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Movimentação de Ordens de Fabricação

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Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
197 
 
9. MOVIMENTAÇÃO DE ORDENS DE FABRICAÇÃO E DE 
MONTAGEM 
 
9.1 Introdução 
 
 Quando se adota o sistema de “empurrar” a produção, a 
Movimentação da Fabricação e Montagem é a última etapa do 
processo de planejamento, dizendo respeito à programação 
das operações nas Seções de Fabricação individuais e a 
primeira do processo de controle. 
 
 Ela se responsabiliza por um grupo de tarefas que 
visam informar, assessorar e controlar as Seções de 
Fabricação e as linhas de Montagem possibilitando o 
atendimento das determinações dos estágios anteriores do 
PCP. 
 
 Em pequenas Seções de fabricação, a Movimentação é 
normalmente exercida, em tempo parcial, pelo próprio 
encarregado, embora ele tenha a tendência de seguir sua 
própria programação. Nas grandes Seções, onde se executa um 
grande número de operações diferentes em máquinas 
universais, dispostas de maneira funcional, essas tarefas 
passam a ser exercidas por um especialista. 
 
A Movimentação, que trata de assuntos muito internos 
às Seções de fabricação, pode ser subordinada à Produção 
assim evitando que se reparta a autoridade dentro da Seção. 
Entretanto, como ela faz parte do processo de planejamento, 
também pode se subordinar ao PCP que passa a contar com 
informações mais rápidas e precisas sobre a produção além 
de contar com bons candidatos a programadores. 
 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
198 
9.2 Roteiro de uma Ordem de Fabricação 
 
Ao atingir o Ponto de Encomenda, o Controle de 
Estoques solicita a emissão da OF, que se compõe da ordem 
propriamente dita e da Requisição de Matéria Prima, já 
descrita. 
 
A Ordem é emitida com o seguinte número de vias e 
destinações, conforme Figura 9.1: 
 
1ª Para o arquivo da Emissão; 
2ª Para a Programação; 
3ª para a Contabilidade; 
1 Para cada Seção de Fabricação envolvida; 
1 Para cada Estação da Movimentação. 
 
A Requisição de Matéria-Prima é, em geral, emitida em 
3 vias, a saber: 
 
1ª Para a Contabilidade e outros; 
2ª Para a primeira Estação da Movimentação; 
3ª Acompanha o material. 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
199 
 
 
 
 
EMISSÃO 
 
PROGRAMAÇÃO 
 
MOVIMENTA-
ÇÃO 
 
ALMOXARI-
FADO 
 
SEÇÃO DE 
FABRICAÇÃO 
 
CONTABILI
-DADE 
 
 
O 
F 
 
 
 
Arquivo 
 
R 
M 
P 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivo 
 
 
 
 
 
Arquivo 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivo 
 
 
 
 
 
Arquivo 
Figura 9.1 Roteiro de uma Ordem de Fabricação 
 
Como se vê na Figura 9.2, após o recebimento e 
conveniente arquivamento temporário dos documentos da OF, a 
primeira tarefa da Movimentação consiste em separar por 
seções e por data de início as várias cópias da Requisição 
de Matéria Prima e as cópias da Ordem propriamente ditam. 
 
Em seguida, oportunamente, 3 a 5 dias antes do início 
previsto para a OF, e constatado que a máquina prevista 
estará de fato desocupada, cabe à Movimentação enviar 
Requisição da Matéria-Prima ao Almoxarifado, que enviará o 
material a primeira Seção de Fabricação, comunicando a 
Movimentação. Se houver um atraso superior a 10 dias para a 
Passando pelo 
controle de estoques 
Acompanha o 
material 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
200 
máquina ficar disponível (a partir da data prevista) cabe a 
movimentação consultar a Programação. 
 
Em seguida, comunicada a entrega da Matéria Prima, 
deverá a Movimentação liberar a cópia da OF respectiva, 
autorizando o início do processamento. 
 
Deve-se observar que todas as vezes que o material em 
processamento mude de seção, a Movimentação deve contar o 
Material e Transportar para a seção seguinte. 
 
