Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Farmacologia Geral MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. MÓDULO II ESTUDO DAS PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ATRAVÉS DO SISTEMA DIGESTIVO IA ORAL oral em indivíduos apresentando distúrbios digestivos, tais como vômito ou diarréia. ? V Na utilização por via oral, para que o medicamento atinja os locais onde possa haver absorção, é necessário que haja deglutição, o que por si, limita o emprego da via em pacientes impossibilitados de realizar tal função. No estômago ocorre à absorção de uma pequena parcela do total que é absorvido, o que seria de se esperar, pelas características estruturais da mucosa gástrica o que não lhe confere grande capacidade absortiva. Alguns medicamentos, sobretudo aqueles de características básicas, podem permanecer por algum motivo no estômago sem ser absorvido, sendo este segmento do trato digestivo responsável por modificar o tempo de latência desses fármacos. No terço inicial do intestino delgado se faz grande parte da absorção, sendo este segmento de grande relevância no processo. Como vantagem da utilização da via oral poderíamos citar a facilidade ou praticidade na administração do medicamento, o que acarreta em uma série de outras vantagens. Como desvantagens podemos incluir o fato do medicamento ser irritante para a mucosa do trato gastrointestinal ou ainda ser instável nas condições físico-químicas proporcionadas pelas secreções digestivas. Na maioria das vezes, após a absorção, a passagem do fármaco dos vasos mesentéricos ao sistema porta e a posterior passagem pelo fígado resulta em remoção e metabolização de parte do mesmo pelo fígado no chamado metabolismo de primeira passagem. Deve-se relatar também a incompatibilidade da utilização da via Absorção por via oral e o conceito de biodisponibilidade A absorção através do trato digestivo depende de uma série de fatores, tais como: mobilidade do trato gastrointestinal, valores de pH no local de absorção, tamanho das 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. corre entre os antibióticos do grupo das tetraciclinas e íons metálicos como preparações e que elas são comparáveis quanto a biodisponibilidade. IA MUCOSA ORAL (SUBLINGUAL OU ENTERAL TRANSMUCOSA) da preparação, que não pode ser desagradável, para ser administrada por esta via. IA RETAL o da via endovenosa. A via retal exige preparações ou formas farmacêuticas adequadas. partículas de preparação e interação físico-química com o conteúdo (por exemplo a interação que o o cálcio) O termo biodisponibilidade se refere à quantidade de uma preparação terapêutica que é absorvida e torna-se efetivamente disponível no local de ação da droga ou, ainda, pode ser considerada como a fração da dose ingerida de um fármaco que tem acesso à circulação sistêmica, a qual é afetada diretamente pelos fatores que interferem na absorção ou pela metabolização na parede intestinal ou no fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Quando as duas preparações de um mesmo fármaco se equivalem do ponto de vista de eficácia clínica, dizemos que há bioequivalência entre as V A absorção de alguns fármacos por esta via é relativamente rápida com a vantagem de atingir a circulação sistêmica sem sofrer o metabolismo de primeira passagem no fígado ou nos enterócitos. Por essa via são administradas drogas com ação vasodilatadora como o trinitrato de gliceril objetivando uma resposta rápida. Tem que se levar em conta o sabor V O uso desta via é relativamente esporádico visando o tratamento de afecções locais, bem como visando uma ação sistêmica. A absorção de drogas por via retal muitas vezes não é confiável, mas pode se constituir em uma opção para pacientes incapacitados de receber medicamentos por outras vias, como por exemplo, naqueles apresentando vômitos, crises convulsivas e pós-operatório que empeça a utilização da via oral ou desidratação grave que dificulte a utilizaçã 18 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. VIAS PARENTERAIS (PAR, FORA DE ENTERO, INTESTINO) possibilidade de se utilizar estas vias em indiv centrações adequadas das preparações em relação à tonicidade dos fluídos corporais. AVIDADES SEROSAS o o risco de se atingir alguma víscera durante a aplicação ou de provocar uma peritonite. IA INTRADÉRMICA gicos como na aplicação de tuberculina ou no diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar. ? As vantagens das vias parenterais se relacionam com a maior rapidez na absorção, o que proporciona um menor tempo de latência, ou seja, um intervalo menor entre o momento da administração e o início dos efeitos, maior correlação entre a dose administrada e a dose absorvida, conseqüentemente menores perdas ou maior biodisponibilidade. Deve-se considerar a íduos apresentando vômito ou diarréia. Como desvantagens, as vias parenterais apresentam a necessidade de assepsia nos procedimentos de aplicação além de exigir maior conhecimento técnico, maiores cuidados, além de con C A principal via onde se utiliza uma cavidade serosa é a via intraperitoneal (I. P) a qual apresenta grande capacidade de absorção pela sua rica vascularização. Essa via, no entanto, é muito pouco utilizada na prática clinica e bastante utilizada experimentalmente em animais de laboratório devido a questões de ordem prática, tais com V É uma via limitada pela capacidade de receber somente pequenos volumes. Normalmente se utiliza essa via para a administração de vacinas ou para a execução de testes imunoló 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. TRAMUSCULAR (I.M.) tramuscular se caracteriza de uma man administração. As soluções anisotônicas e irritantes para os tecidos devem ser evitadas. IA INTRAVENENOSA