Buscar

Teoria Geral e Crítica do Processo - 1° bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

��
�
Teoria Geral e Crítica do processo – Simone Daudt 
1° Bimestre 
 
1- Conceito de Teoria Geral do Processo: Para iniciar, o conceito de 
“teoria” significa um conjunto de conceitos sistematizados que permitem 
conhecer determinado domínio da realidade. 
A teoria Geral do Processo pode ser definida por um grupo de 
conceitos organizados que servem aos juristas para conhecer os 
diferentes ramos do processo. 
2- Objeto: São os conceitos gerais do direito processual. 
3- Âmbito de aplicação: No processo judicial e no extrajudicial. 
4- Crise do processo: Descaso, falta de vontade de resolver fora da justiça, 
o fato das leis e do processo não conseguirem acompanhar a evolução 
da tecnologia e da sociedade. 
5- Ações coletivas: 
a) Lei 4717/65 → ação popular: Visa defender qualquer ameaça ou 
lesão ao patrimônio público, tem legitimidade para promover a ação 
popular; 
b) Lei 6938/81 → política nacional de proteção ao meio ambiente: 
Trouxe a possibilidade de responsabilização civil dos poluidores do 
meio ambiente; 
c) Lei 7347/85 → da ação civil pública (LACP): Ampliação do objeto; 
estabeleceu que fosse cabível sempre que houvesse dano ao meio 
ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e 
paisagístico a infração da ordem econômica e ainda ao consumidor. 
Ela criou a possibilidade do MP realizar inquérito civil, que seria a 
verificação se é verdade, ou ainda se é necessário entrar com ação. 
Ampliou a legitimidade ativa para a propositura da ação; 
d) CF/88 → artigo 129, III: 
→ Estimulou as ações coletivas; 
→ Direito difuso = é aquele em que é ligado de fato um grupo de 
pessoas de número indeterminado; 
��
�
→ Direitos ou interesses coletivos, são aqueles de um grupo, 
categoria ou classe de pessoas que estão ligadas entre si por uma 
relação jurídica básica (número determinado); 
e) Lei 8078/90 – CDC: contribui para as ações coletivas trazendo 
normas processuais específicas para os processos coletivos, 
também trouxe complemento à lei 7347/85, e esta o complementa; 
6- Barreiras: 1°- Por parte dos juízes que são extremamente form alistas 
com relação à legitimidade ativa e ao objeto das ações; 
2°- Próprio governo, o qual cria leis restringindo o modo de atuação do 
processo coletivo. Exemplo: artigo 1°, parágrafo ún ico, CPC; 
7- Perspectivas: 1°- Que exista uma mudança, ou seja, alterações do 
sistema recursal brasileiro diminuindo o número de processos; 
2°- Aumentar o poder dos juízes do 1° grau. 
 
Sociedade e sistema jurídico: 
 
