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Língua Portuguesa III morfologia

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Prévia do material em texto

Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
SEMESTRE 3
LÍNGUA PORTUGUESA III – MORFOLOGIA.
Créditos e Copyright	
MESQUITA, Alessandra.
Língua Portuguesa III-morfologia. Alessandra Mesquita. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2007/14. (Material didático. Curso de Letras).
 
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Letras. 3. Língua Portuguesa IV. I. Título
CDD 469
	
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
CURSO: Licenciaturas em Letras
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa III - morfologia
SEMESTRE: 3º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80
 
EMENTA
Morfologia - Gramática e recursos gramaticais. Estudo das classes de palavras. Morfologia flexional, nominal e verbal. Estrutura e processos de formação das palavras e a importância do processo na comunicação e na inserção social; a língua como poder social e econômico; reflexão e orientação sobre o ensino da língua materna e suas representações orais e escritas.
OBJETIVO GERAL
Analisar os aspectos morfológicos da língua e seu caráter social e perceber o interlocutor como agente criativo na leitura do texto.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 UNIDADE 1- Classes Gramaticais
- Entender a diferença entre as classes gramaticais e suas correlações;
 UNIDADE 2- Estrutura das Palavras
- Apreender o uso da língua em seu campo morfológico;
 UNIDADE 3- A importância da formação de palavras na comunicação e na inserção social e gramática textual
- Compreender o processo de formação das palavras;
- Entender o que é sentido denotativo e sentido figurativo; 
- Compreender o uso da gramática; 
- Entender o texto como objeto principal de estudo; 
- Trabalhar a transversalidade nas aulas de língua portuguesa. 
CONTEÚDO
UNIDADE 1- Classes Gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, uso do pronome átono, verbo, advérbio, preposição, crase, conjunção e interjeição.
UNIDADE 2- Estrutura das Palavras: Formação de palavras por derivação e composição, tipos de derivação, tipos de composição, sentido próprio e figurado e polissemia.
UNIDADE 3- A importância da formação de palavras na comunicação e na inserção social e gramática textual: a importância do estudo da língua, o valor da cultura, código e língua, dialetos, registros, prática da análise linguística, variações linguísticas, letramento e alfabetização, formas linguísticas e comunicação escrita. A transversalidade nas aulas de língua portuguesa. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ASSIS Rocha, Luiz Carlos de. Estruturas Morfológicas do Português. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998. 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis-RJ: Vozes,1987. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. São Paulo: Nova Fronteira, 2001. 
MATTOS E SILVA, Rosa. Tradição Gramatical e Gramática Tradicional. São Paulo: Contexto,1989. 
NEVES, Maria Helena da Moura. Gramática na Escola. São Paulo: Contexto, 1990. 
ROSA, M. Carlota. Introdução à Morfologia. São Paulo: Contexto. 2000. 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. 3 ed. São Paulo: Cortez, 1997
 
METODOLOGIA
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
 
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
Aula 01_Substantivo
 
Na língua Portuguesa, qualquer ser que existe ou que imaginamos existir recebe o nome de substantivo. Então, palavras como lua, estrela, amor, Deus, Brasil, beija-flor são consideradas substantivos.
É importante observar que algumas palavras acompanhadas de artigo (outra classe gramatical que será estudada mais a frente) tornam-se automaticamente substantivos: o não, o amanhecer, o amar.
 
Algumas frases para reflexão:
a)    O não que eu disse ao rapaz soou como uma trombeta.
b)    Gostaria de ter visto o amanhecer.
Dentro do estudo de substantivo, ainda, podem-se apresentar os tipos existentes do mesmo: comum ou próprio; simples ou composto; concreto ou abstrato; primitivo ou derivado; coletivo.
 
Tipos de Substantivos:
Comum: refere-se a todos os seres de uma mesma espécie: cidade, jornal.
Próprio: refere-se a um ser de uma mesma espécie: Pernambuco 
Veja:
Simples: apenas um radical: flor, moleque.
Composto: mais de um radical: couve-flor, pé-de-moleque.
Concreto: existência real, independente: estrela, ar, fada.
Abstrato: existência dependente: inveja, saudade.
Primitivo: dá origem a outros substantivos: carro, pedra.
Derivado: origina-se de outro substantivo: carroça, pedraria.
O substantivo coletivo se encontra dentro do substantivo comum. Embora esteja no singular, ele indica vários seres da mesma espécie: manada (de elefantes, búfalos, cavalos), exército (de soldados).
 
Particularidades de Gênero:
Um substantivo pode ser o mesmo, isto é possuir a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: pianista, repórter. Neste caso, quando a referência é o homem, usamos o artigo o; quando a referência é a mulher, usamos o artigo a. Estes são os comuns -de dois.
 
Já aqueles substantivos que se referem tanto a homem quanto a mulher, mesmo que usados somente com o artigo o, ou somente com o artigo asão chamados de sobrecomuns: a criança, o cadáver, a pessoa. 
Finalmente, os epicenos que caracterizam alguns nomes de animais e insetos  precisam do auxílio das palavras macho e fêmea: cobra, tatu, pulga.
 
Flexão dos Substantivos
Existem substantivos que só podem ser usados no plural: as algemas, as cócegas.
Por outro lado, têm substantivos compostos que podem ser flexionados de várias maneiras de acordo com a sua regra:
Somente irão para o plural os substantivos e os adjetivos, todavia tem de prestar atenção na composição da palavra:
a quarta-feira – as quartas-feiras
a batata-doce - as batatas-doces
Se aparecer uma preposição entre dois substantivos, só o primeiro irá para o plural:
a dor-de-cotovelo – as dores-de-cotovelo
Quando os substantivos compostos mostram o segundo elemento com finalidade de limitar a ideia do primeiro, indicando semelhança, tipo, finalidade, somente o primeiro será flexionado:
           o salário-família – os salários-família
Se o composto é formado de dois ou mais adjetivos, só o último recebe S no plural:
o latino-americano - os latinos-americanos
Não variam os verbos, advérbios e prefixos:
o vaga-lume- os vaga-lumes
o alto-falante- os alto-falantes
Se os verbos forem iguais:
 os corre-corres
Nos elementos onomatopaicos:
os miau-miaus
Alguns casos especiais:
os pai-nossos, os pouco-casos, os bem-me-queres
Observação:  Guarda-roupa - guarda-roupas
            Guarda-noturno - guardas-noturnos
Aula 02_Artigo
  
Nesta aula, estudaremos a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo – o artigo.
O artigo é a palavra que só se usa antes do substantivo.
Além de indicar o gênero e o número do substantivo, serve para individualizá-lo ou generalizá-lo, classificando-se em:
a) definidos (o, a, os, as), quando individualizam.
O artigo definido é usado para determinar o substantivo de forma definida, precisa.
Compreia blusa que desejava.
b)  indefinidos (um, umas, uns, umas) quando generalizam:
O artigo indefinido é usado para determinar o substantivo de forma indefinida, vaga.
Comprei uma blusa na loja de roupas
Flexão dos Artigos
O artigo é uma classe variável, flexionado em gênero e número para concordar com o substantivo a que se refere.
o menino– a menina
um menino – uma menina
os meninos – as meninas
uns meninos – umas meninas
Aula 03_Adjetivo
    
Outra palavra que se relaciona ao substantivo é o adjetivo.
Adjetivo é toda e qualquer palavra que modifica o substantivo, indicando qualidade, defeito, estado, condição.
EXEMPLOS:
Homem bom
Moça feliz
Quarto sujo
Se o adjetivo possui apenas uma forma para se referir tanto a substantivo feminino ou masculino, temos o adjetivo uniforme: moço feliz, moça feliz.
Se o adjetivo varia no feminino, temos o adjetivo biforme: homem bom, moça boa.
Se o adjetivo é formado por um radical, diz-se simples: vermelho, escuro.
Se é considerado de mais de um radical, chama-se composto: vermelho-claro.
Do ponto de vista semântico:
1)Restritivo: quando particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres: fogo azul.
2)Explicativo: quando não particulariza um subconjunto dentro de um conjunto: fogo quente.
3)Pátrio: designa nacionalidade, procedência, origem da pessoa ou coisa representada pelo substantivo a que se refere: povo português, clima paulistano.
 A categoria de grau dos adjetivos:
Grau comparativo:
   1)    de  igualdade: Ela é tão inteligente quanto (ou como) eu.
2)    de superioridade: Ela é mais inteligente que  (do que) eu.
3)     de inferioridade: Ela é menos inteligente que ou (do que) eu.
Grau superlativo:
1)    absoluto:
a)    sintético: inteligentíssimo
b)    analítico: muito inteligente
2)    relativo:
a)    de superioridade: a mais inteligente
b)    de inferioridade: a menos inteligente
ENCERRAMENTO Finalmente, temos a Locução adjetiva:
Se, no lugar de um adjetivo, aparecem duas ou mais palavras modificando um substantivo, tem-se a locução adjetiva, que sempre se inicia com uma preposição:  amor de mãe, casa de campo.
Aula 04_Numeral
  
Dentre as palavras que se relacionam ao substantivo, há também o numeral.
 
