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WEBAULA 1-Unidade 1 -Conceitos de Economia e Microeconomia

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ADMINISTRAÇÃO
 
Unidade 1 – Conceitos de Economia e Microeconomia
WEBAULA 1
 
ECONOMIA: QUESTÕES INICIAIS
Olá caro aluno, seja bem-vindo à nossa Web Aula, sou a Professora Regina Malassise e leciono economia a 14 anos e gosto muito de compartilhar meus conhecimentos com meus alunos. Creio que você já deva estar familiarizado com alguns conhecimentos de economia, pois nos jornais as notícias sobre economia são as que mais despertam a atenção porque geralmente tem algum impacto sobre o consumo, sobre as vendas, sobre os trabalhadores. Normalmente as notícias comentam alguma medida de política econômica adotada pelo governo e seus impactos. Então, tenho certeza que os conhecimentos que você vai adquirir em nossas Web Aulas vão lhe auxiliar a entender melhor as questões econômicas e serão muito úteis na sua formação profissional, pois espera-se que Administradores saibam tomar decisões e a economia pode auxiliar nisso. Agora que você já sabe qual seu papel neste processo, convido-o a estudar esta unidade com a qual tenho certeza que você irá aprender muito.
O primeiro contato que você tem com uma área do conhecimento, sempre será abordado o conceito ou definição sobre esta área. Com os economistas não é diferente. Então, para entender o economês, devemos dominar alguns conceitos básicos, vamos a eles.
Primeiramente, é preciso destacar para que serve uma definição. Podemos dizer que ela nos direciona para entender o significado de algo. A definição da palavra economia é antiga, surgiu na Grécia, da junção de duas outras:
- a palavra oikos que significa casa, fortuna e riqueza e,
- a palavra nomos que significa lei, regra e administração.
Hoje atinge dimensões maiores se referindo desde administração das pequenas unidades de produção, incluindo as grandes e chegando à administração de um país, e é definida como:
Uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004, p. 2).
Deste conceito podemos destacar algumas palavras-chave. Comecemos por ciência, que em linhas gerais é um termo utilizado para definir todas as áreas do conhecimento que tem método de estudo. As análises econômicas tem por base um método de estudo.
PARA SABER MAIS
O pai da ciência é Galileu Galilei, italiano que viveu entre 1564 a 1642, que observou os fenômenos mais comuns da natureza e a regularidade com que eles ocorriam procurando descrevê-los com detalhes de cálculo e matemáticos. De seus estudos nasceu o método científico.
Quando pensamos em social lembramos que o homem é um ser social, isto é, vive em grupos e sob uma determinada organização social. Isto quer dizer que temos leis, normas e regras que devem se seguidas para garantir um bom convívio social, ou seja, garantir não só o convívio mas também a sobrevivência do grupo. O homem também toma decisões para prover sua existência isto implica em fazer escolhas. Eles devem decidir como utilizar os recursos produtivos, fatores de produção ou meios de produção eles referem-se aos recursos utilizados pela sociedade para produzir bens e serviços. Estesrecursos estão agrupados em grandes categorias como: recursos naturais, recursos humanos, capital, tecnologia a utilização destes recursos gera uma remuneração, conforme você pode ver na quadro 1. Os bens e serviços produzidos servem para satisfazer as necessidades humanas. As pessoas procuram bens e serviços porque eles são úteis, ou seja, satisfazem alguma necessidade.
Se você pensar um pouco verá que existe uma infinidade de produtos e serviços que se destinam a satisfação destas necessidades. Não que elas dependam somente de recursos materiais para serem satisfeitas, mas como estamos no campo da economia, devemos observar nestas necessidades a parte delas que podem ser supridas pela existência de recursos materiais e disponíveis no mercado de bens e serviços.
