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ATOS PROCESSUAIS

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ATOS PROCESSUAIS
CONCEITO
 Atos processuais são espécies de atos jurídicos, que tem por resultado constituir, conservar, desenvolver, modificar ou cessar a relação processual.
 O processo é uma relação legal que se estabelece entre as partes e o juiz, e se desenvolve por meio de atos contínuos de seus sujeitos até a solução do pleito. O qual, desenvolve-se e encerra-se por meio de atos praticados ora pelas parte, ora pelo juiz ou seus auxiliares
 Portanto, não há atos processuais perpetrados fora do processo. Sendo que, nem todos os atos praticados dentro do processo é considerado como ato processual. Sendo necessário, que este produza efeitos na constituição, conservação, desenvolvimento ou modificação na relação processual concreta.
 CLASSIFICAÇAO DO ATOS PROCESSUAIS
 A classificação seguida pelo CPC é a denominada classificação subjetiva, por acatar melhor os critérios práticos e às exigências didáticas. E o novo código divide os atos processuais em:
Atos da parte. (Arts. 200 a 202)
Atos do juiz. (Arts. 203 a 205)
Atos do escrivão ou do chefe de secretaria. (Arts. 206 a 211)
 ATOS DA PARTE
 Atos da parte são praticados pelo autor, pelo réu, pelos terceiros intervenientes e pelo Ministério Público. Em regra, produzem efeitos imediatamente (art.200). Entretanto alguns atos exigem homologação judicial para produzir efeitos. (Art. 200, parágrafo único).
 Os atos da parte podem ser classificados em atos de obtenção e atos dispositivos. Os atos de obtenção compreendem: Atos de petição; atos de afirmação e atos de prova.
 Quanto aos atos dispositivos, que a vontade da parte tende a produzir o efeito buscado por sua intenção, compreendem: os atos de submissão; desistência e transação 
EFICÁCIA DOS ATOS DA PARTE
 Consiste em afirmação unilateral ou bilateral de vontade que produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Ou seja, os efeitos do ato processual são imediatos e não dependem de redução a termo nem homologação judicial, salvo disposição em contrário. (Art. 200)
 ATOS DO JUIZ
Durante a curso processual e no exercício de seus poderes de agente da jurisdição, o juiz pratica atos processuais de natureza decisória e não decisória.
Os atos decisórios, por sua vez podem ser divididos em atos decisórios propriamente ditos, e atos executivos, conforme a natureza do processo 
Os pronunciamentos judiciais consistem em sentenças, decisões interlocutórias e despachos (art. 203).
SENTENÇA
 A sentença, é dada como prestação do Estado, em virtude da obrigação adquirida na relação jurídico- processual, quando as partes vierem a juízo, buscando a pretensão à tutela jurídica.
 As sentenças são classificadas em: terminativas e definitivas.
 A composição do parágrafo 1° do art. 203 define sentença como sendo o comunicado por meio do qual o juiz, com base nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Obtendo dessa forma, um novo conceito que leva em conta o aspecto finalístico.
 DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
 Decisão, em sentido lato, é todo e qualquer pronunciamento do juiz, definindo uma controvérsia, abarcando as próprias sentenças. Correspondendo assim, ao pronunciamento judicial de natureza decisória, que não seja a sentença, e dessa forma, não encerre a fase cognitiva do procedimento, nem põe fim à execução.
 Portanto, a decisão interlocutória pode ser definido como todo pronunciamento judicial que não se enquadra no conceito de sentença. (Art. 203, parágrafo 2°)
 Nesse sentido, todo pronunciamento judicial, com conteúdo decisório, que não se enquadrar no conceito de sentença e não puser fim ao processo, será reputado decisão interlocutória.
 DESPACHOS
Todos os demais pronunciamentos do juiz, que tem por finalidade dar andamento ao processo, seja de cunho processual ou material. de ofício ou a requerimento da parte (art. 203, parágrafo 3°).