1- Sociedade e Direito: Não há sociedade sem direito, pois este é 
responsável em regular as condutas. 
Uma forma de controle social, pois impõe condutas a serem 
vigiadas e suas respectivas sanções. Desempenha uma função 
coordenadora na sociedade. 
2- Função do Estado: 
• Objetivo: artigo 193, CF; 
• Legislativo: criar normas de caráter genérico e abstrato, 
estabelecendo o que é lícito e/ou ilícito; 
• Executivo: compete administrar, governar e ainda podem vetar ou 
sancionar as leis; 
• Jurisdicional: compete a resolução dos conflitos através da 
aplicação das normas abstratas e genéricas ao caso concreto, 
nessa função, passam a ser específicas ou individuais ao caso 
concreto. 
3- Funções do direito: 
��
�
1°- direção de condutas (função preventiva): O dire ito tem a função de 
convencer a sociedade de que os modelos previstos pelas normas são 
os mais adequados para a harmonia da sociedade. 
 Cabe ao direito não impor as normas, é preciso que as pessoas 
sejam conduzidas pelo direito, convencidas de que isto seja útil. 
 Exerce uma função regulativa, pois descreve a conduta cuja 
observância é obrigatória a fim de evitar uma sanção; 
2°- tratamento de conflitos: Quando falha a direção de condutas nasce o 
direito assim compete ao direito solucioná-lo, isto é uma intervenção 
posterior. 
4- Modos de solução de conflitos: Os conflitos nascem da razão de uma 
pretensão insatisfeita ou de várias. 
Os conflitos atualmente são solucionados, como regra geral, 
através do poder judiciário, porque o Estado entende que esta é uma 
tarefa que o compete solucionar. 
*Evolução: 
a) Autonomia: Autoregular-se; quando as próprias partes resolvem os 
seus conflitos, sem a interferência de um terceiro. 
a.1) Autotutela: Vingança privada, justiça com as próprias mãos, ou 
seja, a parte resolve o seu conflito, utilizando todos os meios 
necessários, inexiste um juiz, e a parte mais forte impõe a decisão a 
outra parte. 
 A vingança privada não representa uma decisão justa, pois 
prevalece o interesse do mais forte e nem sempre este é que tem razão. 
 É incompatível com a paz social, sendo praticamente abolido, 
considerado crime, salvo em casos previstos em lei (artigo 345, CP). 
Exemplo: Legítima defesa pessoal ou de terceiros. 
a.2) Autocomposição: Quando as partes resolvem o conflito através do 
acordo, podendo ocorrer de três formas: 
→ Submissão: quando a parte que tem contra si uma pretensão se 
submete a vontade da outra. 
→ Desistência: Ocorre quando a parte renuncia a sua pretensão. 
→ Transação: Quando ambas as partes sedem chegando a um 
consenso. 
��
�
1°* Jurisdição: Quando os juízes atuam em substitui ção a vontade das 
partes em solução do conflito. 
 Ela só atua se é provocada, é inerte, aguardando a iniciativa das 
partes através do processo. 
2°* Processo: Instrumento através do qual os órgãos jurisdicionais 
atuam a fim de pacificar as pessoas conflitantes, eliminando o conflito e 
fazendo cumprir o preceito jurídico no caso concreto. 
b) Heteronomia: Quando há um terceiro imparcial para solucionar o 
conflito, sendo de dois modos: 
→ jurisdição de juízes estatais; 
→ arbitragem. 
5- Meios alternativos de solução de controvérsias: 
→ Conciliação: artigo 125, IV, CPC; artigo 331, CPC; lei 9099/95: 
juizado especial civil (JEC). 
Não é possível a conciliação quando se tratar de direitos 
indisponíveis, exceto no direito penal; 
→ Mediação: Quando um terceiro aproxima as partes; 
→ Arbitragem: Questões: 
1) Como se convenciona a arbitragem? Conforme o artigo 3° da lei 
9307 de 1996, as partes interessadas podem determinar algum juiz 
arbitral por convenção própria. 
2) Diferencie cláusula compromissória e compromisso arbitral: No 
compromisso arbitral as partes submetem um litígio não somente a 
arbitragem de uma pessoa como também de mais de uma ou ainda 
judicial ou extrajudicial. 
3) Quais os requisitos do compromisso arbitral? Deve conter nome, 
profissão e estado civil das partes; nome, profissão e domicílio do(s) 
árbitro(s) e a identificação ás quais as partes delegaram a indicação 
de árbitros; a matéria que será objeto da arbitragem, e, por fim, lugar 
onde será proferida a sentença arbitral. 
4) Explique se há regra específica para convenção de arbitragem 
nos contratos de adesão: Nestes tipos de contratos, para se ter 
efeitos é necessário que o adepto aceite a iniciativa de instruir a 
��
�
arbitragem, através de documento anexo ou em negrito, com 
assinatura. 
5) Quem pode utilizar a arbitragem? Pessoas capazes de exercer as 
atividades civis. 
6) Quais direitos podem ser submetidos à arbitragem? Os relativos 
a direitos patrimoniais disponíveis. 
7) Quem pode ser árbitro? Pessoas capazes de exercer as atividades 
civis que tenham a confiança das partes. 
8) Existe o impedimento ou a suspeição de um árbitro? Existem os 
dois. 
9) A sentença arbitral precisa de homologação judicial? Não, 
somente as sentenças arbitrais extra-nacionais. 
10) Quais os requisitos da sentença arbitral? Nome das partes, 
resumo do litígio, os fundamentos da decisão, estando 
expressamente se fora conforme a equidade, o dispositivo que o(s) 
árbitro(s) utilizou para a fundamentação da resolução da lide e o local 
onde foi proferida a sentença e a data desta.11) A sentença arbitral pode ser revista pelo judiciário? Em caso 
positivo, explique as citações? Somente quando a sentença 
arbitral for nula. 
12) Quais os efeitos de sentença arbitral? Os mesmos da sentença 
proferida pelo poder judiciário. 
 
