Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS & ADQUIRIDAS * ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS: ▪ Defeitos na membrana celular ▪ Defeitos enzimáticos ▪ Hemoglobinopatias ADQUIRIDAS: ▪ Anemia Hemolítica Auto-Imune * ANEMIAS HEMOLÍTICAS Hemólise: destruição precoce das hemácias na periferia (espaço intra-vascular ou interstício dos órgãos do sistema fagocítico-mononuclear) Consequências da hemólise: resposta medular, reticulocitose, hiperbilirrubinemia esplenomegalia, hemoglobinúria, DHL * ANEMIAS HEMOLÍTICAS CRISES ANÊMICAS: ▪ Crise Aplásica ▪ Crise Megaloblástica ▪ Crise Hemolítica ▪ Sequestro esplênico * ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA Caracteriza-se pela hemácia “esférica” Descrita em 1907 por Minkowski Transmissão hereditária Frequência: 1 / 2.000-5.000 nascimentos Mais frequente em caucasóides Deficiência em graus variados de proteínas do citoesqueleto * ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA Proteínas do citoesqueleto: * Espectrina-actina-proteína 4.1 ( forças horizontais) * Anquirina-banda 3-proteína 4.2 ( forças verticais) - Importância: sustentação à membrana e garantia da forma bicôncava * * ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA FISIOPATOLOGIA; Deficiência do ancoramento da espectrina Fragmento da camada lipídica Perda da superfície/volume Formação do esferócito Fagocitose pelos macrófagos (FMN) Hemólise crônica * ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA CLASSIFICAÇÃO: ▪ Traço, leve, moderada, moderadamente grave e grave CLÍNICA: ▪ Anemia leve a moderada, icterícia discreta e esplenomegalia (criança/adulto jovem), litíase biliar * * ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA DIAGNÓSTICO: ▪ Hemograma (anemia normocítica e hipercrô-mica), provas de hemólise positivas, presença de esferócitos no sangue periférico, teste de fragilidade osmótica aumentado TRATAMENTO: ▪ Suplementação com ácido fólico ▪ Esplenectomia * DEFICIÊNCIA DE G-6-PD Defeito enzimático mais comum da espécie humana Mais frequente entre os negros africanos e povos da região mediterrânea Pode causar episódios de hemólise aguda, anemia hemolítica crônica ou ser assintomática * DEFICIÊNCIA DE G-6-PD FISIOPATOLOGIA: ▪ Metabolismo da glicose: vias glicolítica, pentoses e Rapoport-Luebering ▪ Via das pentoses: CO2 e NADPH Ativada em condições de estresse oxidativo (natural ou artificial) * Não formação do potencial redutor * * DEFICIÊNCIA DE G-6-PD GENÉTICA POPULACIONAL: ▪ Afeta mais de 200 milhões de pessoas ▪ Sintomatologia em poucas pessoas ▪ Inicialmente descrita em negros americanos (uso de primaquina) Prevalência: 12-15% (negros) e 1,3 - 2% (italianos) * DEFICIÊNCIA DE G-6-PD Forma normal da enzima: variante B Variante A- (origem africana) 3-7% AE Variante A+(origem africana) 80% AE Variante B- (mediterrânea) Descrição de 300 outras variantes Manifestações clínicas: hemólise intravascular/extravascular * DEFICIÊNCIA DE G-6-PD DIAGNÓSTICO: ▪ Demonstração da deficiência da enzima (qualitativa ou quantitativamente) TRATAMENTO: ▪ Suporte clínico e hemotransfusão PROFILAXIA: ▪ Tratamento das infecções ▪ Evitar uso de substâncias oxidativas * ANEMIA FALCIFORME Doença genética da hemoglobina Doença hematológica hereditária mais comum da humanidade Mutação no gene da cadeia Beta da Hb (substituição do ácido glutâmico pela valina na posição 6) 1910: primeiro relato (EUA) - Herrick 1933: Brasil (Castro) * ANEMIA FALCIFORME GENÉTICA: ▪ Hb: 4 cadeias de globina ▪ 97% da Hb: duas cadeias alfa e duas beta ▪ 3% da Hb: Hb A2 (alfa/delta) e Hb fetal (alfa/gama) ▪ HbS: duas cadeias alfa e duas beta S ▪ Anemia Falciforme: todas as cadeias beta sintetizadas são do tipo beta S * ANEMIA FALCIFORME EPIDEMIOLOGIA: ▪ Maior prevalência: África Equatorial ▪ 45% da população: gene beta S ▪ A migração de negros africanos trouxe o gene beta S para as Américas-Europa-Ásia ▪ EUA: prevalência 8% nos negros * ANEMIA FALCIFORME PATOGÊNESE: ▪ Tendência de polimerização da HbS (quando dessaturada) - hemácia alongada e deformada ▪ Perda da deformabilidade ▪ Maior capacidade de adesão ao endotélio * ANEMIA FALCIFORME PATOGÊNESE: ▪ Destruição precoce das hemácias no sistema FMN (hemólise) ▪ Oclusão aguda ou crônica da microvasculatura (disfunção isquêmica orgânica, fator determi-nante da morbi-mortalidade desta patologia) * * ANEMIA FALCIFORME QUADRO CLÍNICO: ▪ Decorrente dos fenômenos vaso-oclusivos ▪ Disfunção orgânica lenta e progressiva ▪ Baço, rins e fígado: órgãos mais acometidos ▪ Predisposição à sepse por bactérias encapsuladas * * ANEMIA FALCIFORME DIAGNÓSTICO: ▪ Anemia moderada com índices hematimétricos normais, reticulocitose, leucocitose neutrofílica e plaquetose ▪ Presença de hemácias falcizadas em SP ▪ Aumento de BI e DHL ▪ Diminuição de VHS * ANEMIA FALCIFORME DIAGNÓSTICO: ▪ Teste de Afoiçamento (Falcização): + ▪ Confirmação diagnóstica: eletroforese de hemoglobina ( comprovação da existência da hemoglobina S) * ANEMIA FALCIFORME TRATAMENTO: ▪ Medidas Gerais: - Prevenção de infecções - Profilaxia com penicilina - Uso do ácido fólico - Tratamento do paciente com febre * ANEMIA FALCIFORME TRATAMENTO: ▪ Terapêutica Transfusional ▪ Uso da hidroxiuréia ▪ Outras terapias Condutas na paciente gestante PREVENÇÃO * TALASSEMIAS Distúrbios hereditários que têm como caracte-rística básica uma deficiência na síntese das cadeias de globina (alfa ou beta) 1925: primeiro relato (Cooley) – criança, descendente de italianos, com anemia, esplenomegalia e deformidades ósseas * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIAS: ▪ Países do Mediterrâneo e Oriente Médio ▪ Diminuição ou ausência na síntese de cadeias beta de globina ▪ Dois tipos de gene beta-talassêmico: um que produz pequena quantidade de cadeia beta (beta+) e outro incapaz de produção (beta 0) * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIAS Classificação: Beta-Talassemia Major Beta-Talassemia Minor Beta-Talassemia Intermédia * TALASSEMIAS FISIOPATOLOGIA: ▪ Diminuição da síntese de Hb (anemia microcítica e hipocrômica) ▪ Sobram cadeias alfa no citoplasma do eritroblasto ▪ Eritropoese ineficaz ▪ Hemólise crônica extravascular * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIA MAJOR: ▪ Anemia grave e icterícia ▪ Hiperplasia eritróide (MO) ▪ Deformidade óssea: proeminência dos maxilares, aumento da arcada dentária superior ▪ Hepato-esplenomegalia * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIA MAJOR: ▪ Laboratório: anemia acentuada hipo-micro provas de hemólise positivas (DHL >,BI>, reticulocitose) ▪ Presença de eritroblastos no sangue periférico e intensa anisopoiquilocitose * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIA MAJOR: ▪ Diagnóstico: Eletroforese de hemoglobina Como há redução de cadeias beta ou não formação, ocorre predomínio das cadeias não-alfa (delta e gama). Aumento de HbA2 * TALASSEMIAS BETA-TALASSEMIA MAJOR ▪ TRATAMENTO: - Hipertransfusão crônica (5-10ml/Kg) - Esplenectomia - Terapia de quelação de ferro - Transplante de medula óssea * TALASSEMIAS ALFA-TALASSEMIAS: ▪ Gene da alfa-talassemia: sudeste da Ásia, costa oeste da África, Índia, Oriente Médio Itália, Grécia e nordeste da Europa ▪ 4 genes da cadeia alfa de globina (ocorre deleção de um ou mais genes alfa) * TALASSEMIAS ALFA-TALASSEMIA: ▪ 1 deleção: portador assintomático ▪ 2 deleções: alfa-talassemia minor ▪ 3 deleções: doença da Hb H ▪ 4 deleções: hidropsia fetal *EUA: 15% prevalência do gene da alfa-tal * TALASSEMIAS DOENÇA DA HEMOGLOBINA H: ▪ Ausência de 3 genes da cadeia alfa ▪ Tetrâmero de cadeias beta ▪ Comportamento de talassemia intermédia ▪ Anemia hipo-micro moderada ▪ Esplenomegalia * TALASSEMIAS ALFA-TALASSEMIA: ▪ DIAGNÓSTICO: - Eletroforese de hemoglobina (Hb Barts/H) HbA2 e HbF:normais ou reduzidas - Mapeamento genético - Coleta de células do líquido amniótico - Utilização de sondas de DNA * TALASSEMIAS ALFA-TALASSEMIAS (Hb H): ▪ Tratamento: - Hemotransfusão - Quelação de ferro - Esplenectomia - Reposição de ácido fólico * ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE Destruição precoce da hemácia devido à fixação de imunoglobulinas ou complemento na superfície de sua membrana celular Classificação: primária (60%) e secundária (medicamentosa, dçs linfoproliferativas, colagenoses, neoplasias, mielodisplasia) * ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE Forma primária: mais comum em mulheres (50-60 anos) Clínica: formas assintomáticas e sem anemia até episódios hemolíticos agudos de acentuada gravidade Laboratório: anemia normo-normo, reticulocito-se, teste de Coombs Direto + * ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE TRATAMENTO: ▪ Específico: corticosteróides (prednisona - dose de 1mg/kg/dia) , esplenectomia, drogas citotóxicas/imunossupressoras nos casos refratários ▪ Suporte: ácido fólico e hemotransfusão (casos especiais)
Compartilhar