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Direito Processual Civil 2

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Direito Processual Civil 2 
 
 1
PROCESSO DE EXECUÇÃO ...................................................................................... 7 
Generalidades.......................................................................................................... 7 
Formas de execução................................................................................................ 7 
Classificação da Execução ...................................................................................... 8 
Liquidação da sentença ........................................................................................... 8 
Formas de liquidação .......................................................................................... 8 
Instauração do processo de execução ..................................................................... 9 
Execução de obrigação alternativa .......................................................................... 9 
Execução para que se entregue coisa certa ............................................................ 9 
Linhas gerais do procedimento ............................................................................ 9 
Casos especiais ................................................................................................ 10 
Entrega de coisa incerta ........................................................................................ 10 
Procedimento .................................................................................................... 10 
Execução da obrigação de fazer ou não fazer ....................................................... 11 
Generalidades ................................................................................................... 11 
Princípios comuns ............................................................................................. 11 
Execução das obrigações com prestações fungíveis......................................... 12 
Realizada o prestação obra ou serviço ......................................................... 12 
Execução das obrigações com prestações infungíveis ...................................... 12 
Execução das obrigações de omitir declaração de vontade .............................. 12 
Execução das obrigações de não fazer ............................................................. 13 
Procedimento ................................................................................................ 13 
Meios de coerção .......................................................................................... 13 
Execução por quantia certa contra devedor solvente ............................................. 13 
Procedimento .................................................................................................... 14 
Execução por quantia certa contra devedor insolvente .......................................... 14 
Declaração de insolvência ................................................................................. 14 
Da insolvência requerida pelo credor................................................................. 15 
Insolvência requerida pelo devedor e seu espólio ............................................. 15 
A sentença e seus efeitos.................................................................................. 16 
Execução universal ........................................................................................... 16 
Verificação e classificação dos créditos ............................................................. 17 
Pagamento dos credores................................................................................... 17 
Situação dos credores retardatários .................................................................. 18 
Extinção das obrigações.................................................................................... 18 
Procedimento ................................................................................................ 18 
Sentença e seus efeitos .................................................................................... 19 
Execução contra a fazenda pública ........................................................................ 19 
Procedimento .................................................................................................... 19 
Execução fiscal ...................................................................................................... 19 
Execução de prestação alimentícia ....................................................................... 20 
Penhora ................................................................................................................. 21 
Efeitos da penhora ............................................................................................ 22 
Modificação da penhora .................................................................................... 22 
Destino dos bens penhorados ........................................................................... 23 
Expropriação ..................................................................................................... 23 
Avaliação ........................................................................................................... 23 
Arrematação ...................................................................................................... 24 
Pagamento ao credor............................................................................................. 26 
Entrega do dinheiro ........................................................................................... 26 
Adjudicação ....................................................................................................... 27 
Usufruto de imóvel ou empresa ......................................................................... 28 
Pressupostos da constituição do usufruto ..................................................... 28 
A constituição de usufruto produz os seguintes efeitos ................................. 28 
Remição de bens ................................................................................................... 29 
Pressupostos..................................................................................................... 29 
Legitimação para remir ...................................................................................... 29 
Procedimento e efeitos ...................................................................................... 30 
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Direito Processual Civil 2 
 
 2
Efeitos ........................................................................................................... 30 
EMBARGOS DO DEVEDOR ...................................................................................... 30 
Conceito e natureza ............................................................................................... 30 
Juízo competente ................................................................................................... 31 
Espécies de embargos ........................................................................................... 31 
Fundamentos dos embargos .................................................................................. 31 
Enumeração das hipóteses de cabimento de embargos à execução .................... 31 
Fase postulatória ................................................................................................... 32 
Caso de improcedência dos embargos .................................................................. 33 
Caso de procedência dos embargos ...................................................................... 33 
PROCESSO CAUTELAR. .......................................................................................... 33 
Introdução ..............................................................................................................33 
Processo principal e processo cautelar .................................................................. 33 
A ação cautelar ...................................................................................................... 34 
Medidas cautelares ................................................................................................ 34 
Peculiaridades da atividade cautelar. instrumentalidade ........................................ 34 
Provisoriedade ....................................................................................................... 34 
Revogabilidade ...................................................................................................... 35 
Autonomia .............................................................................................................. 35 
Classificação das medidas cautelares ................................................................... 35 
Medidas cautelares contenciosas e não-contenciosas ........................................... 36 
Requisitos específicos da tutela jurisdicional cautelar ........................................... 36 
Fumus boni iuris ................................................................................................ 36 
Periculum in mora.............................................................................................. 36 
Oportunidade da providência cautelar - CPC. Art. 796 ........................................... 37 
Tutela cautelar "ex officio" ...................................................................................... 37 
Poder geral de cautela ........................................................................................... 37 
Medidas típicas e medidas atípicas ................................................................... 37 
Poder discricionário na tutela cautelar genérica ................................................ 37 
A discricionariedade do poder geral de cautela e a escolha da medida atípica . 38 
Elementos subjetivos do processo cautelar ........................................................... 38 
Legitimidade ...................................................................................................... 38 
Competência. - CPC. Art. 800. .......................................................................... 38 
Competência e prevenção do juízo ................................................................... 38 
Competência cautelar em grau recursal ............................................................ 39 
Intervenção de terceiros .................................................................................... 39 
Elementos objetivos do processo cautelar ............................................................. 39 
Objetos da tutela cautelar .................................................................................. 39 
Instrução do processo cautelar .......................................................................... 39 
O procedimento da ação cautelar .......................................................................... 40 
Petição inicial da ação cautelar .............................................................................. 40 
Resposta do requerido e audiência de instrução e julgamento ............................. 42 
Efeitos processuais ........................................................................................... 42 
Audiência de instrução e julgamento ...................................................................... 42 
Medida liminar e contracautela .............................................................................. 42 
Contracautela .................................................................................................... 43 
Sentença cautelar .................................................................................................. 43 
Limites da sentença........................................................................................... 44 
Fundamentação ................................................................................................ 44 
Sucumbência e honorários advocatícios ........................................................... 44 
Execução das medidas cautelares ......................................................................... 44 
Eficácia da medida cautelar no tempo ................................................................... 45 
Extinção da medida cautelar .................................................................................. 46 
Formas de extinção da medida cautelar ............................................................ 46 
Modificação e revogação da medida cautelar - CPC. Art. 807 ............................... 46 
Recursos no processo cautelar - remédios recursais ............................................. 47 
Apelação ........................................................................................................... 47 
Agravo ............................................................................................................... 47 
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Direito Processual Civil 2 
 
