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Fatos e negócios jurídicos

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Fatos e negócios jurídicos 
Fatos num jurídicos sentido amplo 
São todos os acontecimentos que trazem reflexo para o mundo do direito, 
que produzem consequências jurídicas. 
Seja provocados por eventos da natureza, seja provocados por eventos 
humanos. 
Ex: dirigir um carro, é um fato. 
Bater o veículo, é um fato jurídico pois trouxe consequências ao mundo do 
jurídico. 
(negocio jurídico é um acordo de vontades que tem por fim a aquisição da 
transmissão ou a extinção de direitos.) 
são classificados entre fatos naturais e fatos humanos 
 
 
 
 
 
 
 
Fatos naturais= (Fatos jurídicos) 
Em sentidos estrito são eventos da natureza 
São divididos em fatos jurídicos ordinários e extraordinários 
Fatos jurídicos ordinários são aqueles que naturalmente vão ocorrer 
independente da vontade humana. 
EX: nascimento; morte; maioridade aos 18 anos 
Fatos jurídico 
 (Em sentido amplo) 
Fatos naturais 
(Fatos jurídicos em 
sentido estrito) 
Fatos humanos 
(Atos jurídicos) 
Fatos jurídicos extraordinários 
são acontecimentos que também provem de eventos da natureza. 
A diferença é que não é possível saber se vai ou não ocorrer ou que forma 
ira ocorrer. 
EX: perda total de veiculo por enchente; casa destelhada por vendaval; 
desvio do curso de um rio. 
 
Fatos Humanos (Atos jurídicos em sentido amplo) 
São divididos em atos lícitos e ilícitos 
Atos lícitos são divididos em atos não negociais e atos negociais (negócios 
jurídicos) 
Atos jurídicos não negociais, são os atos humanos que não tem intenção 
negocial e produzem os efeitos que estão previstos na norma jurídica. 
Atos jurídicos negociais 
Negócios jurídicos, são os atos humanos com a intenção de produzir um 
negocio. 
EX: contrato de compra e venda; contrato de locação; testamento. 
Adquirir direitos, extinguir direitos, modificar direitos e conservar direitos. 
Classificação dos negócios jurídicos 
Quanto ao numero de declarantes 
Unilaterais, Bilaterais e plurilaterais 
Unilaterais- são aqueles que depende apenas de uma parte no negocio 
jurídico. Apenas uma manifestação de vontade, em busca da mesma 
finalidade. 
EX: promessa de recompensa, testamento, notificação extrajudicial. 
Bilaterais depende da manifestação de vontade das duas partes. 
EX: contrato de compra e venda, contrato de locação, contrato de 
financiamento. 
Plurilaterais depende da manifestação mais de duas vontades dirigidas a 
mesma finalidade, porem em sentido contrários. 
EX: contrato de seguro coletivo empresarial, contrato de sociedade 
Quanto as vontades patrimoniais 
Gratuitos; Onerosos; Neutros e Bifrontes. 
Grauitos(benéficos) somente uma das partes é beneficiada, sem 
contraprestação. 
EX: doação, comodato e renúncia de posse. 
Onerosos(sinalagmatigcos) são aqueles que ambas as partes obtêm 
vantagens e tem contraprestações. 
EX: contrato de compra e venda, contrato de trabalho e consorcio. 
Também podem ser classificados como: 
Comutativos: equilíbrio e proporcionalidade nas prestações. (compra, 
venda e locação) 
Aleatórios: a prestação das partes não são proporcionais, dependem de 
fatos incertos e externos. (contrato de seguro, plano de saúde e 
assistência funeral) 
Neutros são aqueles que, não são nem gratuitos e nem onerosos, não tem 
atribuição patrimonial. 
EX: instituição de bem de família, clausula de incomunicabilidade. 
Bifrontes podem ser tanto gratuitos quanto onerosos. Depende da 
manifestação das partes. 
EX: contrato de deposito: pode ser gratuito ou oneroso ( se for cobrado 
ser oneroso. Se não cobrar vai ser gratuito.) 
Doação pura ou com encargo 
Quanto a forma, podem ser formais ou solenes, não formais (não 
solenes) ou de forma livre. 
Formais ou solenes: devem respeitar a forma especial prevista em lei. 
EX: casamento, cheque, escritura pública de venda de imóvel. 
Não formais (não solenes) ou de forma livre: as partes escolhem a forma 
que vão realizar o negócio. 
EX: recibo, notificação extrajudicial, venda de bens moveis. 
Quanto ao momento de produção de efeitos 
Podem ser classificados como inter vivos e mortis causa 
Inter vivos são aqueles que produzirão efeitos durante a vida da pessoa, 
produzem efeitos enquanto as partes estão vivas 
EX: contrato de compra e venda, contrato de locação 
Mortis causa só produzirão efeitos a pós a morte da pessoa. 
