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Código-de-Ética-do-S_P_Federaldemonstrativo

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Darlan Silva Ferreira 
 
 
 
 
 
 
Edição 2012 
 
Blog do Professor Darlan 
www.darlanferreira.com.br 
profdarlan@hotmail.com 
www.twitter.com/blogprofdarlan 
 
 
 
 
 
 
DARLAN SILVA FERREIRA 
Coordenador do Programa de Educação Previdenciária, Professor de Direito Administrativo, 
Constitucional e Previdenciário no Promove Concursos e Circuito Pré-Vestibular e Concursos. 
 
 
 
 
 
 
Código de Ética do Servidor 
Público Federal Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição 2011 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Sumário ........................................................................................................................................ 1 
Introdução ..................................................................................................................................... 2 
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994. ....................................................................... 3 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ...................... 4 
Comentários ................................................................................................................................. 5 
DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007............................................................... 13 
Aplicação prática do código de ética ........................................................................................... 20 
Perguntas e respostas elaboradas pela comissão de ética ......................................................... 21 
Exercícios ................................................................................................................................... 23 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal, Decreto nº 1.171/94, é 
basicamente um guia de conduta profissional, ao contrário que muitos pensam, também 
pessoais, a que os servidores públicos estão submetidos. Ele prescreve a preservação 
dos mais nobres princípios éticos e morais, esperáveis no comportamento daqueles que 
têm, como profissão, o exercício de função pública. 
Ele tem inspiração no artigo 37 “caput” da Constituição Federal de 1988. Além da 
inspiração constitucional, há também a legal, contida nas Leis 8112/90 (Regime Jurídico 
dos Servidores Públicos) e 8429/92 (Improbidade Administrativa). 
É importante salientar que o Decreto nº 1.171/94 é voltado aos servidores públicos 
federais, aos quais conceitua-se, em sentido amplo, como as pessoas físicas que 
prestam serviço ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo 
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. 
Por fim, destaca-se que o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético 
de sua conduta. Ele deve orientar seu comportamento pelos preceitos regrados no 
Código, que lhe deve servir como a um estímulo. No entanto há uma divisão das esferas 
Penal, Administrativa e Ética, portanto o descumprimento das regras deste código não 
acarreta nenhuma responsabilidade administrativa do agente público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994. 
 
 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
 
 
 0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos 
IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 
117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e n os arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de 
junho de 1992, 
 
 DECRETA: 
 
 Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Pro fissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, que com este baixa. 
 Art. 2° Os órgãos e entidades da Administra ção Pública Federal direta e indireta 
implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de 
Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. 
 Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da 
Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros 
titulares e suplentes. 
 Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Inde pendência e 106° da República. 
 
ITAMAR FRANCO 
Romildo Canhim 
 
 
 
 
 
 
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO 
PODER EXECUTIVO FEDERAL 
 
CAPÍTULO I 
SEÇÃO I 
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS 
 
 I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são 
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, 
ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, 
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos 
serviços públicos. 
 II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, 
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
 III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a 
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade 
do ato administrativo. 
 IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou 
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a 
moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e 
de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. 
 V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido 
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o 
êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
 VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na 
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-
dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
 VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do 
Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de 
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, 
imputável a quem a negar. 
 
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Tratam-se dos princípios explícitos da administração pública, que são importantes para 
todo agente público e principalmente aos servidores. 
Há também as regras dos incisos IX a XII, inspiradasnos arts. 116 e 117 da Lei 8112/90: 
 
 Art. 116. São deveres do servidor: 
 I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
 b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
 VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do cargo; (Vide Lei nº 12.527, de 2011) 
 VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio 
público; 
 VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
 XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior 
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
 
Capítulo II 
Das Proibições 
 
 
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trabalho. O código estabelece, também, algumas condutas proibidas, como o uso do 
cargo para favorecimento pessoal ou se envolver em empreendimentos de cunho 
duvidoso. 
 
