Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 1 Lipoproteínas Plasmáticas Prof. Dr. Wagner de JP Introdução - O colesterol, os ésteres de colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídeos são essencialmente insolúveis em água, assim, o organismo por meio da evolução encontrou uma saída para solucionar o problema de transporte de substâncias hidrofóbicas no organismo, as lipoproteínas. Uma lipoproteína é uma estrutura esférica composta em sua porção externa por fosfolipídeos, colesterol livre e proteínas – as apoproteínas. O núcleo das lipoproteínas é composto por ésteres de colesterol e triglicerídeos. As lipoproteínas são comumente classificadas e bioquimicamente separadas em função de sua densidade. As quatro principais lipoproteínas e suas funções - A densidade de uma lipoproteína é dada de acordo com a proporção existente entre proteínas (apoproteínas) e lipídeos. O quadro 1 apresenta as principais lipoproteínas e suas funções enquanto que as figuras 1 e 2 apresentam respectivamente os modelos esquemáticos das lipoproteínas e a proporção percentual dos lipídeos presentes em cada lipoproteína. Modelo de uma lipoproteína Quadro 1 - Principais lipoproteínas e suas funções LIPOPROTEÍNA PRINCIPAIS APOLIPOPROTEÍNAS FUNÇÕES Quilomícrons C-III, B-48, C-II, E, A-I São as maiores e menos densas lipoproteínas. Apresentam altas proporções entre triacilgliceróis e tem função de transportar principalmente triacilgliceróis. São sintetizados pelo intestino após as refeições. Não estão presentes no plasma no estado de jejum. È o principal carreador de triglicerídeos do plasma. Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) B-100, C-III, E, C-II, C-I, B-48 Sintetizada no fígado, também é o principal carreador de triglicerídeos produzidos de forma endógena. Lipoproteína de densidade baixa (LDL) B-100 É o principal carreador plasmático de colesterol. È gerada a partir da perda de triglicerídeos por parte da VLDL. Assim sua precursora é a VLDL. Lipoproteína de alta densidade A-I, A-III, C-III, C-I, A-II e D Realiza o transporte de colesterol dos tecidos extra-hepáticos para o fígado a fim de que seja excretado. É a menor lipoproteína Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 2 Apolipoproteínas - As apolipoproteínas são os componentes protéicos das lipoproteínas (Quadro 2). Atuam na manutenção da integridade estrutural das lipoproteínas, interagem com receptores de membrana mediando assim ações celulares e regulam certas enzimas que atuam nas lipoproteínas. LDL – colesterol Quilomícron B-100 E A-I C-III C-II B-48 A-I A-III C-III D C-I A-II HDL – colesterol VLDL - colesterol E B-100 C-I B-48 C-II C-III Figura 1 – Modelo esquemático das principais lipoproteínas e suas respectivas apoproteínas. Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 3 0,12 Ésteres de colesterol 0,07 Colesterol livre 0,18 Fosfolipídeos 0,08 Proteínas 0,53 Triacilgliceróis VLDL Densidade: 0,95 – 1,006 mg/ml Quilomícrons Densidade: < 1,006 mg/ml 0,02 Colesterol livre 0,02 Ésteres de colesterol 0,07 Fosfolipídeos 0,03 Proteínas 0,86 Triacilgliceróis 0,3 Fosfolipídeos 0,15 Ésteres de colesterol 0,04 Colesterol livre 0,04 Triacilgliceróis 0,47 Proteínas HDL Densidade: 1,003 – 1,210 mg/ml 0,42 Ésteres de colesterol 0,06 Triacilgliceróis 0,22 Proteínas 0,22 Fosfolipídeos 0,08 Colesterol livre LDL Densidade : 1,006 – 1,063 mg/ml Figura 2 - Proporção de lipídeos nas principais classes de lipoproteínas Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 4 Metabolismo das lipoproteínas - O metabolismo das lipoproteínas apresenta dois ciclos distintos: um endógeno e outro exógeno, ambos no fígado interligados. Dois sistemas enzimáticos principais estão envolvidos no metabolismo das lipoproteínas, são eles: a) Lipoproteína lípase (LPL) � Libera ácidos graxos livres e glicerol dos quilomícrons e dos VLDL para os tecidos. b) Lecitina colestrol acil transferase (LCAT) � Forma ésteres de colesterol unindo um ácido graxo ao carbono 3 do anel A do colesterol. O