 ACÓRDÃO 
 O julgamento proferido pelos órgãos colegiados dos tribunais é denominado de acórdão. (Art. 204) Constitui a conclusão dos votos proferidos no julgamento pelos juízes integrantes do órgão do tribunal. Pouco importando se julgou questão incidente ou se pôs fim ao processo, com ou sem resolução do mérito, o ato denomina-se acórdão.
 ATOS DO ESCRIVÃO
 Os atos do escrivão estão elencados nos artigos 206 a 211, e nas de organização judiciaria. Classificam-se em atos de documentação e a atuação de processos. Além das já citadas, os oficias de justiça, depositário, peritos, testemunhas, leiloeiros, arrematantes, complementam o rol de pessoas que também praticam atos jurídicos no curso do processo. 
 REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS
 Alguns requisitos são de ordem obrigatória para todos os atos processuais, como o uso da idioma português, a assinatura dos papeis, o prazo para a execução dos atos, a exigência de motivação das decisões judiciais, dentre outros especificados no CPC e nas doutrinas. Porém, alguns requisitos podem ser dispensados em decorrência da lei, mas as regras gerais, como os requisitos formais devem ser observados. 
 DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
 Forma é o conjunto de formalidades que devem ser ressaltadas para que o ato jurídico seja eficaz. E é por meio da forma que a declaração de vontade se torna ato jurídico processual.
 Os atos jurídicos costumam ser classificados em solenes, onde a lei prevê uma determinada forma para ter validade, e não solenes, os quais podem ser cometidos independente de qualquer solenidade
 Para o código, em seu artigo 188, as formas que prescrevem são relevantes, mas sua inobservância não é causa de nulidade, a não ser que dela tenha decorrido o não preenchimento da finalidade essencial do ato.
 Um dos princípios do processo moderno é o da publicidade de seus atos, consagrado no artigo 189. São públicos os atos processuais, porem há exceções, no caso de interesse de ordem pública e pelo respeito que merecem as questões de foro íntimo. Verifica-se então, o procedimento chamado “segredo de justiça”, no qual apenas as partes e os procuradores têm ingresso aos autos e termos do processo, e excepcionalmente um terceiro interessado, mediante demonstração de interesse no teor do processo sob segredo de justiça.
A exteriorização dos atos processuais se faz por intercessão da linguagem escrita, aquele que vem redigido na forma escrita (petição), ou oral, que deve ser reduzido a termo pelo escrivão.
 O art. 192 preceitua que em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Os documentos que forem apresentados em outra língua deverão ser acompanhados de sua versão para a língua portuguesa. 
 Há, também a necessidade de intérprete, para dar expressão em língua portuguesa, quando, nos atos orais das partes e testemunhas, estas não souberem se expressar na língua nacional, ou de interpretação simultânea nos casos de partes ou testemunhas com problemas auditivos.
 Calendário para a pratica de atos processuais: o novo código prevê, que as partes e o juiz de comum acordo, fixem calendário para a pratica dos atos processuais. (Art. 191, caput) sendo que, este calendário é útil quando o processo envolve questões que se submetem a provas em foros distintos ou pericias mais complexas, haja prazos comuns; etc.
Com a inauguração do processo eletrônico no ordenamento jurídico, os atos processuais podem ser produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico. (art. 193)
 Para que se confie autenticidade e validade aos registros efetivados na forma eletrônica, é necessário a existência de uma assinatura eletrônica, que pode ser aprimorada em certificado digital emitido por autoridade habilitada, ou mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário.
O novo CPC dispõe que:
 Art. 194. Os sistemas de automaçãoprocessual respeitarão a publicidade dos atos, que devem ser observados as mesmas regras do art. 189, sem diferença entre os autos virtuais e físicos, nos casos de segredo de justiça. 