Finalmente, cabe a Movimentação a emissão da Guia de 
Remessa, que deve acompanhar as peças prontas ao 
Almoxarifado. 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
201 
 
 
 
 GR OF RMP RMP 
 
 
 
 PF OF OF OF 
 
 
 
 MP 
 ME 
 ME 
 
1) Recebimento e arquivamento temporário; 
2) Requisição de Matéria Prima; 
3) Envio da cópia da OF p/a Seção de Fabricação; 
4) Contagem e transporte do material; 
5) Emissão da Guia de Remessa. 
 
------= Fluxo de Informações _______= Fluxo de Material 
 
Figura 9.2 Tarefas da Movimentação 
 
9.3 Estação da Movimentação 
 
A Movimentação das OF é feita por estações, isto é, 
pequenos núcleos espalhados adequadamente ao longo das 
Seções de Fabricação. 
 
O ideal é ter uma única estação de Movimentação 
(Figura 9.3), eqüidistante de todas as Seções, podendo 
razoavelmente, fazer todos os serviços de movimentação com 
o número de pessoas necessário. Tudo se concentra na 
PROGRAMAÇÃO 
MOVIMENTAÇÃO 
1 
Almox. 
Matéria 
Prima 
Almox. 
De 
Peças 
5 
2 
4d 
SF 30 SF 20 SF 10 
4c 
4a 
3c 3a 
3b 
4b 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
202 
estação que fica com conhecimento completo de todas as 
oficinas. Outrossim, não há grandes deslocamentos até a 
estação, pois ela está perto de todas as Seções de 
Fabricação. 
 
Entretanto, em fábricas maiores, a disposição física 
(layout) das seções, pode aconselhar a divisão das tarefas 
da Movimentação em mais de uma estação (Figura 9.4). 
 
Nesse caso, a Programação deverá fazer uma divisão dos 
documentos, mandando para cada estação o número de 
documentos respectivos e enviando as cópias da Requisição 
de Matéria Prima para a primeira estação. Ambas terão a 
tarefa de separar as cópias da Ordem por Seção e por data 
de início. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MP Matéria Prima PA Produto Acabado 
SF Seção de Fabricação M Estação de Movimentação 
Figura 9.3 Movimentação com uma Única Estação 
 
 
 
 
 
MP PA 
SF 10 SF 20 
SF 30 
SF 40 
M 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
203 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9.4 Movimentação com duas Estações de Movimentação 
 
Depois de produzidas as unidades pedidas da peça 
encomendada, a Seção de Fabricação as envia à Movimentação 
que contará e registrará a produção realizada e emitirá a 
Guia de Remessa em 3 vias cujos destinos são: 
 
1) Acompanha as peças ao almoxarifado de peças e vai para o 
Controle de Estoques; 
2) Vai à Programação e à Contabilidade; 
3) Fica arquivada na Movimentação. 
 
A Programação recebe cópia da Guia de Remessa para 
poder comparar o programado com o realizado. A 
Contabilidade recebe todos os documentos a fim de calcular 
o custo real da produção. 
 
Se não fosse a última operação, o material em 
processamento seria entregue à outra Seção de Fabricação 
que receberia, então, sua cópia da Ordem de Fabricação. 
 
9.4 Definição e Subordinação da Movimentação 
 
A função essencial da Movimentação de Ordens de 
Fabricação é controlar a execução das OF. 
 
MP 
PA M1 M2 
SF 10 
SF 20 
SF 30 
SF 40 
SF 50 
SF 60 
SF 70 
SF 80 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
204 
Apesar de vários autoresdefenderem a subordinação da 
Movimentação a Seção de Fabricação, defende-se a opinião de 
que na produção empurrada a Movimentação deverá ser 
subordinada ao PCP. 
 
O PCP ficará com postos avançados de informação dentro 
das próprias oficinas, o que lhe possibilita conhecer os 
problemas ocorridos de maneira imediata e com precisão. 
 
