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Prática Simulada I - Petição Inicial - Ação de Reparação de Danos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA - CEARÁ
Valdemar Rodrigues da Silva, portador da Cédula de Identidade/RG nº 125526-2, e inscrito no CPF sob o nº025.365.555-14 com endereço profissional na Rua Padre Antonio Tomás nº1280, Cidade de Fortaleza, com a assistência de seu advogado e procurador que esta subscreve, regularmente inscrito na OAB-CE sob nº21256, com endereço na Rua Tomas Acioli nº 2020, Cidade de Fortaleza, onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, "ex vi" dos artigos 275, II e 278 do Código de Processo Civil.
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
Pelo procedimento sumário, contra a Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, que deverá ser citado na pessoa de seu Superintendente Diretor, com endereço na Rua Assunção nº180 na Cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer:
 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
No dia 14 de Janeiro de 2017 aproximadamente as 15h00min horas, trafegava o Autor com o veículo de sua propriedade FORD FIESTA placas OCC-8985, pela Rua Floriano Peixoto nº 1441, quando no cruzamento com a Rua Pedro Pereira nº 400 teve a frente do mesmo cortado pelo veículo HONDA CIVIC, cor PRATA, placas ECG-5472 de propriedade da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, conduzido na ocasião por Francisco de Assis Lemos.
 DOS FATOS
No Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito nº 0258, fls. 42, elaborado pela autoridade de trânsito que compareceu ao local, encontra-se:
 “O Autor transitava pela Rua Floriano Peixoto, sentido oeste no cruzamento com a Rua Pedro Pereira, envolveu-se em uma colisão com o veículo de propriedade do Réu conduzido por Francisco de Assis Lemos, que transitava pela ultima via citada.” 
Do evento citado acima, resultou danos materiais. Dê-se considerar que a via utilizada pelo Autor é preferencial e isto é notório, porém, o desatento motorista do veículo do Réu, trafegava pela Rua Pedro Pereira nº 400, não sabia ou não percebeu e, negligentemente, cruzou a via preferencial, impossibilitado ao Autor de utilizar-se do sistema de freagem, vindo a colidir seu veículo contra o do Réu.
 DO DANO
Decorrente do sinistro o Autor sofreu prejuízos de elevada monta posto que, seu veículo ficou bastante danificado e isto demonstra-se pelo orçamento elaborado em Oficina por empresa autorizada e idônea, e fotografias que se acostam, a saber:
Orçamento R$ 8.000,00.
Ante o exposto da vultosa importância que forçosamente teria que dispender, entende que seria inútil recorrer a outras autorizadas para elaborar outros orçamentos, haja vista que, certamente aproximariam do valor do primeiro orçamento. Visto que, em consequência da gravidade do dano e por entender que o conserto não resultaria perfeito, caso não fosse efetuado em oficinas não especializadas, resolveu vender o veículo.
		DA VENDA DO BEM DANIFICADO
Com efeito, decorridos alguns dias vendeu o veículo a Sra. Luiza Oliveira, portadora da Cédula de Identidade/RG nº 2020258-9, inscrito no CPF sob o nº 023.336.399-90, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Olímpia nº 898, bairro Vila Madalena.
A venda do veículo sinistrado foi concretizada pelo valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais). Tendo em vista a se considerar MM. Juiz, que o valor médio do veículo era de R$ 48.565,00 (quarenta e oito mil e quinhentos e sessenta e cinco reais).
Do valor supra mencionado, abatendo-se o valor pelo qual o veículo foi vendido, ou seja R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), teve o Autor um prejuízo no importe de R$ 8.000,00 (oito mil reais), que convertidos para a moeda circulante chega-se a um total de R$ 26.000,00 (vinte e seis mil reais), porém esse valor não corresponde ao dano efetivo sofrido pelo Autor, senão vejamos:
Buscando o preço de mercado em 2017, encontramos veículos do mesmo modelo e ano, ou seja, vendido a um preço que varia de R$ 46.000 (quarenta e seis ), a R$ 58.000,00 (cinquenta e oito mil reais), chegando-se a um preço médio de R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil) e isto demonstra-se pelo período acostado.
Assim Excelência, desnecessário tecer maiores considerações para se concluir que o prejuízo sofrido pelo Autor gira em torno de R$ 29.000,00 (vinte e nove mil reais). No entanto, o prejuízo do Autor não se resumiu ao valor de R$ 29.000,00 (vinte e nove mil reais), porém, deverás considerado o período em que ficou sem veículo, utilizando-se no período de um (1) mês dos serviços de táxi, até que adquiriu outro veículo. 
