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Teoria da Constituição Normatização das forças políticas Interpretação constitucional Conteúdo objetivo constitucional Garantia da Constituição CONTEÚDO E FUNÇÃO DA CONSTITUIÇÃO CONSTITUCIONALISMO Momento de atribuição de Constituição aos Estados para o fim de racionalização e limitação do poder. Constituição, para o Constitucionalismo, significava um texto de organização do poder. Common Law x Civil Law Tradições insular e continental Common Law como instituição histórica (crítica): Commonwealth anglófonos (René David) Commonwealth + interested states Os grandes sistemas do direito contemporâneo Common Law como conceito em oposição a algo: common law x Equity common law x statute-law common law x civil law Common Law x Civil Law Não somos tão diferentes law of the land law of England common law direito romano civil law RADBRUCH, Gustav. El espíritu del derecho inglés. Madrid: Marcial Pons, 2001, p. 39 e seguintes. Antecedentes históricos Pactos Forais ou Cartas de Franquia Contratos de colonização Leis Fundamentais do Reino Doutrinas contratualistas medievais Pensamento iluminista Razão Indivíduo Natureza Felicidade Progresso 6 Momento remoto: estruturação do Estado Império Romano (Trajano) – 97-117 d.C. Momento remoto: estruturação do Estado Século XVI Século VIII-IX Carlos Magno Momento remoto: estruturação do Estado Louis XIV 1638-1715 9 Momento remoto: limitação das liberdades individuais Interesse público Lato sensu Stricto sensu 10 Momento recente: relações jurídicas do Estado Ideia de Constituição Instrumento contra: o Antigo Regime a confusão entre Monarca e Estado a organização estatal acusada de ser irracional Regime constitucional (regras materialmente constitucionais) Direitos fundamentais Democracia Poder estabelecido: Poder constituinte versus constituído Supremacia da Constituição escrita, solene e rígida Controle de constitucionalidade Separação dos Poderes Federalismo Opinião pública ativa e informada Papel do Estado e dos particulares na consecução do bem comum (geração de utilidades) Proudhon (1863) “the twentieth century will open the age of federations, or else humanity will undergo another purgatory of a thousand years” Três facetas Novo Regionalismo no Direito Internacional Instituições governamentais mediadoras de e.g. modelos constitucionais sociais apoiados em salários indiretos, serviços públicos e direitos sociais, de um lado, e a ordem econômica e fiscal global. Federalismo Soberania nacional Governança subnacional Interdependência Federalismo Características Strong centralized institutions (Goldstein 2001) Confederations turning into federations (Schwartz 1973; McKay 2001) Constitutional design (Schmitt 2008; Simeon 2009) Shared citizenship (Jeffery and Wincott 2006) Soberania Nacional Decentralization-centralization pendulum (Sharafutdinova 2009) Regional Autonomy over Secession (Greer 2007; Kavalski and Zolkos 2008; Jovanovic 2007) Empowerment of subnational governments (Falleti 2010; Ward and Dadayan 2009; Fessha and Kirkby 2008; Bowman and Kearney 2011) Political safeguards of federalism (Nicholson-Crotty 2008) Effects of preemption powers on state autonomy (Zimmerman 2007) Ethno-Federalism (Charron 2009) Consistent organization of subnational powers (Cameron and Falleti 2005) Governança Subnacional Multilevel governance assimilation (Papillon 2012) Intergovernmental relations (Nieto 2008; Weissert, Stenberg and Cole 2009) Public attitudes toward intergovernmental policy (Schneider, Jacoby and Lewis 2010) Intergovernmental balance (Gamkhar and Pickerill 2011; Conlan and Posner 2011; Conlan and Posner 2008) Intergovernmental effectiveness (Comfort 2002; Roberts 2008) Intergovernmental conflicts (Montero 2001) Networked governance systems from the municipalities perspective (Lazar and Leuprecht 2007) Regional governance (Miller and Lee 2009) State-local relations (Krueger and Bernick 2009; Gamkhar and Pickerill 2012) National and subnational overlap (Hollander 2009) State influence in national policy (Dinan 2008; Busch 2008; Grogan and Rigby 2008) Regional intergovernmental institutions and global constitutionalism (Pureza 2012) Interdependência de poderes Estrutura constitucional Princípios e finalidades estatais Direitos Fundamentais Princípios estruturais do Estado atribuição de atividades ao Estado e possibilidade de transferência à iniciativa privada Normas de preservação do Estado e das instituições democráticas Estrutura constitucional