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Aula 2 Lesão e Morte celular e Adaptações

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LESÃO E MORTE CELULAR
VISÃO GERAL DAS RESPOSTAS 
CELULARES AO ESTRESSE E AOS 
ESTÍMULOS NOCIVOS 
• Normalmente, as células mantêm um estado 
normal chamado homeostasia .
• Quando encontram um estresse fisiológico ou 
um estímulo patológico, podem sofrer uma 
adaptação, alcançando um novo estado cons-
tante, preservando sua viabilidade e função. 
ADAPTAÇÕES CELULARES AO 
ESTRESSE 
• As adaptações são alterações reversíveis em:
- número,
- tamanho,
- fenótipo,
- atividade metabólica ou das funções celulares
em resposta às alterações no seu ambiente.
• Existem 2 tipos de adaptações celulares ao 
estresse:
Fisiológicas e Patológicas
• As adaptações fisiológicas normalmente
representam respostas celulares à estimulação
normal pelos hormônios ou mediadores
químicos endógenos (histaminas, serotoninas,
etc.)
Ex.: o aumento da mama e do útero, induzido
por hormônio, durante a gravidez.
• As adaptações patológicas são respostas ao 
estresse que permitem às células modularem 
sua estrutura e função escapando, assim, da 
lesão. 
• Tais adaptações podem ter várias formas 
distintas:
a) hipertrofia, 
b) hiperplasia, 
c) atrofia, e 
d) metaplasia.
HIPERTROFIA
• A hipertrofia é um aumento do tamanho das 
células que resulta em aumento do tamanho 
do órgão. 
• Não existem células novas, apenas células 
maiores, contendo quantidade aumentada de 
proteínas estruturais e de organelas. 
• Na hipertrofia as células possuem capacidade 
limitada de se dividir.
• Há 2 tipos de hipertrofia:
a) Fisiológicas
b) Patológicas
• É causada pelo aumento da demanda funcional 
ou por fatores de crescimento ou estimulação 
hormonal específica. 
• Exemplo de hipertrofia fisiológica:
Durante a gravidez, o aumento fisiológico maciço do útero 
ocorre como consequência da hipertrofia e hiperplasia 
do músculo liso estimulado pelo estrogênio.
Aparência macroscópica do útero normal
(direita) e do útero grávido removido por 
hemorragia pós-parto (esquerda). 
B. Células musculares lisas uterinas, pequenas e fusiformes de útero normal. 
C, Células musculares lisas de útero grávido, roliças, grandes e hipertrofiadas, 
comparadas com B.
(B e C no mesmo aumento.) 
• Exemplo de hipertrofia patológica:
aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou 
doença de valva aórtica 
O paciente tem hipertensão arterial (pressão alta)
Coração trabalha sob maior pressão (sob maior resistência)
Quanto maior a pressão arterial, maior a resistência periférica
O coração tem que vencer uma resistência do sangue, para 
bombear o sangue adequadamente
Para isso ocorrer, o coração tem que fazer mais força para 
bombear o sangue
Com o passar do tempo, as células miocárdicas, vent. esquerdo, 
vão aumentando de tamanho
HIPERPLASIA
• É caracterizada por aumento do número de 
células devido à proliferação de células 
diferenciadas e substituição por células-tronco 
do tecido. 
• É uma resposta adaptativa em células capazes 
de replicação 
• A hipertrofia e a hiperplasia podem também 
ocorrer juntas e, obviamente, ambas resultam 
em órgão aumentado (hipertrófico);
• ocorre se o tecido contém populações celulares 
capazes de se dividir; 
• ocorre simultaneamente com a hipertrofia e 
sempre em resposta ao mesmo estímulo. 
• A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica.
• Em ambas as situações, a proliferação celular é
estimulada por fatores de crescimento que são 
produzidos por vários tipos celulares. 
• Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são: 
1) hiperplasia hormonal, exemplificada pela 
proliferação do epitélio glandular da mama 
feminina na puberdade e durante a gravidez; 
2) hiperplasia compensatória, na qual cresce 
tecido residual após a remoção ou perda da 
porção de um órgão. 
