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DIREITO EMPRESARIAL Prof. MSc Francisco Hedson Costa Natal-RN Março/2018 Direito Empresarial • Código Civil (Lei nº 10.406/2002) - Estrutura: –Parte Geral: –Parte Especial: • LIVRO II: DO DIREITO DE EMPRESA TÍTULO II: DA SOCIEDADE SOCIEDADES • Sociedade, em sentido jurídico, é a união ou o agrupamento de pessoas que se obrigam contratualmente a combinar esforços e recursos para uma finalidade comum. SOCIEDADES Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. SOCIEDADES • O primeiro elemento exigido para a constituição de uma Sociedade é a união de pessoas: pessoas naturais ou pessoas jurídicas. • Vigora em nosso ordenamento jurídico o princípio da pluralidade de sócios, segundo o qual, para formar uma sociedade é necessário haver a comunhão de pelo menos duas pessoas. SOCIEDADES Mas a legislação admite exceções! 1. Sociedade subsidiária integral (art. 251, LSA) — É uma espécie de sociedade anônima que só tem um acionista, que tem que ser pessoa jurídica e nacional (Unipessoalidade originária e permanente). 2. Empresa pública (art. 37, XIX, CFRB) — É uma espécie de sociedade que só conta com um único sócio, qual seja, o ente federativo (União, Estado ou Município) que o criou por lei. (Unipessoalidade originária e permanente). 3. Art. 1.033, IV, CC — Quando faltar pluralidade de sócios, a sociedade poderá subsistir por até 180 dias. (Unipessoalidade superveniente e transitória). SOCIEDADES • O segundo elemento é a união de capital. • Obrigação de todos os partícipes entre si e destes para com a sociedade, de contribuírem com bens e serviços para o exercício da atividade escolhida. SOCIEDADES Há no Código Civil de 2002 proibição para a sociedade de cônjuges que se casam no regime da comunhão universal de bens ou separação obrigatória. Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. SOCIEDADES Lembrando que é possível responsabilização dos sócios pelas dívidas sociais caso tenham responsabilidade ilimitada. Nesta hipótese, a responsabilização deles ocorre de forma subsidiária, ou seja, os credores precisam executar os bens da sociedade antes de perseguir os bens dos sócios. Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. SOCIEDADES • O terceiro elemento é a contratualidade em comum exercício. • A expressão latina affectio societatis foi utilizada pelo jurista romano Ulpiano para distinguir a intenção de se associar na sociedade. • Este elemento característico do contrato societário é útil para distinguir a sociedade de outros tipos de contrato. SOCIEDADES • A affectio societatis deve assim ser entendida como um elemento primordial do contrato de sociedade, pois, além de se referir a um sentimento de que o trabalho de um, dentro da sociedade, reverte em proveito de todos, esta decisão de cooperação entre os sócios para atingir o fim social com a consciência e percepção da necessidade de ser a mesma real e efetiva acaba por se situar acima de fatalidades ou interesses particulares, resultando num. SOCIEDADES • Finalmente, a sociedade deve ser exercida para a busca de lucros, pois a sua finalidade é econômica. • As sociedades se diferem das fundações e das associações por um sentido finalista de natureza econômica voltado para o lucro ou a busca de resultados, mas todas são pessoas jurídicas. SOCIEDADES • As sociedades podem ser classificadas, quanto à atividade que exercem, em simples e empresárias. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. SOCIEDADES Sociedade Anônima sempre será sociedade empresária e Cooperativa sempre será sociedade simples. Trata-se de critério objetivo Art. 982. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. SOCIEDADES • A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos seguintes tipos: o Sociedade em Nome Coletivo (Arts. 1.039 a 1.044, CC); o Sociedade em Comandita Simples (Arts. 1.045 a 1.051, CC); o Sociedade Limitada (Arts. 1.052 a 1.089, CC); o Sociedade Anônima (Lei 6.404/76 e Arts. 1.088 a 1.089, CC); o Sociedade em Comandita por ações (Lei 6.404/76 e Arts. 1.090 a 1.092, CC). • A sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. SOCIEDADES • A sociedade de produtores rurais, em princípio, é sociedades simples. Todavia, pode requerer sua inscrição na Junta Comercial da respectiva sede, ficando equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. SOCIEDADES • A sociedade adquire personalidade jurídica (isto é, passa a ter existência) com a inscrição dos seus atos constitutivos na Junta Comercial, se empresária, ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, se simples. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). Registro Personalidade Jurídica Autonomia Patrimonial Sociedades Despersonalizadas • No campo das sociedades não personificadas foram previstas duas espécies no Código Civil: • Sociedade em Comum (Arts. 986 a 990, CC); • Sociedade em Conta de Participação (Arts. 991 a 996, CC). Sociedade em Comum • A sociedade em comum é prevista nos arts. 986 e seguintes, para casos em que os atos constitutivos das sociedades, sejam elas simples ou empresárias, não estiverem inscritos no órgão registrário próprio. Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. Sociedade em Comum • A sociedade em comum, em regra, pressupõe sociedade irregular, podendo se enquadrar em um dos seguinte casos: a) A sociedade não tem contrato escrito; b) A sociedade tem contrato escrito mas não o registrou no órgão competente; c) A sociedade simples está constituída, mas ainda não foi registrada, encontrando-se dentro do prazo legal de 30 dias subsequente para o registro (art. 998 do CC/2002); d) A sociedade está registrada, mas apresenta alguma irregularidade superveniente substancial. Sociedade em Comum • Nestes casos a sociedade operará sem personalidade jurídica e os bens que lhes foram destinados pelos sócios ou aqueles adquiridos por ela, juntamente com as dívidas sociais, formarão um patrimônio especial cuja titularidade comum pertence aos sócios. Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum. Sociedade em Comum • Os bens sociais responderão pelos atos de gestão praticados por quaisquer dos sócios com uma particularidade: – se o sóciotinha limitação de poderes firmada por pacto expresso com os demais sócios e o terceiro que se inter- relacionou com a sociedade conhecia a limitação e mesmo assim efetivou o negócio, o pacto limitatório terá eficácia em face deste terceiro, desobrigando os demais sócios e a própria sociedade. Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. Sociedade em Comum • Na sociedade em comum a responsabilidade dos sócios, muito embora o contrato social possa prever expressamente alguma limitação de responsabilidade em razão de tipo social escolhido, é solidária e ilimitada em face das obrigações sociais. • E aquele sócio que efetivamente contratou pela sociedade não terá direito ao benefício de ordem. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Sociedade em Comum Entendendo melhor a responsabilidade dos sócios: • É possível identificar quais os bens estão sendo utilizados na atividade empresarial da sociedade em comum? Sociedade em Comum • 1) SIM! É POSSÍVEL IDENTIFICAR O PATRIMÔNIO! • Responde inicialmente (solidária e ilimitadamente): Bens sociais (patrimônio especial) + Bens dos sócios que contrataram pela sociedade. • Responde subsidiariamente em relação à sociedade (responsabilidade solidária em relação aos sócios): Bens dos sócios que não contratam pela sociedade em comum. Sociedade em Comum • 2) NÃO! NÃO É POSSÍVEL IDENTIFICAR O PATRIMÔNIO UTILIZADO PELA SOCIEDADE EM COMUM. • Responde diretamente o patrimônio dos sócios. Sociedade em Comum • A sociedade em comum deve provar sua existência por escrito: Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. Sociedade em Comum • Aplicam-se subsidiariamente e no que forem compatíveis as regras da sociedade simples à sociedade em comum. • Por este prisma, uma sociedade empresária com atos não inscritos na junta comercial seria abrangida pela disciplina geral da sociedade em comum. Sociedade em Conta de Participação • Prevista nos arts. 991 a 996, do Código Civil. Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Sociedade em Conta de Participação • Nesta modalidade social temos dois tipos de sócios: Sócio ostensivo Sócio participante ou oculto Sociedade em Conta de Participação • O sócio ostensivo é aquele que desempenha toda a atividade empresarial, pois conhece a expertise do ramo. • É ele quem contrata com fornecedores, empregados, quem fiscaliza a execução da empresa etc. • Toda a atividade é desenvolvida em nome do sócio ostensivo, que necessariamente terá que ser empresário, uma vez que art. 994 do Código Civil, no seu § 2º, menciona que a falência do sócio ostensivo acarretará a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá em crédito quirografário. • Observa-se do disposto no art. 2.037 do Código Civil que somente sujeita-se à falência a sociedade empresária. Sociedade em Conta de Participação • Já o sócio participante, é também chamado de sócio oculto porque não aparece. • É um mero investidor, entra na sociedade com o capital. Sociedade em Conta de Participação • O sócio participante não se obriga perante terceiros. • É um mero investidor, entra na sociedade com o capital. Art. 991. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. Sociedade em Conta de Participação • Se sócio participante intervier nessas relações passará a ter responsabilidade solidária com o sócio ostensivo (somente nas relações nas quais intervier). • O sócio participante só se relaciona com o ostensivo, mas o sócio ostensivo se relaciona com o participante e com terceiros com quem contratar (tendo perante estes responsabilidade ilimitada). Art. 993. Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. Sociedade em Conta de Participação • O contrato social da sociedade em conta de participação não é um instrumento necessário à formalização desse tipo societário, que pode provar- se por todos os meios admitidos em direito. Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. Sociedade em Conta de Participação • Justamente por ser dispensável, o contrato, ainda que levado ao registro, não confere personalidade jurídica à sociedade em conta de participação. • Mas mesmo não sendo possível a personificação, poderá ser o contrato inscrito nos registros públicos com a finalidade específica de gerar publicidade ao ato e segurança jurídica das partes. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. Sociedade em Conta de Participação • Por não ter personalidade jurídica, esta sociedade também não terá nome empresarial. • Não poderá fazer uso nem de firma nem de denominação. Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. Sociedade em Conta de Participação EFEITOS DA FALÊNCIA DOS SÓCIOS Sócio Ostensivo Como é ele que exerce a atividade em seu próprio nome, sem ele a empresa não poderá continuar. Logo, sua falência acarreta a dissolução da sociedade em conta de participação. Se o sócio participante tiver algum saldo a receber deverá se habilitar na falência como credor quirografário. Art. 994. § 2° A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. Sociedade em Conta de Participação EFEITOS DA FALÊNCIA DOS SÓCIOS Sócio Participante A sociedade pode continuar para que se finalizem os trabalhos em andamento. Assim o falido poderá perceber lucros que servirão para quitar suas dívidas. Por isso diz-se que este contrato (de sociedade) ficará sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. Art. 994. § 3° Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. Sociedade em Conta de Participação • Subsidiariamente serão aplicadas a este tipo social as regras da sociedade simples. • E sua liquidação é regida pelas regras processuais atinentes à prestação de contas. Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. Sociedade Simples Sociedade simples (arts. 997 a 1.038, CC). • As Sociedades Simples por natureza servem aos intelectuais; • Mas possuem também a função de oferecer as regras de subsidiariedade para as sociedades no Código Civil. • Muitas de suas disposições se aplicam a outros tipos sociais. • O seu registro pode se dar em até 30 dias da data da assinatura do ato constitutivo.• Durante a sua fase de organização a sociedade simples será tratada como Sociedade em Comum. Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. Sociedade em Nome Coletivo Conceito: • Sociedade em nome coletivo é aquele tipo social em que todos os sócios respondem de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais assumidas pela sociedade. Sociedade em Nome Coletivo Natureza jurídica e regime legal: • Trata-se de sociedade contratualista classificada como sociedade de pessoas que pode ser constituída tanto no gênero de sociedade simples como de sociedade empresária. • Seu regime legal encontra previsão nos arts. 1.039 a 1.044 do Código Civil e aplicam-se também, nas omissões, as regras de princípios previstas para a sociedade simples (art. 1.040 do CC/2002). Sociedade em Nome Coletivo Sistema de