 3
Reparação do dano causado pela medida cautelar - CPC. Art. 811 ....................... 47 
Arresto ................................................................................................................... 48 
Conceito ............................................................................................................ 48 
Arresto e seqüestro ........................................................................................... 48 
Pressupostos para concessão do arresto - CPC. Art. 814. ................................ 48 
Prova de dívida líquida e certa .......................................................................... 48 
Fundado receio de dano .................................................................................... 48 
Comprovação dos pressupostos do arresto....................................................... 48 
Bens arrestáveis - CPC. Art. 821 ....................................................................... 49 
Legitimação para a ação de arresto .................................................................. 49 
CompetênciA - CPC. Art. 800 ............................................................................ 49 
Procedimento .................................................................................................... 49 
Execução do arresto .......................................................................................... 49 
Efeitos do arresto .............................................................................................. 50 
Extinção do arresto - CPC. Art. 820 ................................................................... 50 
Seqüestro .............................................................................................................. 50 
Conceito ............................................................................................................ 50 
Procedimento .................................................................................................... 50 
Cabimento do seqüestro.................................................................................... 51 
Objeto do seqüestro .......................................................................................... 51 
Requisitos de admissibilidade do seqüestro ...................................................... 51 
Execução e efeitos do seqüestro ....................................................................... 52 
Caução .................................................................................................................. 52 
Conceito ............................................................................................................52 
Classificação ..................................................................................................... 52 
A ação de caução .............................................................................................. 52 
Objeto da caução - CPC. Art. 826 e 827. .......................................................... 53 
Legitimação e competência - CPC. Art. 828 ..................................................... 53 
Procedimento .................................................................................................... 53 
Cauções tipicamente cautelares ........................................................................ 54 
Execução da sentença ...................................................................................... 54 
Caução às custas - CPC.Art. 835 e 836 ............................................................ 54 
Reforço da caução ocorrer desfalque da caução ............................................... 54 
Busca e apreensão ................................................................................................ 54 
Conceito ............................................................................................................ 54 
Classificação ..................................................................................................... 54 
Pressupostos..................................................................................................... 55 
Objeto - CPC.Art. 839 ....................................................................................... 55 
Competência ..................................................................................................... 55 
Procedimento .................................................................................................... 55 
Busca e apreensão em matéria de direitos autorais .......................................... 55 
Exibição ................................................................................................................. 56 
Ação de exibição -CPC. Art. 844 ....................................................................... 56 
Classificação ..................................................................................................... 56 
Exibição incidental ............................................................................................. 56 
Ação cautelar exibitória ..................................................................................... 56 
Exibição de coisas móveis - CPC. Art. 844 ....................................................... 57 
Exibição de documentos.................................................................................... 57 
Exibição de escrituração e documentação comercial ........................................ 57 
Procedimento da ação exibitória contra parte - CPC. Art. 845 .......................... 57 
Procedimento da ação exibitória contra terceiro ................................................ 57 
Eficácia da exibição ........................................................................................... 58 
Prevenção de competência ............................................................................... 58 
Ação exibitória e medida liminar ........................................................................ 58 
Produção antecipada de provas ............................................................................. 58 
Antecipação de prova ........................................................................................ 58 
Ação cautelar antecipatória ............................................................................... 58 
Cabimento ......................................................................................................... 58 
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 4
Oportunidade..................................................................................................... 59 
Objeto da antecipação de prova ........................................................................ 59 
Competência ..................................................................................................... 59 
Procedimento .................................................................................................... 59 
Sentença ........................................................................................................... 59 
Valoração da prova antecipada ......................................................................... 59 
Eficácia .............................................................................................................. 59 
Medida "inaudita altera parte" ............................................................................ 59 
Despesas processuais ...................................................................................... 60 
Destino dos autos - CPC.Art. 851 ...................................................................... 60 
Alimentos provisionais ........................................................................................... 60 
Alimentos .......................................................................................................... 60 
Alimentos provisionais ....................................................................................... 60 
Cabimento e oportunidade - CPC.Art. 852 ....................................................... 60 
Legitimação ....................................................................................................... 60 
Competência ..................................................................................................... 61 
Procedimento .................................................................................................... 61 
Conteúdo dos alimentos provisionais - CPC. Art. 852. ..................................... 61 
Duração da prestação provisional de alimentos ................................................ 61 
Execução .......................................................................................................... 61 
Arrolamento de bens - CPC.Art. 855 .................................................................... 62 
Conceito ............................................................................................................ 62 
Pressupostos..................................................................................................... 62 
Objetivo da medida............................................................................................ 62 
Legitimação ....................................................................................................... 62 
Procedimento - CPC. Art. 857 ........................................................................... 62 
O contraditório ................................................................................................... 63 
Sentença ........................................................................................................... 63 
Eficácia .............................................................................................................. 63 
JUSTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 63 
Conceito ............................................................................................................ 63 
Natureza jurídica ............................................................................................... 63 
Objetivo - CPC. Art. 863 ................................................................................... 63 
Competência ..................................................................................................... 63 
Procedimento ....................................................................................................64 
Julgamento da justificação - CPC.Art. 866........................................................ 64 
Protestos, notificações e interpelações .................................................................. 64 
Conceito ............................................................................................................ 64 
Protesto - CPC. Art. 867. .................................................................................. 64 
Notificação ........................................................................................................ 64 
Interpelação....................................................................................................... 64 
Indeferimento do pedido - CPC. Art. 868 e 869. ................................................ 65 
Contraprotesto - CPC - Art. 871........................................................................ 65 
Procedimento - CPC. Art. 873, 868, 869, ........................................................... 65 
Encerramento do feito e destino dos autos - CPC. Art. 872. ............................. 65 
Homologação do penhor legal ............................................................................... 65 
Penhor legal: efetivação e homologação ........................................................... 65 
Natureza jurídica da medida processual – CPC. Art. 874. ................................. 66 
Procedimento - CPC. Art. 874. ......................................................................... 66 
Sentença ........................................................................................................... 66 
Execução .......................................................................................................... 66 
Posse em nome do nascituro ................................................................................. 67 
Conceito - CPC. Art. 877 .................................................................................. 67 
Natureza da ação .............................................................................................. 67 
Legitimação ....................................................................................................... 67 
Procedimento. ................................................................................................... 67 
Sentença ........................................................................................................... 68 
Efeitos ............................................................................................................... 68 
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 5
Atentado ................................................................................................................ 68 
Conceito ............................................................................................................ 68 
O atentado no código de processo civil - CPC.Art. 879 .................................... 68 
Cabimento ......................................................................................................... 68 
Pressupostos do atentado - CPC. Art. 879 ....................................................... 68 
Legitimidade ...................................................................................................... 69 
Competência - CPC. Art. 880 ........................................................................... 69 
Procedimento .................................................................................................... 69 
Sentença - CPC. Art. 881 ................................................................................. 70 
Execução da sentença e suspensão do processo ............................................. 70 
Perdas e danos ................................................................................................. 70 
Protesto e apreensão de títulos ............................................................................. 70 
Protesto cambiário............................................................................................. 70 
Procedimento .................................................................................................... 71 
Registro do protesto .......................................................................................... 71 
Dúvidas do oficial - CPC. Art. 884 ..................................................................... 71 
Apreensão do título e prisão do devedor ........................................................... 71 
Outras medidas provisionais .................................................................................. 71 
Procedimento .................................................................................................... 71 
AÇÕES POSSESSÓRIAS .......................................................................................... 72 
A posse e seus efeitos ........................................................................................... 72 
A razão da tutela possessória ................................................................................ 72 
O aspecto temporal da posse (fato duradouro e não transitório). ........................... 73 
Requisitos da tutela possessória ............................................................................ 73 
Os interditos possessórios de manutenção, reintegração e proibição. ................... 74 
As ações possessórias ...................................................................................... 74 
Competência ..................................................................................................... 74 
Legitimação ativa .............................................................................................. 74 
Legitimação passiva .......................................................................................... 75 
Petição inicial .................................................................................................... 75 
Procedimento: as ações de força nova e força velha ......................................... 75 
Medida liminar ................................................................................................... 75 
Posse de coisas e posse de direitos ...................................................................... 76 
O petitório e o possessório..................................................................................... 76 
A exceção de propriedade no juízo possessório .................................................... 76 
Natureza dúplice das ações possessórias - CPC.Art. 922..................................... 77 
Natureza real das ações possessórias ................................................................... 77 
Natureza executiva do procedimento interdital ....................................................... 77 
Cumulação de pedidos .......................................................................................... 78 
Interdito proibitório CPC. Art. 932.......................................................................... 79 
Alguns incidentes registráveis nos interditos .................................................... 79 
Embargos de terceiro .................................................................................... 79 
Medida liminar e mandado de segurança ...................................................... 79 
Embargos de retenção .................................................................................. 79 
Nomeação à autoria e denunciação da lide .................................................. 80 
Ação de nunciação de obra nova ........................................................................... 80 
Generalidades ................................................................................................... 80 
Conceitode obra nova ...................................................................................... 81 
Competência ..................................................................................................... 81 
Legitimação ativa - CPC. Art. 934 ..................................................................... 81 
Legitimação passiva .......................................................................................... 81 
Participação do cônjuge .................................................................................... 81 
Embargo extrajudicial - CPC. Art. 935 ............................................................... 82 
Cumulação de pedidos - CPC. Art. 936. ........................................................... 82 
Embargo liminar - CPC. Art. 937. ...................................................................... 82 
Prosseguimento da obra - CPC. Art. 940 ........................................................... 82 
Especialização do rito da nunciação de obra nova ............................................ 82 
Sentença e execução ........................................................................................ 83 
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 6
Ação de usucapião de terras particulares .............................................................. 83 
Noção de usucapião .......................................................................................... 83 
Espécies de usucapião ...................................................................................... 83 
Requisitos gerais do usucapião ......................................................................... 83 
Requisitos do usucapião ordinário ..................................................................... 84 
Requisitos do usucapião extraordinário ............................................................. 85 
Requisitos do usucapião especial ...................................................................... 85 
Legitimação ativa - CPC. Art. 941 ...................................................................... 86 
Legitimação passiva - CPC. Art. 942 ................................................................. 86 
Competência ..................................................................................................... 87 
Conexão e litispendência................................................................................... 87 
Procedimento .................................................................................................... 87 
Petição inicial .................................................................................................... 87 
Contestação ...................................................................................................... 88 
Revelia .............................................................................................................. 88 
Pendência de possessória - CPC. Art. 923. ...................................................... 88 
Ministério público - CPC. Art. 944 ...................................................................... 88 
Instrução e julgamento ...................................................................................... 89 
Sentença ........................................................................................................... 89 
Coisa julgada..................................................................................................... 89 
Registro de imóveis - CPC. Art. 945. ................................................................ 90 
Usucapião como matéria de defesa .................................................................. 90 
Ação de divisão e demarcação de terras particulares ............................................ 90 
Objetivo do procedimento demarcatório e divisório - CPC. Art. 946................... 90 
Caráter unitário do procedimento ...................................................................... 90 
Procedimento - CPC. Art. 955 e 956................................................................. 91 
Citação única - CPC. Art. 953 e 968. ................................................................ 91 
Natureza da ação .............................................................................................. 91 
Competência ..................................................................................................... 91 
Competência em caso de ações propostas separadamente .............................. 92 
Ação de demarcação ............................................................................................. 92 
Legitimação ativa para o procedimento demarcatório - CPC. Art. 946 .............. 92 
Legitimação passiva para a demarcação ........................................................... 92 
Cumulação de demarcatória e reivindicatória .................................................... 92 
Demarcatória cumulada com queixa de esbulho - CPC. Art. 951 ...................... 93 
Roteiro geral do procedimento demarcatório ..................................................... 93 
Ação de divisão...................................................................................................... 95 
Legitimação ativa para o procedimento divisório ............................................... 95 
Legitimação passiva para a divisão ................................................................... 95 
Litisconsórcio passivo necessário ...................................................................... 95 
Posição dos confrontantes na divisão................................................................ 96 
Roteiro geral do procedimento divisório ............................................................. 96 
EMBARGOS DE TERCEIRO ..................................................................................... 97 
Generalidades........................................................................................................ 97 
Natureza jurídica .................................................................................................... 98 
Requisitos .............................................................................................................. 98 
Ato judicial atacável ............................................................................................... 98 
Penhora de bem alienado em fraude contra credores ............................................ 99 
Casos especiais - CPC. Art. 1.047 ........................................................................ 99 
Embargos do credor com garantia real .................................................................. 99 
Procedimento ....................................................................................................... 100 
Legitimação ativa ............................................................................................ 100 
Legitimação passiva ........................................................................................ 101 
Oportunidade - CPC. Art. 1.048 ...................................................................... 101 
Competência – CPC. Art. 1.049....................................................................... 102 
Procedimento - CPC. Art. 1.050 ...................................................................... 102 
Sentença.............................................................................................................. 103 
 
