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TEORIA GERAL DO PROCESSO - Cáp DENOMINAÇÃO, POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA E DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL

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RESUMO 1
DENOMINAÇÃO, POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA E DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL
DENOMINAÇÃO- > O direito processual já foi chamado:
Direito Judiciário (vinculado á denominação romana=judicium) –porém, nem todo judiciário é processual., e todo nem sempre o juízo é duplo, contém dois litigantes ou mais
Direito Adjetivo ou Formal.
Direito Processual:  Moderno.
POSIÇÃO ENCICLOPÉDIA DO DIREITO PROCESSUAL: É uma ciência autônoma no campo da dogmática jurídica. Situa-se no Direito Público, cria e regula os remédios jurídicos em concordância constitucional, ética e política para consubstanciar o acesso á justiça.
Relaciona-se com o Direito Administrativo, porque de um Lado fica ÓRGÃOS JURISDICIONAIS e Auxiliadores da Justiça e de outro lado o Estado..
Relaciona-se com o Direito Penal porque existe uma tutela penal do processo
Relaciona-se com o Direito Civil porque ocorre frequente remissão a leis processuais, no que diz a capacidade processual (etc), e também porque são normas gerais de direito.
DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL:
O ordenamento brasileiro trata o direito processual penal e civil separados, porem para o seu ensino foi feito uma única teoria geral do processo, a fim de trabalhar com os dois ao mesmo tempo, COM A IDEIA DE QUE HÁ CONVENIÊNCIA EM EVITAR DECISÕES JUDICIAIS CONTRADITÓRIAS SOBRE  A MESMA SITUAÇÃO DE FATO.
Para Miguel Reale os princípios podem ser diferenciados em três grandes categorias:
“a) princípios omnivalentes, quando são válidos para todas as formas de saber, como é o caso dos princípios de identidade e de razão suficiente; 
COMUNS A TODAS AS CIENCIAS
b) princípios plurivalentes, quando aplicáveis a vários campos de conhecimento, como se dá com o princípio de causalidade, essencial as ciências naturais, mas não extensivo a todos os campos do conhecimento;
COMUNS A UM GRUPO DE CIENCIA
c) princípios monovalentes, que só valem no âmbito de determinada ciência, como é o caso dos princípios gerais de direito.”
SÓ SERVEM DE FUNDAMENTO PARA UM CIENCIA 
É fundamentalmente uno, porque uma é a jurisdição. A Constituição Federal confere à União competência para legislar sobre o direito processual (art. 22, I).
Tal qual a arvore que tem um tronco e depois se ramifica, o Direito Processual apresenta dois grandes ramos:
Direito Processual Penal, sempre envolve pretensão punitiva do Estado.
Direito Processual Civil, todo o mais, por exclusão – “lides não-penais”.
O Direito Processual do Trabalho é um sub-ramo do Direito Processual Civil, mas tem peculiaridades (CLT, arts. 763 e seguinte) que justificam uma disciplina autônoma.
RESUMO 2
Denominação- O direito processual é o conjunto de conhecimentos relativos ao processo judicial. O início das investigações acerca dos problemas processuais data de Roma no século XI. Utilizando o material fornecido pelo direito romano e canônico, procurou-se penetrar no âmago do processo. Tal período culmina com o speculum iudiciale, de Duranti, que resume e condensa toda doutrina até então elaborada. Seu livro tem uma preponderância prática, ressaltando o aspecto exterior do processo. A denominação direito judiciário, vinculada à designação romana de processo (iudicium) e ao seu principal sujeito (o juiz), revelou uma visão mais científica do objeto de tal ciência. Tal denominação pecava ou por indicar demais (nem todo judiciário é processual) ou de menos (porque o juiz é apenas o sujeito imparcial do processo, que exige pelo menos mais dois outros, os litigantes). Surge então, por influência alemã, a expressão direito processual, hoje dominante.
Posição Enciclopédica do Direito Processual- O direito processual é uma ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, enquadra-se no âmbito geral do direito. Está incluído no Direito Público e suas raízes principais se prendem ao tronco do direito constitucional, que estabelece as bases do direito processual ao instituir o Poder Judiciário, criar os órgãos (jurisdicionais) que o compõem, assegurar as garantias da Magistratura e fixar aqueles princípios de ordem política e ética que consubstanciam o acesso à justiça e a garantia do devido processo legal. O direito processual, por sua vez, cria e regula o exercício dos remédios jurídicos que tornam efetivo todo o ordenamento jurídico, em todos os seus ramos, com o objetivo precípuo de dirimir conflitos interindividuais, pacificando e fazendo justiça em casos concretos.
Divisão do Direito Processual- Como é una a jurisdição, uno também é o direito processual. Os principais conceitos inerentes ao direito processual, como os de jurisdição, ação, defesa e processo, são comuns àqueles ramos distintos, autorizando assim a elaboração científica de uma teoria geral do processo. Aliás, a unidade funcional do processo revela-se explícitamente na recíproca interferência entre jurisdição civil e jurisdição penal.