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa sequência.
  
O numeral, de acordo com o que indica pode ser:
a)  cardinal: indica uma quantidade determinada de seres: um, dois.
b) ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres numa determinada sequência: primeiro, segundo.
c) multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade é multiplicada: dobro, triplo.
d) fracionário: indica em quantas partes uma quantidade é dividida: meio, terço.
  
Flexão do Numeral
Os numerais podem  variar em gênero e número.
Em gênero:
os cardinais um, dois e os de duzentos a novecentos:  dois – duas, trezentos – trezentas.
todos os ordinais: primeiro – primeira.
os multiplicativos e os fracionários com função adjetiva em relação ao substantivo: salto duplo; meio) abacate e meia banana  (significando metade), quarta parte.
Observação:  É meio-dia e meia ( hora).
Em número:
os cardinais terminados em ão: um milhão – dois milhões.
todos os ordinais: primeiro – primeiros.
os multiplicativos, com função adjetiva: copos duplos.
os fracionários, dependendo do cardinal que o antecede: dois terços.
  
 
ATENÇÃO Para ler um numeral quando aparecerem as palavras capítulo, cena, há uma observação. Até o número dez, usa-se o ordinal: capítulo segundo; após o número dez, usa-se o cardinal: capítulo onze.
Aula 05_Pronome
 
Pronome é a palavra variável que substitui ou acompanha o substantivo.
 Assim temos:
 
a) pronome substantivo: vem no lugar do nome.
    Ex. Este livro é meu.
b) pronome adjetivo : acompanha o nome.           .
    Ex. Este livro é meu.
 
Os pronomes classificam-se em:    
 1) Pronome pessoal: designam as pessoas do discurso. Subdivide-se em:
 a) retos: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
 b) oblíquos átonos: me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as.
 c) oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco, si, consigo.
 
Os pronomes pessoais retos funcionam sempre, sintaticamente, como sujeito da oração.
 Ex. Tu e eu sairemos. Estas provas são para eu corrigir.
  
Os pronomes pessoais oblíquos funcionam sempre, sintaticamente,como complemento.
 Ex: A pedra caiu entre mim e meus colegas.
 
Importante: Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos ou não reflexivos, porém, os pronomes SI e CONSIGO só podem ser reflexivos.
Ex. Eu quero falar com você. (certo)
Eu quero falar contigo. (certo)
Eu quero falar consigo. (errado)
Ele levava consigo os documentos. (certo)
Ela só fala de si mesma. (certo)
 
 2) Pronome demonstrativo: indicam lugar ou posição dos seres com relação às pessoas do discurso.
 
       Este, esta, estes, estas; isto                            âmbito da 1ª. pessoa.
       Esse, essa, esses, essas; isso                        âmbito da 2ª. pessoa.
       Aquele, aquela, aqueles, aquelas; aquilo        âmbito da 3ª. pessoa.
 
3) Pronomes Indefinidos: referem-se à terceira pessoa gramatical de forma vaga e indeterminada. São eles: alguém, ninguém, algum(ns), alguma(s), toda(s), nada, todo(s), muita(s), muito(s), qualquer (quaisquer).
O pronome CERTO (e variações) tem valor de indefinido quando colocado antes do substantivo.
 
Exemplo:
Certo homem está conversando na esquina, entre as avenidas Ipiranga e São João.
4) Pronomes Interrogativos: são utilizados para formular perguntas: que, quem, qual, quais, quanto(s), quanta(s).
5) Pronomes Relativos: lembram um termo anterior (o antecedente).
  
Os alunos leram um livro. O livro era muito difícil.
Os alunos leram um que (o qual) era muito difícil.
Os pronomes relativos são: que, quem, o qual (e seus variantes), cujo (e seus variantes), onde, quando:
a)    Este é o aluno de quem lhe falei.
b)    Este é o objetivo por que anseio.
c)    O aluno cuja mãe é doméstica é muito esforçado.
d)    A cidade onde nasci é pequena.
e)    Chegará o dia quando resolveremos o caso.
  
ATENÇÃO  O uso do pronome cujo é sempre entre substantivos, não podendo colocar, depois, o artigo. Usa-se onde com verbos que não dão ideia de movimento e aonde com verbos que dão ideia de movimento ( para onde).
Aula 06_Uso do Pronome Átono
      
O pronome átono em locuções verbais perfeitas:
São locuções verbais perfeitas (um sujeito só para dois verbos) aquelas formadas de auxiliar modal (querer, dever, saber, poder) ou ter de, haver de, seguidos de um verbo principal no infinito pessoal. No caso dessas locuções verbais o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo.
 
Exemplos:
Devemos-lhe dizer a verdade.
Nós lhe devemos dizer a verdade.
Devemos dizer-lhe a verdade.
 
ATENÇÃO Se, no caso exposto, as locuções verbais forem precedidas de palavra que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: antes do auxiliar ou depois do infinitivo.
 
Exemplos:
Não lhe devemos dizer a verdade.
Não devemos dizer-lhe a verdade.
  
O pronome átono em tempos compostos:
Nos tempos compostos, formados de um verbo auxiliar  (ter  ou principal), o pronome átono se anexa ao verbo auxiliar, nunca ao particípio.
  
  Exemplos:
  Eu me havia aproximado demais.
  Tinha-me arrastado, sem perceber, sobre pedras.
  Eu me havia aproximado demais.
  
ATENÇÃO Os pronomes O, A, OS, AS não são reflexivos. Quando empregados encliticamente (após a forma verbal), modificam-se conforme o final da forma verbal:
  
- Se o verbo terminar por vogal ou ditongo oral, empregamos os pronomes átonos sem qualquer alteração: -o, -a, -os, -as.
  Ex. tenho-o, amo-a, ouvi-o, ajudou-as, levei-os.
 
- Se o verbo terminar em som nasal, os pronomes passam a ter as formas: no, nas, nos, nas.
  Ex: encontraram-nos, põe-na.
  
- Se o verbo terminar  em r,s,ou z, os pronomes passam a ter as formas: lo, la, los, las
   Ex: encontrá-lo, encontramo-las, fê-la.  
 
 Observação: Se antes do futuro (presente ou pretérito) houver uma das palavras ou expressões que provocam a próclise (antes do verbo), não se colocará o pronome átono em posição mesoclítica (meio do verbo), e sim proclítica.
Ex. Nada te direi, embora me obrigues.
É o que lhe diríamos, se pudéssemos falar.
Aula 07_Verbo   
 
Nesta aula, trataremos da palavra variável que exprime ação, fenômeno, estado ou mudança de estado, o verbo.
 
Estrutura do verbo:
Beb - ê - sse - mos
beb - é o radical
ê - é a vogal temática
sse - designa modo temporal
mos - designa número pessoal
1º. conjugação verbos terminados em ar – cantar
2º. conjugação verbos terminados em er – vender
3º. conjugação verbos terminados em ir – partir
 
Formas rizotônicas e arrizotônicas
Rizotônicas são aquelas em que a sílaba tônica do verbo permanece dentro do radical.
Ex : cant/o, fal/am, part/a
Arrizotônicas aquelas que a sílaba tônica permanece fora do radical (nas terminações).
Ex : cant/amos, vend/emos, part/irás
 
Flexões : Número, pessoa, modo, tempo e voz
Número - singular e plural
Pessoa – 1ª, 2ª, 3ª pessoas
 
Modos: indicativo , subjuntivo, imperativo
Indicativo: exprime um fato certo. Ex: Nós viajaremos amanhã.
Subjuntivo: exprime um fato duvidoso. Ex: Quando eu estudar...
Imperativo: exprime uma ordem, um conselho, um pedido, um desejo. Ex: Espero que você seja feliz.
 
Tempos: presente, passado (pretérito), futuro
Presente é o hoje.
Pretérito foi o ontem.
Futuro será o amanhã.
 
Vozes do verbo:
Ativa: praticada pelo sujeito.
O homem plantou uma rosa.
Passiva: é recebida pelo sujeito, ação expressa pelo verbo.
João foi ferido por Paulo.
Reflexiva: pratica e sofre a ação.
Maura feriu-se.
 
