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História da Filosofia: Principais Períodos

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1
FILOSOFIA E LÓGICA
FILOSOFIA E LÓGICA
Graduação
FILOSOFIA E LÓGICA
39
U
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A
D
E 
4
A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA:
OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA
DA FILOSOFIA
Como ciência, a Filosofia pode ser estudada no seu desenvolvimento e
evolução no tempo, o que chamamos de História da Filosofia. O estudo da
História da Filosofia não pode substituir o estudo da filosofia propriamente
dita, mas é um precioso auxílio para compreender como as diversas correntes
filosóficas desenvolveram-se no tempo e chegaram a determinadas conclusões.
Assim, o estudo da história deve andar lado a lado com o estudo da Filosofia
sistemática. Convido você a acompanhar conosco a evolução histórica da
Filosofia. Então, vamos lá!
OBJETIVO DA UNIDADE:
Compreender a evolução da Filosofia através dos principais períodos
da sua história. Trata-se, portanto, de percorrer a história da Filosofia através
dos seus momentos e dos tipos de abordagem que variam ao longo da história
da humanidade.
PLANO DA UNIDADE:
• Os períodos da Filosofia ao longo da História.
• A Filosofia Antiga: Os períodos da Filosofia grega.
• A Filosofia Medieval e o Cristianismo: O conflito entre Fé e Razão.
• A Filosofia Moderna e a Nova Atitude Científica.
• A Filosofia Contemporânea: problemas e questões fundamentais.
Bons estudos!
UNIDADE 4 -A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA: OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
40
OS PERÍODOS DA FILOSOFIA AO LONGO DA HISTÓRIA
A partir do seu nascimento e ao longo dos séculos, a Filosofia teve um
conjunto de preocupações, indagações e interesses que são peculiares de
cada época e de cada filósofo. Examinemos, brevemente, os conteúdos que
a Filosofia apresentou no decorrer de vinte e cinco séculos. Comecemos, então
pela Filosofia Antiga.
A Filosofia Antiga: Os períodos da Filosofia grega
Para Chauí (2005, p. 38), “a história da Grécia costuma ser dividida
pelos historiadores em quatro grandes fases ou épocas”:
•“A da Grécia homérica, correspondente aos 400 anos narrados
pelo poeta Homero, em seus dois grandes poemas, Ilíada e
Odisséia”;
•“A da Grécia arcaica ou dos sete sábios, do século VII ao século V
antes de Cristo, quando os gregos criam cidades como Atenas,
Esparta, Tebas, Megara, Samos, etc., e predomina a economia
urbana, baseada no artesanato e no comércio”;
•“A da Grécia clássica, nos séculos V e IV antes de Cristo, quando a
democracia se desenvolve, a vida intelectual e artística entra no
apogeu e Atenas domina a Grécia com seu império comercial e
militar”;
•“A época helenística, a partir do final do século IV antes de Cristo,
quando a Grécia passa para o poderio do império de Alexandre
da Macedônia, e, depois, para as mãos do Império Romano,
terminando a história de sua existência independente. Os
períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas
épocas, já que ela não existe na Grécia homérica e só aparece
nos meados da Grécia arcaica. Entretanto, o apogeu da Filosofia
acontece durante o apogeu da cultura e da sociedade grega;
portanto, durante a Grécia clássica. Os quatro grandes períodos
da Filosofia grega, nos quais seu conteúdo muda e se enriquece
são”:
• “Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII
ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupa
fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das
transformações na Natureza”. Os historiadores da filosofia
costumam dividir a Filosofia grega em dois períodos: antes e
depois de Sócrates. Assim, os filósofos anteriores a Sócrates
são denominados de pré-socráticos e escreveram obras que,
no entanto, não foram conservadas. Tudo aquilo que se sabe
sobre estes filósofos é indireto, ou seja, baseado em pequenos
trechos de seus escritos, citados por outros filósofos que vieram
depois deles (os fragmentos dos pré-socráticos) e em descrições
feitas por autores posteriores a Sócrates (os comentários ou
doxografias).