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 7
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
Generalidades 
 
Visa atuar praticamente a norma concreta – que disciplinou o processo de conhecimento. Embora 
distintos e autônomos – processo de execução pressupõe o de conhecimento,salvo nos casos em que 
a lei confere a eficácia executiva a certos títulos – pois neles se encontram norma jurídica disciplinadora 
das relações entre as partes. 
 
Estrutura diferente do processo de conhecimento , objetivo da execução não é criar o contraditório, mas 
coagir o devedor ao cumprimento da obrigação. Visa atuar praticamente a norma concreta que 
disciplinou o processo de conhecimento. 
 
A petição inicial do processo de execução, inicia-se com um requisito a mais o demonstrativo de um 
título líquido (valor expresso em reais) , certo (existência jurídica), exigível (com o vencimento – 
inadimplência do devedor – só exigível dívida vencida) 
 
Obrigação com prazo determinado – inadimplência e mora surgem juntas; 
Obrigação por prazo certo: inadimplência surge quando o credor solicita o cumprimento da obrigação, 
mora precisa ser constituída – surge somente com a notificação. 
 
Efeito da execução – não há necessidade de protesto, exceto duplicata sem aceite , falência, contra 
devedor insolvente. 
 
A EXECUÇÃO PODE SE BASEAR – artigo 584 do CPC.: 
 
 TÍTULO JUDICIAL: quando se pressupõe processo do conhecimento – sentença condenatória 
– inclusive a estrangeira homologada pelo STF. 
 sentença cível transitada em julgado – condenatória, pode ser declaratória , constitutiva. 
 Sentença penal transitada em julgado – não admite execução provisória; 
 Sentença homologatória, transação ou laudo arbitral; 
 Sentença estrangeira homologada pelo STF. 
 Formal de partilha – somente quanto ao que desta participaram, não criam privilégios contra 
outros devedores; 
 
TÍTULO EXTRAJUDICIAL: Títulos de crédito disciplinados por lei própria, convenção generalizada, 
tem requisitos formais. Numerus Clausus – vigora em sua relação, não se pode criar títulos de créditos. 
 letra de câmbio, 
 nota promissória, 
 Cheque, 
 duplicata, 
 escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, ou particular, firmado pelo 
devedor com duas testemunhas – 
 certidão de dívida ativa. 
 Debêntures 
Os títulos de crédito estrangeiros não precisam ser homologados desde que satisfaçam os requisitos 
em seu país de origem e indiquem o Brasil como lugar de cumprimento da obrigação. 
 