 O acesso e a participação das partes e de seus procuradores, observadas as garantias da disponibilidade. Independência da plataforma computacional, que se refere a garantia de que os sistemas não devem ser projetados para funcionamento atrelado a determinado sistema operacional, software, estrutura de dados ou equipamentos, garantindo a inovação e o aprimoramento das ferramentas. Acessibilidade, que tem relação com a garantia de utilização do sistema e se complementa com a norma. E a interoperabilidade dos sistemas, onde um tribunal deve se comunicar com o outro. Serviços, dados e informações que o poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
 Assim também, em seu art. 195 dispõe que, o registro do ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que acatarão os seguintes requisitos: de autenticidade, da integridade, da temporalidade; e a confidencialidade, os quais estão intimamente ligados e somente serão aplicados nos casos de segredo de justiça.
 O TEMPO E O LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
 Em regra os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 às 20 horas. (art. 212)
 Não se confunde horário para a pratica de ato processual com o horário de expediente forense. O expediente pode encerrar-se às 17, 18 ou 19 horas. Caso, o ato processual tiver que ser praticado por meio de petição deverá ser protocolada em horário de expediente, conforme a lei de organização local, salvo para praticas eletrônicas, que poderão ocorrer até a última hora do último dia do prazo. (art.213)
 No caso de ato externo, este pode ser praticado até as 20 horas, independente do expediente acabar antes. Os atos iniciados antes desse horário poderão ser concluídos após as 20 horas, quando o adiamento prejudicar a diligencia ou causar dano grave. (Art. 112, parágrafo 1°)
 As citações, intimações e as penhoras poderão, em casos excepcionais realizar-se no período de férias forenses, bem como nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido no caput do art. 212 parágrafo 1°. Entretanto, se para a realização da citação, intimação ou penhora o oficial de justiça precisar do consentimento da parte para adentrar em seu domicílio e esta não consentir, o ato dependerá de ordem judicial para ser realizado. (Art. 5°, XI, da CF/1988)
 Nos juizados especiais, os atos processuais podem ser realizados em horário noturno, conforme organização judiciária. (Art. 12 da lei n° 9.099/1995)
 No processo eletrônico, consideram-se realizados os atos processuais no dia e hora do seu envio ao sistema do poder judiciário. As práticas de atos processuais por meio eletrônico não se sujeita ao horário do expediente forense, pelo que serão tempestivas as petições transmitidas até as 24 horas do seu último dia. Para tanto deve ser considerado o horário do juízo perante o qual o ato deva ser praticado. (Donizetti, 2016)
 Na ocorrência de qualquer evento que impeça a realização do ato, desde que alheio à vontade da parte, poderá ser considerado justa causa. Nesses casos, cabe ao juiz assinar novo prazo para a pratica do ato.
 Os atos processuais realizam-se, de ordinário, na sede do juízo, podendo no entanto, realizar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. (art.217)
 Os atos processuais que hajam de realizar-se fora dos limites territoriais da comarca serão requisitados por carta, que pode ser precatória, de ordem ou rogatória. No entanto, com a nova realidade, do processo eletrônico, o local dos atos processuais tem pouca relevância, haja vista que as informações a ele atinentes estarão disponíveis na rede mundial de computadores, a qual, em princípio, está acessível a todos. (DONIZETTI, 2016)
 FÉRIAS E FERIADOS FORENSES
 Em regra a atividade jurisdicional é ininterrupta, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente. Com exceção dos tribunais superiores, que ainda gozam de férias coletivas.
 Na Justiça Federal comum, o recesso forense, dá-se no período compreendido entre os dias 20 de dezembro a 6 de janeiro. Nas justiças dos Estados, o recesso fica a cargo dos respectivos tribunais.
 De acordo com o novo CPC, a regra geral é de que os atos processuais serão realizados apenas nos dias úteis. (Art.112, caput, do CPC/2015; art. 172 do CPC/1973) férias e feriados nãos serão reputados dias úteis; logo, nessas épocas não se praticam atos processuais. 
 São exceções à essa regra: art. 214, 215 e 220.
 O novo CPC equiparou a feriado o sábado e os dias em que não há expediente forense. (art. 216)
OS PRAZOS PROCESSUAIS
Prazo é o lapso de tempo em que o ato processual pode ser legalmente praticado, determinado em termo inicial e termo final. Podendo ser classificados quanto à origem, quanto às consequências processuais e quanto à possibilidade de dilação.