FILOSOFIA E LÓGICA
41
As principais escolas filosóficas do período pré-socrático foram:
• Filósofos da Escola Jônica: a Escola Jônica, assim chamada por
ter florescido nas colônias jônicas da Ásia Menor. A escola jônica
é também a primeira do período naturalista, preocupando-se
os seus expoentes em achar a substância única, a causa, o
princípio do mundo natural, múltiplo e mutável (physis). Essa
escola floresceu precisamente em Mileto, colônia grega do litoral
da Ásia Menor, durante todo o VI século, até a destruição da
cidade pelos persas no ano de 494 a.C., prolongando-se, porém,
ainda pelo V século.
Os mais conhecidos filósofos desta escola são:
• Tales de Mileto (625-558 a.C.): Tales foi comerciante de sal e
de azeite de oliva e enriqueceu como proprietário de prensas
de azeitona durante uma safra promissora. Sabe-se que Tales
previu um eclipse ocorrido em 585 a.C. De suas idéias quase
nada é conhecido. Aristóteles o denomina de fundador da
filosofia e lembra que a sua doutrina baseia-se na água como
o elemento primordial de todas as coisas (physis, fonte
originária, gênese), e que para suportar as transformações e
permanecer inalterada, a água deveria ser um elemento eterno.
Atribui-se a Tales a afirmação de que “todas as coisas estão
cheias de deuses”. Essa afirmação representa não um retorno
a concepções míticas, mas simplesmente a idéia de que o
universo é dotado de animação, de que a matéria é viva
(hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as
inundações do Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos
problemas geométricos (exemplo: teorema de Pitágoras). Tales,
com essa afirmação, queria descobrir um elemento físico que
fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio
unificador de todos os seres.
Principais fragmentos do seu pensamento: “(...) a água é o princípio
de todas as coisas(...)”; ”(...) todas as coisas estão cheias de deuses(...)”; 
“(...) a pedra magnética possui uma alma porque move o ferro(...)”
• Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.): Discípulo e sucessor
de Tales. Anaximandro recusa-se a ver a origem do real em um
elemento particular; todas as coisas são limitadas e o limitado
não pode ser, sem injustiça, a origem das coisas. Do ilimitado
surgem inúmeros mundos e estabelece-se a multiplicidade; a
gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da
separação dos contrários em conseqüência do movimento
eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas, isto é, arché -
não era algo visível -; era uma substância etérea ou infinita.
Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito).
O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo
em si todos os elementos contrários. Anaximandro tinha um
argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é
UNIDADE 4 -A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA: OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
42
quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto, um
elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis,
teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo,
mas está invisível. Esse filósofo foi o iniciador da astronomia
grega. Foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal
presidindo o processo cósmico totalmente. De acordo com ele,
para que o vir-a-ser não cesse, o ser originário tem de ser
indeterminado. Estando, assim, acima do vir-a-ser e garantindo,
por isso, a eternidade e o curso do vir-a-ser. O seu fragmento
refere-se a uma unidade primordial, da qual nascem todas as
coisas e à qual retornam todas as coisas. Anaximandro recusa-
se a ver a origem do real em um elemento particular.
Principais fragmentos do seu pensamento: “(...) o ilimitado é
eterno(...)”; ”(...) o ilimitado é imortal e indissolúvel(...)”• Heráclito de Éfeso (540-476 a.C.): Heráclito nasceu em Éfeso,
cidade da Jônia, de família que ainda conservava prerrogativas
reais, isto é, descendentes do fundador da cidade. Seu caráter
altivo, misantrópico e melancólico ficou marcado em toda a
antigüidade. Recusou-se sempre a intervir na política. Além
disso, manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os
filósofos de seu tempo e até contra a religião. Sem ter sido
mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a Natureza, em prosa,
no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o
cognome de Skoteinós, o Obscuro. Por conta disso, Heráclito é
por muitos considerados o mais eminente pensador pré-
socrático, por formular com vigor o problema da unidade
permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das
coisas particulares e transitórias. Estabeleceu a existência de
uma lei universal e fixa o Lógos regedora de todos os
acontecimentos particulares e fundamento da harmonia
universal. Harmonia feita de tensões: “como a do arco e da
lira”.
Principais fragmentos do seu pensamento: “(...) Todas as coisas estão
em movimento(...)”; “(...) O movimento se processa através de
contrários(...)” ; ”(...) Tudo se faz por contraste; da luta dos contrários nasce
a mais bela harmonia(...)”;”(...) descemos e não descemos nos mesmos rios;
somos e não somos(...)”
• Filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de
Crotona e Árquitas de Tarento;
• Filósofos da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de
Eléia;
• Filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento,
Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de
Abdera.
FILOSOFIA E LÓGICA
43
• “Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo
o século IV a.C., quando a Filosofia investiga as questões
humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas (em grego,
ântropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome
de antropológico)”. O principal representante dessa fase da
filosofia foi Sócrates. Ele nasceu em Atenas, provavelmente no
ano de 470 a.C. e tornou-se um dos principais pensadores da
Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que
conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo
conhecimento de um outro importante fi lósofo grego:
Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem
sobre a essência da natureza da alma humana. Conhecemos
seus pensamentos e idéias através das obras de dois de seus
discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não
deixou por escrito seus pensamentos. Ele não foi muito bem
aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas
idéias contrárias ao funcionamento da sociedade. Criticou
muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas
tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no
desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.
• “Período sistemático, do final do século IV ao final do século III
a.C. , quando a Filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto
foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-
se, sobretudo, em mostrar que tudo pode ser objeto do
conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de
suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para
oferecer os critérios da verdade e da ciência”.
• “Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a.C.
até o século VI depois de Cristo. Nesse longo período, que já
alcança Roma e o pensamento dos primeiros padres da Igreja,
a Filosofia se ocupa, sobretudo, com as questões da ética, do
conhecimento humano e das relações entre o homem e a
Natureza e de ambos com Deus. Pode-se perceber que os dois
primeiros períodos da Filosofia grega têm como referência o
filósofo Sócrates de Atenas, donde a divisão em Filosofia pré-
socrática e socrática”.
A FILOSOFIA MEDIEVAL E O CRISTIANISMO: O CONFLITO ENTRE FÉ E
RAZÃO
Ao longo do século V d.C., o Império Romano do Ocidente sofreu
constantes ataques dos povos bárbaros. Do confronto desses povos com a
civilização romana decadente, desenvolveu-se uma nova forma de vida social,
política e econômica na Europa correspondente ao período medieval. Em
meio ao esmagamento do Império Romano, decorrente, em parte, das
invasões germânicas, a igreja católica conseguiu manter-se como instituição
social organizada. A igreja consolidou a sua estrutura religiosa e difundiu o
UNIDADE 4 -A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA: OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
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cristianismo entre os povos “bárbaros”, preservando vários elementos da
cultura pagã greco-romana. Nesse contexto, surge a filosofia cristã –
bastante influenciada pelo cristianismo, predominou no Ocidente,
principalmente na Europa, entre os séculos I ao século XIV d.C. Sugestão:
inserir figura do período Medieval.
Alguns historiadores da Filosofia costumam dividir a Filosofia cristã em
duas grandes épocas: a primeira, que se inicia no século I d.C. e vai até o
século V d.C., denominada de Filosofia Patrística; a segunda, por sua vez,
inicia-se no século X d.C. e vai até o século XIV, e corresponde a chamada
Filosofia Escolástica ou Medieval, propriamente dita.
Para Silveira da Costa (2002, cap. 2, p. 88),
“O problema central da filosofia cristã é o da conciliação das exigências
da razão humana com a revelação divina. O modo de abordar e
solucionar esse problema caracteriza suas duas etapas e, mais
particularmente, a constituição e dissolução da escolástica medieval.”
Os principais filósofos da Filosofia Patrística são:
• São Justino: Estabelece um elo entre a filosofia pagã e o
cristianismo;
• Tertuliano: Para Tertuliano, não há uma concordância entre a
razão humana e a revelação divina;
• Santo Agostinho: Nascido em Tagaste, província da África,
Agostinho fora profundamente influenciado pelos clássicos,
principalmente, por Platão. Entre as suas obras mais
importantes está a Cidade de Deus que, influenciou
decisivamente o rumo da cristandade medieval.
Os principais filósofos da filosofia escolástica medieval são:
• Santo Anselmo de Canterbury: Considerado o verdadeiro fundador
da escolástica. Seu intuito era o de retomar e inovar o projeto de Santo
Agostinho de compreender a razão como revelação. Santo Anselmo foi o
formulador do célebre “argumento ontológico”, que caracteriza muito bem o
estilo dos filósofos medievais de filosofar e o tratamento fornecido às questões
que dizem respeito à aproximação entre a teologia e a filosofia.