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL: líquido – certo – exigível – não determinado o valor, a sentença 
exeqüente deve ser liquidada, sendo a exeqüenda – parte líquida e parte ilíquida, quanto aquela pode o 
credor promover a execução enquanto líquida esta. 
 
 
Formas de execução 
 
 DEFINITIVA: é a fundada em título executivo ou sentença transitada em julgado (da qual não 
caiba mais recurso) – processa-se nos autos principais, salvo quando o título executório é 
sentença penal 
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 PROVISÓRIO: execução de sentença pendente de recurso sem efeito suspensivo – só recebido 
com efeito devolutivo – inclusive o recurso especial e o extraordinário – Provisória a sentença 
condenatória civil tem menor estabilidade – já que a sentença pode ser reformada – assim 
ocorrendo as coisas voltam ao status quo anti – caso contrário transforma-se em definitiva. Se 
parcial a execução provisória fica sem efeito na sua parte e se transforma em definitivo na outra. 
Por ser “modificável” o provisório – corre por conta do credor, assumindo em vencido , a 
reparação de danos ao devedor. Responsabilidade objetiva – já que não se concebe a ilicitude 
da execução provisória – não abrange o provisório atos que importem alienação de domínio – 
nem se permite sem caução idônea o levantamento do depósito em dinheiro. 
Processa-se em autos suplementares – deve conter: Petição inicial  procuração  
contestação  sentença exeqüenda  despacho do recurso  o recurso. 
Classificação da Execução 
 
EXECUÇÃO CONFORME A NATUREZA DA PRESTAÇÃO DEVIDA: 
 execução para entrega da coisa certa (incerta); 
 execução das obrigações de fazer ou não fazer; 
 por quantia certa: 
 devedor solvente; 
 devedor insolvente; 
 fazenda pública, 
 alimentícia; 
 
A execução deve proporcionar ao credor – resultado prático igual o que obteria se a obrigação fosse 
cumprida – quantitativamente e qualitativamente – ocorre que, por vezes, dada a impossibilidade 
material – credor só pode ser satisfeito mediante a entrega do equivalente pecuniário. 
 
 
Inadimplente o devedor: 
Torna-se a execução realizável, em certos casos fica ela retardada, aí então falar-se em EXECUÇÃO 
DIFERIDA – o que ocorre quando a exigibilidade da prestação depende de termo ou condição – 
suspensiva. 
 
 
Liquidação da sentença 
 
Se ao longo do processo de conhecimento não foi possível colher os elementos necessários a 
determinação do objeto mediato do pedido – faculta-se ao juiz , deixar de fixar o valor ou individuar o 
objeto. 
Ilíquida a sentença – devendo se proceder a liquidação antes da condenação; 
Liquidação: não faz parte do processo de execução – é procedimento distinto, podendo ser em regra – 
preparatório da execução ou inserir-se no curso desta como procedimento incidente – de atividade 
cognitiva. Tem como objeto a apuração do quantum – não se reabre a discussão sobre a lide – trata-se 
apenas de revelar-se a expressão pecuniária ou a individualidade concreta do bem devido – tem 
natureza meramente declaratória. 
 
Formas de liquidação 
 ARBITRAMENTO: tiver determinado a sentença que julgou a lide ou as partes, convencionaram 
(antes ou depois do julgamento) quando o exigir a natureza do objeto da liquidação – 
condenação depende da aplicação de conhecimentos técnicos especializados, contém nos 
autos todos os elementos de sua liquidação – aplica’se no que couber as regras da perícia. 
 ARTIGOS: quando na liquidação houver necessidade de alegar e provar fato novo – alude-se a 
fato tido como objeto no processo de conhecimento, já que era imprescindível à este. 
 
Petição inicial na liquidação obedece as regras gerais – citando-se o réu na pessoa de seu advogado – 
a sentença da liquidação pode ser impugnada por apelação sem efeito suspensivo. 
 
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Quando necessário a liquidação sua falta acarreta nulidade do processo executivo – a iliquidação 
apenas parcial da sentença não impede a imediata execução parte ilíquida. 
 
 
Instauração do processo de execução 
 
Incumbe ao credor ou ao Promotor – faze-lo nos casos legalmente previstos – jamais deve ser 
promovida ex-officio – dirigida ao juiz ou tribunal competente instruída com o respectivo título. 
No caso de execução contra devedor solvente m- quantia certa – demonstrativo do débito atualizado, 
prova do inadimplemento da obrigação. 
A execução de título judicial não se submete a distribuição, em regra nos mesmos autos e juiz do 
processo de conhecimento. 
 
Execução de obrigação alternativa 
Cabendo ao credor a escolha da prestação devida este fará, na inicial, a escolha – indicando a 
prestação que quer receber – ressalva-se ao devedor a possibilidade de impugna-la através de 
embargos. 
Quando a escolha cabe ao devedor – será ele citado para em 10 dias exercer sua opção de escolha. 
executado escolhe e cumpre a obrigação ou sem escolhe já cumpre diretamente - encerra-se , assim o 
processo. 
Escolhe a obrigação mas não a cumpre, passa-se a execução da prestação escolhida; 
Não escolhe – nem presta – transcorre in albis – devolve-se o “ius eligendi” ao credor que deverá 
indicar a prestação de sua preferência – para que a execução prossiga quanto a esta -= mediante 
intimação do devedor, não precisa ser novamente citado. 
 
 
Execução para que se entregue coisa certa 
 
A execução para entrega de coisacorresponde às obrigações de dar em geral, sendo indiferente a 
natureza do direito a efetivar, que tanto pode ser real como pessoal. 
 
Compreende essa modalidade de execução forçada prestações que costumam ser classificadas em 
dar, prestar e restituir. 
 
 DAR: quando incumbe ao devedor entregar o que não é seu, embora estivesse agindo co mo 
dono; 
 PRESTAR: quando a entrega é de coisa feita pelo devedor, após respectiva conclusão; 
 RESTITUIR: quando o devedor tem a obrigação de devolver ao credor algo que recebeu deste 
para a posse ou detenção temporária; 
 
Visa – a entrega de coisa certa – por direito real ou por direito pessoal. 
 
A entrega da coisa pode ser : 
 móvel: busca e apreensão 
 imóvel : imissão na posse do credor. 
 
Aplica-se a mesma fórmula a coisa incerta, sendo que nesta pode sobrevir o incidente de impugnação 
por qualquer das partes da escolha feita pela outra. 
 
Linhas gerais do procedimento 
Ajuizada a petição inicial, procede-se a citação do devedor (exclui-se a via postal) para entrega de 
coisa certa no prazo de 10 dias ou seguro o juízo, apresentar embargos. 
 
