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01/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
 
Estabelecimento Empresarial:
É o conjunto de bens organizados pelo empresário para o exercício da empresa
(artigo 1142, CC). Formado por bens materiais e imateriais. Bens Imateriais são a
patente de invenção, modelo de utilidade, registro de desenho industrial, marga
registrada, nome empresarial, título do estabelecimento e o ponto.
Não pode o estabelecimento empresarial ser confundida com a sociedade
empresária e nem com a empresa (atividade empresarial). Também não podemos
confundir o estabelecimento empresarial com o patrimônio da empresa, pois esta
tem uma conotação mais ampla, fazendo parte as dívidas do empresário.
 
Aviamento: 
É a aptidão de produzir lucro conferido ao estabelecimento empresarial,
representa um atributo, sendo a clientela um dos fatos preponderantes do
aviamento.
Aviamento objetivo: ocorre em razão da localização do estabelecimento. Ex.
lanchonete dentro de um colégio.
Aviamento subjetivo: ocorre em razão da competência do empresário, um
restaurante, não importando sua localização.
Cada estabelecimento empresarial possui um aviamento, maior ou menor, sendo o
resultado de um conjunto de vários fatores de ordem material ou imaterial, os
quais conferem ao estabelecimento a capacidade ou aptidão de gerar lucros.
Protege-se indiretamente o aviamento no artigo 52, parágrafo 3, da Lei n.
8.245/91.
 
Clientela:
Conjunto de pessoas que, de fato, mantém com o estabelecimento relações
continuadas de procura de bens e serviços. Constitui manifestação externa do
aviamento. Elemento importante na venda do estabelecimento.
Não pertence ao empresário, pode migrar para outro a qualquer momento. Não
como amarrar a clientela numa venda do estabelecimento.
A proteção legal à clientela ocorre de forma indireta, em duas hipóteses:
I - Direito a indenização, no caso de não renovação do contrato de locação;
II - Proteção à concorrência desleal, conforme artigo 195 da Lei 9.279/96 (Lei da
Propriedade Industrial).
Não pode ser confundida com o ponto, pois este representa apenas a localização
física do estabelecimento, que muitos o chamam de fundo de comércio. O ponto
se difere do imóvel, podendo ser alienado sem a alienação do imóvel.
01/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
 
Ponto - Localização empresarial
O local em que se situa o estabelecimento tem fundamental importância, por estar
ligado a sua capacidade de geração de lucros. Estar próximo ao mercado de
consumo ou as fontes de insumos é importante no custo da atividade empresarial.
O direito prestigia a permanência no ponto visando garantir ao empresário um dos
fatores decisivos no sucesso da atividade empresarial. Caso o imóvel seja alugado
pelo empresário, este terá, em algumas condições, o direito de prorrogação
compulsória do contrato pelo período igualao do último contrato. Surgiu em 1934,
com a chamada Lei de Luvas.
A Lei de locação de prédios urbanos, no seu artigo 51, apresenta os requisitos
essenciais para o direito de renovação compulsória:
I. Contrato por escrito, com prazo determinado;
II. Mínimo de 5 anos de relação locatícia;
III.Exploração da mesma atividade econômica por pelo menos 3 anos
ininterruptos.
Se o contrato for por prazo indeterminado o locador poderá a qualquer momento,
mediante aviso por escrito, com a antecedência de 30 dias, denunciar a locação.
A soma de prazos de contratos sucessivos pode ser invocada pelo locatário.
Em algumas situações a renovação não ocorrerá, mesmo havendo o
preenchimento de todos os requisitos legais:
I. Realização de obras no imóvel, por exigência do Poder Público;
II. Reformas no imóvel que valorizem o mesmo;
III. Insuficiência da proposta apresentada pelo locatário;
IV. Proposta melhor de terceiros;
V. Transferência de estabelecimento existente há mais de um ano, pertencente ao
cônjuge, ascendente ou descendente do locador ou a sociedade por ele
controlado;
VI. Uso próprio.
O locador não poderá explorar no prédio a mesma atividade econômica do
locatário.
O locatário poderá se utilizar da ação renovatória: ação própria para o exercício do
direito de renovação compulsória de locação empresarial. Deve ser proposta, no
prazo decadencial de 1 ano a 6 meses antes do término do prazo do contrato a
renovar. Deverá comprovar na petição inicial o pagamento de todas as obrigações
do locatário e deve ser apresentada uma nova proposta de aluguel.
O locatário poderá requerer uma indenização pela não renovação compulsória do
seu ponto empresarial, mas esta indenização somente poderá ser pleiteada nos
casos em que a renovação não ocorrer em razão das exceções apresentadas pelo
01/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4
locador. A indenização deverá cobrir os prejuízos e lucros cessantes do fundo de
comércio.
 