O movimentador fica liberto da influência do 
encarregado de Seção que, freqüentemente, está mais 
interessado em otimizar sua Seção em particular e não a 
produção como um todo. 
 
Permite, também, uma melhor programação de Ordens. 
 
Possibilita o treinamento de funcionários do PCP em 
tarefas mais simples e dentro do ambiente das Seções de 
Fabricação. 
 
Quando a Fábrica for pequena e a produção muito 
simples, a subordinação mais vantajosa seria ao 
Departamento de Produção. 
 
 
Transporte Interno 
 
A movimentação de matéria-prima, material em 
processamento e peças é de responsabilidade da 
Movimentação. Geralmente é feito por operários 
semiqualificados, sob as ordens do movimentador, que lhes 
informa o que transportar e de onde para onde. Não há 
necessidade de instruções escritas. É importante ressaltar 
o cuidado que deve existir no transporte das peças. Para 
isso é preciso utilizar para cada material o meio de 
transporte adequado. 
 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
205 
9.5 Questionário 
 
9.5.1 Quais as principais razões pelas quais a Movimentação 
de Ordens de Fabricação deve subordinar-se ao PCP? 
 
a) O PCP fica com postos de informação dentro das próprias 
oficinas e possibilita o treinamento de funcionários em 
tarefas mais simples e dentro das Seções de Fabricação; 
b) O movimentador fica liberto da influência do 
encarregado e permite uma melhor programação das Ordens 
de Fabricação; 
c) O encarregado não tem capacidade de realizar as tarefas 
da Movimentação e essa tem que necessariamente se 
encontrar numa só estação. 
 
9.5.2 Suponha que existam duas estações da Movimentação, a 
saber: A (controlando as Seções 10, 20, 30 e 40) e B 
(controlando as Seções 50, 60, 70 e 80), quantas cópias 
deverão ser providenciadas para uma Ordem de Fabricação com 
as seguintes operações: 
Operações 10 20 25 30 40 50 55 
Seções 10 10 20 30 10 70 40 
Nota: 3 cópias serão necessárias para diversos fins. 
Opções: 
a) 12; 
b) 11; 
c) 10. 
 
9.5.3 Por que é necessária a contagem das peças produzidas 
pelos funcionários da Movimentação de Ordens de Fabricação? 
 
a) Porque nem todas as máquinas têm contadores automáticos; 
b) Porque o operário pode se enganar; 
c) As duas respostas. 
 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
206 
9.5.4 A subordinação da Movimentação ao PCP em vez do 
Departamento de Produção é sempre mais vantajosa porém 
aceita-se o inverso quando: 
 
a) A produção for contínua; 
b) A fábrica for pequena e a produção muito simples; 
c) A fábrica utilizar o Sistema Kanban. 
 
9.5.5 Quem deve solicitar a matéria-prima necessária à 
produção de uma Ordem de Fabricação ao Almoxarifado? 
 
a) A Seção de Fabricação que executa a primeira operação; 
b) A movimentação de ordens de fabricação; 
c) Indiferente. 
 
9.5.6 Quando, eventualmente, as tarefas de Movimentação das 
Ordens de Fabricação são divididas entre mais de uma 
estação devidamente localizadas ao longo da Fábrica? 
 
a) Quando o serviço se acumula; 
b) Quando a disposição física das Seções de Fabricação 
aconselha tal divisão; 
c) Quando o número de Seções de Fabricação é maior do que 
quatro. 
 
9.5.7 Quando a Movimentação tem seu serviço dividido em 
duas estações cabe a uma delas o envio das Requisições de 
Matéria-Prima ao Almoxarifado e à outra a preparação da 
Guia de Remessa ao Almoxarifado de Peças. Essa 
especialização de tarefas acontece: 
 
a) Sempre; 
b) Quase sempre; 
c) As vezes. 
 
9.5.8 Caso o Almoxarifado não tenha em estoque toda a 
quantidade de matéria-prima solicitada pela Requisição, 
como acha que ele deve proceder? 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
207 
 
a) Entregar à Seção de Fabricação a máxima quantidade 
possível; 
b) Esperar a entrada de mais material até poder completar 
a quantidade pedida; 
c) Solicitar Instruções ao PCP. 
 