Cumprida a citação, pode ocorrer: 
 se o executado entrega a coisa – lavra-se termo – encerra-se execução por sentença – exceto o 
caso de ter decisão exeqüenda imposto ao vencido , além da condenação à entrega da coisa , 
outra de natureza pecuniária (pagamento de frutos, perdas e danos) insatisfeito o credor, 
prossegue-se com execução por quantia certa nos mesmos autos. 
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 Inércia do devedor: executado de permanecer totalmente omisso o devedor – citado – (não 
entrega a coisa – nem a deposita para oferecer embargos) expedir-se-á em favor do credor - 
mandado de imissão na posse (imóvel) – busca e apreensão (móvel) – cumprida a diligência e 
juntado o mandado aos autos terá o devedor 10 dia para apresentar os embargos A imissão ou 
apreensão durante esse prazo são provisórias, se o devedor não a embarga , finda-se a 
execução e a posse do credor torna-se definitiva. (Nesta hipótese pode acontecer, como já visto 
– que continue a execução quanto aos frutos devidos, ressarcimento de perdas e danos – 
fazendo-se na conformidade do procedimento de quantia certa.). Se os embargos são julgados 
improcedentes a posse do credor passará a definitiva, caso contrário devolve-se a coisa ao 
executado. 
 Depósito da coisa: Possível que o devedor queira embargar a execução (impugnar) deve 
depositar a coisa nos 10 dias , procedendo-se a lavratura do termo, desta começa a correr prazo 
de 10 dias para oferecer embargos. 
 
Embargos podem ser rejeitados liminarmente – pelo o órgão jurisdicional ou serem recebidos com efeito 
de suspender a execução. 
 Rejeitados in limine – é lícito ao credor levantar a coisa depositada. 
 Recebido os embargos o exeqüente só pode levantar a coisa após julgamento dos embargos, 
desde que não acolhidos. Neste caso, não precisa aguardar o trânsito em julgado , para 
levantar-se a coisa. 
 
 
Casos especiais 
Pode não ser encontrado a coisa nas mãos do devedor por haver este alienado – se após a propositura 
da ação condenatória – FRAUDE A EXECUÇÃO – nesse caso vale entre o devedor e o terceiro 
adquirente , mas o ato de alienação é ineficaz em face do credor. Permite a lei que o credor reclame a 
coisa de terceiro – faculdade – já que pode o credor desejar o recebimento do valor da coisa, mais 
perdas e danos, trata-se de opção livre do credor. Se o terceiro quiser defender sua posse ou domínio 
só poderá faze-lo depois do depósito da coisa litigiosa. 
 
 
Fim da execução por coisa certa é a entrega da coisa in natura, assim, assiste ao credor o direito de 
busca-la e apreendê-la onde quer que esteja. Caso a coisa pereça – quer na mão do devedor , quer na 
mão de terceiro, torna impossível a execução específica restando a possibilidade de converte-la em 
execução genérica –pecuniária perdas e danos – liquidação valor da coisa o fixado na sentença 
exeqüenda, ou, se apurado mediante liquidação-processo prossegue nos mesmos autos – conforme 
procedimento por quantia certa. 
 
O direito de retenção gera a seu titular uma exceção dilatória, não impede a condenação à entrega da 
coisa, mas subordina a eficácia da sentença à prévia satisfação do crédito daquele que detém o jus 
retentiones. Benfeitoria na coisa – indenizáveis – feita pelo devedor ou terceiro – a liquidação prévia é 
obrigatória – não pode o credor pretender que a coisa lhe seja entregue sem que a satisfação o contra-
crédito da realização das benfeitoria – assim a liquidação (arbitramento ou artigos) apurará o valor das 
benfeitorias. A execução só terá início depois do depósito do valor das benfeitorias. 
 
 
Entrega de coisa incerta 
 
Entrega de coisa – determinada pelo gênero e quantidade. 
 
Para que se possa realizar a atividade propriamente executiva necessária se faz prévia individualização, 
pode ser feita pelo credor ou pelo devedor. 
Não há correlação entre coisa incerta e coisa infungível – nesta não há escolha qualidade de todas é a 
mesma. 
 
Procedimento 
 Se a escolha cabe ao credor deve ele faze-la na inicial; 
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 Se cabe ao devedor deve ser ele citado para em 10 dias entregar a coisa individualizada (não 
para escolher) – cabendo a escolha ou não. 
 Tanto ao devedor como ao credor, cabe a impugnação da coisa escolhida no prazo de 48 horas 
–in albis – acarreta a preclusão; 
 O critério de escolha é o do CC. , onde o devedor não poderá dar a coisa pior, nem prestar a 
melhor. 
 A apreciação da impugnação deve ser sumária decidindo o juiz de plano, poderá, entretanto, 
utilizar-se de perito. 
 A omissão do devedor em efetuar a escolha, quando lhe caiba esse direito, importa transferência 
da faculdade para o credor. 
 Superada a fase da individualização , o procedimento da execução é o mesmo do que se trata 
de entrega de coisa certa. 
 
 
Execução da obrigação de fazer ou não fazer 
 
Generalidades 
Obrigação de fazer tem por objeto a realização de um ato do devedor. Assim, o objeto da relação 
jurídica , nestes casos de obrigação,é um procedimento do devedor. 
Nas obrigações de dar, cumpre-se a obrigação com a entrega da coisa ao devedor, mesmo quando 
este torna-se inadimplente, já que o Estado pode atingir o bem devido , para entregá-lo ao credor. 
Quanto as obrigações de fazer, acontece ao contrário, já que não se conseguirá a atuação compulsória 
do devedor faltoso para realizar a obrigação que pessoalmente se obrigou 
 
Devemos fazer distinção entre as obrigações só exeqüíveis pelo devedor e aqueles cujo resultado 
também pode ser produzido por terceiros – criou-se o conceito de obrigações fungíveis ou infungíveis. 
 
 PRESTAÇÕES FUNGÍVEIS: as que por sua natureza , ou disposição convencional podem ser 
satisfeitas por terceiro, quando o obrigado não as satisfaça; 
 PRESTAÇÕES INFUNGÍVEIS: são as prestações que somente podem ser satisfeitos pelo 
obrigado, em razão de suas aptidões ou qualidades pessoais. A infungibilidade pode decorrer 
do contrato, pelo acordo entre as partes, ou da própria natureza da prestação. 
 
Cumpre ainda distinguir as obrigações POSITIVAS (de fazer) e as NEGATIVAS (de não fazer). 
E as DE FAZER distingui-se em: 
 com prestação fungível; 
 com a prestação materialmente infungível; 
 com a prestação apenas juridicamente infungível (obrigações de declaração de vontade) 
 
Princípios comuns 
 Pode fundar-se na sentença ou título extrajudicial ; 
 
 Requer o credor na inicial que o devedor seja citado para praticar/desfazero ato devido, deve 
constar de mandado citatório o prazo para que se pratique o ato; 
 
 Para o credor há sempre a possibilidade de optar pela reparação das perdas e danos em lugar 
da obra devida, ainda que se trate de obrigação fungível, caso, em que a execução transforma-
se em quantia certa. 
 
 A multa como meio de coação ou meio executivo direto pode ser aplicada na execução das 
obrigações de fazer ou não fazer, pode ser aplicada na sentença condenatória ( processo de 
conhecimento) ou pelo juízo da execução. 
 
 É lícito ao devedor – invés de cumprir a obrigação – embargos a execução no decênio da 
juntada do mandado aos autos – recebido os embargos suspende-se a execução. 
 
 
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Execução das obrigações com prestações fungíveis 
Em certos casos a obrigação de fazer pode ser praticado por pessoa cabalmente diversa do devedor- 
normalmente interessa ao credor o resultado da atividade, não a identidade de seu realizador. 
 
Recalcitrante o devedor em cumprir a obrigação, faculta a lei ao credor requerer – que o ato seja 
praticado por terceiros – a custa daquele (da decisão que defira ou indefira o requerimento é 
AGRAVÁVEL). 
 
