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Fichamento Constitucional I 2 Semestre

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Fichamento de Aulas – Processual Penal– Unifran – 3º Semestre - 2018
Ficha Bibliográfica
LENZA, Pedro. Col. Direito constitucional esquematizado.20.ed. São Paulo: Saraiva, 2016
	Módulo 2 - origem e evolução das constituições
	Citações
	CONCEITO DE CONSTITUCIONALISMO
Teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. Neste sentido, o constitucionalismo moderno representar á uma técnica especifica de limitação do poder com fins garantísticos. (CANOTILHO).
Partindo, então, da ideia de que todo Estado deva possuir uma Constituição, avança-se no sentido de que os textos constitucionais contêm regras de limitação ao poder autoritário e de prevalência dos direitos fundamentais, afastando-se da visão opressora do antigo regime. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO
Quatro grandes “eras”:
Idade Antiga (até o séc. V — tomada do Império Romano do Ocidente pelos povos bárbaros — 476 d.C.);
Idade Média (séc. V até o fim do Império Romano do Oriente, com a queda de Constantinopla, no século XV — 1453 d.C.);
Idade Moderna (1453 - 1789 — Revolução Francesa);
Idade Contemporânea (1789 até os dias atuais).
➢ Constitucionalismo antigo
Característica geral: Não havia obrigação de constituições escritas;
Constitucionalismo durante a Antiguidade
Hebreus - Estado teocrático – limitações ao poder político ao assegurar aos profetas a legitimidade para fiscalizar os atos governamentais que extrapolassem os limites bíblicos.
Cidades-Estados gregas - Democracia direta
Constitucionalismo durante a Idade Média
Magna Carta de 1215
Para que não fosse deposto, o rei João Sem-Terra aceitou acatar as determinações impostas;
Remodelou o papel do rei na Inglaterra: o rei não poderia mais criar impostos ou alterar as leis sem antes consultar o Grande Conselho, órgão que seria integrado por representantes do clero e da nobreza. Nenhum súdito poderia ser condenado a prisão sem antes passar por um processo judicial. Estabelece, mesmo que formalmente, a proteção a importantes direitos individuais. Limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do rei João, que o assinou, limitando o exercício do poder absoluto.
Constitucionalismo durante a Idade Moderna
Documentos que garantiram proteção aos direitos fundamentais da pessoa humana, limitando a ingerência estatal na esfera privada.
Petition of Rights, de 1628; 
Habeas Corpus Act, de 1679; 
Bill of Rights, de 1689; 
Act of Settlement, de 1701.
Constitucionalismo moderno
Característica geral: Predominam as constituições escritas como instrumentos para conter qualquer arbítrio decorrente do poder.
Constitucionalismo moderno durante Idade Contemporânea
Séculos XVIII e XIX – Estado Liberal
Marcos: Constituição dos EUA (1787); Constituição da França (1791)
Contraposição ao absolutismo reinante: o Povo como o titular legitimo do poder;
Concepção liberal: Valorização do indivíduo; Direitos de 1ª Geração; Absenteísmo estatal;
Resultados: Concentração de renda. Exclusão Social
Século XX – Estado Social de Direito
Crise Estado Liberal: Rev. Industrial – Proletariado
Marcos: Constituição do México (1917); Constituição de Weimar (1919); BRASIL – Constituição de 1934.
Estado presente: Prestações positivas aos indivíduos; Direitos de 2ª Geração
Constitucionalismo contemporâneo
Constitucionalismo contemporâneo durante Idade Contemporânea
Séculos XX e XXI: Totalitarismo Constitucional (Uadi Lammêgo Bulos), Constituição Programática/ Dirigente, Dirigismo estatal, Forte Conteúdo social.
Normas programáticas: Metas, Programas de governo
BRASIL – Constituição de 1988: Exemplo: Artigo 3º
Direitos de 3ª Geração: Paz, Meio-ambiente equilibrado, Desenvolvimento
Constitucionalismo do futuro
O que esperar? Consolidação DHs 3ª geração (fraternidade, solidariedade).