EX: testamento 
Quanto a existência 
Se o negocio jurídico existir por si mesmo ele sera chamado de negocio 
principal, se ele existir por meio de outro negocio será chamado de 
acessório. 
Principais existem por si mesmos. 
EX: contrato de compra e venda, contrato de locação e prestação de 
serviços. 
Acessórios existem em razão de um contrato principal. 
EX: garantia de um contrato de compra e venda, fiança de contrato de 
locação, multa em contato de prestação de serviços. 
Validade dos negócios juridicos 
Art. 104 CC A validade do negocio jurídico requer: 
Agente; Objeto; Forma e Manifestação de vontade 
Deve ser estudado em 3 planos. 
Plano da existência, plano da validade, plano da eficácia. 
No plano da existência, verifica-se se o negocio existe. 
No plano da validade, verifica-se se o negocio é valido de acordo com a 
norma. 
No plano da eficácia, se o negocio está produzindo efeitos. 
Plano da existência 
Para que exista o negocio tem que ter 4 elementos: 
Agente, Objeto, Forma e a manifestação de vontade. 
Exemplos de negócios inexistentes 
Agente= testamentos em favor de um cachorro. 
Objeto= contrato de compra e venda da Torre Eiffel 
Forma= certidão de casamento feita em casa 
Manifestação de vontade= contrato de compra e venda assinada pelo 
vendedor 
Plano de validade, para que o negocio jurídico tenha validade ele precisa 
ter (Art. 104 CC) 
Agente capaz 
Objeto licito, possível, determinado ou determinável. 
Forma prescrita ou não defesa em lei. 
Manifestação de vontade livre. 
Exemplos de negócios que não teriam validade 
Agente incapaz contrato assinado por menos de 16 anos. 
Objeto impossível contrato de prestação de serviços de um pintor que 
morreu antes de pintar o quadro. 
Forma procuração pública realizada com documentos falsos. 
 manifestação de vontade não é livre contrato assinado por que a pessoa 
está sob ameaça e uma arma apontada para sua cabeça. 
Plano da eficácia 
Se o negocio jurídico está ou não produzindo efeitos. 
A eficácia (os efeitos) do negócio poderá estar suspensa por uma condição 
suspensiva ou por um termo inicial. 
EX: somente comprarei o imóvel se for aprovado o financiamento. 
(existe, é valido, porem, está suspenso aguardando aprovação) 
Aluguel de um imóvel para uma temporada de verão, para daqui 6 meses. 
(é um negocio valido, mas só ira produzir efeitos quando entrar na casa 
para a temporada.) 
 
Agente= quem está realizando o negocio 
Objeto= o que está sendo negociado 
Forma= como vamos realizar o negocio (instrumento particular ou 
publico) 
Em se tratando de agente capaz deve se levar em consideração a 
manifestação da vontade (manifestação da vontade é dizer algo com 
querer interno) 
Inciso 1 do art. 104 cc, diz que para o negocio jurídico ter validade ele 
requer um agente capaz. Porem, os incapazes também podem realizar 
negócios jurídicos desde que estejam devidamente representadas ou 
assistidas. 
Negocios jurídicos validos 
A partir dos 18 anos, com capacidade plena. 
Pessoa absolutamente incapaz representada por seu representante. 
Pessoa relativamente incapaz assistida pelo seu assistente. 
Pessoa jurídica: representada por seu representante legal ou voluntario. 
Objeto 
Licito, possível, determinado ou determinável.Objeto licito= aquele que está de acordo com a normas jurídicas, a moral 
e os bons costumes. 
Objeto possível= é aquele que é exequível, realizável, praticável, viável. 
Objeto determinado ou determinável. 
Objeto determinado= é o objeto certo, que é descrito pela quantidade, 
gênero e qualidade. 
Objeto determinável= é o objeto incerto, que é descrito pela quantidade, 
gênero, mas não se sabe a qualidade. Não tem ou está descrita de forma 
incompleta. 
Forma 
(como o negocio será realizado) 
Prescrita em lei ou não defesa em lei. 
Forma prescrita em lei= forma especial 
Forma prescrita em lei é a forma descrita, prescrita, determinada na lei, 
A forma prescrita em leu é também denominada forma especial. 
Ex: certificado de registro e licenciamento de veículos, certidão de 
casamento e cheque. 
Forma não defesa em lei. É a forma não proibida, vedada por lei. 
Não é todo negocio jurídico que tem uma forma prescrita ou defesa em 
lei. A regra no direito civil é que os negócios jurídicos tem forma livre. 
Possibilidade jurídica= ato ilícito é invalido. 
Possibilidade física= ser possível o negocio. 
