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Resumo Explicativo para o Seminário de Antropologia Enfrentamento dos Mundos O encontro entre os europeus e os indígenas foi muito marcante, ambos com diferente visão de mundo. Os europeus achavam os índios inúteis, só servindo para serem vendidos como escravos. Os índios tentaram defender sua cultura até o limite possível, porém os índios não eram organizados diferentes dos europeus que tinham a sua disposição a tecnlogia e estavam fortemente armados. Não foram apenas dizimados pelos armamentos pesados, também pelas doenças que os europeus trouxeram como por exemplo: varíola, tuberculose, coqueluche, entre outras. Com o passar do tempo o convívio entre alguns indíos e europeus se tornaram mais amigáveis. Os europeus por sua vez, conseguem identificar os grupos de aliados e inimigos através da aproximação da língua e cultura. Através dos relatos e documentos que chegavam a Europa, os teólogos se indagavam: Seriam os índios tão diferentes e tão semelhantes dos euroupeus? Seriam eles membros do gênero humano? Foram eles criados a imagem e semelhança de Deus? Teriam salvação? Aos olhos dos teólogos ficou evidente que eles precisavam de uma purificação em suas almas para serem libertos de suas práticas de canibalimos, práticas de feitiçaria, a luxúria, a preguiça e o desapego ao acúmulo de riquezas. Dentro dessa ação salvacionista houve um embate entre os jesuítas e colonos, onde os jesuítas foram expulsos do Brasil, entregando os índios aos colonos para serem escravizados. As coroas tiveram que optar e escolheram pelo projeto colonial. Em lugar de sacros reinos pios a serviço da igreja e de Deus, daria lugar a homens práticos que consolidariam as bases do império maior que jamais se viu, juntos aos reis da Espanha e Portugal. O processo civilizatório O processo civilizatório se deu com a revolução tecnológica e a expansão mercantil que deu que deu acesso a ultramar. Centralizando seu poder não permitindo nenhum espaço para o monopólio comercial. Se organizaram em guerras de conquistas exterminando milhares de povos que antes viviam em paz e alegria, com suas línguas e culturas originais. Povos como: Ásia; África e as Américas foram saqueadas e evangelizadas a força para se iniciar os fundamentos do primeiro desenvolvimento econômico mundial. Esse poder cresce tanto que a Espanha decide exercer a sua soberania também sobre a Europa, para manter a sua independência, Portugal une-se a Inglaterra. O poder ibérico se deteriora, levando assim, o sonho do império mundial. Portugal se unindo a Inglaterra se enriquece e passa a constituir uma das províncias mais ricas e amplas da terra, a América Latina. Passando os séculos, tudo se transformou, menos a classe dirigente que manteve exercendo sua hegemonia. Senhorios velhos se sucedem em senhorios novos unidos e bem armados para manter o povo produzindo, não que querem e precisam mais o que lhe ordenam a produzir , por imposição e força, tornando-se marginais na civilização em que está inserido. Barroco e Gótico Dois estilos aparecem neste processo de colonização: o barroco e o gótico. O gótico se diferenciava pelos nórdicos que ficavam ao Norte da Europa, pessoas altivas, gente fria. Queriam apenas mão de obra para a nova agricultura e para eles, os índios eram apenas um detalhe, sujando a paisagem, e para o lugar se europeizar deviam se livrar deles. Os índios tinham a opção de viverem onde quisessem, para serem livres em sua diferença, mas distante deles. O outro estilo era o barroco; gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os ídios. Para eles os índios eram apenas assimilados como “coisa”, sem direito algum, e com o dever de se multiplicar, essa multiplicação se dava com o estupro das nativas. Vemos em um a tolerância soberba e orgulhosa de não querer se misturar. Os góticos viviam a sua soberba com terras e liberdade sem produzir qualquer mercadoria prestante, já o barroco, a Europa se defronta com povos exóticos, alguns civilizados, outros não, mas faziam uso de sua mão-de-obra e toda riqueza que vinham gerar, não disperdiçaram nenhuma terra e iam produzindopovo, afim de obriga-lós a trabalhar em terra alheia. A formação do lado nórdeo (gótico), é de um povo livre, dono do seu destino que reúne toda cidadania branca. Já no lado sul (barroco) foi criado uma elite de senhores da terra e de mandantes civis e militares, montados sobre um povo oprimido que não tem nenhum direito. A evolução gótica se dá ao amadurecimento de uma sociedade democrática, fundada nos direitos dos cidadões acabando por englobar também os negros. Do lado barroco, uma feitoria latifundiaria, hostil, um povo condenado ao arbítrio, à ignorancia e à pobreza. A colonização do Brasi foi um esforço persistente, até mesmo teimoso para implantar aqui uma “europeidade”, encarnada nesta mestiçagem. Mesmo diante de toda esta tentativa, vemos o quanto diferentes somos, tão opostos a branquitude e a civilidade que tanto nos foram impostas. Resta em nosso interior então um povo, DESEROUPEU, DESÍNDIO, E DESAFRO, assim fomos constituídos como povo. Esses somos nós!
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