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Portfólio 4º semestre Cópia

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LETRAS-HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS
J
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR II
Colatina
2016
produção textual inTERDISCIPLINAR II
Portfólio apresentado ao Curso Letras-Habilitação: Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para conclusão das disciplinas 
Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura, Literaturas de Língua Portuguesa, Estruturalismo e Sociolinguística, Seminário da Prática IV e Estágio Curricular Obrigatório I.
Prof. Andressa Aparecida Lopes, Anderson Teixeira Rolim, Ednéia de Cássia Santos Pinho, Eliane Provate e Antonio Lemes Guerra Junior.
Colatina
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................4 
DESENVOLVIMENTO......................................................................................6 
CONCLUSÃO..................................................................................................12 
REFERÊNCIAS...............................................................................................14
�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho me propiciou fazer uma profunda reflexão sobre o que preconizam os documentos norteadores do ensino de Língua Portuguesa e Literatura no Brasil e o impacto de seus discursos na atuação do professor. Pude refletir sobre o modo como os discursos trazidos pelos documentos norteadores do ensino de Língua Portuguesa e Literatura no país, especialmente os Parâmetros Curriculares Nacionais impactam a atuação do professor colocando-lhes desafios a serem superados.
Foram muitas as transformações vivenciadas pelo ensino de Língua Portuguesa e Literatura no país, principalmente aquelas ocasionadas pela publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. As propostas de reformulação do ensino de Língua Portuguesa indicavam, fundamentalmente, mudanças no modo de ensinar, pouco considerando os conteúdos de ensino. Acreditava-se que valorizar a criatividade seria condição suficiente para desenvolver a eficiência da comunicação e expressão do aluno. O ensino de Língua Portuguesa orientado pela perspectiva gramatical ainda parecia adequado, dado que os alunos que frequentavam a escola falavam uma variedade linguística bastante próxima da chamada variedade padrão e traziam representações de mundo e de língua semelhantes às que ofereciam livros e textos didáticos.
 Um conjunto de teses desencadeou um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação da noção de erro, para a admissão das variedades linguísticas próprias dos alunos, muitas delas marcadas pelo estigma social, e para a valorização das hipóteses linguísticas elaboradas pelos alunos no processo de reflexão sobre a linguagem e para o trabalho com textos reais, ao invés de textos especialmente construídos para o aprendizado da escrita. Essas novas ideias foram incorporadas e ajudaram e muito na elaboração de novos currículos e na promoção de cursos de formação e aperfeiçoamento de professores. As propostas de transformação do ensino de Língua Portuguesa consolidaram-se em práticas de ensino em que tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada é o uso da linguagem. 
Pode-se dizer que hoje é praticamente consensual que as práticas devem partir do uso possível aos alunos para permitir a conquista de novas habilidades linguísticas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa configuram-se como uma síntese do que foi possível aprender e avançar e as oportunidades educacionais começa a ser levada em consideração em sua dimensão política.
No que se refere `a Língua Portuguesa, os PCN vêm apresentar propostas de trabalho que valorizam a participação crítica do aluno diante da sua língua e que mostram as variedades e pluralidade de uso inerentes a qualquer idioma.
Entretanto, apesar de algumas ideias que aparecem nos PCN não serem novas, pelo contrário, são objetos de debate há décadas, como é o caso, por exemplo, dos pressupostos da Linguística Textual, a reação dos profissionais de educação diante desse material não tem sido das melhores. As críticas, por vezes fundamentadas, abarcam desde o caráter dos parâmetros, considerados por alguns como impositivo e fora da realidade brasileira, até as teorias linguísticas e pedagógicas que norteiam o texto. É nesse aspecto que os PCN mais podem colaborar na formação de cidadãos críticos e conscientes.
DESENVOLVIMENTO
Os professores precisam conhecer e sempre estarem atualizados sobre as propostas dos PCNs para que elas possam ser aplicadas em sala de aula, é uma pena que em muitos dos cursos de Letras, nem sempre se discute o que é sugerido nos Parâmetros e, por muitas vezes as Licenciaturas abordam mais questões pedagógicas que linguísticas. Assim, o formando em Letras por vezes não consegue relacionar os conhecimentos teóricos referentes `a Linguística e `a Língua Portuguesa ao que deve ser ensinado em sala de aula, e o resultado já se conhece: repetem-se velhas e desgastadas fórmulas. Muitos professores se quer tiveram aula de linguística na faculdade e outros nunca ouviram falar em conceitos como coesão, coerência, textualidade, inferência, operadores argumentativos, somente para citar alguns termos presentes nos PCN. Não se pode, portanto, esperar que esse profissional consiga aplicar tudo que está nos Parâmetros, embora alguns façam verdadeiros milagres, a despeito de sua formação precária.