C) NEOCONSTITUCIONALISMO (Pós-moderno, Pós-Positivismo)
Nova perspectiva doutrinária do século XXI
Marco histórico: Pós-2ª GM, Resposta às atrocidades dos regimes totalitários, Revalorização da Constituição
Objetivo: Concretização dos direitos fundamentais.
Dignidade da Pessoa Humana
	“Direitos de 1ª Geração são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário. “
“Direitos de 2ª Geração são os direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo, pois exigem atuações do Estado. “
“Direitos de 3ª Geração são os ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano. “
Art. 3º: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
	Módulo 3 – Conceito e classificação das constituições
	Citações
	CONCEITODE CONSTITUIÇÃO
Sentido sociológico (Ferdinand Lassale) - documento que expressa a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade.
Sentido político (Carl Schmitt) – documento que consagra a decisão política do titular do poder constituinte.
Sentido jurídico (Hans Kelsen)
Considerada norma pura, puro dever-ser, sem qualquer pretensão a fundamentação sociológica, política ou filosófica
Sentidos: 
Jurídico-positivo: Equivale à norma positiva suprema; Conjunto de normas que regula a criação de outras normas; Normas postas, positivadas
Lógico-jurídico: Norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva. Normas supostas, hipotéticas.
CLASSIFICAÇÃO
As constituições poder ser classificadas quanto à:
Origem
Outorgadas (impostas, ditatoriais, autocráticas): Impostas – sem participação popular. 
Exemplos: Constituições brasileiras de 1824, 1937 e 1967 e a EC nº 01/1969.
Promulgadas (democráticas, populares ou votadas): Participação popular - processo democrático. Assembleia Nacional Constituinte.
Exemplos: Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988.
Forma
Escritas (instrumentais): 
Conjunto de regras sistematizadas e organizadas em um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado. 
Exemplos: Todas as Constituições do Brasil.
. Não escritas(costumeiras ou consuetudinárias):
Não traz as regras em um único texto solene e codificado.
“Textos” esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentais, e baseia-se nos usos, costumes, jurisprudência, convenções.
Vários os centros de produção de normas.
Possuem também normas escritas, não são formadas apenas por costumes
Leis e convenções (escritas) também fazem parte dessas constituições.
Exemplo: Constituição inglesa.
Extensão
Sintéticas:
Veiculadoras apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado.
São mais duradouras, na medida em que os seus princípios estruturais são interpretados e adequados aos novos anseios pela atividade da Suprema Corte. Exemplo: Constituição do EUA (1787)
Analíticas:
Abordam todos os assuntos que os representantes do povo entenderem fundamentais.
Descem às minúcias, estabelecendo regras que deveriam estar em leis infraconstitucionais.
Tendência contemporânea.
Proteção mais eficaz contra investidas do legislador ordinário. 
Alteração somente por processo legislativo especial. 
Exemplo: Constituição de 1988
Modo de elaboração
Dogmáticas (sistemáticas): 
Sempre escritas.
Segundo os dogmas estruturais e fundamentais em voga.Elaboradas por um órgão constituído para esta finalidade em um determinado momento. Exemplo: Constituição de 1988;
Históricas:
Também chamadas costumeiras, são do tipo não escritas.
Constituem-se através de um lento e continuo processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo. 
Exemplo: Constituição inglesa.
Alterabilidade (estabilidade, mutabilidade e consistência)
Rígidas
Alteração - processo legislativo mais dificultoso
CF/1988 – Votação em dois turnos, nas duas Casas do Congresso Nacional e aprovação de pelo menos três quintos dos integrantes das Casas Legislativas (art. 60, §2º, CF/88)
Exemplos: Todas as Constituições brasileiras, exceto a de 1824;
Flexíveis
Não possuem um processo legislativo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais. 
Semirrígida ou semiflexíveis
Para algumas normas, o processo legislativo de alteração é mais dificultoso que o ordinário, para outras não.
Exemplo: Constituição do Império do Brasil (1824) Exigia procedimento especial para modificação de artigos que tratassem de direitos políticos e individuais, bem como dos limites e atribuições respectivas dos Poderes. 