Quanto à possibilidade de dilação, os prazos podem ser dilatórios (prazos fixados em normas dispositivas, que podem ser ampliados ou reduzidos), ou peremptórios (não podem ser ampliados ou reduzidos sem anuência das partes).
Se o prazo for comum, a renúncia só tem eficácia se ambas as partes abdicarem expressamente do prazo a que estão submetida.
 A nova lei processual estabelece que na contagem dos prazos legais ou judicias computar-se-ão somente os dias úteis. (art. 219)
O art. 216, considera como feriado e, portanto, como dia não útil, o sábado, o domingo e os dias em que não há expediente forense. Da analise dos dois dispositivos é possível concluir que, o novo CPC elasteceu os prazos, possibilitando uma folga maior pra a pratica de determinados atos processua.
 Com a entrada do novo CPC, todos os prazos serão contados em dias úteis.
O prazo somente começara a fluir a partir do dia útil seguinte ao da intimação ou citação. (Art. 224, p. 1°) quanto ao termo final, se este cair em dia não útil, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil.
 Se o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou se houver interrupção da comunicação eletrônica, o termo inicial e o termo final também serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte ao restabelecimento do serviço. (art. 224, p. 1)
 Com relação aos processos informatizados, os prazos processuais terão início no primeiro dia útil seguinte ao considerado como data da publicação. ( art. 224, p. 3°)
 PRECLUSÃO
 A preclusão é a perda, extinção ou consumação de uma faculdade processual. São três as modalidades de preclusão: Preclusão temporal: que decorre da inércia da parte; a Preclusão lógica: que decorre da incompatibilidade entre o ato praticado e outro, que se queria praticar também; e a reclusão consumativa: ato já praticado.
COMUNICAÇAO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os artigos 236 a 275 tratam da comunicação dos atos processuais.
Os ônus e faculdades decorrentes da relação processual só se estabelecem após a comunicação do ato. A importância da comunicação decorre de que o réu só se vincula ao processo e sujeita-se aos efeitos da sentença após a citação. 
Os atos processuais serão cumpridos ou comunicados por ordem judicial, com diligencia de oficial de justiça, correio ou meio eletrônico, podendo ser praticados por carta (de ordem, rogatória, precatória e arbitral. Art. 237) podendo fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção judiciária (art. 236 e p. 1°)
A comunicação dos atos do processo, se dá por meio da citação (art. 238) e da intimação (art. 269).
A citação é o ato pelo qual se convoca a juízo o réu, o executado ou o interessado, para integrar a relação processual (art. 238). Sendo que, o comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta de citaçãoou convalida a citação irregular (art. 239, p. 1°).
A doutrina classifica a citação em pessoal, através de representante ou procurador do réu, e ainda a citação ficta.
O sistema processual prevê como modalidades de citação as citadas no art. 246: que pode ser pelo correio, por oficial de justiça, pelo escrivão ou chefe de secretaria, por edital e por meio eletrônico. 
Já a intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo (art. 269). Ela será realizada preferencialmente por meio eletrônico, observadas as prescrições da Lei n° 11.419/2006.
Consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial (art. 272), pessoalmente ou por carta registrada.
A nulidade, assim como todo ato jurídico o ato processual tem como requisito do agente (pressupostos subjetivos), a licitude do objeto (reprimir atos ilícitos), e a forma prescrita e não defesa em lei (requisitos legais).
A doutrina divide o mundo jurídico em três planos :plano de existência, plano de validade e plano de eficácia.
NULIDADE ABSOLUTA E NULIDADE RELATIVA
As principais diferenças, encontram-se na legitimação do sujeito processual, que poderá argui-la, tanto no momento processual em que poderá ser feito essa alegação. A invalidação do ato dependerá da decretação da nulidade por parte do juiz, não havendo que se falar, que os atos perdem sua validade de forma automática.
