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estas também precisam de uma análise para a fixação do procedimento a lhes ser dado. Normalmente são consideradas como se fossem produtivas, quando ocorrem numa produção contínua ou em ordens de longa duração. Mas, se se tratar de ordens ou produtos de duas ou três horas de fabricação, haverá uma distorção, caso atribuamos a um ou outro os 15 minutos de parada; uma ordem sairia por um custo e outra por valor bastante diferente. O que integra o custo da mão-de-obra direta? Em alguns países, como no caso dos EUA, atribui-se muitas vezes como custo de Mão-de-obra Direta somente o valor contratual, sem inclusão dos encargos sociais; tal procedimento pode ser aceitável num local como esse, onde tais encargos normalmente não são grandes e, o que é importante, nem sempre dependem diretamente do valor da própria Mão-de-obra. Mas no Brasil esse fato assume outra magnitude, sendo necessária a inclusão desses encargos no custo horário da Mão-de-obra Direta. Nesses países, os encargos sociais assumem um caráter mais de custo fixo do que de variável, por serem mais uma função do número de pessoas do que do valor pago. No Brasil, todavia, são totalmente dependentes do pagamento feito, tomando-se tais encargos um custo variável com relação à própria mão-de-obra e diretamente proporcionais a ela. Na situação de nosso país, ao se optar então pela inclusão dos encargos sociais no próprio montante da Mão-de-obra Direta, precisa-se calcular para cada empresa (ou para cada departamento, se houver variações significativas entre eles) qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho. Sabemos que decorrem da legislação e do contrato de trabalho os repousos semanais remunerados, as férias, o 13º salário, a contribuição ao INSS, a remuneração dos feriados, as faltas abonadas por gala, nojo, etc., além de vários outros direitos garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais. A quanto monta esse total? A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividi-lo pelo número de horas em que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição. Vejamos um exemplo: Suponhamos que um operário seja contratado por $ 5,00 por hora. A jornada máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais (sem considerar horas extras). Supondo-se semana não inglesa, isto é, semana de seis dias sem compensação do sábado, a jornada máxima diária será de: 44 ÷ 6 = 7,3333 horas, que equivalem a 7 horas e 20 minutos. Assim, podemos estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode oferecer à empresa: Número de dias por ano 365 dias (-) Repousos semanais Remunerados 48 dias (-) Férias 30 dias (-) Feriados 12 dias (=) Número máximo de dias a disposição do empregador 275 dias (x) jornada máxima diária (em horas) 7,3333 horas (=) Número máximo de horas a disposição, por ano: 2.016,7 horas (*) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias. A remuneração anual desse empregado será, então, em moeda constante: (a) Salários: 2.016,7 horas x $ 5,00 $ 10.083,50 (b) Repousos Semanais: 48 x 7,3333 = 352 h x $ 5,00 $ 1.760,00 (c) Férias: 30 dias x 7,3333 = 220h x $5,00 $ 1.100,00 (d) 13º Salário: 220 h x $ 5,00 $ 1.100,00 (e) Adicional constitucional de Férias: (1/3 de “C”) $ 366,67 (f) Feriados: 12 x 7,3333h = 88h x $ 5,00 $ 440,00 Total $ 14.850,20 Sobre esse total o empregador é obrigado a recolher as seguintes contribuições (em porcentagens): INSS 20,0 % FGTS 8,5 % Seguros – acidentes do trabalho 3,0 % Salário – Educação 2,5 % SESI ou SESC 1,5 % SENAI ou SENAC 1,2 % INCRA 0,2 % SEBRAE 0,6 % Total 37,5 % O custo anual empregador será, então: $ 14.850,20 x 1,375 = $ 20.419,02 E o custo hora será: $ 20.419,02 ÷ 2.016,7 h = $ 10,12 Os encargos sociais mínimos provocaram, então, um acréscimo de ((10,12 ÷ 5,00) -1) x 100 = 102,40 % sobre o salário-hora contratado. Exercícios Como distinguir a MOD da MOI? Caso um funcionário classificado como MOD venha a executar um determinado serviço na casa de campo do dono da empresa em que trabalha, o custo correspondente ao período de execução desse serviço será classificado como direto? Justifique. Podemos dizer que o custo dos funcionários classificados como mão-de-obra direta é sempre custo direto? Como é composto o custo da mão-de-obra? Qual a diferença básica entre o custo da mão de obra e folha de pagamentos? O tempo não produtivo da MOD é considerado como custo da MOD? Um funcionário é contratado com um salário de $ 4,00 a hora. Nesta empresa, os encargos sociais trabalhistas representam 113,5% dos salários. Determine o custo/hora. Considere que em um departamento haja apenas 1 funcionário classificado como mão-de-obra direta. Seu salário é de $ 10,00 a hora. O percentual de encargos sociais corresponde a 100% dos salários. Em certo mês de 30 dias houve 4 domingos e 1 feriado que caiu em uma 2ª feira. A jornada de trabalho é de 44 horas semanais, sem compensar os sábados. Oitenta por cento do tempo disponível foi apontado como produtivo e o restante como não produtivo. Calcule o custo do tempo produtivo e do tempo não produtivo. Considere que em determinado departamento os salários dos funcionários diretos sejam de $ 5,00 por hora. Os encargos sociais representam 107%. A tabela abaixo mostra os produtos fabricados por esse departamento, indicando o número de peças fabricadas e o total de horas apontadas. Calcule o custo da mão-de-obra direta de cada unidade de X, de Y e de Z. Produtos N° de Peças Tempo Total X 234 136 horas Y 875 237 horas Z 392 176 horas São exemplos de mão de obra direta: Torneiro e pessoal da manutenção. Carregadores de materiais e pintor. Prensista, soldador e supervisores. Torneiros, soldadores e cortadores. Ajudantes, supervisores e pintores. � Alocação dos custos indireto de fabricação Com a redução gradativa do custo da mão-de-obra direta pela eliminação de postos de trabalho e sua substituição por atividades automatizadas, os custos indiretos vem aumentado sua participação nos custos totais das empresas e, conseqüentemente, nos seus produtos. Esse agrupamento contempla todos os elementos de custos que não tem medição de consumo nos produtos, e por isso mesmo são apropriados por intermédio de rateios. Exceto a matéria-prima e a mão-de-obra direta, praticamente todos os demais custos são tratados como indiretos. Em regra, a base de rateio empregada é a mão-de-obra direta que, como dissemos, vem reduzindo sua participação e, por isso mesmo, é alvo de criticas por parte de especialistas em custos, propiciando, como conseqüência, o desenvolvimento de novos métodos de custeio. Entendemos que a utilização desses novos métodos deva ser gradativa, em função de avanços dos conhecimentos sobre o assunto e do tipo de informação de custos desejada. 4.3.1 Dificuldades para estabelecer as bases de rateios A dificuldade que encontramos para alocar os custos indiretos reside na definição da base de rateio a ser utilizada, pois é uma tarefa que envolve aspectos subjetivos e arbitrários. Se o critério adotado não for bem consistente, o resultado de custo ficará por certo deficiente para atender aos fins a que se propõe. Tendo em vista, que o montante dos custos indiretos será absorvido pela produção por qualquer base que venha a ser empregada, alguns produtos podem ficar subavaliados, enquanto outos superavaliados. O que se procura ao definir uma base é minimizar tais distorções. Para entender essa situação, analisamos um caso bem simples de como poderíamos alocar o custo da energia elétrica aos três produtos de uma empresa: Z, Y e Z. Supondo ser de $ 1.500,00 o valor dessa conta, quanto caberia a cada um dos