Observações:
Maior ou menor rigidez da Constituição não lhe assegura estabilidade.
Constituição rígida não é, necessariamente, mais estável.
Exemplo: CF/88 - já emendada dezenas de vezes.
Da rigidez constitucional decorre o princípio da supremacia da.
Como há processo legislativo especial, as normas constitucionais estão em patamar hierárquico superior ao das demais normas.
Normas que forem incompatíveis com a Constituição serão consideradas inconstitucionais. 
Controle de constitucionalidade (fiscalização)
Conteúdo
Considerações iniciais antes de realizar a classificação:
Normas materialmente constitucionais 
Conteúdo tipicamente constitucional.
Normas que regulam os aspectos fundamentais da vida do Estado. Não há consenso doutrinário sobre quais são as normas materialmente constitucionais.
Forma de Estado, forma de governo, estrutura do Estado, organização do Poder e os direitos fundamentais. 
Estejam inseridas ou não no texto escrito da Constituição, formam a chamada Constituição material” do Estado. 
Normas formalmente constitucionais 
Independentemente do conteúdo, estão contidas em documento escrito elaborado solenemente pelo órgão constituinte.
Avalia-se apenas o processo de elaboração da norma.
Se a norma faz parte de um texto constitucional escrito e rígido, ela será formalmente constitucional.
Pressuposto – existência de uma Constituição rígida. 
Exemplo: art. 242, § 2º, da CF/88, que dispõe que o Colégio Pedro II, localizado na cidade do RJ, será mantido na órbita federal. Esse tipo de conteúdo não é essencial à organização do Estado.
Constituições Materiais
Conjunto de normas, escritas ou não, que regulam os aspectos essenciais da vida estatal.
Normas fundamentais e estruturais do Estado, a organização de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais.
Exemplo: Constituição de 1824 Art. 178 - prescrevia ser constitucional somente o que dissesse respeito aos limites e atribuições respectivos dos poderes políticos e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos; 
Tudo o que não fosse constitucional poderia ser alterado, sem as formalidades referidas (nos arts. 173 a 177), pelas legislaturas ordinárias.
Constituições Formais (procedimentais)
Conjunto de normas que estão inseridas no texto de uma Constituição rígida, independentemente de seu conteúdo.
Elege como critério o processo de sua formação, e não o conteúdode suas normas.
Exemplo: Constituição de 1988
Quando considerada em sua totalidade, pois foi solenemente elaborada por uma Assembleia Constituinte.
Todas as normas são formalmente constitucionais.
Algumas normas da Carta Magna são apenas formalmente constitucionais (e não materialmente), pois não tratam de temas de grande relevância jurídica, enquanto outras são formal e materialmente constitucionais (como as que tratam de direitos fundamentais, por exemplo).
Finalidade
Constituição-garantia: 
Objetivo: proteger as liberdades públicas contra a arbitrariedade do Estado.
Direitos de 1ª geração;
Constituição-balanço (Constituições-registro):
Rege o ordenamento jurídico do Estado durante um certo tempo, previsto na própria constituição. Transcorrido esse prazo, é elaborada uma nova Constituição ou seu texto é adaptado.
Constituição de regimes socialistas.
Descrevem e registram o estágio da sociedade em um dado momento.
Constituição-dirigente:
Traça diretrizes que devem nortear a ação estatal.
Finalidades 
Garantia do existente.
instituição de um programa ou linha de direção para o futuro (normas programáticas).
Direitos de 2ª geração
Quadro Síntese
Origem: Outorgadas/ Promulgadas
Forma: Escritas/ Não escritas (costumeiras)
Extensão: Sintéticas/ Analíticas
Modo de Elaboração: Dogmáticas/ Históricas
Alterabilidade: Rígidas/ Flexíveis/ Semirrígidas ou semiflexíveis
Conteúdo: Materiais/ Formais
Finalidade: Garantia/ Dirigente/Balanço
Ressalta - se que há outros critérios de classificação, menos difundidos entre os doutrinadores.