• Pedro Abelardo: Aberlardo, juntamente com Santo Anselmo, é
considerado um dos fundadores da escolástica. Seu esforço dirige-se no
sentido de explicar racionalmente as verdades da fé, ultrapassando os limites
aceitos pela ortodoxia ao submeter os dogmas às exigências críticas da
dialética.
• Santo Tomás de Aquino: A sua Filosofia representa uma verdadeira
aproximação entre o cristianismo e o aristotelismo. Ao contrário de Santo
Agostinho, São Tomás aproximou-se do pensamento de Platão, conseguindo,
com isso, uma abertura de um novo rumo para o desenvolvimento da
escolástica.
IMPORTANTE
FILOSOFIA E LÓGICA
45
• John Duns Scot: A Filosofia de Duns Scot representou uma das várias
reações ao pensamento de São Tomás, que, segundo ele, implicava
concessões em demasia à razão humana.
• Guilherme Ockham: Representante legítimo do final da escolástica.
Sua Filosofia se desenvolveu em torno da tese da separação entre fé e
razão.
Bem, traçamos de uma forma geral a Filosofia medieval. No tópico
seguinte, você terá a oportunidade de examinar as características e os
principais representantes da Filosofia Moderna.
A FILOSOFIA MODERNA E A NOVA ATITUDE CIENTÍFICA
A Filosofia Moderna tem início com o pensamento de Descartes e a
dos empiristas ingleses.É claro que a Filosofia moderna não nasceu de uma
hora para outra, seu nascimento possui suas origens no humanismo do
século XVI e pelas concepções científicas da época.
A idéia de modernidade, segundo Marcondes (2001, p. 139) “está
sempre relacionado para nós ao “novo”, àquilo que rompe com a tradição”.
Trata-se de um termo ligado à transformação, à mudança. Ainda segundo
Marcondes (2001, p. 141), “a etimologia de “moderno” parece ser o advérbio
latino “modo”, que significa “agora mesmo”; “neste instante”; “no momento”,
portanto, designando o que nos é contemporâneo, e é este o sentido que
“moderno” capta, opondo-se ao que é anterior e traçado, por assim dizer,
uma linha ou divisão entre os dois períodos”
Os principais filósofos do período da filosofia moderna são:
• Renné Descartes: Considerado um dos “pais da filosofia moderna”,
Descartes, aplicando a “dúvida metódica”, chegou à célebre conclusão:
“penso, logo existo”. Através dessa conclusão, enquanto postulado
fundamental da sua filosofia, Descartes construiu de forma sólida o edifício
do conhecimento filosófico da sua época.
1- Os Empiristas:
• Francis Bacon: Considerado um dos fundadores do método indutivo
da investigação científica. Conhecido pela sua frase “conhecer é poder”,
criticava o pensamento escolástico considerando-o meramente especulativo
e abstrato. Bacon valorizava a pesquisa científica experimental;
• John Locke: Afirmava que o homem, ao nascer, seria uma “tábua rasa”,
ou seja, um papel em branco sem nenhuma idéia previamente escrita. Assim,
a tese de Locke é que não existe nada em nossa mente que não tenha
origem nos sentidos. Todas as idéias que possuímos são adquiridas pelo
exercício da experiência sensorial;
• David Hume: Para Hume, tudo o que conhecemos são impressões
(dados dos sentidos) ou idéias (representações mentais derivadas das
impressões). Seu pensamento dirige-se ao questionamento da validade do
UNIDADE 4 -A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA: OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
46
raciocínio indutivo, afirmando que a repetição de um fato não nos possibilita
concluir, pela lógica, que ele continuará a repetir-se indefinidamente;
• George Berkeley: Defendeu a tese de que “ser é perceber e ser
percebido”, reduzindo assim a realidade material à idéia que fazemos dela.
2- Os Racionalistas: A filosofia de Descartes influenciou uma nova forma de
pensamento na época moderna denominada de Racionalismo. O Racionalismo
caracteriza-se como uma reflexão que enfatiza a razão humana como
primordial no processo de conhecimento.
• Pascal: Profundamente ligado ao movimento de Port-Royal, pretende
conciliar a razão e a experiência religiosa;
Sugestão: inserir figura de Pascal.