A palavra escasso vem do termo escassez. Este termo que pode ser entendido em como referência a valores absolutos, como por exemplo, se produzirmos todos os bens e serviços para satisfazer todas as necessidades até que todos os seres humanos estejam satisfeitos, com certeza esgotaremos os recursos naturais do planeta. Ou em termos relativos quando, por exemplo, temos um aumento no preço do açúcar, a cana (que é um recurso natural) é direcionada para produção de açúcar, então ocorre queda da produção de etanol no mercado interno. Esta escassez é momentânea até que a nova safra de cana seja produzida ou que os produtores reduzam a produção de açúcar e direcionem a cana para produção de etanol. Assim, outros exemplos podem ilustrar a escassez: o tempo que você estuda não pode ser utilizado em lazer; quando vai ao supermercado, seu dinheiro é limitado e você terá que escolher o que comprar assim como as quantidades; a fábrica de confecções tem máquinas que devem ser utilizadas na produção de roupas, mas o empresário deverá escolher o que produzir, já que a demanda por roupas é diversificada.
Do conceito de economia, podemos, então concluir que, se há produção de bens e serviços e eles satisfazem as necessidades humanas, ao mesmo tempo isto atende a uma questão econômica. Através da produção dos bens gera-se riqueza que será distribuída pela sociedade. Também podemos ver que do conceito de economia emana todos os demais estudos da economia que se complementam e, ao mesmo tempo, permitem sistematizar a análise econômica.
Quadro 1 – Remuneração aos fatores de produção.
Fonte: Do autor (2013).
Como os recursos são escassos, a forma como eles serão usados sempre trará a necessidade de fazer escolhas. Isto nos remete a um importante conceito da economia que é a curva ou fronteira de possibilidade de produção (CPP). Ela é uma descrição teórica do máximo que se pode produzir com uma dada tecnologia e os recursos disponíveis (MENDES, 2004). Vamos tomar como exemplo uma empresa de produção de sucos e observar a figura 1.
Figura 1 – Curva de possibilidade de produção.
Fonte: Adaptado de Economia (2012).
Por exemplo, se uma empresa tem uma unidade de produção de sucos e com os mesmos equipamentos consegue produzir suco de laranja ou suco de limão. Os pontos A, B e C sobre a curva (CPP) representam todas as possibilidades de produção de ambos os sucos dada a tecnologia e os recursos disponíveis. Porém, se ela optar por produzir em A vai produzir mais suco de laranja que suco de limão, mas estará utilizando toda capacidade de produção. Assim, ela deverá escolher quanto produzir de cada um dos sucos, sabendo que o aumento na produção de um implica na redução da produção do outro.
Em economia sempre temos que fazer escolhas porque os recursos são escassos e as necessidades humanas são ilimitadas. Assim, toda escolha envolve um custo em termos de perda daquilo que abrimos mão quando escolhemos, este custo é conhecido como custo de oportunidade. Como a empresa, as famílias também têm que escolher como gastar seu dinheiro, as pessoas têm que escolher como empregar o seu tempo, enfim, todos os dias fazemos escolhas que implicam em certo custo de oportunidade.
Assim, no caso da empresa de sucos, sua escolha implica num custo de oportunidade ou custo de escolha. O custo da escolha é o custo da produção que foi sacrificada em termos de quanto deixou de produzir de suco de limão quando optou por produzir mais suco de laranja no ponto A.
Por meio da figura 1 podemos verificar que nos pontos A, B e C a empresa está produzindo sobre a curva de possibilidade de produção. Ela estaria sendo eficiente produzindo e utilizando plenamente sua capacidade de produção, independentede qual suco ela optasse por produzir.  No ponto D ela estaria sendo ineficiente, pois não utilizaria toda sua capacidade de produção. E ela só alcançaria um ponto como E se ela investisse na ampliação da capacidade de produção. O mesmo acontece com um país, para crescer ele precisa ampliar a utilização dos fatores de produção e tecnologia.