Modo indicativo:
Presente - eu preservo
Pretérito imperfeito - eu preservava
Pretérito perfeito simples - eu preservei
Pretérito perfeito composto - eu tenho preservado
Pretérito mais que perfeito simples - eu preservara
Pretérito mais que perfeito composto - eu tinha preservado
Futuro do presente simples - eu preservarei
Futuro do presente composto - eu terei preservado
Futuro do pretérito simples - eu preservaria
Futuro do pretérito composto - quando eu tiver preservado
 
Modo subjuntivo:
Presente - que eu preserve
Pretérito imperfeito - se eu preservasse
Pretérito perfeito - que eu tenha preservado
Pretérito mais que perfeito - se eu tivesse preservado
Futuro simples - quando eu preservar
Futuro composto - quando eu tiver preservado
 
Modo imperativo:
Afirmativo - não tem a 1ª pessoa do singular e é formado do presente do subjuntivo, com exceção da 2ª pessoa do singular e da 2ª pessoa do plural, que são retiradas do presente do indicativo sem o s final - preserva tu , preserve você, Preservemos nós, preservai vós, preservem vocês.
Negativo - sem a 1ª pessoa do singular e é formado do presente do subjuntivo -não preserves tu, não preserve você, não preservemos nós, não preserveis vós, não preservem vocês.
Formas nominais - podem desempenhar as funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem o modo. São elas: infinitivo, particípio e gerúndio.
 
Infinitivo impessoal é o nome do verbo e pode ter o valor e função de substantivo. Ex: Viver é difícil.
Infinitivo pessoal é o que está relacionado às três pessoas do discurso e flexiona assim (na 1º. e 3º. pessoas do singular o morfema é zero)
1º.infinitivo+0         poder(eu)
2º.infinitivo+es        poderes (tu)
3º.infinitivo+0         poder(ele)
1º.infinitivo+mos    podermos (nós)
2º.intinitivo+des     poderdes (vós)
3º.infinitivo +em     poderem (eles)
 
Particípio - Terminado o ano letivo, os alunos viajaram. (particípio como adjetivo)
Gerúndio - Aprende-se fazendo ( gerúndio como advérbio)
Vejo crianças brincando na praça ( gerúndio como adjetivo ou oração adjetiva)
 
Classificação dos verbos quanto à flexão:
Regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes
 
Regulares não alteram o radical e apresentam desinências normais da conjunção.
1ª conjugação: compro, comprei, comprarei, comprasse
2ª conjugação: vendo, venderei, vendesse
3ª conjugação: parto, parti, partirei, partisse
Irregulares - têm desvios dos radicais.
dou, dei, darei, disse, fazer, faço, fiz , farei, fizesse, pedir, peço, pedi, pedirei, pedisse
Anômalos - têm mais de um radical. ser, sou, fui , ir , vou, irei, ia
Defectivos - não são conjugados em todos os tempos. falir, abolir, chover, trovejar
Abundantes - têm duas ou mais formas variantes. Aceitado e aceito 
 
Formação de tempos verbais:
Três formas são primitivas; presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo, infinitivo impessoal.
Todos as demais são formas derivadas.
 
Locução verbal:
É o conjunto de dois verbos, sendo o primeiro auxiliar e o segundo principal numa das formas nominais ( infinitivo, gerúndio, particípio).
Exemplos
Começou a chover.
Começaram a discutir.
Tenho de sair.
Havia saído.
Os verbos auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser, estar, ir, vir, andar
Aula 08_Advérbio  
 
Nesta aula, veremos o advérbio, que é a palavra ou expressão que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstância.
Exemplos
Esta menina fala bem ( modo)
Esta menina é bem alta ( intensidade)
Esta menina fala muito bem ( intensidade) ( modo)
 
Classificação do advérbio:
Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente.
Intensidade: bem, muito, pouco, menos, meio, bastante.
Lugar: aqui, ali, aí , cá , lá , atrás, perto, longe, adiante.
Negação: não, tampouco , absolutamente, nada.
Tempo: ontem, hoje, amanhã, sempre, agora, ainda.
 
Advérbios interrogativos:
Por que choraste?
Quando você chegou?
Onde estão os corruptos?
Como fez este trabalho?
Locução adverbial:
Conjunto de palavras que tem o valor de advérbio, formado por preposição +substantivo ,adjetivo ou advérbio 
De lugar - à direita, à esquerda
De tempo - à noite, à tarde
De modo - com amor, à toa
De afirmação - com certeza, sem dúvida
De intensidade - de muito, de pouco
De negação - de forma alguma, de modo nenhum
De meio ou instrumento a pau, a pé, a cavalo
 
Grau dos advérbios:
Grau comparativo:
• de igualdade. Ele estudou tão bem quanto ela.
• de superioridade. Felipe chegou mais cedo que Paulo.
Grau superlativo:
• sintético. Estudei muitíssimo.
• analítico. Levantei muito cedo.
 
Emprego dos advérbios:
Para formar advérbios de adjetivos, acrescenta-se o sufixo mente ao radical.
Tranquilamente, cortesmente, anteriormente
Se dois ou mais advérbios com mente modificam o verbo, usa- se o sufixo apenas no último.
Ela entrou no palco calma, sossegada e suavemente.
Aula 09_Preposição  
 
Nesta aula estudaremos a preposição, palavra invariável que liga dois termos da oração estabelecendo uma relação.
O termo que vem antes da preposição chama-se regente e o que vem depois é o regido.
Gosto de você.
  
As preposições classificam-se em:
a) essenciais: a / de / perante / ante / desde / por / após / em / sem / até / entre / sob / com / para / sobre / contra / per / trás.
b) acidentais: afora / consoante / conforme / durante / salvo / exceto.
  
Locução prepositiva é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor de preposições, formada por advérbio + preposição.
 
Mariane mora perto (adv) de (preposição) Ana Paula.
Estou a par do assunto.
 
  
Emprego das preposições:
 
A preposição pode unir-se a outras palavras, caso em que se dá a combinação ou contração.
 
Há combinação quando uma preposição se une a outra palavra sem perda de fonema.
Há contração quando tem a perda do fonema e quase tudo é contração exceto ao(s) e onde.
  
Combinação
 
A + O = AO
A + OS = AOS
A+ ONDE = AONDE
  
Contração
A + A = À (CRASE) A + AS = ÀS
A + AQUELE = ÀQUELE
A + AQUELA = ÀQUELA
A + AQUILO = ÀQUILO
DE + O = DO
DE + A = DA
DE+ ESTE = DESTE
DE + ESTA = DESTA
EM + O = NO
EM + A = NA
EM + ESTE = NESTE
Aula 10_Crase
  
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
A regra geral: diz que o termo regente deve exigir preposição A e o termo regido deve admitir artigo A.
Exemplo: Os médicos apresentaram-se à direção do hospital.
 
A crase pode ocorrer entre:
1) A preposição a e os artigos a, as:
Exemplo: Chegou à embaixada
O alarme foi dado às 13h.
2) A preposição a e o pronome demonstrativo aquele(s), aquelas(s), aquilo:
Exemplo: Permaneci indiferente àquele barulho.
Dirigiu-se àquelas pessoas
3) A preposição a e o pronome demonstrativo a, as:
Exemplo: Sua maneira de falar é igual à de Martha.
4) Nas locuções femininas:
Exemplo: À medida que escurecia, lembrou-se de que à tarde deveria ter terminado.
5) Diante de masculino, subtendendo-se à moda de, à maneira de:
Exemplo: Analisando suas redações, percebi que escrevia à Machado de Assis.
6) Em expressões que indicam horas:
Voltarei à escola à uma hora da tarde.
 
Casos especiais:
1) Nomes de lugar femininos quando admitirem artigo:
Nas férias irei à Espanha.
2) Diante da palavra casa, terra e distância:
a) sem modificadores – não admite crase:
Voltei a casa no fim da tarde.
Os navios votaram a terra.
Permaneça a distância para não ser ferido
b) com modificadores:
Voltei à casa de meus pais.
Os navios voltaram à terra de origem.
Permaneça à distância de 50 metros, que não há perigo.
 
3) Ocorrência facultativa:
a) Após a preposição ATÉ:
Foram até a(à) escola fazer exames.
b) Diante de nomes próprios femininos:
Dedicava seu amor a (à) Teresa.
c) Diante de pronomes possessivos possessivos, no feminino singular.
Todos teciam elogios a (à) sua vontade de estudar.
 
Não ocorre crase:
1) Antes de palavras masculinas:
Dirigiu-se a monsenhor Roberto.
2) Antes de palavras no plural:
Não vou a festas nem a bailes.
3) Antes de verbos:
Pôs-se a esperar sem reclamar.
4) Em expressões com palavras repetidas:
Salvaram o homem com respiração boca a boca.
5) Antes da maioria dos pronomes, por não admitirem artigo:
Diga a ele que sou feliz.
 