9.5.9 As tarefas de Movimentação de Ordens de Fabricação 
situam-se: 
 
a) Exclusivamente na área de planejamento; 
b) Exclusivamente na área de acompanhamento; 
c) Parte na área de planejamento e parte na área de 
acompanhamento. 
 
9.6 Estudo de Caso 
 
1) Determine a localização mais conveniente das duas 
estações da Movimentação da fábrica cuja disposição física 
é apresentada na Figura 8.5 onde os números de 10 a 80 
representam as Seções de Fabricação. 
2) Faça, também, o esquema de fabricação e 
movimentação para a peça cuja Seqüência de Operações vem a 
seguir resumida: 
Op. 10 15 20 35 40 50 60 70 75 
SF 20 10 10 60 70 60 60 60 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
208 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8.5 Disposição Física de uma Fábrica 
 
MP Escritório PA 
Fer-
ra-
men-
tas 
Con-
trole 
de 
Quali-
dade 
Almoxarifado de Peças 
Linha 
de Mon-
tagem 
10 20 
30 40 
50 60 
70 80 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
209 
 
10. CONTROLE DA PRODUÇÃO 
 
10.1 Introdução 
 
 Entende-se por Acompanhamento (Controle) da Produção a 
função do PCP responsável por fazer comparações rotineiras 
entre os resultados da produção de bens ou serviços e as 
solicitações da programação, detectando desvios assim como 
identificando causas e cobrando, dos responsáveis, suas 
correções. 
 
Cabe ao Acompanhamento da Produção verificar se todas 
as providências solicitadas estão sendo executadas dentro 
dos prazos e quantidades previstos. 
 
Acompanhamento é a função que completa o PCP, 
fornecendo a realimentação que o sistema necessita para 
funcionar adequadamente. 
 
10.2 Dificuldades Encontradas pelo Acompanhamento 
 
São duas as principais dificuldades encontradas pelo 
acompanhamento: dificuldades na identificação das causas 
dos atrasos; e, problemas relativos as relações humanas. 
 
Suponha-se que uma determinada OF esteja em atraso e 
que, ao verificar a causa, o PCP descubra que uma 
determinada máquina está apresentando, com freqüência, 
defeito de funcionamento. 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
210 
Qual o Departamento responsável? O Departamento de 
Manutenção, que não estava mantendo convenientemente a 
máquina; a Seção de Fabricação, onde o operário estaria 
produzindo fora das especificações recomendadas; o 
Departamento de Engenharia, que estabeleceu uma maneira 
inadequada de produzir a peça, forçando a máquina e 
causando defeito; ou o Controle de Qualidade que deixou 
passar matéria-prima fora das especificações, que estaria 
criando tensões extras na máquina. 
 
Como para todo problema de atraso, aparece um 
responsável, a pessoa que falhou, cabe ao PCP entrar em 
contato com essa pessoa pedindo-lhe que passe a evitar o 
erro, ou seja, reclamando, cobrando. Por isso, a crítica 
tem que ser feita com habilidade, para que seja eficiente, 
pois o objetivo não é reclamar e sim conseguir a correção 
do erro. 
 
O pessoal do Acompanhamento tem que ser escolhido 
entre os mais habilidosos e categorizados doDepartamento. 
Não é rara a situação em que o próprio chefe do PCP fica 
com a responsabilidade de tomar decisões em relação a 
identificação das causas dos atrasos e ao trato com o 
pessoal que precisa ser alertado ou criticado. 
 
10.3 Métodos de Acompanhamento 
 
♦ Controle por exceção; 
♦ Controle global. 
 
Os controles por exceção são aqueles em que 
automaticamente, se identificam os itens em desvio e, 
então, passa-se a acompanhá-los. 
 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
211 
Os controles globais são aqueles em que todos os itens 
são controlados independentemente do fato de estarem em 
atraso ou não. 
 