• A maioria das formas de hiperplasia patológica é
causada por estimulação excessiva hormonal ou 
por fatores do crescimento. 
• Exemplo:
Causas da hiperplasia do 
endométrio
• A hiperplasia do endométrio é causada pela exposição 
excessiva ao hormônio estrogênio e isto pode ocorrer nos 
seguintes casos:
- Não ovular todos os meses devido a síndrome dos ovários 
policísticos;
- Realizar a terapia de reposição hormonal utilizando somente 
o hormônio estrogênio;
- Diagnóstico anterior de tumor no ovário.
• É importante notar que, em todas essas 
situações, o processo hiperplásico permanece 
controlado; 
• Se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia 
desaparece. 
• É essa sensibilidade aos mecanismos de controle de 
regulação normal que diferencia as hiperplasias 
patológicas benignas das do câncer, no qual os 
mecanismos de controle do crescimento tornam-se 
desregulados ou ineficazes. 
• Contudo, em muitos casos, a hiperplasia patológica 
constitui um solo fértil no qual o câncer pode surgir 
posteriormente. 
• Por exemplo, pacientes com hiperplasia do endométrio 
têm risco aumentado de desenvolver câncer 
endometrial 
ATROFIA
• É a diminuição do tamanho da célula, pela 
perda de substância celular.
• Quando um número suficiente de células está
envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em 
tamanho, tornando-se atrófico. 
• Deve ser enfatizado que, embora as células 
atróficas tenham sua função diminuída, elas não 
estão mortas. 
Exemplo de Atrofia
• As causas da atrofia incluem:
1. a diminuição da carga de trabalho (p. ex., a 
imobilização de um membro para permitir o 
reparo de uma fratura), 
2. a perda da inervação, 
3. a diminuição do suprimento sanguíneo,
4. a nutrição inadequada, 
5. a perda da estimulação endócrina, e
6. o envelhecimento (atrofia senil). 
• Elas representam uma retração da célula para 
um tamanho menor, no qual a sobrevivência seja 
ainda possível; 
• Um novo equilíbrio é adquirido entre o tamanho 
da célula e a diminuição do suprimento 
sanguíneo, da nutrição ou da estimulação 
trófica. 
METAPLASIA
• Metaplasia é uma alteração reversível na qual 
um tipo celular adulto (epitelial ou 
mesenquimal) é substituído por outro tipo 
celular adulto. 
• Nesse tipo de adaptação celular, uma célula 
sensível a determinado estresse é substituída 
por outro tipo celular mais capaz de suportar o 
ambiente hostil. 
• Acredita-se que a metaplasia surja por uma 
reprogramação de células-tronco que se 
diferenciam ao longo de outra via, em vez de 
uma alteração fenotípica (transdiferenciação) de 
células já diferenciadas. 
Transforma um tipo celular em outro
• A metaplasia epitelial é exemplificada pela 
mudança escamosa que ocorre no epitélio 
respiratório em fumantes habituais de cigarros 
RESUMO
E se os limites da resposta adaptativa 
forem ultrapassados ?
LESÃO E MORTE CELULAR
• Ocorre quando as células são estressadas tão 
excessivamente que não são mais capazes de se 
adaptar ou quando são expostas a agentes 
lesivos ou são prejudicadas por anomalias 
intrínsecas (ex., no DNA ou nas proteínas). 
• Os diferentes estímulos lesivos afetam muitas 
vias metabólicas e organelas celulares. A lesão 
pode progredir de um estágio reversível e 
culminar em morte celular.
Lesão celular reversível 
• Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, 
as alterações morfológicas e funcionais são 
reversíveis se o estímulo nocivo for removido. 
• Nesse estágio, embora existam anomalias 
estruturais e funcionais significativas, a lesão ainda 
não progrediu para um dano severo à membrana e 
dissolução nuclear.Causas da lesão celular
• Agentes físicos
• Trauma mecânico
• Variação extrema de temperatura
• Variação de pressão atmosférica
• Radiações 
• Choques elétricos
Causas da lesão celular
• Agentes químicos
• Glicose ou sal em soluções 
hipertônicas
• Venenos
• Poluentes do ar
• Drogas
• Privação de oxigênio
A hipóxia, ou deficiência de oxigênio, interfere 
com a respiração oxidativa aeróbica e constitui 
uma causa comum e extremamente 
importante de lesão e morte celulares. 