Observação: antes de senhora e senhorita tem crase. Ex: Peço à senhora que volte logo.
Aula 11_Conjunção
  
Nesta aula veremos a palavra invariável que liga duas orações entre si ou ainda, dois termos da mesma função dentro da oração, a conjunção.
  
(A terra é um planeta azul) e (mercúrio é um planeta vermelho).
1 ° oração                    conjunção          2° oração
(A galera explodiu) quando (o seu time entrou).
1 ° oração              conjunção       2° oração
 
Comprei aqui os (lápis) e (as canetas).
1 ° termo     conjunção    2° termo.
 
  
Conjunções coordenativas:
 
Estabelecem uma coordenação entre duas palavras, locuções ou orações de mesmo valor.
 
André e Felipe correm (duas palavras).
 
A maior parte dos homens ou a maior parte de mulheres (duas locuções).
Os alunos eficientes leem e escrevem muito (duas orações).
  
 
Tipos de conjunções coordenativas:
 
Aditivas - adição e correlação.
Adversativas - contraste e compensação.
Alternativas - alternância e correlação.
Conclusivas - conclusão e consequência.
Explicativas - explicação e esclarecimento.
Exemplos:
Aditivas - Não só leio mas também escrevo.
Adversativas - Saiu, mas não foi ao banco.
Alternativas - Ou sai você ou eu.
Conclusivas - Ele estudou, por conseguinte terá futuro. Explicativas - Não polua o ar, pois precisamos dele limpo.
  
Conjunções subordinativas:
 
Subordinam uma oração à outra, ou a um termo da oração; uma oração é principal e a outra é subordinada.
(Espero)  que (me compreendas).
Oração principal      oração subordinada
  
Tipos de orações subordinadas: 
Integrantes são as que introduzem orações subordinadas substantivas, ou seja as que exercem as mesmas funções que o substantivo.
 
Resumem-se em duas (que) e (se):
 
( que) para uma afirmação certa. Desejo (que) sejas feliz.
( se) para uma afirmação incerta. Não sei (se) devo revelar-lhe o segredo.
  
Adverbiais são aquelas que exprimindo diferentes circunstâncias, podem ser assim esquematizadas:
  
Causais - O aluno vibrou (porque) a nota foi excelente.
Comparativos – Em uma sala de fumantes há (menos) oxigênio do que fumaça.
Concessivas - (Embora) não fosse gênio, conseguiu grandes realizações.
Condicionais - A passeata só será adiada (se) chover.
Conformativas - (Conforme) a última pesquisa, o custo de vida baixou. Consecutivas - O susto foi (tamanho que) ela caiu desmaiada.
Finais - Deus criou os homens (para que) sejam felizes.
Proporcionais - (À proporção que perdoares), serás perdoado.
Temporais - (Mal) ele abria a boca, todos riam.
  
Locução conjuntiva:
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção, geralmente constituída de que.
 
(Ainda que) todos estejam presentes fisicamente, alguns continuam vagando no espaço etéreo.
Aula 12_Interjeição  
 
Trataremos, na última aula desta unidade da interjeição, palavra ou grupo de palavras que transmitem sentimentos, estados de alma ou emoções súbitas.
 
desculpa - perdão!
desejo - oxalá! , tomara! , quem dera!
despedida - até logo! , adeus!
dor - ai ! , ui !
espanto - puxa! , céus!
impaciência - irra! , hum! , diabos!
indignação - fora! , morra!
pena - coitado! , que peninha!
repulsa - livra! , safa!
saudação - salve! , viva!
silêncio - silêncio! , psiu !
socorro - socorro!
terror - ui ! , cruzes!
  
Locução interjeitiva:
É um grupo de palavras que podem ter o valor de interjeição:
            Exemplos: Ai de mim!
                Ó de casa!
                 Quem me dera!
Aula 13_A Estrutura das Palavras
   
Na utilização de uma língua, com o tempo percebemos a estrutura de cada palavra, os significados de cada parte. Trata-se de um dos mais interessantes aspectos no estudo de uma língua, a estrutura das palavras. É o que veremos nesta unidade.
 
O valor de uma língua também se encontra na sua diversidade estrutural. Vários são os motivos que nos podem levar a formar palavras.
 
 Às vezes, precisamos utilizar o significado de determinada palavra  em uma construção que requer uma classe gramatical diferente. Em certas situações, precisamos modificar ligeiramente o significado de uma palavra; em outras, buscamos nomear processos ou seres até então desconhecidos ou que não percebemos.
 
Em todos esses casos, são os processos de formação de palavras que atuam como instrumentos para incrementar nosso desempenho comunicativo. São eles que, dispondo de formas específicas para lidar com certos conjuntos de morfemas, permitem-nos reconhecer e criar um número praticamente infinito de palavras de modo que a Língua se torne eficiente.
  
Classificação dos morfemas 
Selecionando e comparando palavras que contêm alguma semelhança formal entre si, podemos fazer a depreensão dos elementos formadores dessas palavras.
 
Esse trabalho nos mostra que as palavras são formadas por unidades mínimas de significado, os morfemas.
 
Se  observarmos a palavra atual, podemos fazer a depreensão e chegarmos a:
Atual
Atualizar
Atualizado
Atualização
Desatualização
Atualmente
Reatualizar
Atualizador
Atualizados
  
Todas as palavras acima apresentam um morfema comum: atual. É este morfema comum que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação.
  
Ao morfema de uma família de palavras chamamos radical (parte responsável pela sua significação). Às palavras que pertencem a uma mesma família chamamos cognatos.
  
Há morfemas capazes de modificar o sentido do radical que são anexados. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
  
Quando são colocados antes do radical, como aconteceu com DES e RE, os afixos recebem o nome de prefixos.
  
Quando, como MENTE, surge depois do radical, os afixos são denominados de sufixos.
OLHO importante é perceber que os prefixos e os sufixos são capazes de introduzir modificações designificado no radical a que são acrescentados. São, também, em muitos casos, capazes de operar mudança de classe gramatical da palavra a que são acrescentados.
Aula 14_Derivação e composição
  
Continuando o estudo da estrutura das palavras, esta aula apresenta dois processos básicos da Língua Portuguesa para a formação de palavras: a derivação e a composição.
Composição:
A composição ocorre quando formamos palavras pela junção de pelo menos dois radicais. As palavras resultantes do processo de composição são chamadas palavras compostas.
Exemplos: lobisomem ( lobo + homem)
                   Otorrinolaringologia ( oto + rino + laringo+ logia)
 
A composição pode ocorrer:
a) Justaposição - quando não há alteração fonética nos radicais. Ex. pontapé (ponta+pé);
b) Aglutinação – quando há alteração fonética nos radicais. Ex. planalto (plano+alto)
  
Derivação:
A derivação consiste basicamente na modificação de determinada palavra primitiva por meio do acréscimo de afixos.
Dessa forma, temos a possibilidade de fazer sucessivos acréscimos, criando, a partir de uma base inicialmente simples, palavras de estrutura cada vez mais complexa:
Atual
Atualizar
Atualizado
Atualização
Desatualização
Atualmente
Reatualizar
Atualizador
Atualizados
 
Observe, assim, que a derivação deve ser vista como um processo extremamente produtivo da língua portuguesa, pois podemos incorporar os mesmos afixos a um número muito grande de palavras primitivas.
Resumo_Unidade I
  
 
Percebemos que estudar gramática deve ser uma atividade útil. Para isso, é necessário fazer dos estudos gramaticais um meio de aprimorar a capacidade comunicativa de cada um e de todos nós. Por isso, a Gramática deve desenvolver a capacidade de elaborar frases e textos bem-construídos: é por meio deles que cada um de nós participa do cotidiano comunicativo da língua portuguesa.
Esta unidade teve como objetivo apresentar a parte morfológica da Gramática, ou seja  o estudo das classes de palavras, apresentando o conteúdo em etapas para uma melhor compreensão e análise da língua Portuguesa, constando os seguintes tópicos:
	Substantivo
	Artigo
	Adjetivo
	Numeral
	Pronome
	Verbo
	Advérbio
	Preposição
	Conjunção
	Interjeição
	Cada aula apresentou uma classe gramatical com exemplos específicos para o bom entendimento do educando.
Aula 15_Tipos de Derivação  
 
Nesta aula, estudaremos como podem ocorrer o processo de derivação.
A derivação pode ser classificada em cinco tipos:
1) prefixal ou prefixação - consiste em acrescentar um prefixo antes do radical. Exemplos: inábil, decair.
2) sufixal ou sufixação - consiste em acrescentar um sufixo após o radical. Exemplos: eternamente, gasoso.
3) prefixal e sufixal - consiste em acrescentar um prefixo e um sufixo a um radical. Exemplos: infelizmente, desigualdade.
4) parassintética ou parassíntese - consiste em acrescentar um prefixo e um sufixo simultaneamente a um radical, mas a palavra não existe só como o prefixo ou só com o sufixo. Exemplos: anoitecer, envernizar.
5) regressiva - consiste na formação de um substantivo a partir de um verbo. Há nesse caso a substituição das terminações ar, er, ir pelas desinências a, e,o. Exemplos: lutar - luta Chorar - choro
6) imprópria - consiste na mudança de uma classe de palavra, através de um elemento determinante, sem que haja alteração do termo. Exemplos: O carro é belo - adjetivo, Devemos cultuar o Belo - substantivo.
 