Os instrumentos mais utilizados para acompanhar a 
produção, são o Gráfico de Gantt e os dispositivos de 
controle nele baseados (Figuras 10.1, e 10.2). 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
212 
 
297 298 299 300 301 302 MÁQUINAS 
OF nº 1 OF nº2 
100/100 200/200 200/400 200/600 200/800 200/1000 
 
 
ferramenta 
 
 
 
 
 
Prensa 
40t 
Nygara 
3701 
 
 
OF nº 3 OF nº 4 OF nº5 OF nº 5 OF nº 5 OF nº 6 
Manutenção 100/100 50/50 30/30 
 
 
 
 
 
Prensa 
40t 
Nygara 
1707 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prensa 
50t 
Nygara 
1001 
 
OF nº 7 
100/100 100/200 100/300 100/400 
 
MP 
 
 
 
Prensa 
60t 
Nygara 
310 
 
MÁQUINAS 297 298 299 300 301 302 
Figura 10.1 Gráfico de Gantt para o Controle de Ofs baseado 
na Carga Horária 
 
 Na escala horizontal, tem-se o dia, e na vertical, as 
máquinas. Para cada máquina, tem-se três linhas: uma para a 
programação, uma para a produção e a última para a 
comparação. 
 
Na primeira linha tem-se a programação de duas ordens 
a nº 1 para 100 unidades no dia 297 e a nº 2 para 1.000, 
programada em 5 dias, 200 unidades por dia. Na segunda 
linha registra-se a produção: no dia 297 a Ordem nº 1 foi 
completamente produzida, no dia 298 a máquina ficou parada 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
213 
por falta de ferramenta e no terceiro dia a Ordem nº 2 foi 
produzida numa quantidade maior que a prevista. Na terceira 
linha temos a comparação gráfica que assinala o atraso da 
máquina considerada. 
MODELOS OU 
CLIENTES 
1 2 3 4 5 6 7 
- - - - - - - 
- - 
 
A 
 
20/20 20/40 20/60 20/80 20/100 20/120 20/140 
25/25 15/40 
 
B 
 
- - 200/200 200/400 200/600 200/800 200/1000 
- 200/200 - - - - - 
 
C 
 
200/200 200/400 -/400 -/400 -/400 -/400 -/400 
150/150 50/200 
 
D 
 
- 30/30 170/200 170/370 170/540 170/710 170/880 
- - 
 
E 
 
170/170 140/310 -/310 -/310 -/310 -/310 -/310 
120/120 120/240 
 
F 
 
10/10 10/20 10/30 10/40 10/50 10/60 10/70 
6/6 8/14 
 
G 
 
100/100 100/200 100/300 100/400 100/500 100/600 100/700 
50/50 150/200 
 
H 
 
500/500 500/1000 500/1500 500/2000 500/2500 500/3000 500/3500 
351/351 543/894 
 
TOTAL 
 
MODELOS OU 
CLIENTES 
1 2 3 4 5 6 7 
Figura 10.2 Gráfico de Gantt para o Controle de Produtos 
Acabados 
 
Também aqui tem-se três linhas: uma para a 
programação, outra para a produção e a terceira para 
comparação gráfica. O gráfico retrata a posição ao término 
do dia 2. Pode-se notar que a produção total está atrasada, 
pois até o fim do dia 2 foram programadas 1.000 unidades 
totais e produzidos apenas 894. 
 
Indica também que o modelo “C” está com um dia de 
adiantamento, os modelos “A”, “B” e “H” estão em dia e os 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
214 
modelos “D”, “E”, “F” e “G” estão atrasados, 
respectivamente, com 1 dia, 0,5 dia e 0,6 dia de atraso. 
 
10.4 Vantagem e Desvantagem do Gráfico de Gantt 
 
Desvantagem 
Necessidade de freqüente atualização – uma das coisas 
mais difíceis de se conseguir na prática é o fiel 
cumprimento de uma programação. Modificações na priorização 
dos itens. 
 
Vantagem 
Revela o atraso imediatamente e, mesmo antes de 
terminada a OF, permitindo a tomada de providências com 
antecedência. 
 