	
	Aula 3 – Análise Histórica do Processo Civil no Brasil
	Citações
	Período colonial: Ordenações Filipinas - Regulamento 737/1850
Em um primeiro momento aplicava-se apenas aos comerciantes. Em um segundo momento, com o regulamento 737 passou a atingir os não comerciantes para questões comuns.
Constituição de 1891
Surgimento dos Códigos Judiciários Estaduais. Ela atribuiu aos Estados a competência para legislar sobre processo civil. Assim, haviam tantos Códigos de processo quantos fossem os Estados.
Código de Processo Civil de 1939 (Janeiro de 1940 a dezembro de 1973)
Representava um avanço, porém pecava pela falta de técnica relacionadas ao processo.
Código de Processo Civil de 1973
Projeto do Ministro Alfredo Buzaid, inspirado no doutrinador Italiano Enrico Tullio Lerman.
Constituição Federal de 1988
Atribui com exclusividade a União a competência para legislar sobre processo civil, cabendo aos Estados e ao Distrito Federal a competência supletiva ou residual para assuntos de menor importância. 
Ex: Legislação estadual sobre custas e taxas judiciárias.
Lei 13.105/15 = NCPC
Revogou o Código de Processo Civil de 1973. Presidido pelo Ministro Luiz Fux. Trouxe inovação estrutural, dividindo-se parte geral e parte especial.
	“Somente com a Constituição Federal de 1934 é que a competência para legislar sobre processo passou a ser exclusiva da União, do que resultou a edição dos três Códigos de Processo Civil: o de 1939, o de 1973 e o atual, de 2015. “ (p.46 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
 
	Aula 4 – A Lei Processual Civil
	Citações
	Da Norma jurídica
Conceito
É a célula do ordenamento jurídico através da qual o Estado fixa deveres de conduta aos sujeitos com a coação sobre estes em caso de descumprimento, o que resultará em caso de desobediência na sanção. Célula: ideia de origem, fonte, ou seja, a fonte de todo o ordenamento.
Ordenamento jurídico
Conjunto de regras de conduta (no sentido macro), previstas na Constituição Federal, no Código Civil, Decretos Municipais, etc. 
Sanção: Analisada em sentido amplo, sob o viés do Direito Civil Direito Penal, Direito Trabalhista, etc.
A doutrina divide a análise da norma jurídica em duas partes
O primeiro modelo de comportamento que o Estado espera do sujeito é conhecido como suporte fácil de conduta.
Já o segundo momento está diretamente ligado ao primeiro momento, no qual refere-se ao descumprimento desse modelo de comportamento que levará a sanção. Quando a norma é descumprida surge para aquele que foi atingido pelo descumprimento uma vantagem ou direito subjetivo, enquanto que para aquele que o ofendeu surge um dever jurídico ou desvantagem.
Ex¹:
1º momento, relação de vizinhança, saúde, sossego e segurança.
2º momento, ação de indenização.
Ex²:
1º momento,norma estabelece que o indivíduo não pode beber e dirigir.
2º momento, prisão do agente.
Ex³:
Diz o artigo 186 do Código Civil que ninguém deverá causar dano a outrem sob pena de responsabilização patrimonial. Assim, quem viola essa regra termina obrigado ao dever jurídico em benefício daquele que teve o bem atingido. 
Princípio da supremacia da lei
É o princípio que decorre do Estado de Direito e determina que a lei em sentido amplo se impõe a todos sem exceção. Nesse sentido, eventual interesse particular cede ao comando legal. Estado de direito é a organização política do Estado segundo regras por ele editada.
	“Vigora entre nós o princípio da supremacia da lei, norma escrita emanada da autoridade competente. ” (p.46 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
	Aula 5 – Características da norma jurídica
	Citações
	Generalidade
A norma jurídica aplica-se a todas as pessoas indistintamente. Ainda é possível que ela seja aplicada a um grupo de pessoas que se encontram em determinada situação jurídica. 
Ex: Lei 7210/84, Lei de Execução penal (LEP), aplicada aos presos e condenados, ou seja, um grupo específico de sujeitos. 