Ciência Processual: 
 
1) Teoria dos planos: 
a) Plano do direito material: Inicia-se com um Direito subjetivo (incide a 
regra abstrata sobre determinado fato), após isso, pode-se ter 
pretensão material (direito alcançado ou violado), e, por fim, resulta 
numa ação material (é o agir do titular do direito subjetivo é o recurso 
para o inadimplemento da pretensão material). 
b) Plano do direito material: Tem-se o direito a tutela jurisdicional (é a 
garantia do acesso a justiça, uma vez que o Estado impediu o 
��
�
exercício do direito material), depois se tem a tutela jurídica (é o fator 
de exigibilidade do direito subjetivo, ou ainda as expectativas de 
direito), e por fim, há a ação processual (é o veículo através do qual 
ocorre a satisfação do direito material). 
2) Direito substancial e direito processual: O primeiro, também chamado de 
material, é o conjunto de normas que disciplinam as condutas sociais 
referentes a bens e utilidades da vida, são normas abstratas que trazem 
comandos que estabelecem as condutas consideradas relevantes para o 
convívio em sociedade, tais como o CC, CP, entre outras leis. Já a 
segunda, são as normas e princípios que regulamentam o processo, 
estabelecem como conduzir o processo, além de organizar e estruturar 
da função judiciária. 
3) Fase evolutiva do direito processual: 
a- Sincretismo: Nesse período o processo era considerado parte 
integrante do direito material, o direito de ação era simplesmente a 
reação do direito material a uma violação. 
b- Autonomista/Conceitual: Buscava-se responder a seguinte pergunta: 
Sempre que o Estado é acionado por intermédio do processo está 
presente o direito material?”. A maioria entendeu que nem sempre o 
direito material esta presente, surgiu a teoria dualista e com ela 
separação entre direito material e processual. 
c- Instrumentalista: Fase atual onde se analisa o processo pela ótica do 
resultado, sendo ele um importante instrumento a serviço da 
sociedade, e em razão disso, deve ser realizado de maneira a 
responder os anseios da sociedade. 
4) Enquadramento do Direito Processual: Enquadra-se no ramo público. 
5) Divisão do Direito Processual: Processo civil, penal e do trabalho (fins 
didáticos). 
6) Conteúdo do Direito Processual: 
1°- Normas de organização, que estabelece a estrutu ra organizacional 
da função judiciária, como o regimento interno do STF, dos tribunais, e 
normas de competência, as quais dispõem sobre a competência 
territorial em razão da matéria e da funcionalidade dos julgadores. 
��
�
2°- Normas de processo: aquelas que disciplinam o p rocesso e a 
situação jurídica dos envolvidos no processo. 
 
O Direito processual sob a perspectiva constitucional: 
 