Princípios e finalidades estatais Art.3o Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Estrutura constitucional Direitos Fundamentais Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Capítulo II – Dos Direitos Sociais Capítulo III – Da Nacionalidade Capítulo IV – Dos Direitos Políticos Capítulo V – Dos Partidos Políticos Outros dispositivos esparsos: Título VI – Da Tributação e do Orçamento Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional Seção II – Das Limitações ao Poder de Tributar Estrutura constitucional Princípios estruturais do Estado Título III – Da Organização do Estado Capítulo I – Da Organização Político-Administrativa Capítulo II – Da União Capítulo III – Dos Estados Federados Capítulo IV – Dos Municípios Capítulo V – Do Distrito Federal e Territórios Capítulo VII – Da Administração Pública Título IV – Da Organização dos Poderes Capítulo I – Do Poder Legislativo Capítulo II – Do Poder Executivo Capítulo III – Do Poder Judiciário Capítulo IV – Das Funções Essenciais à Justiça Estrutura constitucional Normas de preservação do Estado Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas Capítulo I – Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio Capítulo II – Das Forças Armadas Capítulo III – Da Segurança Pública Título VI – Da Tributação e do Orçamento Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional Capítulo II – Das Finanças Públicas Teoria da Constituição Normatização das forças políticas Interpretação constitucional Para a teoria constitucional, coloca-se a questão fundamental sobre a possibilidade de vincular normativamente as diferentes forças políticas, isto é, apresentar-lhes ‘bons’ métodos de interpretação” (HÄBERLE, Peter. Hermenêutica constitucional. A sociedade aberta dos intérpretes da constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. p.53 – grifos nossos).Conceito de Constituição Über Verfassungswesen (1862). Fatores reais de poder: poder militar; poder social; poder econômico; e poder intelectual. Constituição real versus texto constitucional como “ein Stück Papier”. CONSEQUÊNCIA: retira a Constituição do campo jurídico. Concepção sociológica (Lassale) Conceito de Constituição Concepção sociológica (Lassale) Concepção política (Schmitt) Decisionismo: a Constituição como decisão política fundamental. Constituição versus lei constitucional. Validade da Constituição reside na existência da unidade política e do poder constituinte. CONSEQUÊNCIA: preserva a normatividade, mas retira a segurança jurídica do texto. Conceito de Constituição Concepção sociológica (Lassale) Concepção política (Schmitt) Concepção formalista (Laband) Jurista oficial (Império alemão de Guilherme II) Constituição no mesmo patamar das leis Aplicação à Constituição da técnica de interpretação da subsunção. CRÍTICA: Constituição como puro direito organizatório estatal carecedora de nível de eficácia superior às normas ordinárias. Conceito de Constituição Concepção sociológica (Lassale) Concepção política (Schmitt) Concepção formalista (Laband) Concepção normativista (Kelsen) Constituição como conjunto de regras jurídicas situadas em plano hierarquicamente superior (acoplamento estrutural entre direito e política) Relação da Constituição com a política POLÊMICA SCHMITT-KELSEN Der Hüter der Verfassung x Wer soll der Hüter der Verfassung sein? Política Direito Constituição Conceito de Constituição Concepção sociológica (Lassale) Concepção política (Schmitt) Concepção formalista (Laband) Concepção normativista (Kelsen) Concepção material (Mortati) La costituzione in senso materiali (1940). Há um princípio ordenador originário refletido em seus aspectos essenciais: elementos organizatórios do Estado; sintonia com uma estrutura social dada; representatividade. Conceito de Constituição Concepção sociológica (Lassale) Concepção política (Schmitt) Concepção formalista (Laband) Concepção normativista (Kelsen) Concepção material (Mortati) Concepção valorativa Paradoxo da democracia: decretar sua própria sentença de morte. Somente é possível opor a uma decisão política, que reflete um valor cultural, uma decisão jurídico-política carregada de valor humano. Natureza do objeto define a interpretação? Originalismo/Interpretativismo/Preservacionismo: Princípio de interpretação que busca a intenção ou significado original da Constituição. Pró: Antonin Scalia, Clarence Thomas, Robert Bork, Philip Kurland, Raoul Berger, Frank Easterbrook, Henry Monachan, Joseph Grano, Bernard Siegen. Contra: Benjamín