Os negócios jurídicos exigem valor econômico. 
O negocio precisa ser valido, pouco importa se existe ou não a 
causa(pontes de Miranda) 
Não existe negocio jurídico se não for valido. 
Incapacidade relativa 
Art.105 CC A incapacidade relativa de uma das partes não por ser 
invocada pela outra em benéfico próprio, nem aproveita aos 
cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do 
direito ou da obrigação comum. 
Caso o relativamente incapaz celebre um negócio jurídico sem a 
assistência de seu assistente, só poderá ser anulado por ela própria ou 
seu assistente. A outra parte que realiza o negócio não poderá alegar esta 
incapacidade com o objetivo de alunar o negócio. 
Se invalidar o negócio feito entre um relativamente capaz de um com 
capacidade plena, o que tiver a capacidade plena ainda ficara responsável 
pelo cumprimento do negócio.(salvo se o objeto for indivisível ou a 
obrigação seja comum) EX: um carro, computador. 
Negócios feitos com relativamente capaz é anulável (Art.171 cc) em ate 4 
anos. 
Negocio feito com absolutamente incapaz, o negocio é NULO. (Art.166) 
Art.106 A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negocio jurídico 
se for relativa, ou se cessar antes de realizar a condição a que ele estiver 
subordinado. 
Impossibilidade absoluta é aquela que alça a todos e não a pena o 
devedor. 
Impossibilidade relativa é aquela que alcança apena o devedor. 
A impossibilidade para o presente não significa a impossibilidade para o 
futuro (Silvio de salvo venosa). 
Impossibilidades absoluta. 
Venda um bem publico como praça; ruas etc. 
Venda da herança de uma pessoa viva (Art. 426cc) 
Escrever um livro de 500 paginas em 1 hora. 
Impossibilidades relativa 
Querer invalidar a compra de um apartamento porque ele ainda não foi 
construído. 
Venda de uma produção futura da empresa. 
Contratação de um pintor para pintar uma casa em um dia, para ele pode 
ser impossível mas para outro pintor não. 
Condição Art. 121 CC 
Considera-se condição a clausula que derivando exclusivamente da 
vontade das partes, Subordinação do efeito do negocio jurídico a evento 
futuro e incerto. 
Forma livre ou consensual 
Art. 107 CC A validade da declaração de vontade não dependera de forma 
especial, senão quando a lei expressamente exigir. 
Forma é como se externa a manifestação de vontade 
EX: verbal, instrumento publico, instrumento particular, gestos. 
A forma pode ser especial ou Solene, que é a exceção 
Pode ser de Forma livre ou consensual que é a regra. 
A teoria adotada pelo código civil é a da forma livre. 
Exemplos de forma livre ou consensual: recibo, carne de pagamento de 
loja, ingresso de cinema, contrato de compra e venda de bens moveis etc. 
Forma especial 
Art. 108 CC. Não dispondo a lei em contrario, a escritura publica é 
essencial a validade dos negócios jurídicos que visem a constituição, 
transferência, modificação ou renuncia dos direitos reais sobre imóveis de 
valor superior a trina vezes o maior salario mínimo vigente no pais. 
Prevê um forma especial para realizar negocio jurídico 
Escritura publica e direitos reais 
Escritura publica é um documento publico feito em cartório, elaborado 
por um tabelião. 
Direitos reais são aqueles previstos no Art. 1.225 CC, como a propriedade, 
servidões, usufruto, hipoteca. 
Negócios jurídicos que exigem escritura publica 
Venda de bem imóvel; usufruto de bem imóvel; hipoteca de bem imóvel; 
permuta de bem imóvel; desmembramento de bem imóvel. 
Disposição contrario em lei: contrato particular da minha casa minha vida, 
valera como escritura publica Art.61 lei 4.380/64 
Bens imóveis com valor inferior a 30 salários mínimos. 
Art. 109 CC no negocio jurídico celebrado com a clausula de não valer sem 
instrumento publico, este é da substancia do ato. 
Os contratantes podem exigir a forma de exercer o negocio. 
Se os contratantes exigirem o instrumento publico, o negocio somente 
terá validade se for realizado por instrumento publico. 
A regra é que os negócios jurídicos sejam realizados de forma livre. Mas 
a forma especial pode ser exigida, pela lei ou pela vontade das partes. 
Reserva mental Art.110 CC a manifestação de vontade subsiste ainda que 
seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, 
salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
Reserva mental é a divergência que existe entre a vontade declarada e a 
vontade intima da pessoa. 
A vontade é essencial para a validade do negocio jurídico, mas se dele 
levar em conta a vontade declarada pela pessoa e não sua vontade intima. 
O Art. 110 prevê duas possibilidades 
Quando o destinatário tinha conhecimento da reserva mental. 
