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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E EXATAS SETOR PALOTINA FRANCIELLI FERNANDES DE ASSIS GIOVANA MARTINS HELOISA BARON FURIATTO INGRID SANDRI CARAFINI DE SOUZA LEONARDO PESTANA LEGORI PROPRIEDADES FÍSICAS DA MATÉRIA PALOTINA 2018 1 INTRODUÇÃO 1.1 PROPRIEDADES FÍSICAS DA MATÉRIA “A Química está no centro de muitas transformações que ocorrem no mundo que nos rodeia e explica uma infinidade de diferentes propriedades da matéria.” (BROWN et al., 2005, p. 29). As propriedades da matéria podem ser classificadas em físicas (podem ser observadas e medidas sem alterar a composição) ou química (transformam-se em outro material). Observa-se uma enorme variedade de matéria no universo, como o ar que é respirado pelos seres vivos, até a roupa dos seres humanos. Porém, a matéria não é constituída apenas por uma única substância, e sim inúmeras, denominada elementos (BROWN et al., 2005). Dessa maneira, a Química fornece maneiras de estudar a química da matéria em termo de átomo (partícula fundamental), referindo-se a sua estrutura e composição. Qualquer diferença, mesmo pequena, pode causar grandes mudanças em termos de propriedade. Por exemplo, o etanol, que é utilizado na produção de álcool, como o vinho, e o etilenoglicol, líquido anticongelante para automóveis, têm a mesma composição, mas estruturas diferentes, transformando-se em funções (bebível e imbebível) totalmente distintas. (BROWN et al., 2005). Por isso, a Química tenta entender as propriedades da matéria e seu comportamento, estudando os átomos e as moléculas, para então aplicá-las no mundo como forma de melhoria. E para tal, também é necessário o estudo das propriedades físicas, estas, como já citado, não alteram sua identidade. (BROWN et al., 2005). As propriedades físicas são aquelas que podem ser coletadas e analisadas sem que a composição química da matéria mude, incluindo cor, odor, ponto de fusão e ebulição, no qual resultam em fenômenos físicos, e não químicos. Essas propriedades podem ser classificadas em intensivas e extensivas. Propriedades extensivas são aquelas que dependem da massa, ou seja, da quantidade, tendo, ou, como exemplo, o volume. Já na propriedade intensiva tem-se a densidade, sendo que muitas delas podem ser utilizadas para identificar uma substância, sem depender de uma quantidade (BROWN et al., 2005). A Química é uma ciência que não conseguiria se desenvolver sem considerar os aspectos quantitativos. É por isso que inúmeras experiências são realizadas e muitas medidas são feitas, tais como massa, temperatura, volume etc. Assim, é de grande importância que a pessoa que faça essas medidas saiba o que são os algarismos significativos e quais são as regras para sua utilização. 1.2 OBJETIVO Os objetivos foram trabalhar com propriedades físicas da matéria: massa, volume e densidade e expressar resultados com o número correto de algarismos significativos. 1.3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A densidade se apresenta como uma propriedade física para que se determine a quantidade de matéria existente em uma determinada unidade de volume. A densidade é a razão da massa pelo volume de um corpo. Neste sentido essa propriedade intensiva é de grande importância para caracterizar substâncias, já que métodos químicos são direcionados com a utilização da densidade (ATKINS; JONES, 2009). Em experimentos a obtenção da densidade é feita normalmente através de separação de dissemelhantes amostras de um mesmo ou divergentes elementos com tamanhos desiguais, nos quais são pesados para distinguirem sua massa, e após esse processo é feita a medição de seu volume para assim obter os valores necessários no cálculo de sua densidade (ATKINS; JONES, 2009). A massa é uma propriedade fundamental e intrínseca de qualquer amostra de matéria. Ela é uma medida direta de quanta matéria há na amostra. O volume de uma amostra de matéria é o seu tamanho ou extensão tridimensional, isto é, o volume de uma amostra de matéria nada mais é do que quanto de espaço que ela ocupa (KOTZ; TREICHEL; WEAVER, 2014). É importante destacar que sempre haverá incertezas quando se mede quantidades. Assim, dois números serão encontrados em trabalhos científicos, os números exatos (valores com exatidão), como a quantidade de pessoas em uma sala de aula, e os números inexatos, que provocam certa incerteza, este, encontrado nas limitações de aparelhos de medição, além das distinções de cada pessoa que faz a medição, provocando erros (BROWN et al., 2005) Portanto, na tentativa de evitar que demais erros ocorram, e exibir o valor mais exato possível, é utilizado os algarismos significativos, que são todos os números que representam medidas determinadas experimentalmente, em que apenas o último número é um dígito duvidoso. Quanto maior for o número de algarismos significativos, maior será a precisão da amostra (BROWN et al., 2005). 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 2.1.1 Materiais e Reagentes Os materiais, reagentes e equipamentos utilizados encontram-se no Quadro 1, que está disposto abaixo. Quadro 1 - Materiais, reagentes e equipamentos Material Reagente Equipamento Pedaço de cobre (Cu) Água destilada Balança analítica Parafuso Porca Papel de pesagem em alumínio Proveta de 25 mL Proveta de 50 mL Régua de 15 cm Pinça A balança analítica era da marca Shimadzu, modelo AUY220, cuja capacidade máxima de pesagem é de 220 g, com precisão de 0,0001 g. A proveta de 25 mL possuía menor divisão de 0,5 mL, com um limite de erro de 0,25 mL. A proveta de 50 mL possuía menor divisão de 1 mL, apresentando assim um limite de erro de 0,5 mL. 2.1.2 Metodologia O experimento iniciou-se com a pesagem das amostras maciças, nomeadamente o pedaço de cobre, o parafuso e a porca. Para isso foi utilizada a balança analítica através do método de pesagem direta. Para cada pesagem de amostra, o papel de pesagem foi colocado na balança e a tara da mesma foi realizada. Com auxílio de uma pinça, o pedaço de cobre foi colocado na balança, em cima do papel de pesagem. As portas da câmara de pesagem da balança foram fechadas, para que a corrente de ar não influenciasse as leituras de massa, e, em seguida, a leitura da massa foi realizada e seu valor anotado. O mesmo procedimento foi repetido para as outras amostras. Após isso, todas amostras foram medidas com uma régua para encontrar assim seus respectivos comprimentos, larguras e espessuras. Posteriormente, foi adicionado 15 ml e 25 ml de água destilada nas provetas de 25 ml e 50 ml, respectivamente. O pedaço de cobre foi colocado em cada uma das provetas e, observando o menisco, o volume medido na proveta foi anotado. O mesmo procedimento foi realizadocom as outras amostras. Com os valores de volume iniciais e os valores de volume após as amostras serem adicionadas, conseguiu-se calcular o volume de cada amostra através do deslocamento de volume de água destilada observado. 