As economias precisam se organizar para que as pessoas possam ter leis e regras que permitam regular a convivência em grupos além de regular a atividade produtiva. Em linhas gerais, o sistema econômico pode ser entendido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. Nos dias de hoje, os países se organizam segundo dois tipos básicos de sistema econômico: sistema capitalista (ou de mercado) e sistema socialista.  Nossos estudos se concentram no sistema capitalista.
Uma forma alternativa de definir economia é dizer que ela é o estudo de como a sociedade decide o que e quanto, como e para quem produzir (BEGG, 2003). Isto ocorre porque os recursos ou fatores de produção são escassos, há necessidade de fazer escolhas guiadas pelos problemas econômicos fundamentais. Estes problemas são: a) O quê e quanto produzir; b) Como produzir; e c) Para quem produzir.
É buscando entender, analisar ou resolver estes problemas econômicos que a economia se subdividiu em grandes áreas de interesse. As subdivisões não são estáticas, mas apenas facilitam a abordagem à medida em cada uma delas direciona sua atenção a um foco específico. Os estudos da economia se dividem em dois grandes blocos, a Microeconomia e a Macroeconomia.
A Microeconomia examina as ações dos agentes econômicos e empresas nas atividades produtivas. Seu foco é a interação destes agentes no mercado, assim, dentre seus estudos, se destacam a oferta, a demanda, o equilíbrio de mercado, as estruturas de mercado, teoria da firma e a teoria do consumidor.
A Macroeconomia se ocupa de estudar o funcionamento do sistema econômico como um todo, utiliza como meio de estudo os grandes agregados econômicos, tais como produto, investimento, renda, inflação e balanço de pagamentos.
Os economistas explicam o funcionamento do sistema econômico por meio de um ciclo, chamado fluxo circular da renda. Neste fluxo temos os dois agentes econômicos: as famílias e as empresas. As famílias são proprietárias de fatores de produção e os fornecem às empresas, por meio do mercado dos fatores de produção. As empresas, a partir da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias por meio do mercado de bens e serviços (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).
O fluxo circular da renda expressa a relação entre os agentes econômicos em dois fluxos, um real e um monetário (ou nominal). No fluxo real ocorrem as transações reais, ou seja, as empresas produzem bem e serviços e as famílias trabalham para as empresas. No fluxo nominal as empresas remuneram as famílias com renda (em economia renda é o conjunto de salários, juros, lucros, aluguéis eroyalties) e as famílias compram com sua renda os bens e serviços das empresas.
Desta relação surgem as óticas da produção, isto é, como pode ser utilizado o dinheiro gerado na produção. Temos três óticas: do produto, da renda e do dispêndio. Na ótica do produto os recursos são utilizados para produzir bens e serviços, na ótica da renda são utilizados para remunerar os fatores de produção e na ótica do dispêndio os recursos são gastos com aquisição de bens e serviços.
A Economia, como qualquer ciência ou área do conhecimento, evolui ao longo do tempo, geralmente buscando entender e propor soluções para os problemas de sua época, ou seja, as escolas do pensamento econômico tem uma ligação histórica com os problemas de sua época. Nas linhas abaixo vamos tecer algumas considerações sobre as principais linhas do pensamento econômico, seguindo uma cronologia que vai dos mercantilistas até os desenvolvimentos mais recentes.
a) Mercantilistas: Foram os primeiros economistas a estruturar algumas observações com sentido econômico. Sua preocupação com o poder de uma nação levou-os a pregar que a acumulação de metais preciosos era fundamental para o crescimento do país. Então, incentivaram a balança comercial positiva, a exploração de outras fronteiras e o estabelecimento de colônias, além de apoiarem a centralização do poder nas mãos dos monarcas.