Quando o destinatário não tinha conhecimento da reserva mental. 
Se o destinatário não tinha conhecimento da reserva legal, prevalecera a 
vontade manifestada. 
Se o destinatário tem conhecimento da reserva mental, neste caso o 
negocio será considerado inexistente. 
Art. 111 o silencio importa anuência, quando as circunstancias ou os usos 
o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. 
O silencia importa a concordância, mas nem todo tipo de silencio importa 
anuência. 
O silencio para si só nada significa. Para o silencio trazer alguma 
consequência para o mundo do direito ele devera ser, autorizado pela lei; 
pelas circunstancias; pelos usos(costumes) e ainda não necessitar de 
declaração de vontade expressa. 
A regra é que os negócios contenham uma manifestação de vontade 
declarada, como: recibo; contrato; nota promissória; duplicata; 
testamento. Estes documentos contem uma manifestação de vontade 
expressa ou verbal. 
A doação pura e simples importa anuência. 
Exigências de vontade expressa: renuncia de direitos, venda de bens 
imóveis, venda de veículos. 
Art. 112CC nas declarações de vontade se atendera maia a intenção nelas 
consubstancias=das do que ao sentido literal da linguagem. 
Quando houver divergência em um contrato ou em alguma clausula 
contratual, haverá a necessidade de fazer uma interpretação do contrato 
ou clausula. 
Quando a divergência for entre a vontade (intenção) declarada e as 
palavras empregadas no negocio, terá preferencia a vontade (intenção) 
das partes. 
Art.113cc os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-
fé e os usos do lugar de sua celebração. 
As vezes é necessário interpretar os negócios jurídicos ou de alguma 
clausula contratual, pois seus termos nem sempre são exatos. 
Boa-fé subjetiva e Boa-fé objetivaBoa-fé SUBJETIVA diz respeito a uma crença interna da pessoa. A pessoa 
acredita que está realizando um negocio nos termos da lei e não tem 
ciência do vicio que incide sobre o negocio. 
EX: compra de um objeto roubado, compra de um imóvel sem saber que 
quem está vendendo não é o verdadeiro proprietário. 
Boa-fé Objetiva é um modelo de conduta baseada na honestidade, na 
lealdade entre as partes. ´é um padrão de comportamento que se espera 
dos contratantes e que deve se refletir no negocio jurídico 
A boa-fé que se refere ao artigo 113cc é a boa-fé objetiva. 
A BOA-FÉ NOS NEGOCIOS JURIDICOS SE PRESUME, A MÁ-FÉ SE PROVA. 
Usos do lugar 
Os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com os usos do 
lugar de sua celebração (quais são os costumes do lugar) 
Ex: comunidade de pescadores; zona agrícola; comunidade indígena. 
Art.114 CC os negócios jurídicos interpretam-se estritamente. 
Negócios jurídicos benéficos; renuncia; interpretam-se estritamente 
Negócios jurídicos benéficos são os negócios gratuitos, em que somente 
uma parte tem o ônus e a outra parte tem o bônus. 
Não há contraprestação reciproca entre as partes. 
(contrato de doação simples; comodato) 
Renuncia quer dizer abdicar de um direito, abrir mão de um direito. 
(renuncia de herança, usufruto) 
Interpretação estrita é aquela que se limita ao texto. É o contrario de 
interpretação ampliativa, que amplia o sentido da palavra ou do texto. 
Art.115cc Representação os poderes de representação conferem-se por 
lei ou pelo interessado. 
Representação é agir juridicamente em nome de outra pessoa. 
É quando uma pessoa exerce direitos ou deve deverem em nome de outra 
pessoa. 
Existem 2 tipos de representações: Legal e convencional (Voluntaria) 
Por lei= representação legal 
Pelo interessado= representação convencional ( voluntaria) 
A representação legal ocorre quando a lei define quem vai representar a 
pessoa (natural ou jurídica) 
Os pais representam os filhos ate os 16 anos, o sindico representa o 
condomínio. 
Convencional ou voluntaria ocorre quando uma pessoa (natural ou 
jurídica) escolhe por vontade própria outra pessoa (natural ou jurídica) 
para exercer direitos ou deveres em seu nome. 
Por ser uma escolha baseada na vontade, é que chamamos a 
representação de convencional ou voluntaria. 
Forma de exercer a representação convencional é a procuração. A 
procuração é o instrumento do mandato, ou seja é o documento que 
autoriza uma pessoa exercer direitos ou deveres em nome de outra. 
Art.116cc a manifestação de vontade pelo representante, nos limites de 
seus poderes, produz efeito em relação ao representado. 
Art.117cc o poder o representante realizar negócios consigo mesmo. 
Salvo se permitir a lei ou o representado, é anulável o negocio que o 
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar negocio 
consigo mesmo. 
