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Profa. Vera Lucia Flor Slveira Departamento de Ciências Biológicas 2009 Glândula Tireóide Histórico Localização- anatomia funcional e histologia Síntese dos hormônios Regulação da secreção Efeitos fisiológicos T3 (Triiodotironina) e T4 (Tiroxina) Controlam o Metabolismo Corporal Indispensáveis para o Crescimento e Desenvolvimento normal CARTILAGEM TIROIDIANA ARTÉRIA CARÓTIDA VEIA JUGULAR GLÂNDULA TIREÓIDE The anterior location of the thyroid gland permits visualization and palpation when it is enlarged and forms a goiter. O nome TIREÓIDE deriva do grego “THYREOS” = Em forma de armadura Galeno no II século d.c 1º a descrever esta glândula supondo que sua função fosse a de lubrificar a faringe. Vários séculos mais tarde WHARTON (1656) denominou-a tireóide e acreditou que desempenhava as seguintes funções: a) Lubrificar a laringe para tornar a voz mais harmoniosa; b) Absorver certos fluídos supérfluos provenientes do nervo recorrente; c) Aquecer a cartilagem da traquéia; d) Embelezar o contorno do pescoço. HISTÓRICO Foi a partir de observações clínicas que se começou a delinear o papel fisiológico da glândula tireóide. FLAJANI (1802) descreveu alguns sinais do que é hoje conhecido como hipertireoidismo. PARRY e GRAVES (1842) observaram que o aumento da glândula estava associado à taquicardia, sudorese e tremor. VON BASEDOW (1840) associou a tríade: exoftalmia, bócio e palpitação, à hiperatividade da tireóide. Até hoje, o hipertireoidismo é denominado de doença de Graves ou Basedow. BAUMAN (1895) observou que a tireóide concentrava grande quantidade de iodo tecidual (25% do total de iodo do organismo). KENDALL (1914) cristalizou o hormônio secretado pela tireóide e denominou-o de tireoxina. Somente em 1927, HARRINGTON e BORGES determinaram sua estrutura química e sintetizaram a tireoxina (T4) Em 1952, GROSS e PITT-RIVERS extraíram a triiodotironina (T3) do tecido tireoidiano. Glândula Tireóide CARTILAGEM TIROIDIANA ARTÉRIA CARÓTIDA VEIA JUGULAR GLÂNDULA TIREÓIDE Peso: 15 a 20 g BOLSAS FARÍNGEAS TRAQUÉIA CAVIDADE BUCAL GLÂNDULA TIREÓIDE BOTÃO PULMONAR ESÔFAGO VISTA VENTRAL - 4ª SEMANA TUBO FARÍNGEO LÍNGUACAVIDADE FARÍNGEA 1ª BOLSA 2ª BOLSA 3ª BOLSA PARATIREÓIDE TIMO PARATIREÓIDE ESÔFAGO TRAQUÉIA ISTMO LOBO LATERAL DA TIREÓIDE EPITÉLIO DA LARINGE 6ª A 7ª SEMANA 12 SEMANAS – SINTETIZA E SECRETA HORMÔNIOS SOB ESTÍTMLO DO HPOTÁLAMO E HIPÓFISE FETAIS Origem: Endoderma do Tubo Faríngeo Embrionário ARTÉRIA TIROIDIANA SUPERIOR VEIA TIROIDIANA SUPERIOR ARTÉRIA CARÓTIDA VEIA JUGULAR VEIA TIROIDIANA MÉDIA VEIAS TIROIDIANAS INFERIORES ARTÉRIA TIROIDIANA INFERIOR NERVO VAGO VEIA CAVA SUPERIOR LOBO PIRAMIDAL LOBO ESQUERDO LOBO DIREITO ISTMO GLÂNDULA TIREÓIDE ARTÉRIA E VEIA SUBCLÁVIAS TRONCO BRAGNIO CEFÁLICO GLÂNDULA PARATIREÓIDE SUPERIOR GLÂNDULA PARATIREÓIDE INFERIOR ARTÉRIA TIROIDIANA INFERIOR ARTÉRIA CARÓTIDA VEIA JUGULAR NERVO LARÍNGEO INFERIOR NERVO LARÍNGEO SUPERIOR ARTÉRIA SUBCLÁVIA ARTÉRIA TIROIDIANA SUPERIOR ARTÉRIA TIROIDIANA INFERIOR ARTÉRIA CARÓTIDA Folículo Epitélio cúbico simples Cápsula Tecido conjuntivo frouxo (septos) C. Parafoliculares Calcitonina-Controle da [Ca] Folículos Colóide Folículos Colóide Triiodotironina (T3) Tiroxina (T4) C. Parafoliculares Calcitonina-Controle da [Ca] C. Foliculares HORMÔNIO TIREOTRÓFICO BAIXO OU AUSENTE NORMAL AUMENTADO ATROFIADA NORMAL AUMENTADA CÉLULAS ACHATADAS CÉLULAS CUBÓIDES FOLÍCULO TIREOIDIANO TIREÓIDE CÉLULAS COLUNARES Aspecto do folículo varia com a atividade funcional * 80µg de Iodo/dia Deficiência de I na dieta- aumento da captação de I pela tireóide O Iodo dentro da glândula é 100 x maior do que a quantidade diária necessária – 2-3 meses Turnover de Iodo em humanos 1. Biossíntese da tireoglobulina 2. Captação de iodetos pelas células foliculares 3. Iodação dos resíduos tirosínicos da molécula de tireoglobulina 4. Acoplamento de MIT e DIT Síntese dos hormônios NIS: co-transportador Na/Iodeto Pendrina: transportador Iodeto/cloreto Megalina: receptor