responsabilidade: • Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais (art. 1.039). • Não obstante, os sócios podem limitar entre si a responsabilidade de cada um (para efeitos de direito de regresso entre eles), no ato constitutivo ou por convenção posterior unânime (art. 1.039, parágrafo único). Perante terceiros, contudo, a responsabilidade dos sócios continua sendo ilimitada. Sociedade em Nome Coletivo Sistema de responsabilidade: Embora ilimitada, a responsabilidade dos sócios é subsidiária, pois surge somente após exaurido o patrimônio da sociedade (benefício de ordem – art. 1.024). • Vale ressaltar ainda que a responsabilidade de cada sócio perante a sociedade limita-se à integralização da parcela do capital que ele subscreveu (regra geral para todos os tipos de sociedade). • Apenas perante terceiros é que a responsabilidade dos sócios é ilimitada e solidária. Sociedade em Nome Coletivo Generalidades: a) Somente pessoas físicas podem compor os quadros da sociedade em nome coletivo; b) A Sociedade em nome coletivo possuirá como nome uma firma ou razão social, que deve conter o nome de todos os sócios ou, se forem muitos, a expressão “e companhia” ou “& Cia.”; c) O contrato social segue os moldes dos demais, devendo ser constituído a partir dos itens previstos no art. 997 do Código Civil. Sociedade em Nome Coletivo Generalidades: d) A sociedade se dissolverá por quaisquer das causas previstas em lei, como o vencimento do prazo de duração, consenso de sócios, deliberação de sócios por maioria absoluta em sociedade por prazo indeterminado, falta de pluralidade de sócios não retomada em 180 dias, extinção da autorização de funcionamento (art. 1.033) e, ainda, se for empresária, pela falência. Sociedade em Comandita Simples Conceito: • É o tipo social em que se pressupõe a existência de sócios de duas categorias, a saber: os sócios comanditados, que são as pessoas físicas que se encontram no comando e na gestão da sociedade e são responsáveis de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais; e os sócios comanditários, que são sócios cuja responsabilidade é limitada ao valor de sua quota social devidamente integralizada. • A discriminação dos sócios comanditados e comanditários é estabelecida no contrato social. Sociedade em Comandita Simples Natureza jurídica e regime legal: • Trata-se de sociedade contratualista classificada como sociedade de pessoas que pode ser constituída tanto sob o gênero de sociedade simples como de sociedade empresária. • Seu regime legal se encontra nos arts. 1.045 a 1.051 do Código Civil e aplicam-se as normas de sociedade em nome coletivo no que são compatíveis, e ainda, nas omissões, as regras de princípios previstas para a sociedade simples. Sociedade em Comandita Simples Sistema de responsabilidade: • A responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais contraídas sob o tipo social de sociedade em comandita simples obedecem à seguinte sistemática: a) Sócios comanditados: são solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais; b) Sócios comanditários: são apenas e tão só responsáveis pelo valor de sua quota. Desta forma, quando efetuam a integralização desta, a sua responsabilidade encontra o seu limite. Sociedade em Comandita Simples Administração: • A administração e gestão da sociedade, bem como o uso da firma social, pertence exclusivamente aos sócios comanditados que podem constituir procuradores com poderes especiais para negócios determinados. • Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório praticar os atos de administração. • Este administrador poderá funcionar pelo período de 180 dias para que se tenha integrado na sociedade um novo sócio comanditado, não assumindo este a condição de sócio. Sociedade em Comandita Simples Administração: Caso o sócio comanditário pratique qualquer ato de gestão ou tenha o seu nome na firma social, sujeitar-se-á às mesmas responsabilidades do sócio comanditado, ou seja, passará a sua responsabilidade a ser solidária e ilimitada. Essa regra, todavia, não é absoluta. O parágrafo único do artigo 1.047 permite que o comanditário seja constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais. Sociedade em Comandita Simples Generalidades: a) Somente pessoas físicas podem compor os quadros da sociedade em comandita simples; b) A Sociedade em comandita simples possuirá como