O representante ao exercer o mandato, deve buscar os interesses do 
representado e não seus próprios interesses, por este motivo ele não 
pode celebrar negócios consigo mesmo.(deve estar expressa a permissão 
para o representante faça negocio consigo mesmo.) Art.685cc prevê a 
procuração em causa própria, mediante o qual o representado autoriza. 
PARAGRAFO ÚNICO para esse efeito, tem-se como celebrado pelo 
representante o negocio realizado por aquele em quem os poderes 
houverem substabelecidos. 
Substabelecimento quer dizer: passar para outra pessoa, transferir ou 
nomear um substituto. Transferir os poderes para outra pessoa. 
Art.118 o representante é obrigado a provar as pessoas, com quem tratar 
em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, 
sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que estes excederem. 
Deve provar sua qualidade de representante e provar a extensão de seus 
poderes. 
Na representação legal de pessoas naturais o representante provara a sua 
qualidade de represente por meio de documentos de registro civil ou 
judiciais, tais como: certidão de nascimento, carteira de identidade, 
passaporte, termo de tutela. 
Representação legal de pessoas jurídicas o representante provara sua 
qualidade de representante por meio de documentos de registro, tais 
como: contrato social, regimento, estatuto, termo de posse, ata de 
condomínio. 
Na representação convencional ou voluntária, tanto de pessoa natural ou 
jurídica o representante provara sua qualidade de representante pelo 
instrumento do mandato, que é a procuração. 
Art.119cc é anulável o negocio concluído pelo representante em conflito 
de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do 
conhecimento de quem com aquele tratou. 
O conflito de interesses pode acontecer tanto na representação legal 
quanto na convencional (voluntaria) 
Ex: entre pais e filhos, entre tutores e tutelados, entre sindico e 
condômino, entre procurador e representado. 
O conflito pode ocorres por abuso de direitos ou excesso de poder 
Abuso de direito pode ocorrer em varias situações, tais como: quando o 
representante age sem ter os poderes (falso procurador), quando o 
representante age em seu próprio interesse. 
Excesso de poder ocorre quando o representante age além dos limites de 
seus poderes. 
O negocio concluído no conflito de interesses pode ser anulado ( se a 
outra parte souber do conflito de interesses.) 
Se a outra parte não souber do conflito de interesses o negocio será 
valido. 
Paragrafo único. é de 180 dias, a contar da conclusão do negocio ou da 
cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a 
anulação prevista no artigo. 
Art.120 os requisitos e os efeitos da representação legal são os 
estabelecidos nas normas respectivas, os da representação voluntaria são 
da parte especial do código 
Representação legal= normas respectivas ( normas especiais e código civil) 
Representação voluntaria = código civil. 
Art.121cc Condição 
Considera-se condição a clausula que, derivando exclusivamente da 
vontade das partes, subordina o efeito do negocio a evento futuro e 
incerto 
A condição é uma clausula que é inserida no negocio, pela vontade das 
partes, e que sujeita a eficácia do negocio ( ou parte dele) a um evento 
futuro e incerto. 
A eficácia é a produção de efeitos. Um negocio que tem eficácia é aquele 
que esta gerando efeitos. 
Um negocio que não tem eficácia é aquele que não esta gerando efeitos. 
Negocio jurídico gerando efeitos, contrato de locação em que a parte esta 
residindo no imóvel e pagando aluguel. 
Negocio jurídico que a não está gerando efeitos, promessa de compra e 
venda de um imóvel que somente será adquirido se for aprovado o 
financiamento. 
Elementos da condição: vontade das partes, evento futuro e evento 
incerto. 
As partes voluntariamente inserem no negocio uma condição. A condição 
é voluntaria. 
Por esse motivo a condição é considerada um elemento acidental do 
negocio, pois ela não é essencial a sua validade. 
Como a condição deve derivar exclusivamente da vontade das partes, as 
exigências da lei não são consideradas condições voluntarias, mas sim 
condições legais. 
Ex: é exigência da lei ter 18 anos para tirar cnh. 
Evento futuro 
A condição deve estar relacionada um evento futuro 
ex: possível aprovação de um financiamento, possível colação de grau, 
possível promoção no emprego. 
Evento incerto 
A condição tem que estar relacionada a um evento incerto. 
Ex: ser aprovado no exame da OAB, ser sorteado na mega-sena, ser 
escolhido para uma vaga de emprego. 
 
Condição Suspensiva e Condição Resolutiva 
Na condição suspensiva, enquanto não se realizar a condição, não haverá 
a aquisição do direito, e o negócionão surtirá efeitos. 
Condição resolutiva é aquela que termina (põe fim) a eficácia do negócio. 