O Autor é empresário, e a partir daí, despiciendo dizer que necessita diariamente de veículo para desenvolver suas atividades profissionais, além do que, para outros deslocamentos com sua família utilizou-se dos serviços de taxi. Diante do exposto, ao prejuízo decorrente do sinistro, deverá ser acrescida a importância de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) referente às despesas de táxi.
 DA RESPONSABILIDADE
Estabeleceu o artigo 37, parágrafo 6º da Constituição Federal:
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa".
Também o Art. 1521 do Código Civil de 1916 - Lei 3071/16, prevê:
Art. 1.521. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele (art. 1.522);
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à concorrente quantia.
O Supremo Tribunal Federal, em caso semelhante, julgou procedente Apelação Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas, que concedeu a indenização, sob responsabilidade objetiva do estado, senão vejamos: 
APELAÇÃO CÍVEL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ATROPELAMENTO. MORTE DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO EM SERVIÇO. INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. A responsabilidade civil do Estado afigura-se como objetiva, ou seja, independe de se perquirir acerca do elemento subjetivo da culpa, bastando, para tanto, restar verificado, como já asseverado, sua conduta, o dano e o nexo causal entre ambos os elementos, segundo decorre do artigo 37,? 6º, da Constituição Federal 2.Não há dúvida de que o autor era servidor público municipal, e que o acidente ocorreu quando este desempenhava sua atividade laboral como Gari da prefeitura, provocando-lhe a morte. 3.Além disso, não se pode olvidar que o Município, no presente caso, não demonstrou ter se desincumbido do seu dever de fornecer equipamento de sinalização de rua para proteção de seu servidor, enquanto desempenhasse sua função de Gari, para que pudesse delimitar o espaço em que estava e se proteger dos veículos que ali transitavam, mormente quando se considera que o acidente ocorrera dentro de Terminal de ônibus, onde não sequer deveria ser permitida a passagem de veículos particulares. 4.As circunstâncias que envolveram o episódio mostram-se suficientes para abrir ensanchas aos danos morais, sendo razoável sua fixação em R$120.000,00(cento e vinte mil reais) a ser dividido entre os Recorrentes, quantia que se mostra suficiente a servir de lenitivo ao ilícito perpetrado e incutir caráter pedagógico ao infrator. 5.Recurso conhecido e provido.
(TJ-AM - APL:07085824020128040001 AM 0708582-40.2012.8.04.0001, Relator: Maria do Perpétuo Socorro Guedes Moura, Data de Julgamento: 25/05/2015, Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: 02/06/2015)
Ademais, o condutor do veículo causador do dano, bem como o proprietário do mesmo (Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB), estão obrigados a repará-lo e isso desprende-se do artigo 159 do Código Civil.
Ora Excelência, o Autor esgotou suasoriamente os meios para obter o ressarcimento dos danos à si causados pelo motorista do veículo pertencente a União, assim, se vê compelido à propor a presente ação.
 DOS PEDIDOS
Diante do exposto, com apoio nos dispositivos legais antes mencionados, requer-se a Vossa Excelência se digne:
Determine a expedição de Carta Precatória endereçada ao Juiz de Direito da Comarca de Fortaleza - CE, para citação do Réu no seguinte endereço Rua Assunção nº 180, para que o Senhor Superintendente Regional compareça a audiência de Conciliação, instrução e julgamento, que for designada e nela ofereça, querendo, a defesa que tiver, sob pena de revelia.
Requer outrossim, além do depoimento pessoal do representante legal e a oitiva do condutor do veículo do Réu, sob pena de confesso, oitiva da testemunha arrolada, que comparecerá à esse Juízo independente de intimação; produção de prova documental, por meio dos documentos que se acostam e que poderão ser juntados durante o trâmite processual além as demais provas em direito admitidas e necessárias para o deslinde do feito.
Contestada ou não, seja a ação julgada procedente, condenado-se o requerido ao pagamento da importância de R$ 60.000 (sessenta mil reais), acrescida de juros moratórios, correção monetária, despesas judiciais, custas processuais e honorários advocatícios, que saberá arbitrar.
Dá-se à presente o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
23 de Março de 2018.
Advogado 
OAB-CE

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