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AULA 04 16 02 2016 Direito Civil IV

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Direito Civil IV
Contrato de Compra e Venda (Continuação)
7 – Venda de Ascendente a Descendente 
Venda possível de anulação caso não haja anuência dos outros descendentes e cônjuges. De modo que se preserva a herança futura.
O vendedor não poderá alienar coisa sua a descentes, sem anuência dos outros descendentes, além do seu cônjuge (exceto se o regime do casamento for em separação de bens), sob pena de anulabilidade. 
Prazo decadencial para pedir a anulabilidade 2 anos. 
A lei prevê evitar o favorecimento patrimonial, evitar o adiantamento de herança ilegítimo, ou a ‘maquiagem’ de uma venda.
Obs: Se a venda for de descente para ascendente não é necessário anuência dos descentes ou cônjuge, poderá ocorrer sem risco de anulabilidade. Só será anulável se for provado a doação maquiada como compra e venda, contudo a priore não há nenhuma restrição. 
8 – Venda “Ad Corpus” e “Ad Mensuram”
Refere-se exclusivamente a compra de imóvel. 
Ad Corpus – a venda que se objetiva a aquisição da coisa em si, tendo como importância secundaria as ruas dimensões.
Ad mensuram – a venda feita em razão das medidas (dimensões) da coisa em si. (Interessa a precisão)
Deve se identificar na venda do imóvel se a compra foi feita com que objetivo.
Ex. Comprador que se interessa por uma casa, sem medir nem nada compra ela. (Ad corpus)
Caso a coisa em si não seja entregue como prometido pode-se pedir abatimento, complemento ou recisão.
Ex2: Comprador que deseja adquirir loteamento, e pergunta as dimensões do terreno para sabe se interessa a adesão (Ad Mensuram) – Se as dimensões não bater com o que está no contrato cabe rescisão, permite-se a diferença de medidas e até 5% tida como uma diferença meramente anunciativa, não gera rescisão do contrato, sendo tolerável, salvo se o sujeito provar que a diferença mínima afete ele (ex. projeto sobre medida que não caberá naquele terreno – ônus do comprador de provar). 
No caso da diferença – o comprador pode exigir compensação, caso não seja possível compensar então, cabe ao comprador pedir abatimento do preço ou em último caso pedir rescisão contratual. 
Se houve excesso de dimensões – Em princípio não se modifica nada, exceto se o vendedor provar o justo motivo do equívoco (justificar sua ignorância) nesse caso o vendedor pode pleitear complemento do preço, ou redução a área para se ajustar, evitando o enriquecimento sem causa.
9 – Compra de Bens, Objeto de Tutela, Curatela, Depósito ou Administração pelo Tutores, curadores etc. (Art. 497, cc)
Um tutor ou curador, Administrador ou Depositário, Servidores, Magistrados não pode comprar os bens daquele que representa, pois não há presunção legal e configura abuso.
Caso isso ocorra poderá sem anulada a compra, ainda que esta seja feita em hasta pública. 
O mesmo se estende para a cessão de créditos. 
10 – Venda de parte de coisa comum indivisível (Condomínio)
Ex. Três pessoas têm direito de propriedade de uma casa (podem ser herdeiros), cada um tem uma cota parte, que não sendo definida em termos de valor, presume-se que seja cotas iguais.
Neste caso, cada um pode vender a sua cota parte a 3º, mas não antes de oferecer aos coproprietários. Só poderá ser oferecido em casa de venda, em casa de hipoteca não. 
Dá um prazo para que os coproprietários se manifestem passado esse prazo pode ser vendida a estranho.
Caso não seja oferecido antes aos coproprietários, esses podem em até 6 meses depositar o valor da cota parte na justiça e desfazer a venda para o terceiro. 
Se ambos os coproprietários quiserem as cotas, tem preferência quem tem benfeitorias, ou se não houve, dá preferência quem tem a maior parte (maior quinhão, ou se ainda não houver nenhum caso citado anteriormente, os coproprietários poderiam comprar metade da cota cada um ou estabelecer uma espécie de leilão entre os dois restantes.

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