Após realizar a leitura dos documentos referenciais para reflexão e analisá-los, percebo que o ensino de Língua Portuguesa segundo os PCN deixa claro que precisamos considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis: o aluno; os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem; a mediação do professor. O primeiro elemento dessa tríade o aluno é o sujeito da ação de aprender, aquele que age com e sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento o objeto de conhecimento são os conhecimentos discursivo-textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. O terceiro elemento da tríade é a prática educacional do professor e da escola que organiza a mediação entre sujeito e objeto do conhecimento. 
O objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem é o conhecimento linguístico e discursivo com o qual o sujeito opera ao participar das práticas sociais mediadas pela linguagem. Organizar situações de aprendizado, nessa perspectiva, supõe: planejar situações de interação nas quais esses conhecimentos sejam construídos e/ou tematizados; organizar atividades que procurem recriar na sala de aula situações enunciativas de outros espaços que não o escolar, considerando-se sua especificidade e a inevitável transposição didática que o conteúdo sofrerá; saber que a escola é um espaço de interação social onde práticas sociais de linguagem acontecem e se circunstanciam, assumindo características bastante específicas em função de sua finalidade: o ensino. 
A língua portuguesa é apresentada como uma área em mudança, no que se refere ao ensino, pois tem se passado do excesso de regras e tradicionalismo típicos das escolas para um questionamento de regras e comportamentos linguísticos. Os textos utilizados precisam serem contextualizados e dentro da realidade dos. A leitura e a produção de textos precisam ser vistos como a base para a formação do aluno, mostrando que a língua não é homogênea, mas um somatório de possibilidades condicionadas pelo uso e pela situação discursiva. Assim, o texto é visto como unidade de ensino e a diversidade de gêneros deve ser privilegiada na escola, o ensino de língua deverá ser mais produtivo.É, portanto, na percepção das situações discursivas que o aluno poderá se constituir como cidadão e exercer seus direitos como usuário da língua.
Para que a ideia defendida nos PCN possa ser aplicada, é necessário que o foco do ensino saia das regras pré-estabelecidas para se basear na análise de textos, visando `a compreensão e produção. Precisamos incluir no ensino de Língua Portuguesa o uso de textos orais, os professores precisam enfatizarem em suas aulas a oralidade de seus estudantes. Segundo os PCN, é a pluralidade de textos, orais ou escritos, literários ou não, que fará o aluno perceber como se estrutura sua língua.
Outro aspecto importante nos PCN é a importância do trabalho com textos produzidos pelos próprios alunos. As chamadas “redações”, geralmente textos sem objetivos e produzidos meramente como avaliação, passariam a ser material de apoio para os professores, uma vez que poderiam ser analisadas e usadas em sala para mostrar aos alunos que eles são produtores de textos. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais cumprem o duplo papel de difundir os princípios da reforma curricular e orientar o professor, na busca de novas abordagens e metodologias. E ao distribuí-los, temos a certeza de contar com a capacidade de nossos mestres e com o seu empenho no aperfeiçoamento da prática educativa. Segundo os PCN o trabalho com os conteúdos de Literatura deve ser contextualizado e o professor deverá ter em mente isto como finalidade fundamental para que o aluno seja formado com consciência e objetividade.
Segundo os PCN o estudo da literatura precisa levar o aluno para um contexto social vivenciado fora dos limites escola e dos conhecimentos repassados na escola. Com isso, a aprendizagem torna- se significativa, pois o aluno acaba identificando-se com o que a escola propõe.
É preciso considerar que o trabalho isolado com as disciplinas não oferece bons resultados e sim um maior prejuízo ao aluno, pois, quando isso acontece faz com que o aluno se sinta isolado e incapacitado. Neste sentido, geram- se inúmeras discussões sobre a necessidade de uma ação articulada das áreas de conhecimento e delas entre si, na intenção de alcançar os objetivos propostos nos PCN para o estudo da literatura. Sem a orientação dos PCN, os conhecimentos eram transmitidos através de cada disciplina de forma padronizada com informações estagnadas. Mas, os PCN dizem que ensinar literatura é articular os conhecimentos e competências de cada aluno.
A literatura quando aplicada como disciplina representa grande importância quanto às demais, visto que, é por ela que o aluno tem acesso a linguagem como instrumento para comunicação e faz parte da língua portuguesa. Aliás, um uso a linguagem de forma consciente, de um código que já utiliza oralmente e agora se revela também por meio da escrita, da interpretação e produção. A literatura não é um mero objeto utilizável para atender deficiências de outras áreas como da gramática por exemplo. A literatura existe dentro de sua essência artística e por este motivo deve ser ministrada.