Deferido o pedido a realização do ato por terceiro reclama, salvo convenção entre as partes, escolha do 
executor através de licitação sob a forma de concorrência pública – avaliado por meio de perito o custo 
da prestação do fato - manda o juiz expedir edital com prazo máximo de 30 dias – constando 
características da obra ou serviço a executar – o valor estimado na perícia – dia lugar e hora das 
propostas – quantum estabelecido para caução. 
 
Dentro do prazo – apresentam-se as propostas, com a prova da caução – em sobre cartas que serão 
abertas em dia e hora designadas pelo juiz - escolhendo a mais vantajosa. 
No qüinqüídio subseqüente é lícito ao credor requerer em igualdade de condições - para executar ou 
mandar executar sob sua direção ou vigilância obras e trabalhos necessários à prestação do fato. 
Concorrente vitorioso – 5 dias - deve obrigar-se a prestar o fato – dentro dos autos –assinando, 
deposita nova caução sobre 25% do contrato – as cauções ficam a disposição do juiz para garantir o 
cumprimento da obrigação. 
 
Incumbe ao credor adiantar ao contratante as quantias estabelecidas na proposta – podendo 
reembolsar-se cobrando do devedor o respectivo montante - EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA -. 
Dando o executor por concluído a prestação do fato – órgão jurisdicional deve ouvir as partes em 10 
dias – não impugnada – declara cumprida a obrigação. 
 
Realizada o prestação obra ou serviço 
 modo incompleto ou defeituoso; 
 não ter sido prestado tempestivamente; 
 não ter sido prestada. 
 Autor pode requerer ao órgão jurisdicional no prazo de 10 dias que autorize a ele próprio a 
conclusão ou realização do serviço, agora por conta do contratante inadimplente - juiz ouve este 
em 5 DIAS. 
 
 
Execução das obrigações com prestações infungíveis 
 
Cumprimento por determinadas pessoas quando convenciona-se que o devedor deva presta-la 
pessoalmente – intuitu personae – em vista das qualidades pessoais do devedor. 
 
Devedor citado: se recusa a faze-la ou se omite – torna-se inviável a execução específica – impossível 
constranger o devedor a faze-lo – sendo também impossível que seja feita por terceiro – dado o caráter 
da obrigação – como única solução converte-se a obrigação pessoa do devedor em perdas e danos – a 
obrigação de específica passa a genérica – pecuniária. 
 
Mediante liquidação promovida pelo credor - apura-se as perdas e danos que o inadimplente lhe 
causou – podendo este cobrar o montante fixado através da execução por quantia certa – 
desnecessária liquidação, quando se haja estipulada multa compensatória. 
 
Ressalte-se que citado o devedor – tem prazo de 10 dias para oferecer embargos – sendo estes 
propostos , a execução pecuniária, ou seja a transformação da execução específica em pecuniária só 
ocorre se os embargos forem improcedentes. 
 
 
Execução das obrigações de omitir declaração de vontade 
 Obrigação infungível – só o devedor pode declarar a sua vontade, mas a obrigação – o interesse do 
credor não se dirige ao devedor, mas sim, no resultado , da declaração de sua vontade – daí decorre 
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ser possível proporcionar ao credor o benefício especificamente visado – e não uma vantagem 
substitutiva (diferentemente das demais obrigações infungíveis). 
Atribui-se a sentença pela qual tenha sido condenado o devedor os mesmos efeitos que poderia surtir 
a declaração de vontade deste. 
Não há necessariamente uma execução – não é necessário que o credor faça citar o devedor nem que 
seja assinalado a este prazo para cumprimento 
 
 
Execução das obrigações de não fazer 
 
Espécie da obrigação de fazer é a obrigação de tolerar – ou seja – de não oferecer resistência , a fato 
natural ou atividade de outrem ou resultado destas pode ser a obrigação negativa – instantânea ou 
permanente. 
Importante esta distinção, já que a obrigação instantânea uma vez descumprida gera para o credor 
uma reparação pecuniária, haja visto não poder se desfazer o que está feito, quando permanente: 
torna-se viável em regra a exigência para que cesse ou desfaça o que se fez descumprindo a 
obrigação nesse último caso, surge em vez da obrigação de não fazer ou de fazer – que no fundo trata-
se de uma obrigação de fazer. 
 
Procedimento 
Deferida a inicial – cita-se devedor - para praticar o ato, para desfaze-lo. Lícito ao executado oferecer 
os embargos 10 dias – recebidas suspende-se a execução. Se improcedente , não é necessário 
aguardar o trânsito em julgado pois a apelação terá efeito meramente devolutivo. 
 
Caso devedor cumpra a obrigação – encerra-se a execução salvo contra alguma prestação ainda 
devida. 
Não cumpre e nem interpõe embargos: prossegue a execução – Se a obrigação era negativa continua 
– permanente: sendo suscetível seu desfazimento mandará que assim se proceda à custa do devedor 
sem prejuízo das perdas e danos – cobráveis via execução por quantia certa – mediante prévia (se 
necessária) liquidação – segue a regra do desfazimento da obrigação de fazer por conta de terceiro. 
 
Ato insuscetível de desfazimento – ocorre sempre nas obrigações negativas instantâneas – ou que não 
haja obra ou trabalho à ser desfeito – mas o devedor se recusa a deixar de cessar a atividade – resolve-
se a obrigação descumprida em perdas e danos – precisa instaurar execução por quantia certa – após 
fixado o quantum por liquidação. 
 
Meios de coerção 
Execução – visa – proporcionar ao credor resultado pr’tico igual se o devedor cumprisse a obrigação - 
nem sempre possível – viu-se que por vezes é necessário substituir a prestação devida pelo equivalente 
pecuniário – mediante execução por quantia certa – no entanto, mune-se o credor de meios para que o 
devedor adimpla a obrigação de modo avençado – pode-se recorrer a ameaça de dano pecuniário 
grave – para que o devedor seja levado a adimplir a obrigação na forçada avençada. 
 
Esses meios de coerção – execução forçada - atua praticamente como norma jurídica concreta em 
vistas de satisfazer o credor independentemente da vontade do devedor e até contra sua vontade. 
CAMPO DE APLICAÇÃO: Via de regra nas obrigações infungíveis – segundo CPC – são eles 
utilizáveis em qualquer obrigação. 
Multa – devida por dia de atraso – título judicial e extrajudicial – pode ser fixado na sentença – caso 
judicial – ou na própria execução - em ambos os títulos. 
A partir do dia em que comece a incidir a multa faculta-seao credor exigi-la através de execução por 
quantia certa – Devedor é citado para pagar em 24 horas – mas se permanecer inadimplemente a multa 
continua incidindo. 
 
 
Execução por quantia certa contra devedor solvente 
 
Execução visa – resultado prático - igual cumprimento pelo devedor – nem sempre possível – 
compensa-se o credor pecuniariamente. 
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Serve a execução por quantia certa: 
 atuação prática da norma jurídica concreta quanto a dívida pecuniária – obrigação original; 
 caráter subsidiário. 
 
Insolvente é o devedor que tem mais dívida do que patrimônio. 
 
Execução por quantia certa - tem como fim a entrega ao credor de uma soma em dinheiro. 
 