Causas da lesão celular
• A hipoventilação leva a insuficiência de 
oxigênio inadequada pelos pulmões e um 
acúmulo de dióxido de carbono no sangue, 
ambos que contribuem para hipoxemia. 
• A hipoventilação pode ocorrer por muitas 
razões, incluindo:
- supressão respiratória de sinalização do 
cérebro devido à toxicidade de drogas ou 
álcool, ou uma lesão cerebral
- condições do sistema nervoso que interferem 
com sinais respiratórios do cérebro.
- impedimentos físicos à respiração normal, 
como a obesidade extrema, um pulmão em 
colapso ou várias costelas quebradas.
• Agentes infecciosos
Esses agentes variam desde vírus 
submicroscópicos a tênias grandes; entre eles 
estão as riquétsias, as bactérias, os fungos e 
os protozoários. 
Causas da lesão celular
• Reações Imunológicas
Embora o sistema imune defenda o corpo contra 
micróbios patogênicos, as reações imunes podem 
também resultar em lesão à célula ou ao tecido. 
Os exemplos incluem as reações autoimunes contra 
os próprios tecidos e as reações alérgicas contra 
substâncias ambientais, em indivíduos 
geneticamente suscetíveis.
Causas da lesão celular
• Agentes Químicos 
Enorme número de substâncias químicas que podem 
lesar as células é amplamente conhecido; 
Mesmo substâncias inócuas, como glicose, o sal ou 
mesmo água, se absorvidas ou administradas em 
excesso podem perturbar o ambiente osmótico, 
resultando em lesão ou morte celular. 
Causas da lesão celular
• Fatores genéticos
- As anomalias genéticas 
resultam em alterações 
patológicas como nas 
malformações congênitas.
- Estas anomalias causam 
deficiência de proteínas 
funcionais (Catálise 
enzimática; transporte, 
defesa, etc.)
Causas da lesão celular
.
• Desequilíbrios Nutricionais 
As deficiências protéico-calórica ou excesso 
nutricionais são as principais causas de lesões 
celulares.
Causas da lesão celular
• Envelhecimento
A senescência celular leva a alterações nas 
habilidades replicativas e de reparo das 
células e tecidos. 
Essas alterações levam à diminuição da 
capacidade de responder ao dano e, 
finalmente, à morte das células e do 
organismo. 
Causas da lesão celular
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA 
LESÃO REVERSÍVEL
As duas principais características morfológicas 
da lesão celular reversível são a tumefação 
celular e a degeneração gordurosa. 
• Tumefação: falha da bomba de íons
dependente de energia. Acúmulo
intracelular de água.
• Degeneração gordurosa: surgimento
de vacúolos lipídicos grandes no
citoplasma.
Tumefação
• É a primeira manifestação de quase todas as 
formas de lesão celular. 
• É uma alteração morfológica reversível, de difícil 
observação na microscopia óptica, podendo ser 
mais visível ao nível do órgão inteiro. 
• Quando afeta muitas células em um órgão, causa 
alguma palidez (resultante da compressão dos 
capilares), aumento do turgor e aumento do peso 
do órgão. 
• O exame microscópico pode revelar pequenos 
vacúolos claros dentro do citoplasma que 
representam segmentos distendidos e separados 
do retículo endoplasmático. 
• Esse padrão de lesão não letal às vezes é
chamado de alteração hidrópica ou 
degeneração vacuolar. 
Exemplo de Tumefação
• Acúmulo de água nos hepatócitos.
• Citoplasma claro.
Hepatócitos normais Hepatócitos em choque
Degeneração Gordurosa
• é manifestada pela presença de vacúolos 
lipídicos no citoplasma. Ela é encontrada 
principalmente em células que participam do 
metabolismo da gordura (p. ex., hepatócitos e 
células miocárdicas) e também é reversível. 