Observação: para que haja parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo tenham-se agregado simultaneamente.
Em infelizmente não há parassíntese, pois as palavras desmembradas têm existência na Língua Portuguesa.
Aula 16_Tipos de Composição
  
Nesta aula, estudaremos como podem ocorrer o processo de composição. 
A composição consiste na união de dois ou mais radicais ou palavras para formar um outro termo.São elas:
1) justaposição - consiste na união de dois ou mais radicais sem alteração das estruturas originais deles.
Exemplos
mestre-de-obra
Pão-de-ló
Passatempo
2) aglutinação - consiste na fusão de dois ou mais termos e a conseqüência é a perda de um ou mais elementos.
Exemplos
aguardente ( água+ ardente)
fidalgo ( filho+ de + algo)
3) hibridismo - consiste na união de dois radicais de origens diferentes.
Exemplos
burocracia ( buro-francês e cracia-grego)
Automóvel ( auto-grego e móvel-latim)
4) redução - consiste na abreviação de um termo, reduzindo-o.
Exemplos:
fotografia – foto
Menina – mina ( gíria)
5) Onomatopéia - consiste na formação de um termo aproveitando o som produzido por algum elemento.
Exemplos:
miar- som produzido pelo gato
Tique-taque- som do relógio
Aula 17_Uma reportagem que remete à reflexão 
    
Na Revista Educação de maio de 1999, na página 41, constou-se uma matéria muito importante e reflexiva sobre a formação de nosso vocabulário.
Há pessoas no mundo todo que desconhecem a regra gramatical da língua portuguesa e querem se destacar, falando “bonito”, no meio social.
Dentro de uma língua existem processos gramaticais estabelecidos para a formação dos tempos.
Na língua portuguesa, as palavras são formadas por dois processos básicos: a derivação e a composição.
É importante conhecer os processos linguísticos para que o falante não se perca em expressões sem fundamento.
Josué Machado, um colecionador profissional de pérolas linguísticas, é um dos que têm notado um novo modismo complicador em franca ascensão. “Outro dia, liguei para a seguradora do meu carro e a moça que me atendeu disse: O senhor vai estar precisando preencher um formulário, vai estar entregando, depois nós vamos estar informando...”.
Machado chama esse novo modismo de “futuro do gerúndio”. Ele acha que deve ser outra “tradução” do inglês.
Para Douglas Tufano, tanto o uso exagerado de palavras estrangeiras quanto o de modismos são formas de “esnobismo”, uma tentativa de se diferenciar e de se destacar socialmente.
Adilson Citelli explica essa tendência de complicar a linguagem como parte de um fenômeno que chama de “hipercorreção” – uma tentativa de falar de maneira mais correta que a habitual.
Encerramento Pessoas que tentam se expressar de maneira “hipercorreta”, sem ter o domínio da norma culta, tendem a recorrer a esse tipo de modismo.
Aula 18_Sentido Próprio - Denotação
  
Nesta aula e na próxima, veremos que as palavras podem ser usadas com o seu significado usual ou convencional.
O sentido próprio é também chamado de denotação. É o significado dicionarizado que a palavra possui.
Exemplo: A geladeira apresentou defeitos.
O objeto a ser analisado é geladeira. Aqui, nesta oração, a significação de aparelho que serve para refrigerar os alimentos. É o sentido próprio, a denotação.
Então, temos denotação quando a palavra é empregada no seu sentido real, comum, literal. É usada na linguagem científica, sem preocupação literária.
Exemplo real:
Cursos de mergulho em caverna
Diving College
Venha descobrir a sensação de fazer uma verdadeira viagem ao centro da Terra. Cursos Cavern PADI e Intro to Cave NSS/CDS ( National Speleological Society/Cave Dive Section) – ministrada pelo Dr. Gabriel Ganne, o primeiro instrutor de Cave Diving NSS/CDS do Brasil. Check out em Bonito-MS, com o padrão Diving College e a operação Dive Travel, há três anos levando mergulhadores para as cavernas mais seguras do Brasil, de águas cristalinas o ano inteiro, com hospedagem na tradicional Fazenda Mimosa.
Percebe-se que o termo Mergulho foi usado em seu sentido real, não dando chance para novas interpretações. Isso é o que chamamos de sentido próprio ou denotativo.
A linguagem denotativa é muito usada na vida diária das pessoas para comunicação necessária. Linguagem denotativa é aquela que só pode ser entendida de um modo, isto é, permite uma única interpretação.
Na linguagem denotativa, as palavras aparecem com apenas um sentido, ou seja, aquele sentido comum, conhecido por todos. Assim, a linguagem denotativa permiteapenas um entendimento por parte do leitor ou do ouvinte.
Aula 19_entido figurado - Conotação
   
Na aula anterior,  vimos  que denotação é a significação objetiva da palavra; é a palavra em "estado de dicionário". Nesta aula, analisaremos o sentido figurado das palavras, isto é, o significado que a palavra pode assumir nas várias conversas que mantemos. É a conotação.
Exemplo: Amélia é uma geladeira com seu namorado.
O objeto a ser analisado é geladeira. Aqui, nesta oração, a palavra geladeira assume um valor figurado – conotativo, pois não se refere ao aparelho e, sim, à frieza.
Sentido figurativo:
Berço da civilização - 22 dias
Inglaterra – Egito - Israel
Turquia - Grécia
Um mergulho na história e na cultura de povos milenares
( Transeuropa operadora)
O vocábulo mergulho se encontra no sentido figurado, pois significa que as pessoas irão fazer um aprofundamento histórico.
Temos a conotação quando a palavra assume um sentido fora do costumeiro, um sentido figurado, poético. A conotação é muito usada na linguagem literária.
A linguagem conotativa é muito usada na linguagem da arte, para a comunicação literária necessária à vida inteligente. Ela é aquela que tem sentido figurado, representativo, sugerindo a ideia de forma indireta.
Assim, na linguagem conotativa, as palavras aparecem com mais de um sentido, permite mais de um entendimento por parte do leitor ou do ouvinte.
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca.
Aula 20_Polissemia
    
Há palavras que, dependendo do contexto em que se inserem,  podem apresentar significados diferentes.
Polissemia é a propriedade que algumas palavras têm de apresentar várias significações.
 Exemplos: Os empresários andam de avião.
                               O professor anda cansado.
                               Gosto de andar a pé.
O sentido da frase número 1, diz-se que os empresários viajam habitualmente de avião.
O sentido da frase número 2, diz-se que o professor está cansado. Atente que o verbo acompanha um adjetivo, portanto o professor mostra-se num estado ( verbo de ligação).
O sentido da frase número 3, diz-se o tradicional. Quem anda, anda. ( os pés no chão.)
Logo, nas frases acima, o verbo andar apresenta a propriedade semântica da polissemia, porque apresenta variados significados.
Na polissemia, o sentido das palavras depende do contexto, isto é, da soma de relações entre as palavras, formadas dentro de um determinado conjunto.
Resumo_Unidade II
   
Esta unidade teve como objetivo apresentar a estrutura e processos de formação das palavras, ou seja, combinar e recombinar morfemas para criarmos palavras novas, e consta com  os seguintes tópicos:
Classificação dos morfemas;   
Estudo dos morfemas ligados às flexões das palavras;
Processos principais de formação de palavras.
Além dos itens mencionados, foram abordados o sentido denotativo e o conotativo, assim como a polissemia, conteúdos  importantes para o estudo da língua portuguesa para quem se expressa  de forma oral ou  de forma escrita.
Aula 21_A importância do estudo da língua
 
O estudo da gramática tem como finalidade aprimorar o educando como pessoa; preparar o educando para o exercício da cidadania; liberação da criatividade e da expressividade; acesso à variedade linguística socialmente prestigiada: fala, escrita, leitura e à construção do conhecimento da leitura e da escrita de modo construtivo, discursivo-dialógico.
Sabe-se que a língua portuguesa é muito difícil e precisa ser estudada, mas é através dela que muitos entram no mercado de trabalho, tornam-se conhecidos e reconhecidos.
O mundo globalizou. As pessoas devem buscar novas informações, estudar e aprender, adquirir conhecimento, principalmente de sua língua materna.
Esta unidade tem como objetivo uma proposta educacional (planejamentos, planos e atividades exemplificativas para o Ensino Básico comprometendo o Universitário, afinal de contas formaremos alunos de Língua Portuguesa) tratada sob o aspecto da leitura e escrita, tornando a pessoa um ser pensante, capaz, potente, criativo, ousando construir seus valores, interagindo com o meio, e talvez o modificando: desenvolver a reflexão crítica e ampliar o conhecimento da variação linguística considerada “padrão social” e aumentar o seu uso em situações sociais oportunas.
Não podemos deixar de mencionar o quanto é importante o estudo da gramática e a sua formação de palavras dentro da sociedade letrada e como isso se funde na vida cotidiana e na vida escolar: do básico ao universitário.
 