Devedor não paga deve tomar providências para que o credor seja satisfeito – mesmo sem a 
colaboração do devedor. Se desde logo há numerário suficiente fica simplificado, bastando que se 
transfira para as mãos do exeqüente o dinheiro apreendido. Mas, de qualquer forma procede-se à 
expropriação dos bens do devedor - essa expropriação não constitui objeto da execução , mais meio de 
realizar a satisfação do credor. 
 
Pode-se distinguir 3 fases essenciais no curso por ele seguido com mais freqüência : 
 fase: apreensão dos bens : compreendendo a apreensão propriamente dita e o depósito: 
 fase: expropriação dos bens apreendidos – cujo momento culminante se dá na arrematação; 
 fase: pagamento ao credor – com o produto da alienação dos bens apreendidos e expropriados. 
 
Desde logo se apreende dinheiro – que se permite passar para última etapa – 
Credor recebe o próprio bem - sobre o qual recaiu a apreensão (adjudicação) – caso em que a 
segunda e a terceira fase se superpõe – importando a expropriação por si mesma, o pagamento do 
exeqüente. 
 
Procedimento 
Deferida a petição inicial como em qualquer execução – cita-se o devedor para que pague em 24 horas 
– ou nomeie bens a penhora – oficial de justiça inadmissível via postal – devedor não encontrado – 
oficial de justiça – arresta bens – arresto de índole cautelar - ainda não executiva – após o arresto nos 
10 dias subseqüentes deve o oficial de justiça procurar o devedor por 3 vezes em dias distintos. 
Exeqüente intimado do arresto – 10 dais – requer a citação por edital – transcorrido in albis – perde a 
eficácia do arresto. 
Citado pelo oficial de justiça ou edital – 24 horas paga ou oferece bens à penhora – paga-se levanta o 
arresto – se nomear bens, substitui-se o arresto pela penhora. 
Não paga – nem nomeia bens –arresto converte-se em penhora – independentemente de formalidades. 
 
 
Execução por quantia certa contra devedor insolvente 
 
Pressupostos: 
Diz-se solvável o devedor, quando tem bens de valor suficiente para o pagamento de todas as suas 
dívidas – INSOLVÁVEL – insolvente – é aquele em que, contrariamente, suas dívidas excedem o seu 
patrimônio. 
Fica , esse devedor, sujeito à um tipo de execução caracterizada pela UNIVERSALIDADE, quer do 
ponto de vista objetivo (atinge todos os seus bens disponíveis), quer subjetivamente (por não ser 
promovida em benefício de um único credor). 
O conceito de insolvência não é jurídico – e sim econômico – traduzindo-se pela situação de 
desequilíbrio patrimonial, entretanto, para caracterização da insolvência, mister se faz, a sua declaração 
judicial. 
 
 
Declaração de insolvência 
 
Pode ser declarada a de qualquer devedor civil (não comerciante) INCLUSiVE das Sociedades Civis, 
em se tratando de pessoa falecida, fica sujeito à declaração de insolvência o espólio. 
 
São legitimados a requerer a declaração da insolvência: 
 qualquer credor quirografário, munido de título judicial ou extrajudicial, líquido certo e exigível; 
 próprio devedor; 
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 o espólio do devedor – através do inventariante; 
 Impossível ser declarada ex-officio pelo juiz; 
 
A insolvência é declarável com base na situação REAL de desequilíbrio financeiro do devedor, cuja 
ocorrência ou não será apurada no curso do processo, entretanto, leva a lei em conta, que por vezes é 
difícil para o credor concluir com segurança que o devedor é insolvável, daí. Contempla o código as 
hipóteses de insolvência presumida, presunção relativa (iuris tantum), ressalvando-se ao devedor a 
possibilidade de alegar e provar, que a despeito dos fatos, o seu ativo é superior ao seu passivo. São as 
seguintes hipóteses: 
 
 quando o devedor, contra quem instaurou-se execução singular – não possuir outros bens livres 
e desembaraçados para nomear à penhora – não significa que sobre o mesmo bem não possa 
incidir mais de uma 
 
 penhora, já que o segundo credor pode conformar-se com a situação deixando de requerer a 
declaração de insolvência, ou se, o valor dos bens for suficiente para responder por ambos os 
créditos. 
Quando o devedor tiver arrestado algum bem , nos casos: 
 que não tiver domicílio certo, ausenta-se ou aliena bens que possui, ou não paga as obrigações 
no prazo estipulado; 
 quando o devedor tiver domicílio, mas se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente, aliena ou 
tenta alienar os bens que possui, contrai dívidas extraordinárias, põe ou tenta por seus bens em 
nome de terceiros, ou comete outros artifícios fraudulentos. 
Quando tenta aliena bem de raiz, ou ainda, hipoteca-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum 
ou alguns bens livres e desembaraçados no valor de suas dívidas. 
 
 
Da insolvência requerida pelo credor 
 
O credor requererá a declaração de insolvência do devedor, instruindo o pedido co o título competente. 
Aplica-se a inicial os procedimentos da espécie, deferida , esta cita-se o devedor, que terá o prazo de 
10 dias para defender-se mediante embargos ( inconfundível este com os embargos do devedor, já que 
aquele é mais amplo que este, podendo alegar o devedor que não é insolvente, tendo o seu ativo 
superior ao passivo). Em vez de oferecer embargos faculta-se ao devedor ilidir o pedido de declaração 
de insolvência, depositando no decênio a importância do crédito, para discutir legitimidade e/ou 
valor,ou, logicamente, pagar a dívida com o credor exeqüente. 
Encerrada a fase postulatória - verifica o órgão judiciário da necessidade ou não de audiência. Será 
decidida antecipadamente a lide, se o devedor não embargou , ou se assim o fez, não necessitar-se de 
prova, por ser somente de direito a controvérsia, nestes casos o juiz proferirá a sentença dentro de 10 
dias da conclusão dos autos. 
 
Caso o devedor haja oferecido embargos – pode ocorrer que: 
 o juiz os rejeite, e declare a insolvência; 
 ou o acolhe , podendo; indeferir no mérito o pedido de declaração de insolvência; julgar o 
requerente carecedor de ação,reconhecer a incompetência do juízo, etc.. 
 Se o devedor efetuar o deposito, jamais poderá ser declarada sua insolvência, - legítimo o 
crédito, a sentença determinará o levantamento do depósito pelo requerente até o limite do 
respectivo quantum, o saldo, eventualmente, 
 reverterá ao devedor Ilegítimo o crédito terá direito o devedor ao levantamento do total 
depositado. 
 Se o devedor ficou omisso, não oferecendo embargos, nem depositando a importância do 
alegado crédito. 
 
Insolvência requerida pelo devedor e seu espólio 
O devedor – espólio – tem a faculdade – não o dever – de requerer, a qualquer tempo, a declaração de 
sua própria insolvência. Tanto qualquer pessoa física ou jurídica cuja insolvência pudesse ser declarada 
a requerimento de algum credor. Não há necessidade de que já tenha ocorrido mora: basta a situação 
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de desequilíbrio econômico, caracterizada pela insuficiência de meios para o pagamento de todas as 
dívidas. 
 