10.5 Questionário 
 
10.5.1 Cabe ao Acompanhamento verificar se todas as 
providências estão sendo executadas dentro dos prazos e 
quantidades previstos. Essa tarefa não é fácil 
principalmente por causa: 
 
a) Da dificuldade de se identificar as causas dos atrasos; 
b) Dos problemas relativos às relações humanas; 
c) As duas respostas. 
 
10.5.2 Analise o Gráfico de Gantt seguinte, e responda: 
 
a) Quais os modelos em atraso? 
b) Quais os modelos em dia? 
c) Quais os modelos adiantados? 
Planejamento, Programação e Controle da Produção 
Organizado por: Antônio de Mello Villar 
215 
 
MODELOS 2 3 4 7 8 9 10 
 - - 40/40 40/80 40/120 40/160 40/200 
A - 60/60 50/110 20/130 
 
 100/100 100/200 100/300 100/400 100/500 100/600 100/700 
B 100/100 150/250 100/350 -/350 
 
 20/20 20/40 20/60 20/80 20/100 20/120 20/140 
C - - - - 
 
 100/100 100/200 100/300 100/400 100/500 100/600 100/700 
D - 200/200 200/400 100/500 
 
 - - - - - - - 
E - - - - 
 
 - - - - - 300/300 300/600 
F - - - - 
 
 300/300 -/300 -/300 -/300 -/300 -/300 -/300 
G 100/100 200/300 -/300 -/300 
 
 - 300/300 300/600 300/900 300/1200 -/1200 -/1200 
H 200/200 200/400 300/700 -/700 
 
 520/520 520/1040 560/1600 560/2160 560/2720 560/3280 560/3840 
TOTAIS 400/400 810/1210 650/1860 120/1980 
 
MODELOS 2 3 4 7 8 9 10 
 
10.6 Estudo de Caso 
 
 Uma fábrica recebeu um Pedido Firme para um mês de 21 
dias úteis, constando do seguinte: 
Modelo Quantidade 
C.11 500 
C.13 1.000 
C.15 800 
C.18 300 
C.21 250 
C.24 150 
Total 3.000 
 
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216 
 Sabe-se que a Linha de Montagem está capacitada a 
produzir 150 unidades por dia com uma tolerância de mais ou 
menos 20%. 
 
 Pede-se mostrar a situação ao fim do terceiro dia, 
sabendo que a produção desses três dias foi a seguinte: 
Modelo Dia 1 Dia 2 Dia 3 
C.11 60 60 60 
C.13 - - - 
C.15 65 65 65 
C.18 15 15 15 
C.21 10 10 10 
C.24 10 10 10 
 
 Pesquisada a causa do atraso do modelo C.13, 
verificou-se que estava faltando uma peça peculiar a esse 
modelo e que a mesma só ficaria pronta a partir do 4.º dia 
útil. Pede-se reprogramar o Gráfico de Gantt passando a 
incorporar esse atraso. 
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BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
♦ RUSSOMANO, Victor Henrique – Planejamento e Controle da 
Produção – 5ª Edição - Livraria Editora Pioneira, 1995. 
 
♦ TUBINO, Dalvio Ferrari – Manual de Planejamento e 
Controle da Produção – Editora Atlas, 1997. 
 
♦ TUBINO, Dalvio Ferrari – Sistemas de produção: A 
PRODUTIVIDADE no chão de Fábrica, 1999. 
 
♦ ZACCARELLI, Sérgio B. – Programação e Controle da 
Produção – Livraria Editora Pioneira, 1982. 
 
♦ BURBIDGE, John L. – Planejamento e Controle da Produção 
– Editora Atlas S, 1992. 
 
♦ MUNIER, Nolberto J. – Técnicas Modernas para el 
Planejamento Y Control da Producción 
 
♦ MACHILINE, Sá Motta e Weil – Administração da Produção, 
Série Administração na Pequena e Média Empresa 
Brasileira – FundaçãoGetúlio Vargas, 1971

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