• Spinoza: Formulador de uma “metafísica monista” baseada, sobretudo,
na idéia de substância integrando metafísica e ética;
• Leibiniz: Considera a lógica como o verdadeiro caminho para uma
fundamentação do conhecimento, afastando-se da epistemologia e do
racionalismo, como também, do empirismo.
1- Os teóricos políticos da modernidade: Os principais pensadores da
tradição política são Hobbes, Locke e Rousseau. São os formuladores do
denominado “contrato social” como fundamento da sociedade organizada
racionalmente.
2- Kant e o kantismo: Immanuel Kant foi o formulador da filosofia crítica.
Kant valorizou a importância dos “juízos sintéticos a priori” como o único
capaz de ampliar o conhecimento humano. Além do mais, defendeu a tese
da impossibilidade de conhecimento das coisas que estão além da experiência
sensível.
3- G.W.F. Hegel: O mais importante filósofo do idealismo alemão e
principal crítico do sistema kantiano. Considerado o último pensador da
filosofia moderna, Hegel pensa a história inserida no centro do seu sistema
filosófico, mostrando o modo filosófico de compreender a realidade baseada
no conhecimento da evolução da história.
Sugestão: inserir figura de Hegel.
4- Karl Marx: De início, profundamente influenciado pelo pensamento
de Hegel, Marx desenvolve a sua filosofia como uma crítica ao idealismo
através do método por ele criado, denominado de “materialismo histórico”;
5- Idealismo alemão pós-kantiano: caracterizado, sobretudo, por indicar
um novo rumo às idéias de Kant, ao abandonar o seu sentido crítico. Os
principais representantes dessa corrente são:
• Schopenhauer: Privilegia a vontade como um lugar central da
interpretação da realidade;
• Kierkegaard: Para Kierkegaard, a existência humana divide-se em
três estágios: o estético, o ético e o religioso. Considerado o fundador do
existencialismo e é um dos seus principais representantes.
FILOSOFIA E LÓGICA
47
• F. Nietzsche: O principal crítico da tradição e de seus valores reais.
Desenvolveu um niilismo baseado na afirmação da “morte de Deus”, ou seja,
na rejeição à crença dos valores absolutos. O niilismo de valores faz surgir o
“niilismo existencial”. No entanto, Nietzsche acreditava na possibilidade de
superação de tal niilismo através de uma “transmutação dos valores”
tradicionais e a criação de uma nova ordem capaz de gerar valores afirmativos
da vida.
Diante desse panorama geral que traçamos sobre o período moderno
da Filosofia, no próximo tópico, examinaremos as principais características
da denominada Filosofia contemporânea.
A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: PROBLEMAS E QUESTÕES FUNDAMENTAIS
A contemporaneidade Filosófica caracteriza-se, sobretudo, como uma
tentativa de encontrar respostas para a crise do projeto filosófico da era
moderna. As principais correntes que a constitui visam atualizar o racionalismo
e o fundacionismo característico da filosofia moderna, assim seu objetivo é o
de romper com essa tradição através de uma crítica à subjetividade como o
ponto de partida para a fundamentação do conhecimento e da ética.
Em vez de caracterizarmos os filósofos principais desse período,
consideraremos algumas correntes teóricas que surgiram na
contemporaneidade, tais como:
• Filosofia analítica da linguagem;
• Semiótica;
• Positivismo lógico;
• A hermenêutica;
• O estruturalismo;
• A Fenomenologia;
• O existencialismo;
• A escola de Frankfurt.
LEITURA COMPLEMENTAR:
DELACAMPAGNE, Cristian. História da filosofia no séc. XX.
1ª edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. 308p.
NUNES, Benedito. A filosofia contemporânea: trajetos iniciais.
2ª edição. São Paulo: Ática, 1991. 142p.
O Nome da rosa. Diretor: Jean Jaques Annaud. Duração: 130 minutos.
UNIDADE 4 -A FILOSOFIA CONTA A SUA HISTÓRIA: OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
48
É HORA DE SE AVALIAR!
Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-
lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie através do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA).Interaja conosco!
Espero que você tenha compreendido os principais períodos da filosofia.
Na próxima unidade, analisaremos os principais ramos de conhecimento em
que a filosofia se divide. Até a próxima!

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