LINK
Você pode aprender mais sobre o mercantilismo e suas ideias econômicas acessando o link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo
b) Fisiocratas: Suas ideias sobre crescimento estavam centradas na agricultura, pois na visão deste grupo somente a terra tinha a capacidade de multiplicar um produto, pois recebia uma semente e devolvia muitas outras na colheita.
c) Economia Clássica: Estes partiram do laissez-faire e acrescentaram a ideia de que este promoveria, por meio da mão invisível, o melhor bem-estar. Esta ideia é melhor entendida se observarmos que a racionalidade dos homens os levaria a buscar o melhor para si num mundo onde todos os homens agem, buscando o melhor para si, prevaleceria o melhor para todos.  As nações cresceriam porque seus cidadãos teriam empresas e buscariam produzir mais e melhor para poder vender aos demais países. O aumento da produção seria conquistado com a divisão do trabalho, conforme descreve Adam Smith na obra Riqueza das Nações (1983) e pela aplicação da lei de Say, criada por Jean Baptiste Say (1803) que propunha que a oferta cria sua própria procura. Além disso, um país poderia obter benefícios ao se especializar na produção de bens nos quais tivesse vantagem comparativa em relação aos demais países, Thomas Malthus (1798) argumentava que a população crescia mais rapidamente que a produção de alimentos.
David Ricardo foi outro teórico da escola clássica que trouxe grandes contribuições à análise econômica. Sua principais teorias foram:
a) Teoria do Valor – Por esta teoria Ricardo propôs que todos os bens tivessem seu valor determinado pela quantidade de trabalho incorporada ao bem. A quantidade de trabalho poderia ser direta ou indiretamente (por meio dos meios de produção) incorporadas ao bem. Esta teoria ficou conhecida como Teoria do valor-trabalho.
b) Teoria da Repartição – Por esta teoria, Ricardo procurou explicar a repartição da renda (soma dos salário, juros, lucros, aluguéis, royalties)  entre as diversas classes sociais.
c) Teoria das Vantagens Comparativas – Nesta abordagem, Ricardo considera que cada país deva produzir aquilo em que ele é, comparativamente aos outros países, mais produtivo. Assim ele produziria o que lhe é proporcionalmente mais barato comparado aos outros países. Ao produzir ele geraria um excedente produto que deverá ser vendido e com estes recursos o país compraria dos demais países aquilo que ele não produz.
É importante destacar que a escola clássica elabora suas suposições sobre o funcionamento da economia e geração de riqueza observando os fatos históricos e necessidades da Revolução Industrial. Esta forma de pensar a economia será dominante até a crise de 1930, depois outras escolas vão mostrar as mudanças na economia que levam à necessidade de propor outras abordagens para o funcionamento da economia.
d) O Pensamento de Karl Marx: Em sua obra O Capital, ele descreve o capital como uma relação social que surge com a burguesia e cria duas classes sociais, os capitalistas e os proletários. Os capitalistas são os donos dos meios de produção e ampliam sua riqueza pela extração da mais valia. A mais valia é diferença existente entre o valor produzido pelos proletários e valor pelo qual foram contratados. Existe a mais valia absoluta, obtida pelo prolongamento da jornada de trabalho e a mais valia relativa, obtida pela intensificação do trabalho (Ex. trabalho multifunções). A forma de geração de riqueza seria a extração da mais valia prática, comum a todos os capitalistas. Ao longo do tempo, a perpetuação desta prática avança e surgem as duas leis do movimento do capital na geração de riqueza, são elas: a concentraçãoe a centralização de capitais. Na primeira, as empresas maiores absorvem as menores, e, na segunda, as grandes empresas disputam entre si o mercado. Assim, a forma como o capitalismo evolui o levaria ao fim a medida em que os capitais se fundissem até restar um grande capital e um grande contingente de proletários/trabalhadores excluídos. Para Marx, somente a união dos trabalhadores poderia por fim ao avanço predatório do capitalismo, por isto ficou célebre sua frase “trabalhadores do mundo todo, uni-vos.”