sistema ACAT – A LCAT (Lecitina colesterol-acil transferase) é uma enzima que cataliza a transferência de um ácido graxo da coenzima A para o grupo hidroxila do carbono 3 do colesterol, transformando o colesterol em uma substância mais hidrofóbica ainda, o éster de colesterol. Os ésteres de colesterol são então armazenados no citoplasma das células na forma de vesículas. Principais Apoproteínas Peso molecular Local de síntese Funções AI 28.000 Intestino, Fígado Ativa a LCAT. AII 17.000 Intestino, Fígado Função estrutural e possível inibidora da LCAT B100 549.000 Fígado Reconhecimento por parte do receptor de LDL. Altas concentrações séricas de apo B100 estão associadas a um aumento do risco de cardiopatias. B48 264.000 Intestino Encontrada em baixa concentração no plasma. CI 6.600 Fígado Ativa a LCAT CII 8.850 Fígado Ativa a LPL CII 8.800 Fígado Inibe a LPL E 34.000 Fígado, Intestino e Macrófago Liga-se ao receptor de LDL e provavelmente a um ouro receptor específico D - - É a menos conhecida das apoproteínas. Pode estar envolvida na transferência de colesterol esterificado entre as lipoproteínas VLDL, LDL e HDL. Quadro 2 – Principais apoproteínas presentes nas lipoproteínas, suas características e funções. R C O O Éster de colesterol Ácido graxo LCAT CoA-SH Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 5 A função antiaterogênica do HDL O HDL é sintetizado no fígado (HDL nascente). Logo que é sintetizada a HDL tem um formato discóide apresentando grande quantidade de proteínas e pouco colesterol e ésteres de colesterol. A HDL ainda apresenta na sua porção externa a LCAT (Lecitina Colesterol Aciltransferase), que cataliza a formação de ésteres de colesterol a partir da lecitina (fosfatidilcolina) e colesterol (Figura 3). Depois de liberada na corrente sanguínea a HDL nascente capta os ésteres de colesterol de outras lipoproteínas circulantes, os quilomícrons e as VLDL. Depois da remoção de seus triacilgliceróis pela lipase lipoprotéica tornam-se ricas em colesterol e fosfatidilcolina. A LCAT existente na superfície da HDL nascente converte essa fosfatidilcolina e colesterol em ésteres de colesterol, os quais entram no interior da HDL nascente convertendo-as em HDL de um disco chato em uma estrutura esferoidal (HDL madura). Essa lipoproteína rica em colesterol retorna ao fígado, onde o colesterol é descarregado. Parte desse colesterol é convertido em sais biliares que por sua vez é em parte perdido nas fezes. O ciclo exógeno das lipoproteínas 1 - Os lipídeos ingeridos por meio da dieta são digeridos no intestino delgado e posteriormente absorvidos. No interior dos enterócitos ocorre a formação dos quilomícrons. 2 - Os quilomícrons deixam o enterócito por meio de exocitose, ganham a linfa e posteriormentea corrente sanguínea. 3 - Nos capilares que irrigam os tecidos e os órgãos-alvo a enzima extracelular Lipoproteína lipase sofre ativação pela APO- CII (apoproteína presente no quilomícron). A Lipoproteína lipase hidrolisa então os triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol que são finalmente captados pelas células dos tecidos-alvo. 4 - Nos músculos esqueléticos os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia, enquanto que no tecido adiposo eles são reesterificados nos adipócitos com o glicerol gerando no triacilgliceróis que são armazenados como fonte energética. 5 - Os remanescentes dos triacilgliceróis desprovidos da maior parte de sua carga de triacilgliceróis, mas ainda apresentando a, mas ainda apresentando colesterol e as seguintes apoproteínas : APO-E e APO-48 que viajam por meio do plasma até o fígado onde eles serão captados por endocitose. Os triacilgliceróis que entram no fígado por esta via podem ser oxidados para fornecer energia ou precursores para a síntese de corpos cetônicos enquanto o colesterol que também restou no interior do quilomícron remanescente pode ser utilizado pelo fígado para formar componentes da membrana celular ou ácidos biliares. LCAT QUILOMÍCRONS ricos em LDL e fosfatidilcolina HDL nascente HDL madura Figura 3 - LCAT (Lecitina Colesterol Aciltransferase), presente na porção externa da HDL nascente cataliza a formação de ésteres de colesterol. Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 6 O ciclo endógeno das lipoproteínas 1 – O fígado sintetiza as partículas de VLDL que sofrem a mesma forma de delipidação que os quilomícrons, ou seja, nos capilares que irrigam os tecidos e os órgãos-alvo a enzima extracelular Lipoproteína lipase hidrolisa do VLD grande parte de triglicerídeos que são então captados pelas células dos tecidos-alvo. 2 – Isso resulta na formação de uma lipoproteína de densidade intermediária (IDL). 3 – A IDL sofre nova delipidação, perdendo mais triglicerídeos ainda transformando-se na LDL, rica em colesterol e com o mínimo de triglicerídeos. 4 – O LDL é o principal carreador de colesterol do fígado para os tecidos-alvo. O LDL sofre remoção do plasma ao se ligar a receptores específicos presentes no fígado, um mecanismo denominado endocitose mediada por receptor. Captação de colesterol hepática do LDL - Eventos da endocitose mediada por receptor O LDL é captado pelo fígado por meio da endocitose mediada por receptores. Nesse evento a APO-B100 (apoproteína presente no LDL) liga-se a receptores de membrana específicos presentes na membrana dos hepatócitos. Essa ligação inicia a incorporação da partícula de LDL juntamente com seu receptor formando um endossomo no citoplasma do hepatócito. O endossomo posteriormente se associa a uma vesícula de lizossoma. No interior do lizossoma há enzimas que hidrolizam os ésteres de colesterol liberando no citoplasma das células ácidos graxos e colesterol. A APO-B100 da LDL também é degradada, gerando aminoácidos que também são liberados no citoplasma da célula. Já o receptor de LDL é preservado, ou seja, não sofre degradação e é reciclado retornando a membrana plasmática do hepatócito para captar mais LDL. O receptor de LDL sofre reciclagem por aproximadamente 180 vezes. O colesterol que chega às células por esta via pode ser incorporado nas membranas ou pode ser reesterificado pela ACAT (Acil-CoA colesterol- acil transferase). A captação do colesterol por endocitose mediada por receptores está demonstrada na figura 4 indicada com números referentes aos passos descritos abaixo. Passo 1 - O DNA expressa um gen que permite a síntese de RNA mensageiro (RNAm). Passo 2 - O RNAm é transcrito nos ribossomas associados ao retículo endoplasmático rugoso. Passo 3 - Transcrita a proteína, (nesse caso o receptor de LDL) ocorre empacotamento dessa proteína nas vesículas do complexo de Golgi. Passo 4 - As vesículas coalecem-se junto à membrana plasmática ancorando os receptores de LDL-colesterol. Passo 5 - O LDL-colesterol liga-se a seu receptor específico de membrana, (endocitose mediada por receptores) forma-se uma depressão na membrana plasmática que engolfa o complexo-LDL-receptor. Passo 6 - Ocorre a formação de uma vesícula intracelular contendo o complexo LDL-receptor. Passo 7 - Uma vesícula de lisossoma contendo enzimas digestivas (lipases e proteases) associa-se à vesícula contendo o complexo LDL- receptor. Passo 8 - Ocorre digestão da apoproteína do LDL e de seus lipídeos sendo liberados no meio intracelular ácidos graxos, colesterol, ésteres de colesterol, e aminoácidos. Passo 9 - O receptor de LDL não sofre digestão pelas enzimas lizossomais sendo regenerado e voltando à membrana plasmática para transportar mais colesterol, processo que ocorre pelo menos 180 vezes com cada receptor de LDL. Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 7 LDL ÁCIDOS GRAXOS ÉSTERES DE COLESTEROL AMINOÁCIDOS COLESTEROL L LDL LDL 5 6 7 LDL 8 9 1 2 3 4 Figura 4 – Endocitose mediada por receptor. Esquema da síntese, acoplamento e regeneração dos receptores membranares de LDL. Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 8 Aterosclerose – Gênese da placa de ateroma A aterosclerose é uma doença progressiva que se caracteriza pela constrição do lume das artérias grandes e médias, em virtude do espessamento local da camada íntima (Figura 5) em resposta imunoinflamatória dessa camada da artéria à injúria, que por sua vez é ocasionada por fatores extrínsecos, tais como a hipercolesterolemia. A hipercolesterolemia é uma condição em que há excesso de LDL-colesterol disponível no plasma decorrente de dietas inadequadas ou ineficiência hepática em remover o LDL do plasma. A lesão aterosclerótica inicia-se com a oxidação do LDL por radicais livres presentes no plasma. Radicais livres são espécies químicas intermediárias capazes de existência independente, que possui um elétron ímpar em sua órbita externa, fora de seu nível orbital, gravitando em sentido oposto aos outros elétrons. Como conseqüência, este pode doar o elétron — atividade redutora — ou retirar elétrons de outras substâncias para se estabilizar — atividade oxidante. A própria condição de hipercolesterolemia per se já é responsável pela geração de um ambiente oxidativo, o que predispõem ainda mais à oxidação dessas lipoproteínas. Vários elementos químicos podem gerar radicais livres, porém por razões de natureza eletrônica a molécula de oxigênio apresenta forte tendência a formar esses radicais. Os principais radicais livres de importância biológica formados a partir do oxigênio molecular são o radical superóxido (O2-) e o radical hidroxila (OH*). Por sua natureza química instável os radicais livres promovem danos moleculares que se propagam em cadeia. Para debelar essas formas químicas reativas os organismos aeróbios dispõem de uma maquinaria bioquímica enzimática antioxidante e também de outros sistemas não enzimáticos. Entretanto, em alguns casos, a quantidade de agentes oxidantes gerados suplanta a capacidade tamponante dos sistemas antioxidantes conduzindo a uma condição denominada estresse oxidativo. Assim sendo, a oxidação do LDL-colesterol é o primeiro passo na gênese da placa de ateroma. Na condição oxidada, o LDL é denomina LDL-ox, e passa então a migrar da luz do vaso para a camada íntima da artéria, de onde não mais saem. Neste momento os macrófagos (células do sistema imune) penetram também na camada íntima da artéria com o propósito de fagocitaros LDL que lá estão, e assim o fazem. Contudo, os macrófagos não são “sabem” mais quando parar o processo de fagocitose de LDL, porque o LDL-ox é incapaz de sinalizar ao macrófago a cessação desse processo de fagocitose. Desse modo os macrófagos vão se tornando imensamente grandes e repletos de LDL-colesterol dentro da camada íntima da artéria, são, portanto denominados células espumosas. Nesse momento a camada íntima da artéria vai sofrendo modificação em função da injúria promovida pelo metabolismo alterado por parte dos macrófagos (Figura 6). A camada íntima lesada passa então a gerar mais radicais livres oxidando outros LDL vizinhos o que agrava o quadro de geração da placa de ateroma. Com o decorrer do tempo fibroblastos e fibras musculares lisas vão se aderindo à placa de ateroma que pode até mesmo se calcificar e posteriormente soltar-se gerando um trombo. O desenvolvimento da placa de ateroma reduz o diâmetro da luz do vaso alterando assim o perfil de fluxo sanguíneo nessa região do vaso gerando um fluxo de sangue turbilhonado. Esse padrão alterado de fluxo sanguíneo também passa a lesar o endotélio por um efeito denominado “shear stress” ou cisalhamento definido como sendo o atrito do sangue contra as paredes do vaso. Embora qualquer artéria possa ser afetada, os principais alvos são a aorta, as artérias coronarianas e cerebrais. A aterosclerose coronariana induz a cardiopatia isquêmica e, quando as lesões arteriais são complicadas por trombose, conduz ao infarto do miocárdio. Os acidentes isquêmicos cerebrais podem ser decorrentes das alterações hemodinâmicas ao fluxo cerebral causadas pela estenose decorrente da placa ateromatosa, ou seja, hipofluxo, ou devido a episódios embólicos causados pela presença de placa de ateroma no segmento carotídeo. Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 9 Lâmina elástica interna Lâmina elástica externa Colágeno e fibras elásticas Túnica adventícia Túnica média Válvula Endotélio Figura 5 – Em “A” Corte de uma artéria mostrando as camadas de tecido que a compõe. Em “B” corte de uma veia mostrando suas estruturas, note a válvula presente na luz desse vaso, o que promove fluxo unidirecional de sangue. B Colágeno e fibras elásticas Lâmina elástica externa Camada média Camada adventícia Endotélio Lâmina elástica interna Camada íntima A Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 10 Conclusões A aterosclerose conduz a diversas outras morbidades tais como trombose, hipertensão arterial, angina do peito, sobrecarga cardíaca com posterior insuficiência do coração, doença coronariana e finalmente infarto do miocárdio. É uma doença crônico-degenerativa e seu desenvolvimento está diretamente relacionado com a dieta. Dietas inadequadas, ricas em lipídeos, sobretudo o colesterol descadeiam ao longo do tempo a formação de placas de ateroma nas grandes e médias artérias dificultando o fluxo de sangue. A aterosclerose é muitas vezes denominada “doença silenciosa” uma vez que seu desenvolvimento não apresenta sintomatologia que não possa ser detectada por métodos clínicos. A realização de exames periódicos no sentido de verificar os níveis plasmáticos de lipoproteínas tem sido indicada como uma das formas de prevenção da aterosclerose associada à reeducação alimentar. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * A B Figura 6 - Em “A”, vaso arterial em corte longitudinal mostrando os eventos relacionados à formação da placa de ateroma. Em “B” corte transversal do mesmo vaso, mostrando como a placa obstrui a luz do vaso reduzindo o fluxo sanguíneo. Macrófago LDL não oxidada Endotélio vascular Radicais livres Fluxo sanguíneo alterado Prof. Dr. Wagner de JP Lipoproteínas 11 Referências Bilbliográficas BERLINER, J.A.; NAVB,M.; FOGELAM, A.M. - Atherosclerosis: basic mechanisms. Oxidation, inflamation and genetics. Circulation., 86: 2488, 1995. DZAU, V.J - Pathobiology of atherosclerosis and plaque complications. Am. Heart J., 128: 1300-1304, 1994. FONG, L.G.; PARTHASARATHY,S.; WITZTUM, J.L.; STEINBERG,D. - Nonenzynatic oxidativecleavage of peptide bonds in apaoprotein B100. J.Lipid Res., 28: 1466-1477, 1987. MITCHINSON, M.J.- The new face of atherosclerosis. Brit. J. Cli. Pract., 48: 149-151, 1994. PARTHASARATHY, S.; WIWLAND,E.; SATEINBERG, D. - A role for endothelial cell lipoxigenase in the oxidative modification of low-density lipoprorein. Proc. Natl. Acad. Sci. USA., 76: 333-337, 1989. RAMIRES, J.A.F.; LAGE,S.; CESAR, L.A.M.; PILLEGI,F. - Doença Coronária e aterosclerose: Clínica, Terapia Intensiva e Emergências. vol.1, 1998. ROSS, R. - Pathogenesis of atherosclerosis: a perspective for the 1990's. Nature., 362: 801-809, 1993. SIMIONESCU,M & SIMIONESCU,N - Proatherosclerotic events : Pathobiochemical changes occuring in the arterial wall before monocyte migration. FASEB J., 7: 1359-1366, 1993. STEINBERG,D.; PARTHASARATHY,S.; CARREWT.E.; KHOO, J.C.; WITZTUM, J.L. - Beyond cholesterol. Modification on low-density lipoproteins that increase its atherogenity. N. Engl. J. Med., 320: 915-924, 1989. STEINBRECHER, U.P. - Oxidation of human low density lipoprotein results in derivatization of lysine residues of apolipoprotein B by lipid peroxide decomposition products. J. Biol. Chem., 262: 3503-3508, 1987. WITZTUM, J. - Role of oxidised lipoprotein in atherogenesis. British Heart Journal. 69 ( suppl) s12-s18, 1993. VERRI, J.; FUSTER,V. - Mecanismos das Síndromes Isquêmicas Agudas e da Progressão da Aterosclerose Coronária. Arq. Bras. Cardiol., 68,(6): 461-467, 1997. OHARA, Y.; PETERSON, T.E.; SAYEG, H.S. - Dietary correction of hypercholesterolemia in rats normalizes endothelial superoxide anion production. Circulation., 898-903, 1995. NUMANO, F.; KISHI, Y.; ASHICAGA, T. - What effect does controlling platelet have on atherosclerosis ? Ann. N.Y. Acad. Sci., 748: 383-393, 1995.
Compartilhar