MORTE CELULAR
• Quando uma célula é exposta a um estresse muito 
grande, pode-se desenvolver nela algum tipo de 
lesão irreversível. 
• Através de:
- Danos diretos na membrana plasmática e/ou 
estruturas celulares
- Estresse oxidativo provocando danos irreversíveis na 
célula
- Perda da homeostasia do Ca++
• Essas lesões, por não serem reparáveis pelos 
mecanismos celulares acarretam em 
isquemia, infecções, reações imunes e outras 
situações que levam, por fim, a morte celular.
• Existem 2 tipos de morte celular, a NECROSE e 
a APOPTOSE, que são diferentes entre si em 
diversos aspectos.
MORTE CELULAR
NECROSE
MORTE AUTOFÁGICA
APOPTOSE
ACIDENTAL
PROGRAMADA
NECROSE
• É o tipo de morte celular que está associado à
perda da integridade da membrana e 
extravasamento dos conteúdos celulares, 
culminando na dissolução das células, 
resultante da ação degradativa de enzimas nas 
células lesadas letalmente. 
Necrosis, do grego Nekros = morte; 
Osis = estado alterado de 
saúde
"Morte de uma célula ou de parte de um tecido 
em um organismo vivo".
– INCAPAZES DE MANTER A INTEGRIDADE DA MEMBRANA
– EXTRAVASSAMENTO DO CONTEÚDO
– ENZIMAS DERIVADAS DOS LISOSSOMOS OU DOS LEUCÓCITOS
Necrose
AUTOFAGIA
• A autofagia (“comer a si próprio”) refere-se à
digestão lisossômica dos próprios componentes da 
célula.
• Constitui mecanismo de sobrevivência, em períodos 
de privação de nutrientes, de tal modo que a célula 
privada de alimento sobrevive ingerindo seu próprio 
conteúdo e recicla os conteúdos ingeridos para 
fornecer nutrientes e energia. 
Com o tempo, a célula privada de nutrientes não perdurará canibalizando a 
si mesma
• Os conteúdos celulares que escapam sempre 
iniciam uma reação local do hospedeiro, 
conhecida como inflamação, no intuito de 
eliminar as células mortas e iniciar o processo de 
reparo subsequente.
Necrose
• As enzimas responsáveis pela digestão da célula 
são derivadas dos lisossomos das próprias 
células que estão morrendo ou dos lisossomos 
dos leucócitos que são recrutados como parte da 
reação inflamatória às células mortas. 
Necrose
Padrões de Necrose Tecidual 
• A necrose de um conjunto de células, em um 
tecido ou órgão, resulta em morte de todo o 
tecido e, algumas vezes, do órgão inteiro. 
• Existem vários padrões morfológicos distintos 
de necrose tecidual, os quais podem fornecer 
pistas sobre a causa básica.
Necrose
Tipos de Necrose Tecidual
- COAGULATIVA
- LIQUEFATIVA
- GANGRENOSA
- CASEOSA
- GORDUROSA
- FIBRINÓIDE
Necrose
Necrose de Coagulação
• É a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura 
básica dos tecidos mortos é preservada por, pelo 
menos, alguns dias. 
• Também conhecida como Necrose Isquêmica.
• Os tecidos afetados adquirem textura firme. 
• Causada por isquemia do local. 
• É frequentemente observada nos infartos isquêmicos. 
Necrose
• Há perda da nitidez dos elementos nucleares e 
manutenção do contorno celular devido à 
permanência de proteínas coaguladas no 
citoplasma, sem haver rompimento da 
membrana celular.
Necrose
• A lesão desnatura não apenas as proteínas 
estruturais, como também as enzimas, 
bloqueando assim a proteólise das células 
mortas; 
• como resultado, células anucleadas e 
eosinofílicas persistem por dias ou semanas.
• Os leucócitos são recrutados para o sítio da 
necrose e suas enzimas lisossômicas digerem 
as células mortas.
• A necrosede coagulação é característica de 
infartos (áreas de necrose isquêmica) em todos 
os órgãos sólidos, exceto o cérebro. 