Ler e escrever e a função social da escrita
Partimos do pressuposto que o estudo realizado nas unidades anteriores deram base para um aprofundamento teórico sobre a questão da fala, da leitura e da escrita.
O professor de hoje tem de estar voltado para o futuro, preparando seus alunos para as mudanças rápidas da sociedade atual. É necessário, para isso, que faça previsões sobre o modelo de ensino que resultará em descobertas, e acredite que conhecimento é poder, e logo a importância da educação é suprema em nossa sociedade. O professor deve permitir ao aluno que o mesmo se desenvolva com autonomia na construção de sua aprendizagem, tendo em mente que é a partir do básico que eles chegarão à Universidade.
É importante salientar que vivemos um novo tempo, portanto um novo profissional deve ser incutido em nós, professores, que somos o perfil daquele ser que tem conhecimento, enfim o exemplo, aquele que deve levar para a sala de aula uma proposta pedagógica bem mais complexa, que vai além de manuais, os quais não deixam livres as ações dos professores, ações estas de pensar e decidir a sua prática pedagógica.
A leitura, como qualquer uso da linguagem, é produzida em determinadas condições. Vários são os componentes das condições de produção de leitura , a história da leitura nas diferentes épocas; a história de leitura do texto; a história de leitura do leitor. Percebe-se que até o que os jovens e adultos trazem consigo mesmos é importante na função social que a língua exerce sobre todo o contexto da sala de aula e, consequentemente, no momento da aprendizagem. O professor nunca deve perder de vista as histórias de leitura dos diferentes leitores (seus alunos jovens ou adultos), pois são repletas de particularidades, como também ser sensível às características de seus alunos. Todavia, o ensino da gramática será abordado de forma coersitiva.
Penso que a concepção de linguagem (ler e escrever) é tão importante quanto a postura que se tem relativamente à educação. A primeira idéia a ser abordada é a linguagem como expressão do pensamento. Aqui cabe ressaltar que as pessoas não se expressam bem porque não pensam, e o papel do professor é justamente fazer com que seu aluno construa o pensamento de forma definida, estruturada, coesa, levando em consideração que a expressão se constrói no interior da mente. Claro que há regras a serem seguidas para a organização lógica do pensamento e da linguagem. Isto é o que constitui o escrever. Grandiosa é a função social que a escrita exerce no indivíduo.
Esta é a segunda ideia, a linguagem como instrumento de comunicação, onde signos (significado e significante) se combinam exercendo um ato social. É através do ler e escrever que os nossos alunos se integrarão à sociedade, capazes de transmitir uma mensagem, expressando-a de maneira oral (expressar-se bem) ou por meio da escrita.
Assim, o professor entusiasta, que deve ser o professor de hoje, deve ter princípios básicos com relação ao seu aluno. O adulto ou o jovem já tem um conhecimento e outros novos conhecimentos serão aprendidos a partir dos velhos. O aluno aprende pensando. Com certeza esse aluno construirá-reconstruirá, criará-recriará, produzindo um novo conhecimento. O aluno descobrirá as regras convencionais do sistema escrito através dos erros, tentativas de respostas e saídas para as situações de conflito cognitivo. Isto mostra que o aluno pensano momento que escreve.
Aula 22_Gramática e poesia: uma arte
     
Na aula anterior, refletimos sobre a importância do estudo da língua e o repercutir de nosso estudo gramatical: na fala, na leitura e na escrita, os três motivadores que dão acesso à variedade linguística socialmente prestigiada.
Cabe ao educador considerar a leitura e a escrita uma arte.
Estamos acostumados a ver a arte na dança, no teatro, nas manifestações artísticas como um todo, porém esquecemos de refletir sobre a relação da aprendizagem da língua na função social da leitura e da escrita.
A arte de ler e a arte de escrever, no entanto, abrigam em si as mesmas questões que todo processo criativo e artístico enfrenta. A língua sofre um desgaste de significação por ser de tanto valor utilitário. Seu uso constante a torna banal.
Assim como a oralidade, leitura e escrita também padecem dessa desvalorização por sua grandiosa utilização na escola: a maioria dos trabalhos é de leitura e escrita. Ao aluno compete ouvir, estar atento, registrar e repetir o que lhe foi apresentado. Não é de se estranhar que a partir de um certo tempo, a rejeição pela leitura e escrita se configure. Isto é, o que os professores têm de mudar. O aluno deve se apoiar no apreciar, no contexto e no produzir este contexto, porém de maneira diferenciada. E, somente nós, educadores, oferecemos as técnicas do novo para tratar do assunto em questão.
No caso da poesia, o gosto por ela pode ser aprendido desde a cantiga de ninar que se ouve quando nasce, pois a sonoridade das palavras, o ritmo é apresentado num ato de aconchego, assim como os jogos preferidos carregados de rimas e trocadilhos. Tudo isto, se valorizado pelo professor, pode movimentar sons e significados nos alunos, e com certeza o número de poetas crescerá bastante.
A poesia é uma arte, que depende da leitura (o ler e interpretar) e escrita ( análise crítica). Ela dá a grande possibilidade de brincar com as palavras: som, significado, visualidade. Oferece maior liberdade de criação, permite transgressões que o texto narrativo não aceita, por conta de regras, da estrutura gramatical.
É rico demais pensar que a linguagem poética é uma ótima cúmplice no processo de revalorização e recuperação do desgaste linguístico. Olhar para cada palavra por seus três ângulos (aspecto gráfico, sons, significado), redescobrir suas diferentes possibilidades no contato com outras palavras auxilia muito no resgate necessário da linguagem verbal (oralidade, leitura e escrita).
Daí a palavra ter lugar de honra na arte, dentro e fora da sala de aula. E, a escrita ter destaque na hora de interpretar criticamente o texto, ou seja, mostrar o exercício da sua tão grandiosa função social.
Para o professor-educador cabem algumas reflexões: o professor não pode se limitar a educar o seu aluno pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, ele pode educar o seu aluno qualificando-o para aprender a progredir no mundo de fora da sala de aula, oferecendo instrumentos para dar respostas não acabadas, sem medo do novo.
O professor deve apresentar uma educação dialógica, marcada pela troca de ideias, lembrando-se de que as diferenças, assim como o novo, só servem para somar e multiplicar aquilo que já foi ensinado.
Aula 23_O valor da cultura: construindo o conhecimento 
 
Falar e escrever exigem manejo inteligente e criativo da linguagem ( gramática).
Por isso é que serão colocados em tópicos, para possíveis reflexões, alguns pontos que otimizem o uso da linguagem e que ajude na construção do conhecimento de seu aluno.
 