Na condição resolutiva, enquanto não se realizar a condição, o negócio 
(ou parte dele) produzira efeitos, podendo-se exercer os direitos 
provenientes do negócio. 
Assim que implementada a condição o negócio deixara de surtir efeitos e 
cessarão os direitos provenientes do negócio. 
Fases da condição 
Pendencia= a condição está pendente, ainda não correu. 
Implemento = a condição foi realizada, ocorreu. 
Frustração= a condição não se realizou, não ocorreu. 
A condição sempre terá a fase da pendencia, sempre estará aguardando 
para verificar de a condição ira se implementar (ocorrer) ou se frustrar 
(não ocorrer) 
Art.122cc condições ilícitas 
São ilícitas, em geral. Todas as condições contrarias a lei, a ordem publica 
ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que 
privarem de todo efeito o negocio jurídico, ou sujeitam ao puro arbítrio de 
uma das partes. 
São ilícitas (proibidas) as condições 
Contrarias a lei, contrarias a ordem publica, contrarias aos bons costumes, 
privarem de todo efeito o negocio jurídico, sujeitarem ao puro arbítrio de 
uma das partes. 
Contraria a lei: contrato de prestação de serviços em que Davi pagara 
Felipe somente após a entrega de um carregamento de drogas. 
Contraria a ordem publica: a empresa delta, pagara a manifestantes para 
fazerem ameaça em frente seus concorrentes. 
Contrario aos bons costumes: contrato de locação em que Davi alugara 
um imóvel a Dani caso ela se prostitua. 
Condição perplexa(incompreensível): é a condição que impede o negocio 
produza efeitos, pois é uma condição contraditória incompreensível 
Condições que se sujeitam ao puro arbítrio de uma das partes. 
Condição puramente potestativa 
Quanto a vontade das partes, a condição pode ser: 
Simplesmente Potestativa = depende da vontade de uma das partes, mas 
também depende de fatores externos. 
Puramente Potestativa = depende exclusivamente da vontade de uma das 
partes. (vedada pela lei) 
A possibilidade da condição ela pode ser: Fisicamente possível; 
fisicamente impossível; juridicamente possível; juridicamente impossível. 
Condições fisicamente possíveis são aquelas que são possíveis pelas leis 
da própria natureza. 
Não existe, nas leis da natureza e nas leis da física, motivo que impeça a 
realização. EX: um nadador profissional ganhara uma quantia em dinheiro 
se vencer a competição. 
Condições fisicamente impossíveis são aquelas que não são possíveis 
pelas leis da natureza, pelas leis da física. Ex: doação de imóvel se alguém 
que não tem útero engravidar. Para a pessoa sem útero é fisicamente 
impossível. 
Condições juridicamente possíveis são aquelas que são possíveis, pois não 
contrariam o ordenamento jurídico (a lei, a ordem publica e os bons 
costumes) Ex: se alguém comprar uma tv da promoção ganhara outra. 
Condições juridicamente impossíveis são aquelas que não são possíveis, 
pois contrariam o ordenamento jurídico. A norma jurídica não permite 
que se realizem. Ex: pagamento de um serviço de desmatamento de uma 
área de preservação permanente. 
Art.125cc condição suspensiva é uma clausula que pode ser inserida no 
negocio e que suspende a eficácia desse negocio. 
Em virtude dessa condição suspensiva a eficácia do negocio fica suspensa. 
Até que se ocorra ou não a condição. 
Se ocorrer a condição o negocio surtirá efeitos. 
Se não ocorrer não surtira efeitos. 
A condição sempre se refere a um evento futuro e incerto. ( futuro= não 
ocorreu; incerto = não sabe vai ocorrer) 
Subordinado a eficácia do negocio jurídico a condição suspensiva, 
enquanto esta não se verificar, não se terá adquirido o direito a que ele 
se visa. 
Ex: condição suspensiva, promessa de recompensa para quem encontrar 
o cachorro perdido. 
 Arts.123 e 124 cc tratam das consequências das condições impossíveis 
nos negócios. 
Art.123 condição impossível quando suspensiva. 
Art.124 condição impossível quando resolutiva. 
Condições suspensivas impossíveis 
Art.123cc invalidam os negócios que lhe são subordinados: as condições 
física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas. (condição física 
ou juridicamente impossível, quando suspensiva) 
Quando a condição for suspensiva, ela invalida o negócio jurídico. 
Art.124 tem-se por inexistente as condições impossíveis, quando 
resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. 
Quando a condição Resolutiva for impossível, tem-se por inexiste a 
condição e não invalida o negócio. (como se a condição nunca tivesse 
existido) 
Art.126 se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e 
pendente esta, fizer quanto aquelas novas disposições, essas não terão 
valor, realizadas a condição, se com ela forem incompatíveis. 