Foro competente é o da comarca onde o devedor tem seu domicílio – deverá conter , ainda: 
 a relação nominal de todos os credores, com a indica’;cão do domicílio de cada um, bem como 
da importância e da natureza dos respectivos créditos; 
 a individuação de todos os bens do devedor, com a estimativa do valor de cada qual; 
 o relatório do estado patrimonial do devedor, com a exposição das causas que determinaram a 
insolvência; 
 
Não prevê a lei a citação dos credores nem a instauração de contraditório – o juiz mediante o exame 
dos elementos ministrados pelo requerente, decidir se é ou não é caso de ser declarada a insolvência – 
faculta-lhe ordenar a produção de provas, além de outros documentos ed diligência indispensável a 
formação de seu convencimento – não esta o juiz vinculado a acatar o pedido de declaração de 
insolvência – a sentença pode ser proferida independente de audiência de instrução e julgamento. Pode 
o requerente desistir da ação sem anuência de qualquer pessoa extinguindo-se o processo sem 
julgamento do mérito. 
 
 
A sentença e seus efeitos 
 
Indeferido o requerimento pelo juiz não impede , em, princípio que qualquer outro credor, ou com outro 
fundamento, se ingresse com o pedido de declaração de insolvência. 
 
Se o devedor ilidir o pedido de insolvência , depositando a importância do crédito para lhe discutir a 
legitimidade ou o valor, pode ocorrer que: 
 
Reconhecida a inexistência de crédito contra este não poderá mais promover, o credor, execução 
fundado no mesmo título que lhe instruíra o requerimento. 
 
Reconhecido a existência do crédito: o depósito será levantado pelo credor até o limite do quantum 
devido, extinguindo-se a obrigação, afastando-se, também,a a possibilidade de nova execução pelo 
mesmo título. 
A sentença que acolhe o pedido formulado pelo credor ou pelo próprio devedor – não é meramente 
declaratória comporta APELAÇÃO – sendo preponderantemente CONSTITUTIVA; 
 
Produz, a sentença, os seguintes efeitos: 
 faz vencer antecipadamente todas as dívidas da pessoa declarada insolvente; 
 retira do devedor - até a liquidação total da massa – o direito de administrar seus bens e o 
poder de disposição sobre eles, deixando-o, contudo, livre para praticar os outros atos da vida 
civil; 
 sujeita à arrecadação , para posterior alienação , todos os bens do devedor suscetíveis de 
penhora, quer os já existentes em seu patrimônio no momento da declaração de insolvência, 
quer os adquiridos no curso do processo. 
Instaura-se a execução por concurso universal – universalidade do juízo da insolvência ao qual 
concorrerão todos os credores do devedor comum , e todas as execuções singulares que porventura já 
estejam correndo – salvo se alguma dessas execuções, houver designado dia para a praça ou o leilão – 
proceder-se-á neste caso à hasta pública – sendo o produto integrado a massa e NÃO entregue ao 
exeqüente. 
 
Na sentença que declarar a insolvência – deve o juiz: 
 nomear dentre os maiores credores um que se incumba de administrar a massa; 
 mandar expedir edital convocando para que os credores se apresentem no prazo de 20 dias, 
acompanhados dos respectivos títulos. 
 
Execução universal 
A execução universal do devedor declarado insolvente, desdobra-se em 3 operações essenciais: a 
apreensão de todos os seus bens mediante expropriação forçada, o pagamento dos credores 
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concorrentes através do rateio do produto, na proporção das respectivas quotas, observadas as 
preferências legais. Todos esses atos têm natureza propriamente executiva. 
 
Ao lado destes, necessário se faz que o órgão jurisdicional verifique e classifique os créditos – 
preparando a partilha e assegurando sua correta utilização. Tal atividade é de natureza cognitiva, que 
desenvolve-se paralelamente à executiva. 
 
Deve haver alguém que administre e guarde os bens arrecadados, assim o juiz, dentre os maiores 
credores, escolherá um para administração da massa, o escolhido deverá dentro 24 horas assinar 
termo de compromisso de desempenhar fielmente o cargo, entregando sua declaração de crédito, 
juntamente com o título executivo. 
 
O devedor que caiu em insolvência sem culpa sua, pode requerer ao juiz, se a massa comportar, que 
lhe arbitre uma pensão, até a alienação dos bens. Antes de decidir o órgão judicial abrirá oportunidade 
aos credores habilitados para se pronunciarem no prazo estipulado – seja qual for a decisão , a mesma 
é agravável – devendo o administrador da massa cumpri-la. A modificação de qualquer pressuposto 
fático autoriza a qualquer tempo a revisão do pronunciamento, quer por iniciativa do devedor, quer por 
algum credor, seja para conceder pensão antes negada, decretar a cessação do benefício, ou 
simplesmente alterar o quantum. 
 
Verificação e classificação dos créditos 
Findo o prazo – 20 dias - que dispõe os credores para se habilitarem – o escrivão no qüinqüídio 
subseqüente ordenará as declarações apresentadas, autuando cada uma com o respectivo título – em 
seguida intimará os credores para em novo prazo de 20 dias – alegarem suas preferências, bem como 
a nulidade , simulação, fraude ou falsidade das dívidas e dos contratos – nesse prazo é lícito ao 
devedor impugnar quaisquer crédito excluídas, as alegações anteriormente feitas em embargos – 
matéria preclusa. 
 
O procedimento subseqüente varia conforme tenha ocorrido ou não impugnação tempestiva do devedor 
ou de qualquer credor concorrente. 
 
NÃO havendo impugnação o escrivão organiza o quadro geral dos credores , classificando os créditos 
e títulos segundo a lei civil. Todos os interessados devem se manifestar sobre o quadro nos dez dias 
subseqüentes. Uma vez ouvidos os interessados, o juiz proferirá sentença. Sentença é apelável. 
 
QUANDO HÁ IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO: instaura-se um contraditório incidente – sobre os créditos 
impugnados – não havendo mister de outras provas o juiz proferirá a sentença no decêndio, havendo 
necessidades de provas o juiz a deferirá ou as determinará de ofício – se houver necessidade de prova 
oral designará audiência – sentenciando em seguida. 
 
Transitada em julgado a sentença –segue o procedimento final , cabível quando não há impugnação. 
 
Permite a lei que o devedor após a aprovação do quadro geral dos credores, entre em acordo com 
estes, propondo-lhes determinada forma de pagamento dos débitos. Não se faz necessário que o 
credor manifestem sua concordância expressa – a omissão em impugnar tempestivamente a proposta 
vale por assentimento tácito – basta, porém, que um deles se oponha , para que já não se possa 
aprovar proposta. Inexistindo impugnação o juiz aprovará a proposta por sentença homologatória. 
 
Pagamento dos credores 
Ao ser homologada a partilha, podem já se ter alienado os bens da massa, como restar algum ou vários 
. Na primeira hipótese o contador deve ter indicado no quadro os valores das quotas atribuídas no 
rateio aos diversos credores concorrentes. Se os bens da massa, no todo ou em parte, não houverem 
sido alienados , determinará o juiz que se realize a praça, quanto aos imóveis e o leilão, no que tange 
aos móveis. O produto – que eventualmente se somará ao porventura antes do apurado – vai destinar-
se , é claro, ao pagamento dos credores – encerra-se o processo de insolvência. . Em regra semelhante 
rateio não bastará para satisfazer integralmente a totalidade dos credores, dada a condição de 
insolvência do devedor – este não se exonera , continua obrigado pelo saldo, só considerar-se-á extinta 
a obrigação

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