Necrose
Necrose por Liquefação
• É observada em infecções bacterianas focais ou, 
ocasionalmente, nas infecções fúngicas, 
porque 
• os micróbios estimulam o acúmulo de células 
inflamatórias e as enzimas dos leucócitos a 
digerirem (“liquefazer”) o tecido.
Necrose
• Seja qual for a patogenia, a liquefação digere 
completamente as células mortas, resultando 
em transformação do tecido em uma massa 
viscosa líquida.
Necrose
• Finalmente, o tecido digerido é removido por 
fagocitose. Se o processo foi iniciado por 
inflamação aguda, como na infecção bacteriana, 
o material é frequentemente amarelo cremoso 
e é chamado de pus.
Necrose
Necrose Grangrenosa
• Em geral, é aplicado a um membro, 
comumente a perna, que tenha perdido seu 
suprimento sanguíneo e que sofreu necrose de 
coagulação, envolvendo várias camadas de 
tecido. 
Necrose
• Quando uma infecção bacteriana se superpõe, a 
necrose de coagulação é modificada pela ação 
liquefativa das bactérias e dos leucócitos 
atraídos (resultando na chamada gangrena 
úmida). 
Necrose
Necrose Caseosa
• É encontrada mais 
frequentemente em 
focos de infecção 
tuberculosa. 
• O termo caseoso 
(semelhante a queijo) é 
derivado da aparência 
friável branco-amarelada 
da área de necrose.
Necrose
• Diferentemente da necrose de coagulação, a 
arquitetura do tecido é completamente 
obliterada, e os contornos celulares não podem 
ser distinguidos. 
Necrose
• A área de necrose caseosa é frequentemente 
encerrada dentro de uma borda inflamatória 
nítida; essa aparência é característica de um 
foco de inflamação conhecido como granuloma. 
Necrose
Necrose Gordurosa
• Refere-se a áreas focais de destruição 
gordurosa;
• Necrose do tecido adiposo, mais comum na 
pele (hipoderme), mama, retroperitônio e 
epíploo (alça do peritônio).
• Lesões traumáticas, isquêmicas ou químicas
podem levar à ruptura de células adiposas.
Necrose
• O exemplo mais observado é na pancreatite aguda.
- A ação de lipases pancreáticas libera ácidos graxos 
dos triglicérides e estes reagem com íons Ca++ dos 
líquidos intersticiais formando sabões insolúveis de 
cálcio, que têm aspecto semelhante a cera de vela 
(saponificação da gordura).
Necrose
Necrose Frimbrinoide
• É uma forma especial de necrose, visível à 
microscopia óptica, geralmente observada nas 
reações imunes, nas quais complexos de 
antígenos e anticorpos são depositados nas 
paredes das artérias. 
Necrose
MECANISMOS DA LESÃO CELULAR 
• Os mecanismos biológicos que ligam 
determinada lesão com as manifestações 
celulares e tissulares resultantes são 
complexos, interconectados e intimamente 
intercombinados com muitas vias metabólicas 
intracelulares. 
a) A resposta celular ao estímulo nocivo 
depende do tipo de lesão, sua duração e sua 
gravidade. 
• Pequenas doses de toxina ou breves períodos 
de isquemia podem levar a lesão celular 
reversível, enquanto altas doses de toxina ou 
isquemia mais prolongada podem resultar em 
lesão celular irreversível e morte celular. 
b) As consequências de um estímulo nocivo 
dependem do tipo, status, adaptabilidade e 
fenótipo genético da célula lesada. 
• A mesma lesão gera diferentes resultados 
dependendo do tipo celular; 
Ex.: o músculo estriado esquelético da perna 
se acomoda à isquemia completa por 2-3 horas 
sem lesão irreversível, ao passo que o músculo
cardíaco morre depois de apenas 20-30 
minutos.
• O estado nutricional ou hormonal também 
pode ser importante; 
Ex.: um hepatócito repleto de glicogênio 
poderá tolerar a isquemia muito melhor do 
que um hepatócito que tenha acabado de 
consumir sua última molécula de glicose. 