1) Processo e constituição: 
a) Estrutura dos órgãos jurisdicionais: A fim de garantir a justiça e a 
efetividade do processo. 
b) Princípios processuais: Os princípios informadores do processo são 
trazidos pela constituição, os quais são influenciados por movimentos 
históricos, sociais, políticos, que servem como instrumento ético e 
técnico para a efetividade da justiça. 
2) Direito processual constitucional: Conjunto de normas que traçam o 
perfil constitucional da jurisdição que tem relação direta com o direito 
processual. 
a) Princípio de organização judiciária: 
a.1) Princípio da desconcentração: Diz respeito a divisão entre as 
funções do poder judiciário; 
a.2) Princípio da territorialidade: Os órgãos que compõe o poder 
judiciário estão em todo o território nacional, cada um com uma 
circunscrição, ou seja, cada um julga em sua comarca; 
a.3) Princípio da adequação: Diz respeito a matéria do litígio para 
determinar qual órgão do poder judiciário tem competência para 
conduzir e julgar os processos; 
a.4) Princípio do duplo grau: Garante um novo exame da matéria 
(direito a recurso). 
 Críticas a este princípio: 
 *1°- Retira o poder dos juízes de 1° grau; 
 *2°- Protela o feito contribuindo para a morosidad e do processo; 
b) Tutela constitucional do processo: A constituição preocupa-se em 
regular o direito de ação, defesa e as garantias constitucionais; 
b.1) Acesso a justiça: Artigo 5°, XXXIV, CF; 
b.2) Garantia do devido processo legal: Artigo 5°, LIV, CF. 
	�
�
 Deste decorrem outros princípios como o juiz natural, o 
contraditório, ampla defesa, igualdade processual, dever de 
fundamentação das decisões, liberdade provisória, direito de 
permanecer calado, da inocência, entre outros; 
c) Jurisdição constitucional: Refere-se pelo controle de 
constitucionalidade exercido pelo poder judiciário e as ações 
constitucionais; 
c.1) Controle de constitucionalidade: 
*1°- Preventivo: Artigo 103, CF. O legislativo cria, enquanto o 
executivo aprova; 
*2°- Repressivo: Realizado pelo poder judiciário, sendo duas formas: 
 A) Difuso: Feito por qualquer juiz, sendo que a sentença gera 
efeitos somente entre as partes envolvidas; 
 B) Concentrado: é aquele em relação a Constituição realizado 
pelo STF, pelas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ou Ação 
Declaratória de Constitucionalidade. Estas sentenças possuem 
efeitos vinculantes. 
c.2) Remédios constitucionais: São ações constitucionais. 
→ Habeas Corpus – Artigo 5°, LVXIII, CF; 
→ Mandado de Segurança – Artigo 5°, LXIX, CF; 
→ Mandado de Injunção – Artigo 5°, LXXI, CF; 
→ Ação Popular – Artigo 5°, LXXIII, CF; 
→ Ação Civil Pública – Artigo 129, III, CF; 
→ Habeas Data – Artigo 5°, LXXII, CF. 
 
Princípios Informativos: 
 
São aqueles que norteiam todos os outros princípios, são normas ideais e 
orientadoras. 
 
a) Lógico: O processo segue uma sequência coordenada em lógica de 
fatos, sendo esta predeterminada; 
�
�
b) Econômico: Estabelece a economia de custos e tempo bem como a de 
atos de eficiência. Esta prevista no artigo 154 do CPC; 
c) Político: É a participação do cidadão através do processo para 
realização dos direito individuais e sociais; 
d) Jurídico: Entendido como o princípio da igualdade, da isonomia. Este 
pressupõe que todos os indivíduos estão numa situação real, fática e 
concreta de igualdade; 
e) Instrumental: Garante o pleno acesso ao poder judiciário, buscando a 
satisfação efetiva do direito material violado; 
f) Efetivo ou Efetividade: Estabelece a supremacia do interesse público e 
social no processo, busca-se uma justiça social. Como exemplos têm-se 
a proteção ao meio ambiente, a função social da propriedade. 
 
Princípios da Jurisdição e Juiz: 
 