 
Alguém tem uma coisa que está sob condição suspensiva. 
A condição suspensiva está pendente, Ainda não ocorreu 
A pessoa fez novas disposições em relação a coisa que estava sob 
condição suspensiva. 
As novas disposições não terão valor (ficarão sem efeito) caso se realize a 
condição. E a condição for incompatível com as novas disposições. 
Mas para que essas novas disposições incompatíveis com a condição não 
tenham valor, o negocio sob condição suspensiva devera ser do 
conhecimento de terceiros. Ex: por meio de instrumentos publico. 
Art.127 se for resolutiva a condição, enquanto esta não se realizar, 
vigorara o negocio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão desde 
o direito por ele estabelecido. 
O negocio vigora ate que não se atinge a condição. Enquanto não ocorrer 
a condição permanece gerando efeitos e eficácia. 
Art.128cc Sobrevindo a condição resolutiva, extingui para todos efeitos o 
direito a que ela se opõe ... 
O negocio deixa de existir quando atingir a resolução resolutiva. 
Implementado na condição resolutiva. 
... mas se aposta a um negocio de execução continuada ou periódica, a sua 
realização , salvo disposição em contrario, não tem eficácia quanto aos 
atos já praticados. Desde que compatíveis com a natureza da condição 
pendente e conforme aos ditames da boa-fe 
Negocio de execução continuada ou periódica. 
Ex: recebimento de aluguel, bolsa de estudos ou pensão. 
Significa que tudo que pago ate o momento, tudo que passou já surtiu 
efeitos e gerou eficácia não se mexe mais. 
Art.129cc reputa-se verificada, quando aos efeitos jurídicos, a condição 
cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem 
desfavorecer, considera-se ao contrario, não verificada a condição 
maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita seu 
implemento. 
Há duas cituações... 
1) o que ocorre se a pessoa agir de má-fé para impedir (não 
implementar) a realização da condição... quando isso ocorre o juiz irá 
considerar como verificada a condição, como se a condição tivesse 
acontecido. 
 
2) o que ocorre se a pessoa agir de má-fé para realizar (implementar) a 
condição. Quando isso acontece, o juiz ira considerar como não 
verificada a condição, como se ela não tivesse acontecido 
 
Art. 130cc ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva 
ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados conserva-lo. 
Direito eventual é o direito incompleto, que ainda não se consumou 
porque depende de um evento futuro para se concretizar. 
Fala-se em direito eventual porque a pessoa ainda não tem o direito, ela 
somente terá o direito se implementar a condição. 
Oque falta para a pessoa adquirir o direito é o implemento da condição 
A pessoa que é titular de um direito eventual pode tomar as medidas 
necessárias para conservar esse direito.TERMO 
Termo é o dia, ou momento, em que inicia ou extingue a eficácia do 
negocio jurídico. 
Termo inicial = quando se inicia 
Termo final= quando se extingue 
O termo está condicionado a um evento futuro e certo. 
Futuro- porque ainda não correu 
Certo- porque temos a certeza que vai ocorrer. 
O termo pode ser certo e incerto 
Certo – sabe-se que vai ocorrer e sabe-se quando vai ocorrer. 
Incerto – sabe-se que vai ocorrer, mas não sabe quando vai ocorrer. 
Espécies de termos = Convencional; termo de direito (Legal ou judicial); 
termo de graça. 
Termo convencional é aquele que as partes, por vontade própria, inserem 
em um negocio jurídico. O termo convencional depende da vontade das 
parte. 
Termo de direito é o termo que é definido pela lei (termo legal) ou 
determinado pelo juiz (termo legal) 
Termo de graça é aquele definido pelo juiz ao devedor para aumentar o 
prazo de pagamento ou parcelamento de uma divida. 
O termo também poderá ser ESSENCIAL e NÃO ESSENCIAL. 
O termo essencial é quando o termo é essencial (fundamental) para a 
eficácia do negocio, ou seja se o negocio for realizado fora do momento 
determinado (antes ou depois) ele não terá mais efeito ou utilidade. 
O termo não essencial é aquele que o termo não é essencial para o 
negocio, ou seja se o negocio for realizado fora do momento determinado 
ele continuara surtindo efeitos. 
Art.131cc o termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do 
direito. 
Quando o negocio jurídico está sujeito a um termo inicial, somente poderá 
ser exercido após a ocorrência do termo. 
Ex: aluguel de imóvel para evento futuro 23/04, só terá direito quando 
chegar a data; inicio de um serviço para daqui 30 dias. 
Termo final, também chamado de termo resolutivo. É a data em que o 
negocio deixara de surtir efeitos. 
 
Art.132cc Prazo- não confundir termo com prazo. Prazo é o lapso de 
tempo que vai do termo inicial ao termo final. 