Tudo é feito de forma abrangente, pois cada professor tem, em seus alunos, repertórios de vivência totalmente diferentes. Seguem os tópicos:
Corresponde ao incremento da curiosidade intelectual e da capacidade reflexivo-crítica;
Ampliação do interesse do aluno e possibilidades pessoais;
Aumento da sensibilidade e participação efetiva no grupo em que vive ou convive;
Formar hábitos eficazes para realizar trabalhos criativos;
Usar, de forma inteligente, os meios e as formas de comunicação de massa;
Construir o seu próprio conhecimento;
 
É muito importante que o professor não interrompa o pensamento de seu aluno, pois um aluno que aprende uma regra é capaz de repeti-la; no entanto, sem o conhecimento que fundamenta o princípio norteador da regra, não haverá compreensão.
Portanto, o tempo é melhor gasto quando se tem experiências ativas de aprendizagem que podem ativar a compreensão.
Agora, caminhemos rumo ao caminho da motricidade, outro fator de suma importância.
Aula 24_O código e a língua
    
Em uma situação de comunicação, há transmissão de informações, estas podem apresentar sinais de natureza diferente. O código manifesta-se no uso das palavras e dos gestos.
Além da palavra (oral ou escrita) e dos gestos, são também códigos os sinais de trânsito, os símbolos, o código morse. Percebe-se que a língua portuguesa (gramática) é o código mais utilizado em nosso país para as situações de comunicação.
O professor, ao ensinar a norma culta e as variações da linguagem ao aluno, tem que deixar claro que o código é uma convenção estabelecida por um grupo de pessoas ou por toda a comunidade, e o número de sinais que o formam é limitado e só varia por meio de acordo entre os usuários, isto é, o código é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a transmissão de mensagens.
Por outro lado, a língua é fundamental, porque para se falar e ser compreendido, ou até mesmo para interagir com outras pessoas por meio das palavras, é necessário dominá-la.
Como a língua é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si, ela evolui, transformando-se historicamente.
O professor-educador sabe que cada um de seus alunos começa a aprender sua língua em casa, em contato com a família, imitando o que ouve e apropriando-se, aos poucos, do vocabulário e das leis combinatórias da língua. O aparelho fonador é treinado, produz sons, os quais são transformados em palavras, em frases e em textos inteiros.
Mas, não para aqui. Em contato com outras pessoas, na rua, na escola, no trabalho, é observável que nem todo mundo fala da mesma forma. Há pessoas que falam de modo diferente por serem de outras cidades ou regi- ões do país, ou por terem idades diferentes ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Então, o professor pode visualizar as variedades linguísticas.
Estas, são consideradas corretas desde que cumpram com eficiência a interação verbal entre as pessoas. Apesar disso, uma dessas variedades linguísticas, a norma culta ou padrão, tem maior prestígio social. É a variedade linguística que o professor ensina na escola, utilizada nos livros, revistas, textos científicos e didáticos, e até em alguns programas da televisão.
Cabe ao professor ensinar mais esta fonte. As demais variedades como a regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões são chamados genericamente de norma popular. As variedades linguísticas são, na verdade, as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
O professor pode abordar a gíria como um exemplo, pois ela quase sempre é criada por um grupo social, assim como ressaltar que a gíria é chamada de jargão quando ligada a profissões.
Enfim, o domínio da língua culta, somado ao domínio de outras variantes linguísticas, torna o aluno mais preparado para a comunicação. É necessário saber empregar a língua de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que participamos, não deixando para trás os dialetos e os registros.
Aula 25_Dialetos
 
Nesta aula, trataremos das variedades de uma língua.
Podemos entender por dialeto as variações de pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua. Quando as diferenças regionaisnão são suficientes para constituir um dialeto, utilizam-se os termos regionalismos ou falares para designá-las.
Segue um exemplo exploratório, que mostra a palavra cuitelinho que, em algumas partes do centro-sul do Brasil nada mais é do que o beija-flor.
 
Cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
Ai quando eu vim da minha terra
Despedi da parentáia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d’água
Que até a vista se atrapáia, ai...
(Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó)
 
Observe, na canção acima, as características da língua falada: espontânea e natural
A língua portuguesa possui uma relevante variedade de dialetos, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão.
Aula 26_Registros
 
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo (formal, coloquial e informal) existente na situação. Os registros são necessários à comunicação e, dentre eles, destacam-se os registros jornalísticos, jurídicos, científicos, literários e epistolares.
Em toda comunidade de fala, são frequentes as formas linguísticas em variação que traduzem as diversas formas de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto, e com o mesmo valor de verdade.
 
Vejamos um exemplo:
No português falado do Brasil, a marcação de plural no sintagma nominal (doravante SN; constituinte frasal mínimo, composto de um núcleo substantivo obrigatório, modificado por determinantes e adjetivos) encontra-se em estado de variação.
Tem-se aqui um exemplo de variável linguística: a marcação do plural no SN ( Tarallo, 1986).
O plural no português é marcado redundantemente ao longo do SN: no determinante, no nome-núcleo e nos modificadores-adjetivos.
 
A variação na marcação do plural no SN pode, portanto, tomar as seguintes formas:
1- aS meninaS bonitaS;
2- aS meninaS bonita/;
3- aS menina/ bonita/.
 
As formas acima mostram o falante 1 retendo a marca do plural de acordo com a norma culta; os falantes 2 e 3 retêm a marca do plural ou somente no início ou no final.
Aula 27_A prática de análise linguística
 
  
Podemos iniciar esta parte com a citação de uma professora:
“O português correto não é só o português padrão. O legal da língua é justamente a sua variação”.
Para a professora Coscarelli, se antes as variações eram tomadas como erros, hoje são consideradas adequadas ou inadequadas de acordo com a situação.
 
Como vimos na aula anterior, a variação na marcação do plural no SN pode tomar algumas formas:
1- aS meninaS bonitaS;
2- aS meninaS bonita/;
3- aS menina/ bonita/.
 
Foi mencionado o que cada falante pôde apresentar: o falante 1 marcou o plural de acordo com a norma culta; os falantes 2 e 3 marcaram o plural somente no início ou somente no fim.
Até aqui dois pontos devem ter fundamentado o professor. A língua é heterogênea e variável e a variabilidade da fala é passível de sistematização.
A língua falada é, portanto, um sistema variável de regras, e a ele deve corresponder tentativas de regularização, de normalização do português ensinado nas escolas.
A implantação da norma-padrão traz como conseqüência imediata a unidade da língua nacional. Então, o professor pode investigar fontes de dados que tenham por objetivo a unificação da língua nacional, como por exemplo, os meios de comunicação de massa.
Ao ouvir um programa de rádio, ao assistir a um programa de televisão, ou ao ler um jornal, o professor pode observar que todos procuram refletir a norma-padrão, todavia a presença de traços variáveis da fala se faz sentir.
Um material básico para análise pode ser o jornal, o próprio texto escrito. Podendo selecionar também textos de televisão, documentários etc. Apesar da diversidade do material, há elementos que os distinguem (Tarallo, 1986).
Com esse tipo de análise, o professor também pode verificar a variação linguística dentro desse material, reconhecendo que os modelos de gramática deveriam incluir a noção de uso linguístico e caracterizar a comunidade de fala através de seus traços referenciais e socioestilísticos.
Aula 28_Variações Linguísticas - fatores
  
Em suma, na prática vários fatores podem originar variações linguísticas.
Pode ser citada a forma como Pasquale Cipro Neto aborda :
 - há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta pensar nas evidentes diferenças entre o modo de falar de um lisboeta e de um carioca, por exemplo, ou na expressão de um gaúcho em contraste com a de um mineiro. Essas variações regionais constituem os falares e os dialetos.
b) Sociais - o português empregado pelas pessoas que têm acesso à escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que goza de prestígio, enquanto outras são vitimas de preconceito por empregarem formas de língua menos prestigiadas. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade de língua - a norma culta - que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo domínio é solicitado como forma de ascensão profissional e social. O idioma é, portanto, um instrumento de dominação e discriminação social. Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por parte daqueles que não fazem parte do grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas. Assim se formam as gírias, variantes linguísticas sujeitas a contínuas transformações.
c) Profissionais - o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes têm seu uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, médicos, químicos, linguistas e outros especialistas.
d) Situacionais - em diferentes situações comunicativas, um mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua. Basta pensar nas atitudes que assumimos em situações formais (por exemplo, um discurso em uma solenidade de formatura) e em situações informais (uma conversa descontraída com amigos, por exemplo).
A fala e a escrita também implicam profundas diferenças na elaboração de mensagens. A tal ponto chegam essas variações, que acabam surgindo dois códigos distintos, cada qual com suas especificidades: a língua falada e a língua escrita.
 