nome uma firma ou razão social, que deve conter o somente os nomes de sócios comanditados, sendo que a presença do nome de sócio comanditário faz presumi-lo comanditado, passando a responder de forma ilimitada (art. 1.157); c) O contrato social segue os moldes dos demais, devendo ser constituído a partir dos itens previstos no art. 997 do Código Civil. Sociedade em Comandita Simples Generalidades: d) O sócio comanditário possui os mesmos direitos dos sócios da sociedade em nome coletivo, inclusive de participar das deliberações sociais e de fiscalizar a gestão; e) A diminuição da quota do comanditário em razão de redução de capital social produzirá efeito em terceiros somente após a averbação da modificação do contrato, e a redução de capital não poderá ser feita em prejuízo de credores sociais preexistentes; Sociedade em Comandita Simples Generalidades: f) O sócio comanditário não se obriga à reposição de lucros recebidos de boa-fé em sintonia com o balanço patrimonial. Todavia, caso diminuído o capital social em razão de perdas supervenientes, não pode o comanditário receber qualquer lucro antes de reintegrado o capital social; g) A sociedade se dissolverá por quaisquer das causas previstas em lei como o vencimento do prazo de duração; consenso de sócios; deliberação de sócios por maioria absoluta em sociedade por prazo indeterminado, falta de pluralidade de sócios não retomada em 180 dias, extinção da autorização de funcionamento (art. 1.033) e, ainda, se for empresária, pela falência. Na morte do sócio comanditário, a sociedade prosseguirá com os seus sucessores que designarão quem os represente, salvo disposição do contrato. Sociedade em Comandita por Ações Conceito: • É o tipo social em que o capital é dividido em ações e se pressupõe a existência de sócios de duas categorias, a saber: os sócios-acionistas comanditados, que são as pessoas físicas diretoras que se encontram no comando, administração e gestão da sociedade e são responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, de forma subsidiária, ou seja, depois de esgotados os bens sociais; e os sócios comanditários, que são sócios cuja responsabilidade é limitada ao valor de sua ação devidamente integralizada. • A discriminação dos sócios comanditados e comanditários é estabelecida no EstatutoSocial. Sociedade em Comandita por Ações Natureza jurídica e regime legal: • Trata-se de sociedade institucional classificada como sociedade de capital, que só pode ser constituída pelo gênero de sociedade empresária. • Seu regime legal se encontra nos arts. 1.090 a 1.092 do Código Civil e aplicam-se também as normas de regência relativas à sociedade anônima previstas na Lei n. 6.404/66 e, em especial, os arts. 280 a 284. Sociedade em Comandita por Ações Sistema de responsabilidade: • A responsabilidade dos acionistas pelas obrigações sociais contraídas sob o tipo social de sociedade em comandita por ações obedecem à seguinte sistemática: Acionistas comanditados: são solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais, de forma subsidiária; e Acionistas comanditários: são apenas e tão só responsáveis pelo valor de sua ação. Desta forma, quando efetuam a integralização dessa, a sua responsabilidade encontra o seu limite. Sociedade em Comandita por Ações Administração: • A administração e a gestão da sociedade, bem como o uso da firma social, pertencem exclusivamente aos acionistas comanditados, que podem exercer as funções de diretores, administradores ou gerentes. • Os gestores/diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação temporal, podendo ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social. • Diretores destituídos ou exonerados continuam, durante dois anos, responsáveis pelas obrigações sociais contraídas sob sua gestão e administração. Sociedade em Comandita por Ações Generalidades: a) A Sociedade em comandita por ações possuirá como nome uma firma ou denominação, seguida das palavras “comandita por ações” por extenso ou de forma abreviada; b) A assembleia geral não poderá, sem o consentimento dos diretores ou gerentes, mudar objeto essencial da sociedade, prorrogar o prazo de duração da sociedade, aumentar ou reduzir o capital social, emitir debêntures ou criar partes beneficiárias nem tampouco aprovar a participação da sociedade em grupo de sociedades; Sociedade em Comandita por Ações