Buscar

ETNICIDADE, ALTERIDADE E TOLERÂNCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE FARIA BRITO-FFB
CURSO: Direito
DISCIPLINA: Conceitos de Sociologia e Antropologia Jurídica
ETNICIDADE, ALTERIDADE E TOLERÂNCIA
	
Jadyohana Oliveira Melo
FORTALEZA.CE
MARÇO/2017
Apresentação da obra
O objetivo desse texto é apresentar o conceito de etnia como um conjunto de fatores socioculturais e simbólicos, que dão identidade própria para determinado grupo social, representando uma consciência coletiva. Além disso, também ira ser abordado às consequências do encontro de diferentes grupos sociais, como etnocentrismo, decorrente do pensamento de superioridade de certos grupos sociais entre determinadas etnias divergentes da sua própria, e os métodos de solucionar os conflitos ocasionados por estes, como à tolerância, o respeito e a preservação do bem esta de todo cidadão, contribuindo para um sociedade justa e igualitária.
Análise do texto
Sociedade é uma associação de pessoas que compartilham valores culturais, um sistema jurídico de normas e regras de conduta que permitem aos indivíduos que integrem o sentimento de pertencer ao todo. Em toda sociedade existem pessoas com identidades próprias: crenças, tradições, questões culturais e etnias totalmente diferentes, entretanto, na maior parte das vezes, quando grupos sociais étnicos divergentes um do outro se encontram, as chamadas fricções interétnica, são carregadas de conflitos e atritos, frutos do etnocentrismo. O etnocentrismo está presente na nossa sociedade desde nossas origens e evoluções ao longo da História Mundial, um exemplo disso é o racismo.
O Racismo é a atitude discriminatória feita por aquele que tem algum tipo de preconceito em relação a indivíduos de outras raças, podendo esta atitude variar desde repulsa ao convívio com pessoas de diferentes raças ou até determinado conceito de superioridade entre outras raças. O racismo incorporou questões de ordem cultural ao longo de sua história. Desde meados do século XVIII, as distinções raciais se limitavam à cor da pele, dividindo os grupos humanos entre as raças negra, branca e amarela. A partir de então, a distinção racial serviu para que certos cientistas defendessem a ideia de que existiam raças “melhores” e “piores”. 
Por que então, classificar a diversidade humana em raças diferentes? A variabilidade humana é um fato empírico incontestável que, como tal merece uma explicação científica. Os conceitos e as classificações servem de ferramentas para operacionalizar o pensamento. É neste sentido que o conceito de raça e a classificação da diversidade humana em raças teriam servido. Infelizmente, desembocaram numa operação de hierarquização que pavimentou o caminho do racionalismo. (KABENGELE MUNANGA, 2003, p.5)
O fato físico da raça não deve determina quem é melhor ou pior na sociedade, muito menos o conceito de etnia, isto só ira servir de distinção e promoção para movimento discriminatórios, como apartheid, regredindo o atual conceito da democracia.
O ato de destruir qualquer traço remanescente de uma cultura, seja material, como símbolos ou obras artísticas que possuem representação cultural, seja imaterial, como uma língua ou uma crença religiosa, é denominado etnocídio ou genocídio cultural. Esses dois termos apresentam certas diferenças e semelhanças, o genocídio e o etnocídio tem em comum uma visão idêntica do Outro: o Outro é a diferença, a má diferença, entretanto, o termo genocídio faz referência ao extermínio de um grupo étnico-racial, enquanto o termo etnocídio não significa a destruição física, ou a morte, mas sim a destruição de uma cultura, das tradições e modos de vida de uma população.
Do etnocentrismo ao etnocídio, a exclusão da cultura de um povo. Esta claro que o etnocídio é fruto do pensamento etnocentrista, grande fonte de estudo para antropologia - ciência que estuda, principalmente, os costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos que habitaram e habitam o planeta.
No entanto, a tolerância como o caminho para combater estes pensamentos retrógados introduz uma sociedade mais justa, igualitária e com um direito pluriétnico, onde as diversidades de grupos étnicos e culturais tornam a sociedade mais capaz de alcança o desenvolvimento ético e social.
A tolerância, como um encontro de singularidades, a partir da percepção do outro, conduz a uma moral civilizatória onde a diferença está, diretamente, vinculada como circunstância de relacionamento e, logo, como questão de direito fundamental, eis que vinculada à moral e à ética. Com isso, a prática da tolerância apadrinha uma cultura de convivência harmoniosa, pacífica, posto que, diante do reconhecimento do outro e de sua cultura diversa, se possibilita o acolhimento do diferente como algo enriquecedor, onde as minorias encontram espaço para existirem, se manifestarem como grupos, culturalmente, diferenciado, mas, igualmente, atuantes no espaço cultural. (DTG DOS SANTOS ,2014,p.78)
E para se alcançar a tolerância necessária para se ter uma sociedade mais justa e de acordo com o principio de isonomia, em que todos os cidadãos possuem direitos e deveres iguais, é preciso que o Governo Estadual ofereça educação de qualidade a todos porque sem educação, falta debate e reflexão, tudo que vá muito além que a mera transmissão de conteúdo , não há avanço. Sem um ensino educacional adequado, o ser humano repete discursos que não entende e prega verdades que não conhece.
“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida". (DEWEY ,1931,p.277)
Além disso, deve ser promovido o respeito e a valorização cultural e étnica de todos grupos sociais, como forma de aprimoração no conhecimento geral da civilização, a fim de que as novas gerações de todos os grupos socioculturais não sejam discriminadas, marginalizadas e não sofrem exclusão pela sociedade.
Considerações finais
Á luz dessas considerações, a tolerância deve ser aplicada na sociedade como uma forma de se ter uma sociedade mais justa e igualitária para todos. O etnocentrismo e os frutos deste pensamento: o genocídio cultural, etnocídio e o racismo devem ser tratados como algo primitivo, um ataque à democracia vigente. A diversidade cultural, ética, de gênero e de raça devem ser vista como algo que nós aproxima da nossa nação, do nosso povo. Não são as semelhanças que nós transformam em sociedade, são as diferenças. A sociedade é o negro, é o gay, é a mulher, é o homem, é o umbandista, é o católico, é o evangélico, é um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.

Outros materiais