RESUMO 3
Costuma-se dividir o Direito Processual em pelo menos dois grandes ramos, o Direito Processual Civil e o Direito Processual Penal. Além desses, outros ramos podem ser identificados, como o Direito Processual do Trabalho, o Direito Processual Eleitoral e o Direito Processual Administrativo. Tal divisão, porém, se faz com o fim de atender a critérios exclusivamente didáticos e de facilitação da atividade legislativa. Na verdade, o Direito Processual é único, não comportando verdadeiras divisões. Essa afirmação resulta na admissão da existência de um a teoria geral do Direito Processual, ou seja, uma parte geral da ciência, aplicável a todos os "ramos” que a integram. A resistência inicial à existência de tal teoria única foi sendo gradualmente vencida. Não parece possível o oferecimento de qualquer contestação à existência da teoria geral do Direito Processual. É inegável o imenso número de institutos afins a todos os ramos do Direito Processual, podendo servir como exemplo do que acaba de ser afirmado o fato de que todos os citados "ramos” têm um a base comum, formada pela "trilogia estrutural do Direito Processual”, a qual é formada pela jurisdição, pela ação e pelo processo. Além desses três conceitos, porém, outros há, com uns a todos os ramos do Direito Processual, com o os conceitos de preclusão, ato processual, ônus, coisa julgada, recursos. A existência de todos esses (e muitos outros) institutos com uns permite afirmar, com Waldemar Mariz de Oliveira Júnior, que a diferença entre os diversos ramos do Direito Processual é tão som ente de grau, não de qualidade ou de natureza. Em verdade, não há qualquer diferença ontológica entre o Direito Processual Civil e o Direito Processual Penal (ou entre esses e quaisquer outros ramos do Direito Processual). Isso porque todos esses ramos têm um a finalidade comum, qual seja, estudar e regulamentar o exercício da função jurisdicional. Ora, em sendo essa função estatal una e indivisível, como se verá com mais calma adiante, não pode ser aceita um a verdadeira divisão entre ramos do Direito que têm a mesma finalidade e o mesmo objeto. Por essa razão, crendo firmemente na existência de um a teoria geral do Direito Processual (e, como visto, na sua unidade ontológica), é que dedico a primeira parte deste volume ao estudo daquela teoria. Sendo, porém, um livro sobre o Direito Processual Civil (um daqueles "ramos” do Direito Processual a que se fez referência e cuja finalidade é estudar e regulamentar o exercício da “jurisdição civil”, um a das “espécies” de jurisdição que costumam ser apresentadas pela doutrina com aquela finalidade didática e de facilitação da atividade legislativa a que se fez referência anteriormente, e que serão a seguir explicitadas), os institutos centrais do Direito Processual, componentes da teoria geral do Direito Processual, serão encarados sob um a ótica processual civil, sendo certo que raramente se fará referência, aqui, à aplicação desses conceitos e institutos nos demais ramos do Direito Processual. Foi dito anteriormente que a divisão em ramos do Direito Processual tem duas finalidades essenciais: um a didática,a outra de facilitar a atividade legislativa. Deve-se explicar essa assertiva. A divisão do Direito Processual em ramos, sem nenhum a dúvida, facilita a com preensão das peculiaridades de cada hipótese. Basta imaginar quão mais complexo seria para aquele que se lança, pela primeira vez, ao estudo do Direito entender como tem as aparentem ente tão distintos como a “ação de consignação em pagamento” e a execução penal pudessem pertencer ao mesmo ramo da ciência jurídica. Por outro lado, fica bem mais fácil para os legisladores elaborar leis que digam respeito exclusivamente ao Direito Processual Civil ou ao Direito Processual Penal, como sejam os Códigos referentes a cada um desses ramos do Direito Processual. Há que se recordar que a função legislativa é exercida, muitas vezes, por pessoas sem formação jurídica, deputados e senadores que não estão acostumados aos mistérios e às belezas da ciência jurídica e que, apesar de assessorados por especialistas, podem não ter a exata dimensão da unidade conceptual existente entre os diversos ramos da ciência processual. Por essa razão, é muito mais simples, sem sombra de dúvida, a elaboração de leis que regem cada um desses ramos do Direito Processual separadamente. É certo que alguns poucos países tentaram um a experiência diversa, elaborando Códigos que reunissem os preceitos de Direito Processual Civil e Penal, como se fez, por exemplo, na Suécia. Essa experiência, porém, não foi levada adiante na maioria dos países, sendo bastante mais freqüente a existência de Códigos separados, como no Brasil, em que há um Código de Processo Civil e um Código de Processo Penal. A consciência, por parte do estudioso do Direito Processual, de que existe um a teoria geral desse ramo do conhecimento jurídico é essencial para a adequada com preensão dos meandros e detalhes que o compõem. Aquele que conhece bem a teoria geral do Direito Processual pode, sem nenhum a dúvida, "navegar” pelo Direito Processual (civil ou penal) sem grandes dificuldades, sendo certo, de outro lado, que aquele que ignora os conceitos genéricos da disciplina terá imensa dificuldade em bem apreender o Direito Processual Civil (ou qualquer outro ramo do Direito Processual).

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