OU ENDOVENOSA (I.V.) cessiva. O veículo utilizado na preparação deve ser aquoso ou aquamiscível. IA SUBCUTÂNEA (S.C.) prática veterinária, a via subcutânea pode apresentar vantagens do ponto de vista prático. IN Quando a droga é administrada por via intramuscular ela entra em contato com uma grande superfície absortiva, que é particularmente proporcionada pela irrigação exuberante que o tecido muscular apresenta. A via in eira geral por proporcionar uma absorção rápida. É uma via que exige cuidados na sua utilização, assim como todas as parenterais devido à possibilidade de lesar nervos ou atingir vasos durante a V A aplicação endovenosa consiste em administrar o medicamento diretamente no leito vascular, portanto nesta via considera-se que não há absorção. Utiliza-se essa via para se obter um efeito imediato, reduzindo-se o tempo de latência. A via intravenosa ouendovenosa permite a administração de grandes volumes, desde que observada a velocidade de aplicação, e permite o uso de soluções anisotônicas com o líquido extracelular. A superdosagem na via endovenosa é de fácil controle e deve se observar o risco de provocar embolias quando são utilizadas substâncias gasosas ou soluções oleosas e o risco de uma sobrecarga de volume ou hipervolemia na administração de quantidade ex V A aplicação por via subcutânea nas regiões onde a pele é mais distensível permite a administração de volumes maiores de uma preparação. A aplicação em massa seja nas campanhas de vacinação em humanos ou no tratamento feito em grandes rebanhos na 20 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Formas de aumentar ou reduzir a absorção nas diversas vias de administração AU O MENTAR A ABSORÇÃ REDUZIR A ABSORÇÃO Compressas Quentes Associação com Vasoconstritores Massagem no local de Injeção Com enta Formas Farmacêuticas Especiais primidos de Liberação L Uso de Veículo oleoso Uso de sais pouco solúvel do fármaco Associação com Hialuronidase Implante subcutâneo de preparações sólidas ATRAVÉS DO APARELHO RESPIRATÓRIO UCOSA BRONQUIAL E ALVÉOLOS o por exemplo, o salbutamol ou outras drog em certas situações de emergência como é o caso da atropina ou da adrenalina. ? M Algumas drogas são utilizadas por inalação como os anestésicos inalatórios na forma de gases ou líquidos voláteis, onde o pulmão funciona tanto como uma via de administração como de eliminação. As trocas do sangue com o ar alveolar são rápidas em decorrência da grande superfície absortiva e a grande vascularização, o que permite ajustes rápidos na concentração plasmática. Fármacos que agem diretamente sobre os pulmões também podem ser administrados por inalação na forma de aerossóis visando uma ação mucolítica ou broncodilatadora, com as utilizadas nas crises de asma brônquica. O cromoglicato pode ser utilizado no tratamento da asma inalado na forma de pó e ainda, algumas drogas podem ser administradas por via endotraqueal com o auxílio de uma sonda 21 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. UCOSA NASAL o o tratamento de uma afecção local. OUTRAS VIAS IA INTRA-UTERINA visando o tratamento de afecções do trato geniturinário ou mais especificamente do útero. IA INTRAMAMÁRIA mastites. É uma via também muito empregada na veterinária e pouco na medicina. IAS EPIDURAL E INTRATECAL drogas no canal medular ou no espaço subaracnóide é utilizada para or estas vias, assim como antibióticos podem ser utilizados no tratamento das meningites. IA INTRA-OCULAR M Quando se instila um medicamento na mucosa nasal normalmente se esta visand ? V Utilizada para a aplicação de anti-sépticos, antibióticos e outros produtos V A via intramamária consiste na aplicação do medicamento através do ducto da papila mamária e é utilizada normalmente na aplicação de anti-sépticos e antibióticos visando o tratamento local das V A aplicação de fins específicos. Pode-se produzir anestesia regional pela administração de um anestésico local ou mais recentemente pela administração de hipnoanalgésicos. Certas formas de leucemia podem ser tratadas administrando quimioterápicos p V 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Normalmente utilizada para o tratamento das afecções oculares com as conjuntivites ou o glaucoma, por exemplo, ou ainda na aplicação de vacinas na prática veterinária, como é o caso de algumas vacinações nas aves. Para que haja absorção pelo epitélio conjuntival é necessário que a droga apresente um certo grau de lipossolubilidade. PELE OU SUPERFÍCIES EPITELIAIS A absorção de drogas pele integra é bastante dependente da lipossolubilidade da droga e bastante difícil para certos fármacos. Utiliza-se a aplicação tópica sobre a pele visando o tratamento de afecções locais bem como a ação sistêmica daquelas drogas que podem ser absorvidas em quantidades apreciáveis. Nos dias atuais é relativamente comum a comercialização de preparações farmacológicas para serem utilizadas por via transdérmica, as quais são aderidas a regiões de pele fina. Como exemplo podemos citar o gliceritrinitrato utilizado no tratamento da angina, a hioscina que evita a cinetose no mar ou os hormônios estrogênicos utilizados na reposição hormonal pós-menopausa. A via transdérmica é importante na veterinária a qual possibilita a aplicação de medicamentos que utilizam veículos especiais nas formas de aplicação “pour on” e “spot on”. Os veículos especiais são os dimetilsulfóxidos ou DMSO, Dimetilformamida, sabões e álcoois, cuja função principal é facilitar a penetração através da camada queratinizada da pele pelo princípio ativo. As drogas normalmente aplicadas desta forma são os antiparasitários utilizados no combate aos ectoparasitas e endoparasitas que infestam ou infectam os animais. ------ FIM MÓDULO II -----
Compartilhar