a) Juiz natural: Estabelece que ninguém será sentenciado ou condenado 
se não pela autoridade competente, além de não ser criado juízo ou 
tribunal de exceção; 
b) Inércia da jurisdição: A jurisdição só atua se for provocada ela é inerte 
aguardando a iniciativa da parte, porém ela não é inócua, pois uma 
provocada cabe ao juiz movimentar-la. Esta prevista no artigo 262 do 
CPC; 
Observações: 
 Algumas exceções: - Artigo 989 do CPC; 
 - Artigo 1129 do CPC; 
 - Na justiça do trabalho as execuções iniciam de ofício; 
 - Artigo 654, § 2° do CPP; 
 Em matéria civil só a parte ou interessado pode provocar a jurisdição 
(artigo 2°, CPC), enquanto que em matéria penal, é outorgada, como regra 
geral, ao MP o direito de provocar a jurisdição, o ofendido fica duplamente 
impedido de agir; 
c) Independência: A jurisdição não pode sofrer interferências de fatores 
externos nem mesmo de órgãos superiores do poder judiciário, o juiz 
���
�
tem que ser livre para formar o seu convencimento, e para isso, é 
garantido na constituição vários direitos ao mesmo; 
d) Imparcialidade:O juiz não pode ter interesses pessoais em relação às 
partes em litígio, nem tirar proveito da ação (artigos 134 e 135 do CPC); 
e) Inafastabilidade do poder judiciário: Não pode ser criado qualquer 
obstáculo para a apreciação pelo poder judiciário de lesão ou ameaça a 
direito (artigo 5°, XXXV, CF). 
A crítica a este princípio é a onipresença do poder judiciário em todas 
as situações da vida em sociedade. 
f) Gratuidade judiciária: Garante a justiça gratuita tanto na isenção do 
pagamento de custos quanto no patrocínio por advogado gratuito; 
g) Investidura: Só pode julgar processo judicial a pessoa que for 
regularmente investida no cargo de juiz, pois isto é uma atividade 
inerente a um dos poderes do Estado; 
h) Aderência ao território: Cada juiz só exerce a sua jurisdição no limites 
territoriais fixados em lei. 
Exceção: Quando um imóvel se achar em mais de um estado ou 
comarca, prorroga-se a competência tornando-se prevento o juiz que 
primeiro receber o processo (artigo 107, CPC); 
i) Indelegabilidade: É vedado ao juiz delegar funções, a Constituição 
estabelece as atribuições do poder judiciário, logo, não pode a lei nem 
qualquer um de seus membros alterarem esta distribuição. 
Exceção: Cartas Precatória (âmbito nacional), Rogatória (âmbito extra 
nacional) e de ordem (quando os juízes pedem aos juízes menores que 
se façam diligencias); 
j) Indeclinabilidade: O juiz não pode deixar de julgar alegando lacuna ou 
omissão da lei, a jurisdição é poder/dever (artigo 4° da LICC); 
k) Inevitabilidade: A jurisdição se impõe por poder próprio, uma vez 
provocada terna-se inevitável; 
l) Independência da jurisdição civil e penal: Significa que um mesmo fato 
pode ser objeto de um julgamento tanto na esfera civil quanto na esfera 
criminal. Sem incidência plena, pois o juiz do processo civil pode 
suspender o andamento do processo até que se pronuncie a justiça 
criminal (artigo 110, CPC); 
���
�
m) Perpetuação da jurisdição: Em se tratando de competência relativa, uma 
vez fixada não será alterada (quando mais de um juiz tem competência 
para julgar, o primeiro é quem julgará); 
n) Recursividade: Garante o reexame da matéria podendo ser realizado 
pelo mesmo juiz; como exemplo tem os embargos de declaração 
(recurso ao mesmo juiz por haver em sua decisão omissão, obscuridade 
e/ou contrariedade). 
 
Princípios da Ação e Defesa: 
 
a) Acesso a justiça: Vem garantido na Constituição, não se afastando do 
poder judiciário nenhuma lesão ou ameaça de lesão a um direito, e para 
que o acesso seja viável é preciso observar alguns requisitos: 
1°- Representação legal daqueles com insuficiência de recurso; 
2°- Proteção aos interesses difusos valorizando-se ações coletivas; 
3°- Simplificação de atos e procedimentos de forma a ternar mais célere 
a prestação da tutela jurisdicional; 
*4°- Orientação dos direitos existentes; 
b) Demanda: É do cidadão e não do juiz a iniciativa de movimentar a 
jurisdição, cabe a parte ou interessado acionar o poder judiciário, 
enquanto o princípio da inércia é visto pelo lado passivo, a jurisdição 
aguarda a iniciativa da parte; 
c) Autonomia da ação: O direito de provocar o poder judiciário não está 
submetido a qualquer condição, pois a ação é autônoma em relação ao 
direito material postulado; 
d) Do dispositivo: As partes têm plena liberdade de limitar a ação do juiz 
aos fatos e pedidos que entenderem necessários para a composição do 
litígio não existindo margem para a curiosidade do juiz, porém as partes 
não podem limitar o juiz quanto ao valor das provas (artigo 128, CPC). O 
juiz é livre para determinar a realização de todas as provas que entender 
adequadas para a solução do litígio ainda que não requeridas pelas 
partes (artigo 130,CPC); 
���
�
e) Ampla defesa: A parte tem o direito de alegar e provar o que alega tendo 
também o direito de não se defender (artigo 5°, LV, CF); 
f) Defesa global: Compete ao réu alegar em defesa toda a matéria que 
tiver, mesmo que as razões sejam incompatíveis com as outras. 
g) Da eventualidade: As partes têm a obrigação de produzir de uma só vez 
todas as alegações e requerimentos nas fazes processuais 
correspondentes, ainda que incompatíveis umas com as outras, sendo 
inobservado este princípio acarreta na preclusão (perda do direito em 
razão de não o requerer no tempo adequado). 
Cabe ao autor alegar todos os fatos e demonstrar seu direito na 
petição inicial, e para o réu cabe impugnar os fatos modificativos 
extintivos ou constitutivos da pretensão do autor; 
h) Estabilidade objetiva da demanda: O autor não poderá alterar o pedido 
ou a causa de pedir após a citação, exceto com a concordância do réu; 
i) Estabilidade subjetiva da demanda: Feita a citação, estabiliza-se os 
sujeitos que formam a relação processual, não sendo possível alterá-los, 
salvo nos casos previstos em lei, assim como se da o falecimento de 
uma das partes, logo será substituído por seu espólio ou herdeiros; 
j) Inocência: Previsto no artigo 5°, LVII, da constituição. 
 