A lesão celular resulta de alterações bioquímicas 
e funcionais em um ou mais dos vários 
componentes celulares essenciais 
• Os alvos mais importantes dos estímulos nocivos 
são: 
(1) as mitocôndrias e sua habilidade em gerar ATP e 
ERO em condições patológicas; 
(2) desequilíbrio na homeostasia do cálcio; 
(3) danos às membranas celulares (plasmática e 
lisossômica);
(4) danos ao DNA e ao dobramento das proteínas. 
a) Depleção de ATP 
As principais causas de depleção de ATP são:
- a redução do suprimento de oxigênio e 
nutrientes, 
- o dano mitocondrial e 
- as ações de algumas toxinas (ex., cianeto). 
Principais mecanismos de lesão 
celular
.
• A depleção significativa de ATP tem amplos 
efeitos em muitos sistemas celulares críticos: 
- bomba de sódio na membrana plasmática dependente de 
ATP é reduzida;
- aumento compensatório na glicólise anaeróbica, na tentativa 
de manter as fontes de energia celular;
- A falência na bomba de Ca2+ leva ao influxo de Ca2+, com efei-
tos danosos em vários componentes celulares;
b) Danos e Disfunções Mitocondriais 
•As mitocôndrias podem ser vistas como 
“minifábricas” que produzem energia de 
sustentação da vida, na forma de ATP, mas são 
também componentes críticos da lesão e morte 
celular.
• As mitocôndrias são sensíveis a vários tipos de 
estímulos nocivos, incluindo hipóxia, toxinas 
químicas e radiação. 
Influxo de Cálcio 
(isquemia e certas toxinas) 
Acúmulo de Radicais Livres 
Derivados do Oxigênio (Estresse 
Oxidativo) 
• Os radicais livres são espécies químicas que 
possuem um único elétron não pareado em 
órbita externa. 
• Tais estados químicos são extremamente 
instáveis e reagem prontamente com químicos 
orgânicos e inorgânicos; 
• quando gerados nas células, atacam 
avidamente os ácidos nucleicos, assim como 
uma variedade de proteínas e lipídios 
celulares. 
• Em muitas circunstâncias, a lesão celular 
envolve danos causados pelos radicais livres; 
essas situações incluem:
- a lesão de isquemia-reperfusão, 
- a lesão química e por radiação, 
- a toxicidade do oxigênio e outros gases, 
- o envelhecimento celular, 
- a destruição dos micróbios pelas células fagocíticas,
- a lesão tecidual causada por células inflamatórias. 
APOPTOSE
A apoptose é uma via de morte celular, induzida 
por um programa de suicídio estritamente 
regulado, no qual as células destinadas a morrer 
ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e 
as proteínas nucleares e citoplasmáticas. 
• A membrana plasmática da célula apoptótica 
permanece intacta, mas é alterada de tal 
maneira que a célula e seus fragmentos tornam-
se alvos atraentes para os fagócitos.
• Rapidamente, as células mortas e seus 
fragmentos são removidos antes que seus 
conteúdos extravasem e, por isso, a morte 
celular por essa via NÃO induz uma reação 
inflamatória no hospedeiro. 
Apoptose
Causas da Apoptose
• A apoptose ocorre normalmente em muitas 
situações e funciona para eliminar células 
potencialmente prejudiciais e células que 
tenham sobrevivido mais que sua utilidade. 
• Pode ocorrer em virtude de estímulos 
fisiológicos normais, quando então é útil para 
manter o equilíbrio interno do organismo, ou 
por causas patológicas.
Apoptose
Eliminação de membranas interdigitais
• EM MAMÍFEROS, CERCA DE 100.000 CÉLULAS 
SÃO PRODUZIDAS A CADA SEGUNDO 
ATRAVÉS DE MITOSE E UM NÚMERO SIMILAR 
MORRE POR APOPTOSE (VAUX AND 
KORSMEYER, 1999, CELL)
Apoptose em Situações Fisiológica
• A morte por apoptose é um fenômeno normal 
que funciona para eliminar as células que não 
são mais necessárias e para manter, nos 
tecidos, um número constante das várias 
populações celulares. 