Imperatividade
A norma é imperativa, ou seja, de observância obrigatória por todos. Assim, não existe uma categoria de sujeitos especiais para os quais a norma é facultativa. A norma é bilateral, ou seja, traz uma ideia de direito versus dever quando ofendido.
Autorizamento
É a possibilidade daquele que foi ofendido pela norma jurídica exigir-lhe o cumprimento, ou seja, a sanção. Aqui reside a grande distinção entre as normas jurídicas e as normas éticas e religiosas, pois as últimas uma vez não observadas não geram qualquer reflexo jurídico.
Ex¹: Se o sujeito deixa de dar esmolas não poderá ser obrigado judicialmente a fazê-lo, pois é uma norma de conduta, uma norma de valor.
Ex²: Se o sujeito deixa de contribuir na igreja não poderá ser penalizado juridicamente.
Permanência
Essa característica está relacionada a vigência da norma temporalmente falando e por ela a norma jurídica gerará plenos efeitos até ser revogada. O desuso da norma não a revoga. 
Emana da autoridade competente
As normas jurídicas são editadas pelos entes políticos de acordo com a divisão de competências previstas na Constituição Federal. Assim, existem normas editadas pelos Municípios (ex. Lei municipal sobre meia-entrada), pelos Estados e Distrito Federal (ex. Lei estadual de custas judiciais), e pela União (ex. Código Civil, Código Penal, etc)
	“GENERALIDADE- já que ela se aplica a todas as pessoas indistintamente, ou ao menos a uma categoria delas. Daí o seu caráter abstrato. “ (p.49 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
	Aula 6 – Da classificação da norma jurídica
	Citações
	Cogentes ou de ordem pública
São as normas jurídicas responsáveis pela defesa de interesses da coletividade. Nesse sentido as normas cogentes não podem ser afastadas segundo o critério de conveniência das partes.
Ex¹: Tipos penais incriminadores (os crimes).
Ex²: Regra do artigo 225 da Constituição Federal, que prevê a defesa do meio ambiente. 
Não cogentes ou dispositivas
São as normas jurídicas que não são absolutas, ou seja, admitem a relativização segundo o interesse dos sujeitos, podendo, desta forma, ser afastadas.
Se subdividem em permissivas e supletivas.
Norma não cogente permissivas
As partes podem segundo interesse próprio afastar a sua aplicação.
Ex: A celebração do contrato com cláusula de eleição de foro que relativiza as regras de competência prevista no Código de Processo Civil.
Norma não cogente supletiva
É a norma jurídica que será aplicada em caso de omissão das partes em sentido contrário.
Ex: Aplicação aos casamentos do regime de comunhão parcial de bens caso as partes nubentes não estipulem nada em sentido contrário. 
Norma processual
Regula a participação dos sujeitos no processo ou modo de prática atos processuais. É predominantemente cogente ou de ordem pública. 
Fontes das normas (local de onde provém, origem)
Materiais: Estado (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), com base em fatos e problemas sociais.
Formais:
Imediatas: lei; 
Mediatas: analogia, costumes, princípios gerais do direito e jurisprudência.
Conceito de Lei
Norma geral editada pelo Poder Legislativo / preside relações seres entre si. 
Formas/ espécies normativas
Artigo 59, CF. 
Elementos da lei
dispositivo ou disposição;
sancitivo ou sanção
Eficácia da Lei
no tempo: possui duração indeterminada.
no espaço: princípio da territorialidade da lei
	
(p.49-50 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
“NORMA PROCESSUAL - Trata das relações entre os que participam do processo, bem como do modo pelo qual os atos processuais se sucedem no tempo. Em suma, cuida da relação processual (como aquelas relativas aos poderes do juiz, aos ônus e direitos das partes) ou do procedimento (como as que regulam a sucessão dos a:os na audiência).“ (p.50 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
“Fonte formal primária:
- Lei. 
Fontes formais acessórias:
- Analogia, costume e princípios gerais do direito, erigidos em fonte formal pelo art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
- Súmula vinculante, editada pelo STF (art. 103-A e §§ da CF; e Lei 11.417/2006).
- Decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF em controle direto de constitucionalidade (art. 102, § 2°, da CF).
Entre as fontes não formais, destacam-se:
- A doutrina.
- Os precedentes jurisprudenciais (salvo os erigidos em súmula vinculante ou as decisões definitivas de mérito do STF em controle concentrado de constitucionalidade). (p.51 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
“Uma sentença ou uma decisão judicial não podem estar fundadas apenas em jurisprudência, porque tecnicamente ela não é fonte de direito; devem basear-se em lei, ou, no caso de lacuna, nas fontes formais subsidiárias. Os precedentes judiciais serão úteis para reforçar as conclusões do julgador. Quanto mais reiteradas forem as decisões em determinado sentido, mais auxiliarão a demonstrar o acerto do julgamento, sobretudo quando provierem dos Tribunais Superiores. ” (p.57 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
Art. 59. 
“O processo legislativo compreende a elaboração de:
emendas à Constituição;
leis complementares;
leis ordinárias;
leis delegadas;
medidas provisórias;
decretos legislativos;
resoluções.
Parágrafo único: Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.” (Constituição Federal, artigo 59).
“ LEI PROCESSUAL CIVIL NO ESPAÇO - As normas de processo civil têm validade e eficácia, em caráter exclusivo, sobre todo o território nacional, como estabelece o art. 16 do CPC. ” (p.60 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
“Art. 16: A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. “ (Lei 13.105 de 16/03/2015 – Novo CPC).
“ LEI PROCESSUAL CIVIL NO TEMPO – Vigência: Com frequência, as próprias normas de processo indicam o prazo de vacatio legis. Se não o fizerem, aplica-se o art. 1° da LINDB: "Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada". A vigência estende-se até que seja revogada por lei posterior, que expressamente o declare ou quando com ela seja incompatível ou regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. “(p.60 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
“A lei processual nova e os processos em curso - O CPC, art. 14, estabelece o paradigma que deve valer para as normas de processo:
"A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada". A regra, pois, é que as normas de processo tenham incidência imediata, atingindo os processos em curso. Nenhum litigante tem direito adquirido a que o processo iniciado na vigência da lei antiga continue sendo por elaregulado, em detrimento da lei nova. ” (p.61 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).
	Aula 7 – Dos princípios fundamentais do processo civil
	Citações
	O que são princípios?
Mandamento nucleares / determinado sistema /verdadeiro alicerce / correto entendimento (Celso Antonio Bandeira de Melo).
Princípio da legalidade ou do devido processo legal
Fundamento: artigo 5º, LIV, CF
Conceito: privação da liberdade ou bens segundo devido processo legal (regras prévias), a ser decidida pelo Poder Judiciário – monopólio estatal. Deste princípio derivam todos os demais. 
Origem: século XIII – Magna Carta Inglesa 
Princípio acesso à justiça ou inafastabilidade da jurisdição
Fundamentos: artigo 5º, XXXV, CF e artigo 3º, CPC.
Conceito: garante o direito de ação / sujeito obtenha resposta/ Poder Judiciário. Assegura direito a efetividade da proteção judicial.
	“O princípio é um mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para a sua exata compreensão e inteligência, exatamente para definir a lógica e racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica de lhe dá sentido harmônico". (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 17 ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p .451).
“Princípio do devido processo legal - A Constituição preserva a liberdade e os bens, garantindo que o seu titular não os perca por atos não jurisdicionais do Estado. Além disso, o Judiciário deve observar as garantias inerentes ao Estado de direito, bem como deve respeitar a lei, assegurando a cada um o que é seu. ” (p.65 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios). 
“Princípio do acesso à justiça (inafastabilidade da jurisdição) ...direito de ação em sentido amplo, isto é, o de obter do Poder Judiciário uma resposta aos requerimentos a ele dirigidos. Esse direito é amplo e incondicional: o Judiciário não pode se recusar a examinar e a responder os pedidos que lhe foram formulados. ” (p.65 - GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios).

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