de TG HO C NH2 H C OH O I C H H MONOIODOTIROSINA (MIT) HO C NH2 H C OH O I C H H I DIIODOTIROSINA (DIT) I C NH2 H C OH O C H H TIROSINA HO I HO C H H C OH O C H H I I I I TIROXINA (T4) +C NH2 H C OH O HO I I C H H HO C NH2 H C OH O I I C H H DITDIT OH C NH2 H C O C H H HO I I I TRIIODOTIRONINA (T3) +HO C NH2 H C OH O I I C H H DIT HO C NH2 H C OH O I C H H MIT O TIH TIH: Somatostatina T4 - pró-hormônio T4>T3 Tecidos - T4 pela ação da 5’desiodase se transforma em T3. A TG é sintetizada no RER como duas unidades dipeptídicas isoladas que se unem e sofrem glicosilação no seu trajeto até o C. Golgi . É sulfonada e empacotada em vesículas e deslocada até a membrana apical e por exocitose é lançada no lumem do folículo. Cada TG tem cerca de 70 aa tirosina. Célula folicular Colóide NIS Inibidores competitivos do transporte de Iodeto: SCN (Tiocianato) e CIO4 - (Perclorato) Pendrina Magalina ColóideCélula folicularSangue Magalina TRH Cortisol GH Somatostatina e Dopamina Ativação pelo sistema nervoso simpático Hipotálamo Exposição ao frio TSH Hipófise Anterior Captação de I - síntese (T 3 ) e T 4 Tireóide Sangue Tecidos alvo T 3 T 4 T 3 T 4 Controle da secreção dos hormônios tireoidianos + +- - - - - + Inibe Estimula TSH actions on the thyroid cell. cAMP along with Ca++ and phosphoinositol products act as second messengers generated by TSH binding to its receptor. All steps in thyroid hormone production, as well as many aspects of thyroid cell metabolism and growth, are stimulated by TSH. α, α subunit; β, β subunit. pool I - DESIODAÇÃO PERIFÉRICA NA CÉLULA ALVO T3 T2 T1 T0 T0T1T2rT3 T4 T4 EFEITO BIOLÓGICO 5 DESIODINASE 5’ DESIODINASE I - Regulação Frio Doenças hormônios são degradados principalmente no fígado, rins e musculatura esquelética Metabolismo periférico da tiroxina (T4) é feito em grande parte por desiodações sucessivas. Um passo regulatório chave é a proporção de T4 sofrendo a desiodação inicial em um T3 metabolicamente ativo versus o rT3 metabolicamente inativo. Asteriscos (TTRAC e TRIAC) significam desaminação oxidativa e descarboxilação. Sulfatos de T4 e T3 e glicoronídeos também são formados em pequenas quantidades. TETRAC – diminui o colesterol O T4 é desiodado pela 5’D1 ou 5’D2 formando o T3 que dentro da célula é transportado até o núcleo, onde se liga a um receptor nuclear Interação entre os H. tireoidianos e o sistema nervoso simpático (SNS) na regulação da termogênese facultativa no TAM. Sistemas Cardiovascular e Respiratório Produção de calor e o CO2 nos tecidos Resistência vascular periférica - pressão diastólica - estimulação adrenérgica - Débito, freqüência CO2, freqüência e intensidade dos movimentos respiratórios Sistema Digestivo motilidade, secreção de sucos digestivos e absorção de alimentos Mecanismos pelos quais oshormônios da tireóide aumentam o débito cardíaco. O mecanismo indireto provavelmente é quantitativamente mais importante. EFEITOS FISIOLÓGICOS Ação: aceleração dos processos orgânicos Característica: ação bifásica - níveis fisiológicos altos catabolismo ação sinérgica às catecolominas - níveis fisiológicos baixos anabolismo ação sinérgica à insulina METABOLISMO CARBOIDRATOS Doses pequenas T3 + insulina glicogenogênese Doses maiores T3 + catecolaminas glicogenólise neoglicogênese METABOLISMO LIPÍDIOS Doses pequenas T3 + insulina lipogênese Doses maiores T3 lipólise atividade lipolítica: catecolaminas GH Glucagon Glicocorticóides METABOLISMO PROTÉICO Doses pequenas T3 anabolismo das proteínas estruturais, enzimas e coenzimas (metabolismo de vitaminas) Doses maiores T3 catabolismo protéico Efeito da administração de uma única dose de TSH humano em indivíduos normais Torres et al., J Clin Endocrinol Metab 86:1660, 2001 Horas após tiroxina CORAÇÃO MUCOSA GÁSTRICA FÍGADO MUCOSA LISA DIAFRAGMA MÚSCULO ESQUELÉTICO ANIMAL RIM BAÇO CÉREBRO TESTÍCULOS 0 6 12 24 48 90 100 110 120 130 140 150 160 % PORCENTAGEM DE AUMENTO NO CONSUMO DE O2 * * * * * * * * * * * * * * * * *
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