ApoptoseDestruição programada de células durante a 
embriogênese.
Todo o mecanismo de transformação no embrião 
humano, como o desaparecimento de membranas 
interdigitais, fendas faríngeas e tubulização do 
intestino deve-se à apoptose
Apoptose
Involução de tecidos hormônios-dependentes sob 
privação de hormônio
•Exemplo: célula endometrial, que se desprende 
durante o ciclo menstrual, e a regressão da mama 
após o desmame. 
Apoptose
Perda celular em populações celulares 
proliferativas
•Exemplo: o epitélio de cripta intestinal, 
mantendo assim um número constante
Apoptose
Morte de células que já tenham cumprido seu 
papel 
•Exemplo: os neutrófilos na resposta inflamatória 
aguda e os linfócitos, ao término da resposta 
imune. 
•Nessas situações, as células sofrem apoptose 
porque estão privadas dos sinais de sobrevivência 
necessários, como os fatores de crescimento. 
Eliminação de linfócitos autorreativos 
potencialmente nocivos
•antes ou depois de eles terem completado sua 
maturação, para impedir reações contra os 
tecidos da própria pessoa 
Morte celular induzida por linfócitos T citotóxicos
um mecanismo de defesa contra viroses e 
tumores que mata e elimina células neoplásicas e 
infectadas por vírus.
Apoptose em Condições 
Patológicas 
• A apoptose elimina células que estão 
geneticamente alteradas ou lesadas de modo 
irreparável, sem iniciar uma reação severa no 
hospedeiro, mantendo mínima a lesão 
tecidual.
Lesão de DNA
A radiação, as drogas citotóxicas anticâncer, os 
extremos de temperatura e mesmo a hipóxia 
podem lesar o DNA diretamente ou através da 
produção de radicais livres. 
Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas 
•As proteínas impropriamente dobradas podem 
surgir de mutações nos genes que codificam essas 
proteínas ou devido a fatores extrínsecos, como a 
lesão causada por radicais livres. 
•O acúmulo excessivo dessas proteínas no RE leva 
a uma condição conhecida como estresse do RE, 
que culmina em morte apoptótica das células. 
Lesão celular em certas infecções
•particularmente as infecções virais, nas quais a 
perda de células infectadas é devida em grande 
parte à morte apoptótica que pode ser induzida 
pelo vírus (como nas infecções por adenovírus e 
vírus da imunodeficiência humana) ou pela 
resposta imune do hospedeiro (como na hepatite 
viral). 
Atrofia patológica no parênquima de órgãos após 
obstrução de ducto
•como ocorre no pâncreas, na parótida e no rim.
VIAS DE INDUÇÃO DE APOPTOSE
VIA INTRÍSECA DE INDUÇÃO DE APOPTOSE
VIA EXTRÍNSECA DE INDUÇÃO DE APOPTOSE
DURAÇÃO da LESÃO CELULAR
• Todos os estresses e influências nocivas 
exercem seus efeitos, primeiro, em nível 
molecular ou bioquímico. 
• A função celular pode ser perdida antes que 
ocorra a morte celular, e as alterações 
morfológicas na lesão (ou morte) celular 
surgem mais tarde.
• Os desarranjos celulares da lesão reversível 
podem ser reparados e, se o estímulo nocivo 
cessa, a célula retorna à sua normalidade. 
• Os eventos que determinam quando a lesão 
reversível torna-se irreversível e progride para a 
morte celular permanecem pouco 
compreendidos. 
• Se as alterações bioquímicas e moleculares que 
antecipam a morte celular puderem ser 
identificadas com precisão, é possível traçar 
estratégias para prevenir a transição de lesão 
celular reversível para irreversível. 
• Dois fenômenos caracterizam consistentemente 
a irreversibilidade: 
1- a incapacidade de reverter a disfunção 
mitocondrial (perda da fosforilação oxidativa e 
geração de ATP) mesmo depois da resolução da 
lesão original; e
2- os profundos distúrbios na função da 
membrana. 
• A lesão nas membranas lisossômicas leva à dis-
solução enzimática da célula lesada, que é a 
característica da necrose.

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