Generalidades: c) O art. 284 da Lei n. 6.404/76 menciona a inaplicabilidade nas sociedades em comandita por ações das regras sobre Conselho de Administração, autorização estatutária para aumento de capital e emissão de bônus de subscrição; d) A sociedade se dissolverá por quaisquer das causas previstas em lei e, ainda, se for empresária, pela falência. Sociedade Limitada Conceito: • No gênero de sociedades há a especificação do tipo sociedade limitada, que foi dividida em duas espécies criadas pelo legislador: as sociedades simples e as sociedades empresárias. • Conceitualmente pode a sociedade limitada ser vista como aquele tipo social em que o capital é dividido em quotas iguais ou desiguais e a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, respondendo todos solidariamente pela integralização do capital social. Sociedade Limitada • A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das cotas que cada um titulariza, desde que o capital social esteja totalmente integralizado. • Ou seja, enquanto o capital social não estiver integralizado, a responsabilidade dos sócios é solidária e qualquer um poderá ser compelido a cumprir o montante que falta. Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Sociedade Limitada • Caso o contrato social nada disponha a respeito, nas omissões do capítulo a sociedade limitada, esta deverá ser regida pelas regras das sociedades simples. • Porém, o Código Civil autoriza que nas omissões do mencionado capítulo a sociedade limitada seja regida pela lei 6.404/76 (lei das sociedades anônimas), desde que haja previsão expressa no contrato social. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social. Sociedade Limitada • O capital social pode ser dividido em cotas iguais ou desiguais, e pode ser integralizado com dinheiro ou bens. • Em que pese não haver exigência de uma avaliação formal, como previsto na lei das sociedades anônimas, é imperioso que esses bens sejam avaliados para que correspondam a uma determinada quantidade de cotas. • Em caso de inexatidão nessa avaliação, todos os sócios terão responsabilidade solidária pelo prazo de 5 anos, contados do registro da sociedade. Ao contrário da sociedade simples, aqui não se admite que a contribuição do sócio seja dada em serviços. Sociedade Limitada Atenção para a regra de cessão de cotas na sociedade limitada. Se o contrato nada dispuser, o sócio pode ceder sua cota, total ou parcialmente: a) Para quem já seja sócio, independente da audiência dos demais sócios; b) Para quem não seja sócio, se não houver oposição de mais de ¼ do capital social. Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social. Sociedade Limitada • Sobre a responsabilidade do cedente e do cessionário, devemos aplicar a regra das sociedades simples prevista no art. 1.003, qual seja, ambos ficam solidariamente responsáveis por 2 anos pelas obrigações contraídas até a data da cessão. • Este prazo só começa a contar a partir da averbação da modificação no quadro social. • O instrumento de cessão deve ser averbado juntamente com a manifestação dos sócios anuentes. Art. 1.003. (...) Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.’’ Sociedade Limitada • Em relação à administração da sociedade, quando ela for atribuída a todos os sócios, aquele que ingressar posteriormente não adquire esta qualidade automaticamente. Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. Sociedade Limitada • Assim como a sociedade simples, a sociedade limitada também admite administradores não sócios, variando somente o quórum para sua eleição: Se o capital social ainda não estiver integralizado, exige-se a unanimidade. Se o capital já estiver integralizado, exige-se 2/3 do capital social. Sociedade Limitada • Além da averbação no registro competente, quando a nomeação do administrador for feita em ato separado, seu termo de posse deverá constar do livro de atas da administração. • Quando seus poderes cessarem, deverá haver nova averbação, no prazo de 10 dias. Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir- se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. Art. 1.063. (...) § 2o A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência. Sociedade Limitada • Além da averbação no registro competente, quando a nomeação do administrador for feita em ato separado, seu termo de posse deverá constar do livro de atas da administração. • Quando seus poderes cessarem, deverá haver nova averbação, no prazo de 10 dias. Art. 1.062.O administrador designado em ato separado investir- se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. Art. 1.063. (...) § 2o A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência. Sociedade Limitada • O nome da sociedade é o elemento de identificação da pessoa jurídica, do nível de responsabilização dos sócios para com as obrigações sociais, de sua atividade, quando esta constar na composição do nome e, ainda, do seu porte econômico financeiro, como ocorre com as microempresas e empresas de pequeno porte. • O nome da sociedade é o seu principal elemento identificador, que pode designar tanto a figura do sócio ou dos sócios como o objeto social da sociedade e o tipo de responsabilidade incorrente. • A sociedade limitada poderá adotar, a livre critério de seus sócios, tanto uma firma como uma denominação social, desde que integre ao nome escolhido a palavra final “limitada” ou a sua abreviatura “Ltda.” (Art. 1.158, do CC). Sociedade Limitada A ausência desta palavra que demonstra ao mercado a característica do tipo social relativo ao nome da sociedade levará à consequência da responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou denominação da sociedade. Art. 1.158. (...) § A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. Sociedade Limitada • A assembleia geral é o órgão supremo de toda e qualquer sociedade, mas é comum haver outros órgãos atuando, como por exemplo, o Conselho Fiscal, que tem existência facultativa e geralmente só está presente nas sociedades limitadas de maior porte. Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembléia anual prevista no art. 1.078. Sociedade Limitada Art. 1.069. Além de outras atribuições determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes: I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira, devendo os administradores ou liquidantes prestar- lhes as informações solicitadas; II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste artigo; III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembleia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as operações sociais do exercício em que servirem, tomando por base o balanço patrimonial e o de resultado econômico; IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providências úteis à sociedade; V - convocar a assembleia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes; VI - praticar, durante o período da liquidação da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista as disposições especiais reguladoras da liquidação. Sociedade Limitada • Além dos assuntos fixados no contrato social, alguns temas são tão importantes que, obrigatoriamente deverão ser deliberados em assembleia ou reunião de sócios. Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: I - a aprovação das contas da administração; II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; III - a destituição dos administradores; IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; V - a modificação do contrato social; VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; VIII - o pedido de concordata. Sociedade Limitada Quando houver mais de 10 sócios, a deliberação deverá ser feita obrigatoriamente em assembleia (Art. 1.072, § 1°, do CC/2002). • As formalidades de convocação serão dispensadas quando todos os sócios comparecerem ou declararem ciência inequívoca. • Em regra, as assembleias e reuniões são convocadas pelos administradores, mas nos casos previstos em lei poderão também ser convocadas pelos sócios ou pelo Conselho Fiscal. Sociedade Limitada • O quórum de instalação da assembleia será: ¾ na primeira convocação Qualquer número na segunda convocação Sociedade Limitada • O quórum para deliberação varia de acordo com a matéria tratada: Matéria Quórum Modificação do contrato social ¾ do capital social Incorporação, fusão, dissolução ou cessação do estado de liquidação ¾ do capital social Designação dos administradores quando feita em ato separado > 50% do capital social Destituição dos administradores > 50% do capital social Remuneração dos administradores quando não prevista no contrato social > 50% do capital social Pedido de recuperação judicial > 50% do capital social Demais casos previstos na lei ou no contrato (desde que o contrato não exija quorum mais elevado) Maioria de votos dos presentes Sociedade Limitada Quando as deliberações sociais infringirem a lei ou o contrato social, os sócios que deliberaram a favor dessa infração passarão a ter responsabilidade ilimitada. • Isso significa dizer que não é necessário o expediente da desconsideração da personalidade jurídica para responsabilizar estes sócios. Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram. Sociedade Limitada • O capital social da sociedade limitada pode ser aumentado ou reduzido, desde que haja averbação dessa modificação. • O aumento do capital social só será possível se este já estiver totalmente integralizado. Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato: I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis; II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade. Sociedade Limitada • Os sócios têm direito de preferência para adquirir as cotas oriundas do aumento de capital; se desejarem ceder esse direito, deverão observar a regra do art. 1.057, ou seja: para ceder esse direito a quem já seja sócio, podem fazê-lo independente da audiência dos demais sócios; porém, para ceder seu direito a quem não seja sócio não poderá haver oposição de mais de ¼ do capital social. Sociedade Limitada • Já mencionamos que, nos casos de sócio remisso, é possível reduzir o capital social. • Também é possível sua redução se houver perdas irreparáveis ou se o capital se mostrar excessivo em relação ao objeto da atividade. • No primeiro caso, o capital será reduzido proporcionalmente na participação de cada sócio; no segundo caso, haverá restituição proporcional das cotas de cada sócio. Sociedade Limitada Aumento do Capital Social Redução do Capital Social Capital social não integralizado Não pode Sócio remisso Capital excessivo em relação ao objeto Capital social integralizado Pode (Respeitado o direito de preferência dos sócios) Perdas irreparáveis Capital excessivo em relação ao objeto Sociedade Limitada • Além da hipótese de exclusão de sócio prevista no art. 1.030 (falta grave no cumprimento das obrigações sociais, que só pode ocorrer judicialmente), o regramento das sociedades limitadas admite a exclusão extrajudicial de sócio minoritário em casos de falta grave. Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, emvirtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa. Sociedade Limitada • Alguns requisitos devem ser observados: a) Deliberação da maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social; Para a fixação do quórum deliberativo assemblear necessário à aprovação da exclusão de sócio minoritário de sociedade limitada, não se pode computar a participação deste no capital social, devendo a apuração da deliberação se lastrear em 100% do capital restante, ou seja, tão somente no capital social daqueles legitimados a votar (STJ. 4ª Turma. REsp 1459190/SP). b) Colocação da sociedade em risco pela prática de atos de inegável gravidade; c) Previsão expressa no contrato social; d) Cientificação do acusado. Sociedade Limitada É de 3 anos o prazo decadencial para que o sócio minoritário de sociedade limitada de administração coletiva exerça o direito à anulação da deliberação societária que o tenha excluído da sociedade, ainda que o contrato social preveja a regência supletiva pelas normas da sociedade anônima (STJ. 4ª Turma. REsp 1459190-SP). Sociedade Limitada • São três as formas de Dissolução da Sociedade Limitada: 1. Dissolução Parcial; 2. Dissolução Extrajudicial; 3. Dissolução Judicial. Sociedade Limitada • Dissolução Parcial: • Ocorre quando há desinteresse dos sócios na compra de quotas do sócio retirante e os sócios não permitem a entrada de um terceiro na sociedade. Para pagar o sócio retirante este poderá pleitear a dissolução parcial. • Dissolução Extrajudicial: • Ocorre quando a sociedade é de prazo determinado. • Vencido o prazo estabelecido no Contrato Social a sociedade será dissolvida, salvo se os sócios resolverem continuar sua permanência por prazo determinado. Sociedade Limitada • Dissolução Judicial: • Três situações ensejam a dissolução judicial da sociedade: 1) Falência (a sentença que decretou a falência promoverá a dissolução e liquidação da sociedade); 2) Inexequibilidade do fim social; 3) Exaurimento do fim social. Dúvidas ou questionamentos?
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