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Direitos Fund. Teoria da Crise Politica e Nova Universalidade (1)

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DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
TEORIA DA CRISE POLÍTICA
NOVA UNIVERSALIDADE
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Para uma reflexão sobre o Estado...
 [...] o destino das nações não estaria mais vinculado à idéia de constituir-se como Estado Nacional, mas sobretudo colaborar para a democratização daqueles já existentes. [...] o modelo de Estado construído na modernidade, com sua tríplice caracterização - [...] – já não consegue dar conta da complexidade das (des)estruturas institucionais que se superpõem hoje. Ao invés da unidade estatal própria dos últimos cinco séculos, tem uma multipolarização de estruturas, ou da falta delas – locais, regionais, nacionais, continentais, internacionais, supranacionais, mundiais; [...]. (BOLZAN, 2005, p. 15/16)
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Teoria da Crise Política
Percebe-se que os modelos institucionais de Política e Estado não conseguem dialogar de modo razoável para que hajam contributos ao desenvolvimento humano. 
Os Direitos Fundamentais, mesmo positivados na Constituição de 1988, não podem ser re-pensado em termos de eternidade (tempo) e estagnação (vontade). Não é possível rever e criar novas perspectivas de dignidade sem, também, re-estabelecer quem são os novos cenários, sujeitos e os seus modos de interação. 
Estabelece-se, como condição de desenvolvimento entre Estado e Cidadão, a renovação dos Direitos Fundamentais negativos e positivos. Entretanto, questiona-se: como fazer? 
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Teoria da Crise Política
A dificuldade dessa indagação reside nos valores que determinam o pensar e agir da vontade que nos direciona como democracia. 
Não é possível determinar que a proteção esteja concentrada no Estado quando o Cidadão abandona seu vínculo participativo e comunicacional frente ao Outro. Esse cenário amplia-se e se difunde, inclusive, nas manifestações de Poder Governamental. 
O Poder, quando aparece pelo Executivo, Legislativo ou Judiciário, são representações do exercício do Poder Político perante a Sociedade.
Por esse motivo, e segundo Canotilho (2003, p. 543), o Poder Político confere legitimidade às ações de Governo, no qual como o [...] órgão constitucional de soberania com competência para condução da política geral do país e superintendente na administração pública [...].
 