2.2 OBSERVAÇÕES Com a pesagem do pedaço de cobre, verificou-se que sua massa era de 19,2142 g. O mesmo possuía um comprimento de 2,6 cm, 1,2 cm de largura e espessura de 0,6 cm. No Quadro 2, que encontra-se abaixo, apresenta-se os volumes medidos no experimento. Quadro 2 - Volume das pipetas e do pedaço de cobre Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) 25 mL 15,00 17,00 2,00 50 mL 25,0 27,0 2,0 Com a pesagem do pedaço de cobre, verificou-se que sua massa era de 7,4283 g. O mesmo possuía 3,4 cm de comprimento e 0,5 cm de espessura. No Quadro 3, que se encontra abaixo, apresenta-se os volumes medidos no experimento. Quadro 3 - Volume das pipetas e do parafuso Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) 25 mL 15,00 16,00 1,00 50 mL 25,0 26,0 1,0 Com a pesagem da porca, verificou-se que sua massa era de 10,4462 g. A porca era sextavada e possuía comprimento de 1,7 cm em cada um de seus lados e espessura de 0,7 cm. No Quadro 4, que se encontra abaixo, apresenta-se os volumes medidos no experimento. Quadro 4 - Volume das pipetas e da porca Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) 25 mL 15,00 16,00 1,00 50 mL 25,0 26,0 1,0 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Primeiramente, foram realizadas as medições de massa. Para a realização das medições diretas pesou-se na balança analítica o papel alumínio e tarou a balança. Logo após, foram colocados sobre o papel alumínio o pedaço de cobre, parafuso e a porca separadamente e anotou-se seus respectivos valores de massa. Em seguida foram feitas as medidas de comprimento e espessura dos materiais com o auxílio de uma régua. Ao utilizar provetas com água destilada, mergulhou-se os materiais dentro destas, anotando assim a variação do volume. A fórmula abaixo foi utilizada para encontrar a densidade de cada objeto: ensidade d = massavolume Os Quadros 5, 6 e 7 apresentam os cálculos das densidades de cada amostra. Quadro 5 - Massa, volume e densidade do pedaço de cobre Amostra: Pedaço de cobre Massa: 19,2142 g Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) Cálculo da Densidade da Amostra Resultado (densidade) 25 mL 15,00 17,00 2,00 d = 2,00 19,2142 9,60 g/ml 50 mL 25,0 27,0 2,0 d = 2,0 19,2142 9,6 g/ml Quadro 6 - Massa, volume e densidade do parafuso Amostra: Parafuso Massa: 7,4283 g Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) Cálculo da Densidade da Amostra Resultado (densidade) 25 mL 15,00 16,00 1,00 d = 1,00 7,4283 7,42 g/ml 50 mL 25,0 26,0 1,0 d = 1,0 7,4283 7,4 g/ml Quadro 7 - Massa, volume e densidade da porca Amostra: Porca Massa: 10,4462 g Imersão em proveta de: V 0 (mL) V f (mL) V da amostra (mL) Cálculo da Densidade da Amostra Resultado (densidade) 25 mL 15,00 16,00 1,00 d = 1,00 10,4462 10,4 g/ml 50 mL 25,0 26,0 1,0 d = 1,0 10,4462 10,4 g/ml Quadro 8 - Comprimento e espessura dos materiais Amostra Comprimento Espessura Largura Pedaço de cobre 2,6 cm 0,6 cm 0,7 cm Parafuso 3,4 cm 0,5 cm - Porca 1,7 cm 0,7 cm - Para mensurar as propriedades físicas da matéria como a densidade, utiliza-se valores de massa e volume. A exatidão e a precisão quando tratamos de medidas, em qualquer área de estudo, é necessário ter cautela quanto à observação, o manuseio do material de medida e quanto a exatidão e precisão dos dados para evitar possíveis alterações e erros no resultado final. Os resultados obtiveram valores satisfatórios tanto na densidade quanto nos algarismos significativos. 4 CONCLUSÃO A realização da aula prática sobre propriedades físicas da matéria proporcionou aos alunos o entendimento de cálculos de densidade e a utilização correta de algarismos significativos, para um bom resultado. Anexo A REFERÊNCIAS ATKINS, P. W; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Bookman Editora, 2009. BROWN, T. L et al. Química: A Ciência Central. 9 ed. São Paulo: Pearson Prendice Hall, 2005. KOTZ, J. C; TREICHEL, P. M; WEAVER, G. C. Química Geral e Reações Químicas Vol. 1 . Tradução da 6ª versão norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2014. ANEXO 1 - PÓS LABORATÓRIO N° Exercícios A B C D E F G H I J 1 21,09 27,43 1548,017 2 5 4 3 3 1,237 1,238 0,1235 2,1 2,01 4 0,217 0,217 0,217 5 3,71 10,7 39,9 0,0285 12,3 75,5 471,511 3,04 2,82*10 -2 11,9
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