A língua literária
Quando o uso da língua abandona as necessidades estritamente práticas do cotidiano comunicativo e passa a incorporar preocupações estéticas, surge a língua literária. Nesse caso, a escolha e a combinação dos elementos linguísticos, subordinam-se a atividades criadoras e imaginativas. Código e mensagens adquirem uma importância elevada, deslocando o centro de interesse para o que a língua é em detrimento de para que ela serve.
Isso ocorre, por exemplo, nos seguintes versos de Fernando Pessoa:
“O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.”
Aula 29_Letramento e alfabetização
     
Quando alguém lê um texto, com certeza instaura algo em si mesmo, e esse algo é a própria situação discursiva, pois tudo é levado em consideração: a capa, a ilustração, as cores, um determinado título.
Realmente, com esses fatores, a situação discursiva já iniciou uma visão de mundo crítica, diferenciando a chamada alfabetização do neologismo letramento.
O letramento, conceito novo no campo da Educação, das Ciências Sociais, da História, das Ciências Linguísticas, ainda não dicionarizada é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estadoou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. Melhor dizendo, letramento é a condição de ser letrado, de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas.
Por outro lado, tem-se a palavra analfabetismo, totalmente familiar para as pessoas. Por que, então, houve a necessidade do termo letramento?
Segundo Magda Soares é só pensar que “à medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que, paralelamente, a sociedade vai se tornando mais centrada na escrita, um novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a escrever”.
A autora quer dizer que as pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, todavia não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita como também não adquirem competência para usar a leitura e a escrita para envolver-se com as práticas sociais de escrita, ou seja, falta leitura de livros, de jornais, de revistas.
E, isso, mostra que as pessoas não sabem redigir um ofício, não sabem preencher um formulário, até mesmo um simples telegrama.
As evidências mostram que o conceito “letramento” aparece depois que é resolvida a questão do analfabetismo e que o desenvolvimento social, cultural, econômico e político traz novas, intensas e variadas práticas de 
leitura e escrita fazendo emergirem novas necessidades, além de novas alternativas de lazer.
Conforme Magda Soares, cabe ressaltar a real definição existente entre alfabetização e letramento: “A alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever e letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”.
O importante é saber que a questão da cultura envolve as atividades de leitura e escrita e o exercício de prática tem de responder às demandas sociais de leitura e escrita. 
É interessante conhecer como surgiu o letramento, mas percebe-se que antigamente o analfabeto era o indivíduo considerado incapaz de escrever o próprio nome. Nas últimas décadas, a resposta é se o sujeito sabe ler e escrever um bilhete simples, isto é, da decodificação passou-se à verificação da capacidade de usar a escrita e a leitura para uma prática social.
Aula 30_O que é ser letrado: É saber a gramática ou “se virar” com a gramática?  
  
De forma reflexiva, conclui-se que o conceito de letramento é que o indivíduo pode não saber ler e escrever, ou seja, ser analfabeto, mas ser, de certa forma, letrado?
É de se pensar que o sujeito pode ser analfabeto porque é marginalizado social e economicamente, contudo está presente em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte. Se ele se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros lêem para ele, se dita cartas para que um alfabetizado as escreva se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolvendo-se em práticas sociais de leitura e de escrita. ( Magda Soares, 2006).
Portanto, se o indivíduo é ainda “analfabeto”, porque não aprendeu a ler e a escrever, já convive no mundo do letramento, melhor dizendo, já é, de certa forma letrado.
O professor pode ter dúvidas com relação ao conceito novo letramento, pois ele conhece as palavras letrado e iletrado, e como a definição de ambas é objetiva. Diz-se letrado aquele que é versado em letras, erudito; iletrado é aquele que não tem conhecimentos literários.
Porém, é importante não relacionar estas definições com o sentido da palavra letramento.
Chega a ser intrínseca a nova ideia, pois tornar-se letrado traz, também, consequências linguísticas, uma vez que vários estudos mostram que o letrado fala diferente do iletrado e do analfabeto.
Aqueles que já tiveram contato com a língua oral e, após a ler e escrever, passaram a falar de forma diferenciada evidenciam que o convívio com a língua escrita apresenta mudanças no vocabulário.
Aula 31_O texto: um estudo gramatical  
 
Por que reconhecemos um conjunto de palavras ou de frases como um texto? Como dar sentido, a este conjunto como algo que tem uma unidade significativa?
Sem dúvida, nesta questão estão envolvidos o modo e a intencionalidade do sujeito produtor de textos para que, ao selecionar palavras, frases e sequências, possa organizar a construção do texto que pressupõe um circuito comunicativo que envolve emissor e receptor em uma certa situação espaço-temporal, ou seja, a funcionalidade e os sentidos do texto se configuram levando em consideração as relações de adequação dos níveis de linguagem exigidos em cada situação de produção comunicativa. Toda adequação deve considerar o espaço e o tempo em que o ato comunicativo ocorrerá. A situação de comunicação é fundamental para a elaboração de um texto.
Constata-se que não é só a situação imediata, ou seja, concomitante ao ato comunicativo, que constitui parte do sentido de um texto. As condições histórico-sociais e ideológicas são também elementos da situação discursiva e constituem as chamadas condições de produção do discurso.
Pode-se dizer que um texto é constituído por uma palavra, uma frase ou uma sequência de um grande número de frases. O que define o texto não é sua extensão, mas o fato de que ele é uma unidade de sentido em relação à situação.
Caminhando para uma organização do texto, volta-se à questão de que o texto é construído como uma unidade significativa em condições de produção específicas. Ou seja, um dos aspectos que dá o caráter de unidade a um conjunto de frases é sua consistência em relação às circunstâncias em que é produzido.
Não se diz muito ao se afirmar que o texto é formado de introdução, desenvolvimento e conclusão, assim como também não basta dizer que é uma soma de frases com coesão interna.
Falar em texto, produzir um texto é muito amplo. Além da coesão, para ser uma unidade significativa, deve ser consistente em relação à situação que é exterior a ele, representando de algum modo essa consistência construída por seu autor.
 
A função do professor é ensinar o seu aluno a produzir um texto, mas para isso, o professor precisa saber encontrar os mecanismos pelos quais os elementos diversos convivem em um mesmo texto.
“Assim, para se pensar a questão do texto é preciso pensar como se organiza a diversidade em uma unidade, através de procedimentos linguísticos apropriados às diferentes situações de linguagem.” (Orlandi, 1988)
Aula 32_As formas linguísticas e a comunicação escrita  
 
Segundo Nora Cecília Bocaccio Cinel, especialista em Linguística e em supervisão de sistemas educacionais no Rio Grande do Sul, mais específico em Porto Alegre, a maioria dos autores que explora, estuda e incentiva a produção de textos é unânime em afirmar que não é nada fácil colocar pensamentos em letra de forma, todavia nada é melhor do que sentir que a clareza da linguagem torna efetiva a comunicação humana.
Logo, é preciso acreditar nas nossas próprias possibilidades de expressão.
Tal crença transforma-se num bom começo para compor textos.
Um dos objetivos primordiais do professor e da escola é otimizar o uso da linguagem oral e escrita, uma vez que a fala e a escrita tornam possíveis a comunicação, a troca de ideias, de experiências, de emoções e sentimentos, ao mesmo tempo que oportunizam ou possibilitam a criação de valores e diferentes formas de construir a vida.
Um dos procedimentos para a organização textual é o uso das conjunções ou expressões com função semelhante.
A observação deste uso leva a perceber alguns aspectos cruciais da constituição da unidade significativa do texto, e não basta dizer ao aluno que conjunção liga orações ou elementos de mesma função sintática.
A abordagem é séria. Vê-se que de um lado é preciso melhor estudar o funcionamento da língua portuguesa para que se possa melhor compreender a questão das formas na organização textual. Por outro lado, vê-se que é preciso considerara direção argumentativa do texto e sua ligação com a situação extra linguística.
O que dá unidade ao texto não é a soma de seus segmentos, mas é o modo como organiza as diversas construções que orientam o sentido para uma mesma direção, dadas certas condições.
Hoje, tanto os textos literários, como os textos técnico-científicos são trabalhados de outra forma na escola. O leitor tem outra relação com o texto, não uma postura prioritariamente receptativa e reprodutivista das ideias lidas. Há um processo interativo na leitura: leitor e autor se encontram através do texto.
“Os falantes são sujeitos e o seu lugar social marca a linguagem. O leitor produz a leitura e cria o texto a partir do lugar social e histórico que representa.
A linguagem não está isenta de contradições e conflitos”(Geraldi,1984).
Existem também as condições do próprio texto, o tipo de texto, como ele foi codificado e decodificado.
 
Em suma, a concepção de leitura é a interlocução do leitor e autor, mediados pelo texto. O leitor, enquanto lê dá significado e sentidos ao que está lendo, e quando um alfabetizando interpreta e comenta um texto, ele expressa as marcas de sua cultura e de suas vivências mais pessoais, isto é a sua visão de mundo.
Resumo_Unidade III
  
Esta unidade apresentou o estudo da língua, a estrutura e processos de formação das palavras e a importância do processo na comunicação e na inserção social. Aqui, fez-se um levantamento da fala, da leitura e da escrita como princípios para a inserção na sociedade.
O texto também foi estudado, tendo como característica a gramática a partir do texto.

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