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modelo de constestação.

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE BELÉM, PARÁ
 Sol Informática, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº XXXXX, estabelecida no endereço: Av. Visconde de Souza Franco, 1122 - Reduto – CEP: 66053-000, tendo por Sol Informática o título do estabelecimento, por seu representante legal e por seus advogados, constituídos e qualificados no incluso instrumento de Outorga, com endereço na XXXXXX, lugar indicado para receber intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO
nos autos da Ação restituição de valores com indenização por danos morais, proposta por João Barbosa, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos adiante expostos:
1 – PRELIMINARMENTE:
 Inicialmente, antes de entrar no mérito da questão, cumpre salientar que a presente demanda deve ser extinta, sem resolução do mérito, com fulcro no artigo 337, XI, do Código de Processo Civil (CPC), pelos seguintes motivos. 
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA REQUERIDA
 Propõe o autor ação de reparação de danos contra ré, argumentando que desta adquiriu produto com defeito, causando-o insatisfação e por isso não acredita mais na eficiência dos serviços e produtos da empresa. 
 
 Assim, nos termos do art. 13, inciso I, da Lei 8.078/90, Código do Consumidor, o comerciante só é responsável por reparação de danos em produtos com defeito de fabricação que venha a causar, na hipótese de não ser possível a identificação do fabricante. Sendo, portanto, mera comerciante e perfeitamente possível a identificação do fabricante, é a ré parte ilegítima para responder os termos da ação.
Veja-se o texto legal:
 Da responsabilidade pelo fato do produto e do serviço.
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro e o importador respondem, independentemente de existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projetos, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre a sua utilização e riscos”.
 Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
Percebe-se que em nenhum momento o CDC orienta que o comerciante responda diante do consumidor quando o fabricante, o construtor, o produtor, ou o importador, possa ser identificado. 
Desta forma, sendo possível a identificação do fabricante da marca Dell a ação não deveria ter sido proposta contra a loja Sol Informática que não é a fabricante do notebook adquirido, mas tão somente o comercializa em suas lojas. 
Conforme se vislumbra na própria peça inicial da requerente, o produto foi fornecido com identificação clara de seu importador, ou seja, a todo o momento o autor teve e tem conhecimento de quem é a figura descrita no artigo 12 do CDC, não justificando o ingresso de uma ação de restituição de equivalente e compensação de danos fundamentada pelo artigo 12 do CDC contra a empresa demandada, o que acaba por violar preceitos legais, sobretudo disposições da lei consumerista.
Nesse mesmo sentido se manifesta a jurisprudência pátria, confirmando o entendimento de que o comerciante responde subsidiariamente diante do consumidor:
(JURISPRUDENCIA)
Diante da identificação do importador do produto adquirido pela autora, a requerida torna-se parte ilegítima para figurar no pólo passivo da ação em curso, sendo que quem deve responder aos termos da demanda é a empresa Dell. 
2. NO MÉRITO
Caso o entendimento que venha a prevalecer seja diferente do que foi exposto preliminarmente, o que, com todo o respeito, não se acredita, cabe então discutir o mérito, por orientação do artigo 300 do CPC.
2.1 DOS FATOS ALEGADOS NA INICIAL 
O requerente alega que no dia 10 de dezembro de 2017 adquiriu um notebook da marca Dell pelo preço de R$ 3.900,00 na loja Sol Informática. 
Alega que, com poucos dias de uso do produto, duas semanas, o HD queimou e o notebook parou de funcionar. João retornou a loja com o produto, foi orientado como deveria proceder e problema foi solucionado, sendo devolvido o produto com total funcionalidade. 
2.2 DA VERDADE DOS FATOS 
O autor afirmou na petição inicial que no dia 10 de dezembro de 2017 adquiriu espontaneamente junto à requerida um notebook da marca Dell, modelo I5, vindo a pagar pelo produto a importância de R$ 3.900,00 (três mil e novecentos reais), conforme cópia da nota fiscal anexa à inicial. 
Alega que duas semanas após a compra do produto o HD do notebook queimou e, consequentemente, parou de funcionar. Disse que retornou a loja, entrou em contato com a gerente Sra. ...., e recebeu merecida orientação de que o produto seria enviado para a assistência técnica autorizada e que no prazo de até 30 dias o produto seria devolvido para o autor com o problema solucionado.
O autor ciente dos fatos concordou em gerar ordem de serviço (Doc. X) e o produto foi enviado para análise técnica, conforme nota técnica exposta, (Doc. X). Sendo assim, a empresa solucionou o seu problema no prazo legal estabelecido pela lei e fora lhe entregue o mesmo notebook com a devida reparação: a substituição de um HD novo. 
2.3 DA INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR
Como se pode observar da realidade dos fatos narrados nessa contestação, a Ré recebeu o produto do Autor para análise da assistência, e, ao verificar a possibilidade de substituição, com a ciência e concordância do Autor substituiu-o HD por um novo. 
É preciso ressaltar que, para fazer a substituição, teve a ré que mandar o notebook para a assistência técnica competente e que o serviço foi realizado em menos de 30 dias contados da data em que a mercadoria foi entregue na sua loja.
 
Ao aceitar a substituição do produto, o autor e a loja exerceram, ainda que tacitamente, a prerrogativa que lhe é assegurada pelo art. 18, ~1°, do Código de Defesa do Consumidor, esgotando-se, assim, qualquer direito em face da ré: 
Diz o referido dispositivo legal:
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
(JURISPRUDÊNCIA)
Logo, ante ao exercício do direito de escolha de uma das três modalidades previstas pela legislação – consistente na substituição do produto nos termos do art. 18, ~1°, inc. I, do Código de Defesa do Consumidor -, descabe qualquer pedido restituição do valor e indenização por danos morais, em face de inexistência de previsão legal.
2.4 INOCORRÊNCIA DE DANOS MORAIS 
A realidade dos fatos, retratada nestes autos, logicamente, não caracteriza a ocorrência de danos morais, porquanto o Autor não teve mais do que mero dissabor, absolutamente sem maior gravidade, que são inerentes à vida em sociedade. 
Em face desses fundamentos, tem-se que, no caso concreto, os fatos não caracterizamdanos morais indenizáveis, mas sim, meros dissabores inerentes da vida em sociedade, de modo que, neste tocante, deve a presente ação ser julgada improcedente. 
3. O PEDIDO 
Diante do exposto requer:

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