No processo de identificação com a leitura literária, o aluno começa a ter um prazer mais momentâneo e estético que é manifestado através do texto para o aluno. Assim os PCN (2000) dizem que a literatura é um meio de educação da sensibilidade que vai a busca de atingir um conhecimento científico ou técnico.
Através da literatura, o aluno trabalha sua liberdade e sua criatividade, o lado da cognição, a percepção e outros aspectos que estejam ligados ao crescimento pessoal do aluno. E ainda no ensino médio o professor deve trabalhar com o objetivo de construir o letramento literário (PCN, 2000).
O ensino de literatura deverá ser voltado para o aspecto da leitura, não apenas os contextos históricos. Na questão escolar, defende a ideia de que não deve garantir o uso da linguagem fora de seu contexto, mas deve garantir este exercício sob o modo de uso amplo no seu espaço, como meio de instrumentalização do aluno para a sua função na sociedade.
Os PCN propõem que o ensino gramatical seja direcionado para as categorias estratégicas de compreensão interpretação e produção de textos. A gramática não pode ser considerada como algo abstrato. Sugere-se, então, a refacção dos textos dos alunos como exercício de análise linguística e prática textual. Assim, pode-se fazer uma reflexão sobre língua e linguagem e, comparando textos orais e escritos, dos mais diversos gêneros, o aluno vai percebendo as variações linguísticas. Segundo os PCN o ensino de gramática, é uma maneira de perceber fenômenos linguísticos e relacioná-los aos textos. A gramática não é mais vista como um fim em si, mas como um meio para o desenvolvimento das competências linguísticas do aluno.
Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma caracterização preestabelecida. Os textos submetem-se `as regularidades linguísticas dos gêneros em que se organizam e `as especificidades de suas condições de produção: isso aponta para a necessidade de priorização de alguns conteúdos e não de outros (PCN, p. 78-79). 
No que diz respeito à leitura os PCN de Língua Portuguesa preconizam a formação de leitores competentes, que consigam construir significados a partir de diferentes gêneros textuais. Para isso, os PCN preconizam uma abordagem que articula a leitura e a escrita, dando a estas o papel de atividades articuladas e complementares. Com base nos PCN, é atribuído à leitura o papel de atividade de construção e elaboração de sentido. Quanto à produção de texto, os PCN orientam a articulação entre a leitura e a escrita para a promoção de atividades didáticas.
O documento apresenta a prática de leitura e de produção dos mais variados gêneros textuais como as bases para essa perspectiva de ensino e aprendizagem, porque são processos que requerem, de forma mais efetiva, a participação ativa do aluno nos diferentes grupos sociais. O texto é entendido nesse documento como a unidade básica de ensino, tanto de leitura e interpretação como de produção textual. 
A leitura de diferentes gêneros possibilita verificar as várias possibilidades de realização da linguagem que cumprem objetivos entre seres que interagem em grupos específicos e em situações particulares. Assim, é salientado que “a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino” (PCN, EF, 1999 p. 23).
A produção textual é outro importante aspecto, salientado pelos PCN, que merece muita atenção, pois os textos produzidos pelos alunos, em sala de aula, as chamadas redações, podem, de acordo com o que é postulado no documento, ser usadas como recurso de ensino para trabalhar a língua, propriamente dita, passando de mera atividade de escrita, cujos objetivos são apenas avaliativos, a instrumento voltado ao ensino.
Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais dos diversos tipos textuais como também aspectos gramaticais que possam instrumentalizar o aluno no domínio da modalidade escrita da língua, aspectos fundamentais da prática (PCN, p. 48).
A leitura de textos, produção de textos e análise linguística devem ser consideradas como as atividades norteadoras da prática de ensino de Língua Portuguesa. Para o autor, as atividades devem estar interligadas, objetivando ultrapassar a artificialidade com que é trabalhada a linguagem no contexto educacional, possibilitando um manejo efetivo da língua em suas diferentes formas de realização.
Não podemos garantir o uso da linguagem fora de seu contexto, devemos garantir este exercício sob o modo de uso amplo no seu espaço, como meio de instrumentalização do aluno para a sua função na sociedade. O espaço do ensino de português na escola é efetivar o uso ético e estético da língua, fazer compreender que na linguagem pode-se transformar e reiterar o social, a cultura e personalidade dos educandos, ter a finalidade de respeitaras variedades linguísticas nos contextos sociais aos quais o ser humano encontra-se inserido.
Os PCN sugerem que os textos produzidos pelos alunos sejam utilizados como atividade de estudo das variações linguísticas, propiciando a reflexão sobre a linguagem, através das variações sociais e estruturais de seu uso na própria sala de aula.