Prazo também pode ser o transcurso de tempo que vai da declaração de 
vontade ao termo final. 
O prazo pode ser certo ou incerto. 
Prazo certo é aquele fixado a termo certo. Ex: contrato de aluguel por um 
mês, 01/04/2018 a 01/05/2018 
Prazo incerto é aquele fixado a termo incerto. Ex: contrato de comodato 
(empréstimo gratuito) a contar do dia 01/04/2018 ate a data de morte do 
comodatário. 
Os prazos podem ser computados em DIAS; MESES; ANOS; HORAS e 
CONVENCIONAIS. 
Salvo disposição legal ou convencional em contrario, computam-se os 
prazos, excluindo o dia do começo, e incluído o do vencimento. 
Prazo em dias, exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento. 
Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual numero do inicio, ou 
no imediato, se faltar exata correspondência. 
Os prazos em meses expiram no dia de igual numero de inicio. 
Prazos em meses se faltar a exata correspondência, os prazos de meses 
expiram no dia imediato, se faltar exata correspondência.( no próximo dia) 
Prazos de anos expiram no dia de igual numero de inicio. 
Os prazos fixados em hora contar-se-ão de minuto a minuto. 
Se o dia do vencimento cair em feriado (muitas vezes se considera o 
sábado e domingo), considerar-se-á prorrogado o prazo ate o próximo dia 
seguinte útil. 
Meado considera-se em qualquer mês o seu decimo quanto dia. Meado é 
sempre o dia 15 de cada mês. 
Art.133cc nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e 
nos contratos, em proveito do devedor, salvo quanto a esses, se do teor 
do instrumento, ou das circunstancias, resultar que se estabeleceu a 
benefício do credor, ou ambos os contratantes. 
Quando houver uma dúvida no prazo, nos testamentos presume-se o 
prazo em favor do herdeiro. Nos contratos, presume-se o prazo em favor 
do devedor. 
Art.134cc negócio jurídico sem prazo. Os negócios jurídicos entre vivos, 
sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser 
feita em lugar diverso ou depender de tempo. 
Deverão ser cumpridos imediatamente. 
Negocio jurídico que o prestador de serviço deve se deslocar para outro 
lugar para executar o serviço. 
 Art.136cc ENCARGO OU MODO 
O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo 
quando expressamente imposto no negocio jurídico, pelo disponente, 
como condição suspensiva. 
O beneficiário da liberalidade adquire o direito, e já pode exercer esse 
direito, desde o seu termo inicial da liberalidade. 
Se o disponente determinar que o encargo foi imposto como condição 
suspensiva, nesse caso o beneficiário da liberalidade somente irá adquirir 
o direito e exercer o direito após implementada a condição. (vide art.125) 
Encargo é uma restrição imposta a uma liberdade. Liberdade é aquele 
negocio jurídico gratuito ou benéfico. Ex: doação; empréstimo 
gratuito(comodato); testamento; promessa de recompensa; usufruto. 
Ou seja , é uma restrição imposta a uma doação. O encargo impõe uma 
obrigação, ou um ônus, ao beneficiário. 
Descumprimento do encargo, o disponente poderá ajuizar uma ação de 
resolução da liberalidade; ajuizar uma ação de obrigação de fazer, não 
fazer ou dar. (art.553 e 555 cc) 
Ninguém é obrigado a aceitar a liberalidade que esteja gravado com um 
encargo, mas se aceitar será obrigada a cumprir o encargo. Se a pessoa 
assumiu o encargo deverá cumprir. 
O encargo não se confunde com uma contraprestação, pois o encargo 
relaciona-se a uma liberalidade e a contraprestação relaciona-se a uma 
prestação onerosa. 
Ex: contrato de compra e venda de carro= pagar o valor do carro. 
Contrato de aluguel= pagamento do aluguel. 
São contraprestação. 
Art.137 encargo ilícito ou impossível. 
Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir 
o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negocio. 
Encargo ilícito é o encargo contrario a norma jurídica. 
Ex: distribuir tóxicos proibidos por lei; explorar jogos de azar proibidos por 
lei. 
Encargo impossível é aquele que pode ser física ou juridicamente 
impossível. 
Fisicamente impossível – as leis da natureza não permitem que se realize o 
encargo. 
Juridicamente impossível – as normas jurídicas não permitem que se 
realize o encargo. 
O encargo ilícito e impossível não invalida o negocio jurídico. 
Como o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito 
(art.136) o beneficiário adquire o direito e já pode exercer esse direito 
desde o termo inicial da liberalidade, como se não estivesse escrito o 
encargo. 
Se estiver expresso no negocio jurídico que o encargo é o motivo 
determinante da liberalidade e o encargo for ilícito ou impossível, 
invalida o negocio jurídico.

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