Cardozo, Karl Llewellyn, Jerome Frank, Roscoe Pound, Edward S. Corwin, H.L.A. Hart, Ronald Dworkin. Original intent x meaning (2 formas de originalismo): Original intent: interpreta-se a intenção de quem escreveu a Constituição. Original meaning: interpreta-se o significado que o texto teria à época de sua promulgação. Como se aplica o originalismo aos conceitos de Constituição? Caso Citizens United v. Federal Election Commission Suprema Corte dos EUA: 21 de janeiro de 2010 Lei federal que vedava o financiamento de propaganda eleitoral ou promoção de candidatos por parte de sociedades e sindicatos. • Princípios levantados: poder do Estado em fixar normas anticorrupção; proteção do acionista; vedação do anonimato; liberdade de manifestação do pensamento (1ª emenda – free speech). • Decisão: inconstitucionalidade da lei para autorizar sociedades e sindicatos a financiarem campanhas eleitorais em nome da liberdade de manifestação de pensamento e exatamente para se permitir o anonimato. A decisão é originalista? Free speech para quem? Money is speech Abuso de direitos Direito subjetivo público ao processo Sherman Antitrust Act (1890) Sham Litigation (dissimulação) – uso pelo CADE, no Brasil Revista Puck, de 23 de janeiro de 1889 Classificação clássica das Constituições Quanto à forma escritas não-escritas Quanto ao modo dogmáticas de elaboração históricas rígidas Quanto à estabilidade flexíveis semi-rígidas Quanto à origem democráticas outorgadas Classificação de Loewenstein Classificação material normativa Classificação ontológica nominal semântica originária derivada Ideológico- programática Utilitária Força Normativa da Constituição Constituição como fator real de poder (Hesse) Constituição não-normada x normativa A Constituição é tida como uma estrutura de interferências recíprocas entre o ser e o dever-ser (Herman Heller). Há uma infra-estrutura não-normada, que é formada pelos fatores naturais (terra, sangue, contato psíquico coletivo) e culturais (história e cultura vividas em comum). Ela é denominada normalidade puramente empírica da conduta humana. A Constituição não-normada não esgota o conteúdo constitucional. Deve ser reforçada e complementada pela normatividade atribuída a uma lei de inércia psíquica, que, aplicada à terminologia mais conhecida, é traduzida na força normativa da Constituição. [normativen Kraft des faktisch Normalen versus normalisierenden Kraft des Normativen] Natureza institucional da Constituição Vontade de Constituição Conteúdo da Constituição é dinâmico. “O direito positivo é o resultado de ação lenta e reação oportuna. O ambiente age sobre a inteligência, moderando-a, imprimindo-lhe caracteres determinados; afinal, o indivíduo reage sobre a natureza, dominando- a, por sua vez, com a sua atividade modificadora, transformadora, indiscutivelmente eficiente. A natureza humana amolda as instituições jurídicas; por sua vez estas reagem sobre aquela; dessa influência recíproca afinal resulta o equilíbrio almejado, uma situação relativamente estável” (Carlos Maximiliano) Força Normativa da Constituição Força Normativa e Teoria da Regulação “How to Ingest a Tapeworm [for diet] The traditional way of becoming infected with a tapeworm is by eating raw meat, being in contact with infected faeces and other foods containing tapeworm. However, for the purposes of dieting, methods would include the tablet form. Força Normativa e Teoria da Regulação Força Normativa e Teoria da Regulação Documentário da Discovery Channel “Voodoo shark” Prof. Jonathan Davis (shark biologist – University of New Orleans) Entrevista sobre a sua pesquisa de 3 horas – 2 minutos finais, surge a questão sobre vooddo sharks. Editam o vídeo da entrevista... NPR Story (August 30th, 2014) – When Wildlife Documentaries Jump the Shark "But then as an after-thought, the last two minutes or so, the guy kind of just asked nonchalantly ... 'Hey, well what do you think about this Rookin voodoo shark that's down in south Louisiana that the fisherman talk about?' and I said, 'Of course, that's BS and I've never heard of it. And even if I had heard of it, it would be completely false,' " he says. In an excerpt from the documentary, Davis' comment is edited to sound like he thinks the "Voodoo shark" might be real. In a clip, he says: "Sharks are pretty amazing creatures. All of them have been found in weird places. So I'm not a hundred percent certain that it would happen, but it could happen."
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