O estudo da variação cumpre papel fundamental na formação linguística e no desenvolvimento da competência discursiva do aluno, devendo estar sistematicamente presente nas atividades de Língua Portuguesa (PCN, p. 82).
Não podemos pensar em uma língua homogênea, que pode ser falada da mesma forma e em todos os lugares. A variação linguística é uma das questões relevantes e que merece destaque no campo da linguagem, estando sempre presente nas relações sociais em qualquer época.
Os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa propõe a organização dos conteúdos dessa disciplina em função do eixo USO-REFLEXÃO-USO, o que significa que o ensino de língua deve partir e ter como objetivo a produção e a compreensão dos discursos sejam eles orais ou escritos. Nessa perspectiva, a língua é considerada um sistema de signos histórico e social, através do qual o homem pode reinterpretar o mundo e a realidade. Essa concepção colabora com a Sociolinguística que considera a variação da língua no tempo e no espaço. Percebemos que neste documento também é abordada a necessidade de se considerar a variedade da língua presente na escola.
Os PCN evidenciam que a escola precisa ter como objetivo educacional mais amplo o respeito à diversidade linguística, sem desvalorizar a forma de falar do aluno, ou seja, é preciso combater o preconceito linguístico e promover um ensino verdadeiramente mais democrático.
A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É saber, portanto, quais variedades e registros da língua oral são pertinentes em função da interação comunicativa, do contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido. (BRASIL, 1997, p. 32).
CONCLUSÃO
Muitas críticas apontadas a respeito do PCN de Língua portuguesa são precipitadas pois as ideias apresentadas por ele não são tão novas, antes da elaboração do PCN já era sugerido uma abordagem mais produtiva no ensino de Língua Portuguesa e isso influenciou e muito para a elaboração do mesmo. É necessário ainda discutir os PCN e divulgar seu conteúdo, motivando os professores a debater as propostas e a sugerir atividades. Afinal, por mais que se questione sua origem e utilidade, os PCN tem como principal objetivo fazer com que o ensino forme cidadãos, e essa é a finalidade primeira de todo processo educativo.
Considero que a relação entre o PCN e o professor de Língua Portuguesa precisa melhorar e muito pois muitos professores não conhecem e procuram discutir as propostas trazidas por esses documentos que ao meu ver são maravilhosas. Assim não estão respeitando seus alunos pois continuam levando para as salas de aulas conteúdos devassados e sem sentido, deixando de lado os conhecimentos que seus alunos possuem.
Muitos dos atuais professores continuam a utilizar modelos antigos de educação e precisam urgentemente a descontruir esses modelos e construir novos.
Além disto, seria muito interessante se, pelo menos, a nova geração de professores fosse formada como agente desta nova visão, deste novo paradigma. Teríamos, assim, a garantia de que uma renovação se daria na passagem de uma geração de professores para outra. A relação do professor com a linguagem deve ser uma preocupação fundamental dos cursos de licenciatura.
Outro aspecto importante também é que o professor formado deve vivenciar o que irá ensinar, o gosto pela leitura, pelo conhecimento, o respeito à diversidade linguística, entre outros, devem ser requisitos indispensáveis ao professor. Como enfatizam os PCN, é uma responsabilidade coletiva de educadores, e onde acrescentamos também os alunos, fazer da escola um espaço de crescimento, de respeito, de cidadania. 
Não culpo somente os professores por não se interessarem em colocar na prática o que os PCN nos orienta, culpo principalmente o sistema educacional pela desvalorização dos professores, precisa–se melhorar as condições de trabalho para que estes tenham a oportunidade, assim, de buscar uma constante atualização e crescimento como profissionais e como cidadãos. 
�
REFERÊNCIAS
GERALDI, J. (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.
KOCH, I. Gêneros do Discurso. In: KOCH. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, p. 53 - 60, 2002.
_____. Os PCNs de Língua Portuguesa: revista eletrônica ABRALIN, v. 38, n. 36, 2005. Disponível em:< http://www.unb.br/abralin/index.php>. Acesso em: 18 jun. de 2007.
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003, p. 103-105. 
______.Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 
São Paulo: Parábola Editorial, 2007, p. 41, 104.
BORDINI, Maria da Glória. AGUIAR, Vera Teixeira de. Formação do leitor. In: Literatura – a formação do leitor: alternativas metodológicas. 2 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993, p. 9 -17.
PINHEIRO, José Helder. Literatura no ensino Médio: uma Hipótese de Trabalho. In: DIAS. Luiz Francisco. Texto, escrita, interpretação: ensino e pesquisa. João Pessoa: ideia, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação- Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa- 3º e 4º Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.Brasília: MEC/SEF, 2000.

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