Princípios do Processo e Procedimento: 
 
a) Devido processo legal: Ninguém será privado de sua liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal. 
b) Impulso oficial: Cabe ao juiz impulsionar o processo, realizando todos os 
atos para finalizá-lo; 
c) Boa-fé: Diz respeito à conduta ética a ser observado pelas partes. 
Exemplos: - Pena de litigância de má-fé (pena pecuniária que o juiz 
impõe para a parte que interpor recurso manifestamente protelatório); 
- Quando a parte alterar a verdade dos fatos 
- Deduzir pretensão ou defesa contra texto de lei ou fato incontroverso; 
- Quando a parte opuser injustificada ao andamento do processo; 
���
�
d) Contraditório: Estabelece a estrutura dialética do processo, por este 
princípio há a garantia da outra parte manifestar-se a respeito de todos 
os fatos, documentos e provas produzidas no processo. Exigi-se o 
contraditório para o réu que não se defenda. 
e) Representação por advogado: O advogado é indispensável à 
administração da justiça, como regra geral, só ele tem capacidade 
postulatória. 
Alguns casos em que não se precisa de advogado: Habeas 
Corpus, juizados criminais civis (até 20 salários mínimos); 
f) Publicidade: Todos os julgados dos órgãos do poder judiciário são 
públicos, podendo a lei limitar a presença, as partes e aos advogados ou 
somente a estes quando a defesa da intimidade ou do interesse social 
exigir; 
g) Finalidade: Se o ato atingir a sua finalidade e não prejudicar a parte 
ainda que praticado de maneira diversa da prevista em lei, ele não será 
nulo; 
h) Causalidade: Anulado um ato, reputam-se todos os subsequentes que 
dele dependerem; 
i) Licitude das provas: Todas as provas obtidas por meio lícito são hábeis 
para o processo; 
j) Livre admissibilidade das provas: Qualquer meio lícito pode ser utilizado 
para provar os fatos deduzidos em juízo; 
k) Ônus da prova: Estabelece quem tem o dever de produzir a prova, como 
regra geral, cabe ao autor comprovar os fatos constitutivos do seu direito 
e ao réu os fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do 
autor. A regra geral excetuada nos casos em que há inversão do ônus 
da prova e nas relações das provas; 
l) Comunhão das provas: As provas pertencem ao juízo independente de 
quem as realizou; 
m) Concentração: Os atos processuais devem ser realizados o mais 
próximo possível um dos outros, para evitar que importantes elementos 
sejam perdidos; 
n) Adstrição do juiz ao pedido: É defeso ao juiz proferir sentença além do 
pedido, fora, ou ainda, menor do que foi requerido (artigo 460, CPC); 
���
�
o) Identidade física do juiz: O juiz que colher a prova é quem deve julgar, 
salvo nas situações previstas em lei, tais como: estar o juiz em licença, 
for promovido, removido, aposentado (artigo132, CPC); 
p) Prejuízo: Não há nulidade sem prejuízo, ou seja, só será decretada a 
nulidade se causar prejuízo, salvo quando a nulidade for causada pela 
própria parte prejudicada, nesses casos o juiz não decretará a nulidade 
de ofício; 
q) Livre convencimento: As provas não possuem um valor fixo, sendo que 
o juiz é livre para apreciá-las (artigo 131, CPC); 
r) Motivação: O juiz deverá indicar na decisão os motivos que formaram o 
seu convencimento, ele deve expressar um motivo valorativo; 
s) Imutabilidade da sentença: Publicada a sentença, o juiz só poderá 
alterá-la para corrigir erro material (erro de digitação), de calculo ou 
através de embargos de declaração (ter omissão, obscuridade e/ou 
contrariedade); 
t) Duplo grau de jurisdição: Garante o reexame da matéria por um grau de 
hierarquia superior, como regra geral é voluntária. Exceções: sempre 
que uma sentença for proferida contra: 
- União; 
- Estados; 
- Autarquias estatais; 
- Quando julgar procedente os embargos contra a fazenda pública; 
u) Verdade real e a formal: A primeira busca a verdade absoluta, sendo 
utilizada no processo penal, pois o objetivo é descobrir a verdade a fim 
de punir os que são efetivamente culpados; como exemplo tem-se a 
exposição dos motivos no CPP. Já na segunda, o processo contenta-se 
com a aparência de verdade quando impossível, difícil ou inconveniente 
de alcançar a verdade absoluta, no processo civil não se exige certeza, 
o juiz decidirá ainda que tenha dúvidas sobre a ocorrência ou não de 
determinada hipótese; como exemplos têm-se a confissão do réu e a 
revelia (presumir verdadeiro os fatos alegados pelo autor); 
v) Persuasão racional: O juiz é livre para formar o seu convencimento 
devendo atender aos fatos e as circunstancias constantes nos autos, 
assim como motivar o seu convencimento. 
���
�
No tribunal do júri existe o sistema da íntima convicção, pois não 
importa a razão ou por emoção que haja levado o jurado pelo sim ou 
pelo não. 
 
