Relatório de Leitura O Enigma da Religião

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ALICE MACHADO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE LEITURA 
(O ENIGMA DA RELIGIÃO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FOR A – MG 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto de Ciências Humanas 
Disciplina: História das Religiões 
Curso: Bacharelado em Ciências Humanas 
Prof. Edson Fernando de Almeida 
Dicente: Alice Machado Nascimento 
1° período - Diurno 
 
 
Relatório de leitura: O Enigma da Religião 
 
1. Resumo 
 
Por que o homem faz religião e onde estará a sua verdade? É difícil dizer, uma vez que, 
já dispomos de um extenso rol de explicações acerca destas questões. O que torna 
religião mais enigmática é o fato de que, apesar de não compreender as suas origens, 
o homem não consegue se desvencilhar do seu fascínio. 
Durante algum tempo tornou-se recorrente o discurso de um fim iminente da religião. 
Pois, com o progresso histórico junto a revolução científica, acreditava-se que aos 
poucos o homem se educaria para a realidade, deixando para trás as suas ilusões 
religiosas. Entretanto, quando tudo parecia anunciar os funerais de Deus e o fim da 
religião, o mundo foi invadido por uma infinidade de novos deuses e demônios, 
enchendo os espaços profanos do mundo que se proclamava secularizado. 
Assim como a obra de arte não pode ser adequadamente compreendida à parte das 
instituições criadoras e da intenção do artista, assim como a experiênca do belo não 
 
 
 
 
pode ser entendida à parte da consciência que se deixa vibrar em consonância com a 
obra de arte, também a religão não se torna transparente a menos que vejamos, por 
detrás de suas expressões objetivas, a consciência no seu momento de experiência 
religiosa. 
Mas o que caracteriza a consciência religiosa? Por mais que investiguemos a realidade, 
objetivamente, não encontramos nenhum dado sensível que corresponda aos símbolos 
que constituem a linguagem religiosa. Em resumo, a cosnciência religiosa é uma 
expressão da imaginação. A imaginação surge da insatisfação do homem com a 
realidade existente, e por isto, em todas as suas multiformas de expressões, 
encontramos sempre uma indicação daquilo que faltava na vida real. 
Enquanto o homem viver o seu ego estará cronicamente envolvido na busca incessante 
por um mundo de amor. E enquanto ele viver a própria vida lhe dirá que a busca está 
fadada ao fracasso, Porque, mais cedo ou mais tarde, a morte trará um fim aos seus 
projetos. Por isto, a religião continuará, até o fim, como expressão de amor e como 
expressão do medo. O homem viverá, para sempre, num mundo de deus e demonios, 
símbolos de suas aspirações e temores – ainda que estes mesmos simbolos se 
envergonhem de suas próprias origens e, se vistam com roupagens seculares. 
 
 
2. Tese defendida pelo autor 
 
Para Rubem Alves, a vida humana estará para sempre, repleta de deuses e demonios, 
símbolos de suas aspirações e temores, mesmo que, expressados a partir de novas 
roupagens. A sitação a seguir, foi usada pelo autor em seu livro (O enigma da religião) 
traduzindo sinteticamente o seu posicionamento crítico "Há algo de eterno na religião 
que está destinado a sobreviver a todos os símbolos particulares com que o 
pensamento religioso sucessivamente se envolveu. 
 
3. Destaques 
 
"Quanto mais rigorosa a análise do objeto mais equivocada seria, porque a essência da 
religiao não é um objeto, mas uma relação." Ou seja, a religião se dá na experiência 
entre o fiel e a sua crença. 
"Em resumo, consciência religiosa é uma expressão da imaginação." 
 
 
 
 
"Separemos a questão da existencia de Deus – que é uma questão filosófica - da 
experiência religiosa. A primeira é uma hipótese acerca de um objeto. A outra é uma 
paixão subjetiva." 
 
4. Entraves 
 
5. Questões para discussão 
 
Por que, mesmo com o avanço científico no mundo, a religião ainda se faz presente – 
mesmo que com distintas roupagens – na vida humana? 
Como podemos investigar acerca da religião uma vez que ela é entendida a partir de 
uma relação subjetiva?