 
SEÇÃO III 
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO 
 XV - E vedado ao servidor público; 
 
 a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter 
qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
 b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam; 
 c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este 
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
 d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer 
pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
 e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu mister; 
 f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de 
ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com 
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
 g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou 
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o 
mesmo fim; 
 h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
 i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; 
 j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
 l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro 
ou bem pertencente ao patrimônio público; 
 m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em 
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
 n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
 
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coincidentes permitida uma única recondução, essa última dinâmica permite uma 
coerência maior na composição da comissão, pois. 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA DO CÓDIGO DE ÉTICA 
 
A seguir colacionamos um trecho de um artigo intitulado “Comissão de Ética da 
Presidência sugere exoneração do ministro do Trabalho” disponível em 
http://noticias.uol.com.br/politica/2011/11/30/comissao-de-etica-sugere-exoneracao-do-
ministro-do-trabalho.jhtm, escrito pelo jornalista Maurício Savarese do UOL Notícias: 
 
Na primeira parte que colamos é interessante ressaltar que ao narrar à atuação da CEP, 
o autor do artigo afirma que foi dada a pena de “advertência”, o correto aqui como vimos 
não é advertência, que é pena disciplinar art. 127 da Lei 8112/90 e não cabe a 
Comissão de Ética e sim a CENSURA inciso XXII do Decreto 1171/94: 
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou 
nesta quarta-feira (30) a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos 
Lupi, por conta das acusações que envolveram sua pasta em desvio de 
recursos públicos e cobrança de propina. Foi aplicada ainda uma 
advertência ao pedetista, cuja saída depende da aprovação da presidente 
Dilma Rousseff. 
A advertência da comissão foi dada com base em reportagens publicadas 
pela imprensa, incluindo as supostas cobranças de propina feitas por 
assessores de Lupi a ONGs que mantinham convênios com a pasta e 
uma viagem que ele fez na aeronave de um empresário durante as 
eleições de 2010 (leia mais abaixo). 
Outra informação importante é que a censura foi aplicada com base em infrações ao 
Código de Ética da Alta Administração Público Federal voltado aos gestores públicos. 
Seguimos com outro trecho da mesma reportagem, intitulado “Histórico” e que traça os 
últimos acontecimentos e a atuação da CEP em cada caso. Há ainda a possibilidade de 
sugestão da exoneração de ocupante de cargos comissionados prevista no inciso I do 
§5 do art. 12 do Decreto 6029/09, como ocorreu no caso de Lupi. 
 
A Comissão de Ética Pública, vinculada ao Presidente da República, foi 
criada em 1999 e tem como missão “zelar pelo cumprimento do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal, orientar as autoridades para 
que se conduzam de acordo com suas normas e inspirar assim o respeito 
no serviço público”, de acordo com informações do site oficial. 
A comissão é integrada por sete brasileiros que “preencham os requisitos 
de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em 
 
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importante notar que além de interesses patrimoniais ou financeiros, também podem suscitar 
conflitos as ligações de amizade, parentesco ou profissionais. 
 
O que caracteriza um brinde cuja aceitação é permitida? 
 
Brinde é a lembrança distribuída a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por 
ocasião de eventos ou datas comemorativas de caráter histórico ou cultural. O brinde não pode 
ter valor superior a R$ 100,00. Além disso, sua distribuição deve ser generalizada, ou seja, não 
se destinar exclusivamente a uma determinada autoridade. Finalmente, não pode ser aceito 
brinde distribuído por uma mesma pessoa, empresa ou entidade a intervalos menores do que 
doze meses. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1 . (Anatel, Cespe - Técnico em Regulação - 2006) Com relação ao Código de Ética 
Profissional do Servidor Público, julgue os itens que se seguem em (C) CERTO ou (E) ERRADO. 
 
I. As decisões da comissão de ética, após análise de qualquer fato ou ato submetido à sua 
apreciação ou por ela levantado, devem ser resumidas no Relatório de Desconformidade e, com 
a menção explícita dos nomes dos interessados, divulgadas no próprio órgão, bem como 
remetidas às demais comissões de ética, criadas com o fito de formação da consciência ética na 
prestação de serviços públicos. 
II. A comissão de ética não pode se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do 
servidor público concursado, mas, não tendo como fazê-lo no caso do prestador de serviços 
contratado, cabe a ela, em tais circunstâncias, alegar a inexistência de previsão dessa situação 
no código. 
 
 A) C - C 
 
 B) C - E 
 
 C) E- C 
 
 D) E - E

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