Fontes: 
 
 É dividida em fontes reais, sendo as causas, motivos, fatores 
econômicos, políticos e sociais pelo qual as leis foram criadas, respondem ao 
porque da norma, e em fontes formais, que consistem na maneira através da 
qual as regras se manifestam, ou seja, leis em sentido amplo, tais como a 
Constituição Federal, Leis complementares (lei orgânica da magistratura) e 
Ordinárias (CPC, CC, CPP, CP, entre outras), regimes internos dos tribunais, 
tratados, súmulas (tanto as vinculantes quanto as “comuns”), Constituições 
estatais e as fontes subsidiárias (princípios gerais, costumes e analogia). 
 
Interpretação: 
 
1) Conceito: Atribuir um sentido a um conceito é aprender um conteúdo 
que está ligado a uma forma; 
2) Métodos: 
2.1) Quanto aos elementos: 
a) Gramatical: Busca o sentido literal do texto procurando determinar o 
significado linguístico da lei; 
b) Lógico: Busca-se reconstituir o pensamento e a vontade do legislador; 
c) Sistemática: Utiliza todo o ordenamento jurídico aplicando as 
legislações pertinentes ao caso concreto; 
2.2) Quanto aos resultados: 
a) Restritiva: Usa o sentido literal do texto; 
b) Extensiva: Estabelece um sentido mais amplo ao texto; 
2.3) Quanto aos sujeitos: 
a) Legislativa: É aquela autêntica, pois realizada pelo legislador, vale 
como norma geral; 
���
�
b) Judicial: É aquela realizada pelos juízes no caso concreto, a partir das 
circunstancias dos autos, vale como norma individual entre as partes 
envolvidas; 
c) Doutrinária: Interpretação dos juristas; 
2.4) Teleológica: Prevista na Constituição, no artigo 3°, estabelece ndo 
os objetivos a serem alcançados através do direito, ela procura articular o 
direito com a finalidade a que a norma se destina, busca a função social do 
direito na sociedade.

Outros materiais