e) Os Neoclássicos: A partir de 1870 surge um grupo de economistas que propõem estudar a alocação ótima dos fatores de produção em seus usos alternativos, destacando o princípio marginal na produção, que dá origem à Teoria da Firma (produção e custos de produção). Por esta ótica, os agentes são maximizadores, isto é, os consumidores querem bens úteis e o produtores querem ter maior lucro. Assim, as decisões dos agentes (consumidores e produtores) são guiadas pelo custo benefício de suas escolhas. Quanto mais útil um bem, mais valorizado e quanto maior o lucro, maior a produção do bem. A concorrência em todos os mercados desempenham um papel importante, pois é ela que garante que não haverá excesso nem escassez de produtos e serviços. Assim, esta teoria se desenvolve explicando o funcionamento da economia com base nos fundamentos microeconômicos da empresa e das famílias com ênfase na racionalidade dos agentes (a utilidade e a maximização do lucro) e na tendência ao equilíbrio.
f) A teoria keynesiana: John Maynard Keynes escreveu a obra Teoria Geral do Emprego do Juros e da Moeda, em 1936. Na década de 1930 ocorre a Grande Depressão, período no qual verificou-se muitas falências, com aumento expressivo do desemprego e da miséria. Keynes associava esta crise ao fato de que a capacidade de produção seria muito maior que a demanda. Para ele, a economia tinha um problema de demanda efetiva. Em sua opinião, o laissezfaire e a mão invisível haviam falhado e o mercado não era autorregulado, assim, se houvesse produção maior que demanda, deveria haver intervenção do Estado no sentido de conduzir a demanda efetiva, aproximando-a da oferta. Nas análises keynesianas destaca-se que a demanda agregada (DA) de bens (o destino dos bens produzidos) são realizadas para consumo (C), investimento (I), gasto público (G) e exportações (X) descontando-se as importações (I). Em suas observações verificou que o consumo é mais estável, porém os investimentos não. Em períodos de baixo investimento, o gasto público deveria se elevar para estimular a demanda e o aumento dos investimentos, e, em períodos de grande investimento, deveria reduzir o gasto. Ao destacar o papel do Estado na condução da economia, Keynes abre um novo caminho para a resolução das crises econômicas, as políticas postas em prática a partir de então alcançaram resultados positivos até os anos 1970, quando da ocorrência dos choques do petróleo.
g) Desenvolvimentos recentes: Neste ponto, tomamos por base os estudos de Souza (2003), que destaca mais detalhes sobre os desenvolvimentos recentes. Depois da grande crise de 1930 surge os neoclássicos que aceitam um certo grau de intervenção do Estado na economia, para contornar os problemas das falhas de mercado. Surge também a síntese neoclássica que propõe ações deliberadas de política fiscal e monetárias. Para conduzir a economia ao equilíbrio, seu instrumento de análise ficou conhecido como modelo IS-LM. Depois vem os monetaristas que acreditam que o controle da moeda pode reduzir os desequilíbrios do mercado. Seguem as novas teorias do crescimento, que destacam o papel do progresso técnico como um outro importante fator de produção, que gera riqueza e crescimento das nações.
h) Economia política da sustentabilidade: O que há de mais recente nas discussões econômicas é a questão da sustentabilidade (MAY, 2010). Neste contexto, duas novas correntes se destacam, a economia ecológica para qual o fluxo econômico de produção de bens e serviços está limitado pela capacidade de carga suportada pelo meio ambiente, e a economia ambiental, para o qual a possibilidade de substitubilidade perfeita entre os fatores de produção e o avanço tecnológico relativizam o esgotamento ambiental. Sobre estas novas vertentes, o impacto ambiental da produção de bens e serviços é uma questão fundamental, bem como encontrar caminhos para contorná-las privilegiando a questão da sustentabilidade. Esta é entendida como capacidade das gerações atuais satisfazerem suas necessidades sem prejudicar as gerações futuras.
Agora estamos finalizando a primeira unidade desta Web Aula, e até aqui você já domina os conceitos básicos da economia. Então, estamos prontos para dar o próximo passo, vamos estudar um pouco mais sobre o comportamento do mercado este é o objetivo da Microeconomia que veremos na próxima unidade. Até lá...

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