas as categorias analisadas pelo que pode ser afirmado que, para além das divisões administrativas interagem como um só bloco. Ao analisar os valores correspondentes ao primeiro degrau, deve ser tido em conta a existência de municípios onde existe uma prevalência dos territórios industriais por sobre outros territórios, é justamente nestes onde se verificam os maiores valores relativos de tecidos mistos. Isto permite ver o peso destes tecidos sobre o espaço urbano, sobretudo nos partidos onde a especialização industrial é evidente. Tal é o caso de Lanús - Avellaneda-San Martín - 3 de Fevereiro, um comportamento similar observa-se em Quilmes. Com a incorporação do tecido amanzanado de uso industrial, encontram-se outros critérios diferentes aos já descriptos. O peso relativo que estes tecidos atinge nos municípios com maior contribua no PBI em territórios preminentemente industriais, em municípios ricos mas com dificuldade para o desenvolvimento residencial. Subcentros e corredores. A RMBA apresenta em uma primeira aproximação uma notável diversidade de usos do chão. Esta circunstância leva comummente uma impossibilidade para identificar configurações e tipologias territoriais. Subcentros com prevalência de uso comercial e/ou administrativo. Trata-se geralmente, dos centros de alguma das cabeceiras dos partidos, onde se articulam uma forte atividade comercial com atividades político-administrativas. Este é o tipo de tecido que apresenta o centro de Lomas de Zamora onde o uso comercial dominante se densifica ao redor da Estação do FFCC., com edificación em altura e com a presença de centros administrativos importantes (municipalidad- tribunais-entidades bancárias-serviços vários). Este território vê-se potenciado ao ser cruzado por dois importantes corredores: o FFCC. Rocha que une a zona sul e o eixo vial da avenida H. Irigoyen. Dentro desta tipologia também se encontram os centros de Quilmes - Lanús, San Isidro-Caseiros (3 de Fevereiro). Subcentros que alteram usos comerciais com oficinas ou galpones e usos administrativos São territórios onde se verifica uma conjunção de usos, com uma clara prevalência do uso comercial, presença de equipamento, mas com o aparecimento de grandes depósitos, oficinas e/ou indústrias. Esta tipologia reconhece-se em Morón onde a atividade comercial se desenvolve a partir da estação do FFCC. e sobre o eixo da rota nacional N° 7 (Avda. Rivadavia), observando-se edificación em altura e dependências do âmbito administrativo e de serviços. Como no caso anterior, está cruzado por dois importantes corredores como são o FFCC. Sarmiento que estrutura a zona Oeste e a rota Nacional N° 7 que corre paralela a este. Dentro deste mesmo tipo de tecido podemos encontrar: San Martín - Berazategui (cuja particularidad é a presença de um grande predio industrial em frente à Estação do FFCC. o que atua como barreira para o desenvolvimento da área comercial para o eixo da rua 14) Subcentros com atividade comercial dominante São territórios onde predomina o uso comercial, com edificación em altura, mas não existe, ou é mínimo, o equipamento destinado a funções político-administrativo por não ser cabeceira de partido. Os dois casos mais típicos são Hurlingham e Vila Ballester. Em Hurlingham conforma-se uma área dominante a partir da estação do FFCC. San Martín e da Avda. Governador Vergara. Este subcentro estrutura-se em uma área de grande peso residencial
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