Trespasse - Alienação do estabelecimento empresarial
Não se confunde com a cessão de quotas sociais de sociedade limitada ou
alienação de controle de sociedade por ações. Nessas cessões não há mudança de
titular do estabelecimento empresarial. Apenas se realiza a modificação da
composição de sócios.
No trespasse realiza-se a transferência dos bens corpóreos e incorpóreos dos
empresários para outro. O trespasse é um negócio jurídico, devendo ser realizado
por agente capaz, na forma prescrita em lei ou não defesa em lei. O contrato de
alienação do estabelecimento somente produzirá efeitos, quanto a terceiros,
depois de averbado no Registro Público de Empresas Mercantis.
Está incluído no trespasse: contratos, direitos, negócios jurídicos, móveis,
imóveis, bens corpóreos e incorpóreos e etc...
O adquirente se sub-roga em todos os contratos de exploração do
estabelecimento, salvo àqueles que têm caráter pessoal. Nesses casos os terceiros
que possuem contratos personalíssimos podem no prazo de 90 dias rescindirem o
contrato.
Para que o trespasse tenha eficácia será necessário que todos os credores sejam
pagos ou que os mesmos concordem expressamente ou tacitamente sobre a
alienação.
O alienante deverá notificar seus credores, para que eles possam, no prazo de 30
dias, manifestar-se sobre a realização do trespasse.
A grande preocupação da legislação no trespasse é tutelar os interesses dos
credores. Assim, o empresário alienante responde por todas as obrigações
relacionadas ao negócio explorado naquele local desde que: devidamente
contabilizadas e até um ano após o trespasse, contados da data da publicação do
trespasse, para as dívidas vencidas e, para as dívidas a vencer, contado da data
do vencimento da dívida.
O trespasse deverá ser arquivado na Junta Comercial e publicado na imprensa
oficial.
Independentemente de qualquer cláusula no trespasse, o adquirente é sempre
sucessor do alienante, em relação às obrigações trabalhistas e fiscais ligadas ao
estabelecimento, diante das orientações jurisprudenciais de nossos tribunais.
 
Clausula de não restabelecimento
A obrigação do não restabelecimento está implícita no contrato de trespasse,
devendo ser respeitada independentemente de ter sido acordado entre as partes.
As cláusulas proibitivas, classificadas como obrigação de não fazer: importa na
proibição do alienante em restabelecer sua atividade empresarial, fazendo
concorrência com o adquirente. Referida cláusula deve conter restrições temporais
e territoriais, só pena de ser considerada inválida.
01/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4
Seu principal objetivoé impedir o enriquecimento ilícito do alienante, que recebeu
o aviamento do estabelecimento vendido.
O Código Civil em seu artigo 1.147 determina a proibição em 5 anos.
 
Títulos do estabelecimento
Não pode confundir o título do estabelecimento com o nome empresarial, pois é
por intermédio deste que o empresário exerce e assina os atos relativos à
empresa.
Além do nome empresarial, admite-se o uso de um títuo de estabelecimento que
se relacione à atividade da empresa ou seu titular. Ex. Sorveteria do Centro, Rei
do Retalho, etc...
Não existe no Brasil o registro do Título do estabelecimento empresarial, mas há
sua proteção contra usurpações e uso indevido, art. 195 do Código de Propriedade
Industrial.
O título do estabelecimento é vendável, diferentemente do nome empresarial.

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