REGISTRO, DISTRIBUIÇAO E VALOR, CAUSA
A distribuição e o valor da causa são atos importantes, que podem interferir na determinação da competência do juiz e de seus auxiliares, como também causar outras consequências processuais.
O registro serve apenas para documentar a identificação da causa e controle estatístico.
 REGISTRO
Todos os processos estão sujeitos a registro, por meio de lançamento em livro próprio do cartório, dos dados necessários a identificação do feito. O registro é o primeiro ato que o escrivão pratica logo após a autuação da petição inicial e nas secretarias dos Tribunais.
Por meio do registro, o cartório e a secretaria estarão documentados para certificar a existência ou não de processo sobre o litígio.
 DISTRIBUIÇÃO
Sempre que houver diversos órgãos concorrentes numa mesma comarca, haverá a necessidade de distribuir os feitos entre eles na sua entrada em juízo.
Nos casos de continência ou conexão de várias causas a competência para todas elas é do juiz que se tornou competente para o primeiro processo. Já a distribuição dos feitos subsequentes será feita por dependência. Em sequência, a reconvenção, a intervenção de terceiros são objeto de anotação no Ofício da distribuição. 
A distribuição, assim como todos os atos processuais, é ato público podendo ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério público e pela Defensoria Pública.
7.3 DO VALOR DA CAUSA
O valor da causa, é o valor que se pode atribuir à relação jurídica que se afirmar existir sobre tal objeto, apurando-se a expressão econômica da relação jurídica material que o autor quer opor ao réu. 
O valor atualizado da causa costuma servir de base para arbitramento dos honorários advocatícios. Sendo, sobre esse valor que as leis estaduais costumam cobrar a taxa judiciária e estipular as custas devidas aos serventuários da justiça que atua no processo. São critérios que devem ser observados para o cálculo do valor da causa:
Na ação de cobrança de dívida: o valor da causa é a soma corrigida do principal, dos juros e de outra penalidades.
Quando o litigio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação, resolução, resilição ou rescisão de ato jurídico, o valor da causa será o do ato controvertido.
Em ação de alimentos, será o valor de doze prestações mensais, pedidas pelo autor.
Nas ações de divisão, demarcação e reivindicação, será a avaliação da área ou do bem.
Nas ações indenizatórias, inciso V.
Se houver cumulação de pedidos, a quantia correspondente a soma. Em pedidos alternativos, será o de maior valor.
Em pedidos subsidiários, será o do pedido principal.
Em ações locatícias, o valor da causa o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel.
 Na contestação é lícito ao réu discordar do valor atribuído à causa pelo autor e impugna-lo em preliminar, sob pena de preclusão (NCPC, art. 293). Assim, na mesma petição da contestação, o réu apresentará as razões pelas quais não aceita o valor constante na inicial.
Uma vez que o prazo para o réu é precluso, e se não houver impugnação no referido lapso, ocorre a presunção legal de aceitação do valor constante na início. 
Antes de julgar a impugnação, o juiz deve ouvir o autor, em quinze dias, respeitando o contraditório (art. 351). Sendo que, da decisão que acolher a impugnação somente cabe recurso depois da sentença.
Quando verificado pelo juiz que, o valor da causa não corresponde ao conteúdo patrimonial, caberá a parte proceder das custas correspondentes a diferença. (art. 292).
REFERÊNCIAS:
TEODORO JÚNIOR, HUMBERTO. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – vol. 58 ed. Ver. atual. e amp. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
DONIZETTI, ELPÍDIO. Curso didático de direito processual civil, 19 edição completamente reformulada conforme o novo CPC – Lei 13.105, de 16 de março de 2015 e atualizada de acordo com a Lei 13.256, de 04 de fevereiro de 2016.
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
CURSO DE DIREITO
 JANETE LUNELLI 
 ATOS PROCESSUAIS
 
 Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade de Ensino superior de marechal Cândido Rondon, como requisito parcial para aprovação na disciplina de direito processual civil.
Orientador: Prof. Sérgio Martinez 
 MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2016

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