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Teoria da Crise Política
Quando se percebe a necessidade de se compreender as funções políticas de um Estado, especialmente em momentos de transição, significa que as pessoas se encontram mais maduras para debater os períodos de crise.
Verifica-se, largamente, a utilização desse categoria, sem, muitas vezes esclarecê-la. Haverá crise, mesmo num sentido positivo, benéfico, quando os pressupostos de legitimação e criação de entidades como Estado, Democracia, Sociedade, Direito, Política, Governo, entre outras, não atende ao seu fundamento original. Observa-se ausência de significação comunicativa - de ordem teórica e prática – entre as pessoas e, por esse motivo, geram-se as crises. 
 Bonavides (2005, p. 575-577) prescreve três espécies de crises que podem ocorrer, conforme essas hipóteses: a) Crise Executiva; b) Crise Constitucional e; c) Crise Constituinte. 
E, por fim, relembra o citado autor (2005, p. 576): A tragédia de organização constitucional dos países de Terceiro Mundo decorre grandemente da impossibilidade de fazer estáveis as formas democráticas da Sociedade, açoitadas de problemas sociais, econômicos e financeiros quase insolúveis numa estrutura de poder onde o Estado é tudo e a Nação civil muito pouco. 
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Teoria da Crise Política
A crise atinge, diretamente, o conteúdo dos Direitos Fundamentais protegidos pela Constituição. Quando os sentidos ali pronunciados são obscuros, os limites propostos à atuação do Estado e as garantias constitucionais tornam-se enunciados vazios de conteúdo e prática.
A produção dos Direitos Fundamentais, como manifestação do Povo e do Estado, necessita efetivar seu sistema misto de regras e princípios. Essa orientação evita que se relativize os fundamentos históricos, culturais e axiológicos da temida ponderação de ordem subjetiva. 
Apesar dessa condição, relembra-se Brandão (2010, 329/330): [...] não há qualquer Direito Fundamental que seja absoluto , uma vez que tendo a natureza de construção (conquista) histórica, eles são mutáveis no tempo e no espaço. Pode ocorrer que certo contexto histórico determine a inclusão de limitação na atuação do Estado (negativo) ou de uma obrigação prestacional (positivo) e que as circunstâncias de tempo e do processo da própria caminhada histórica modifique o contexto e, com isso, venha a desaparecer e necessidade da limitação ou da obrigação perder o sentido. 
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A NOVA UNIVERSALIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Os Direitos Fundamentais não se restringem apenas ao status de Cidadania apresentado pelo Estado Nacional e Soberano. A Universalidade desses direitos está no enfoque que se direciona à compreensão de Pessoa – seja no critério individual ou coletivo. Esse modo de pensar precisa ser retratado por meio da Norma Jurídica. 
Revela-se necessário, também, compreender essa manifestação especialmente no sentido coletivo, pois essa seara ainda é, em terras brasileiras, mal visualizada e efetivada. 
Veja-se as palavras de Muller (2009, p. 49) sobre o que é o Povo: [...] o povo não é apenas – de forma indireta – a fonte ativa da instituição de normas por meio de eleições bem como – de forma direta – por meio de referendos legislativos; ele é, de qualquer modo, o destinatário das prescrições, em conexão com deveres, direitos e funções de proteção. E ele justifica esse ordenamento jurídico num sentido amplo como ordenamento democrático, à medida que o aceita globalmente, não se revoltando com o mesmo. 
Percebe-se, portanto, que o Povo não é apenas um conceito formal, tratado pelas regras de Direito Constitucional, mas antes, conforme leciona Muller, é o grau zero para se criar a legitimação pós-monárquica como fundamento do Estado Democrático. Segundo o mencionado autor (2009, p. 47): [...] o “povo” das constituições atuais não deveria ser diferenciado segundo a disponibilidade de procedimentos representativos ou plebiscitários ou de qualquer natureza mista; ele não deveria ser diferenciado segundo o tipo de direito eleitoral, que um sistema adota, [...]. 
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A NOVA UNIVERSALIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O núcleo disposto nessa nova universalidade dos Direitos Fundamentais está no modo de compreensão sobre a Pessoa. Entretanto, é necessário visualizar essa perspectiva sob o ângulo prático.
Trata-se da realização dialógica entre as três gerações de Direito, que se inicia com os Direitos de Liberdade, e reforça as expectativas contidas nos Direitos de Igualdade e Fraternidade.
Veja-se o que enuncia Bonavides (2005, p. 573): A nova universalidade dos direitos fundamentais os coloca assim, desde o princípio, num grau mais alto de juridicidade, concretude e eficácia.
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Por Fim...
[...] o que é fundamental para determinado Estado pode não ser para outro, ou não sê-lo da mesma forma. Todavia, não há como desconsiderar a existência de categorias universais e consensuais no que diz com sua fundamentalidade, tais como os valores da vida, da liberdade, da igualdade e da dignidade humana. Contudo, mesmo estes devem ser devidamente contextualizados, já que igualmente suscetíveis de uma valoração distinta e condicionada pela realidade social e cultural concreta. (SARLET, 2011, p. 76).
A nova universalidade procura, enfim, subjetivar de forma concreta e positiva os direitos de tríplice geração na titularidade de um indivíduo que antes de ser o homem deste ou daquele país, de uma sociedade desenvolvida ou subdesenvolvida, é pela condição de pessoa um ente qualificado por sua pertinência no gênero humano, objeto daquela universalidade. (BONAVIDES, 2005, P. 574). 
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Referência das Fontes Citadas
BOLZAN, José Luiz (Org.). O Estado e suas crises. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005. 
BONAVIDES, Paulo. Curso dedireito constitucional. 17. ed. São Paulo: Malheiros, 2005. 
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003.
MÜLLER, Friedrich. Quem é o povo: a questão fundamental da democracia. Tradução de Peter Naumann. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. 
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 10. ed. 3. tir. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.

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