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Questionário de Revisão de Cont. Pública I

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Disciplina: Contabilidade Pública II 
REVISÃO CONTABLIDADE I
Quais as principais normas que regulam o Orçamento Público e a Contabilidade Pública (CP ou CASP) no Brasil? Indique as entidades emitentes.
*Lei n.º 4.320 de 17/03/1964, sancionada pelo Presidente Marechal Castello Branco em 04/05/1964.
*Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 04/05/2000, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).
* Portaria Interministerial nº 163 de 04/05/2001 da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Secretaria do Orçamento Federal (SOF).
* Comitê Gestor da Convergência no Brasil, Resolução CFC nº 1.103 de 28/09/2007.
*Constituição Federal de 1988, sancionada pelo Presidente Ulysses Guimarães em 05/10/1988.
* Portarias Conjuntas (MCASP, MDF, MTO) sancionada por STN/SOF, ou somente STN ou SOF.
2) Qual a principal Lei disciplinadora do direito financeiro no Brasil? Tal lei orienta a elaboração e o controle “do que” e “em qual âmbito” de aplicação estatal? 
A principal Lei disciplinadora do Direito Financeiro no Brasil é a Lei nº4.320 de 17 de março de 1964. Tal lei orienta a elaboração e controle de orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, ou seja, orçamentos e balanços públicos.
3) Apresente os conceitos e sintetize as relações entre os termos: Estado, governo, administração pública, serviços públicos e necessidades públicas.
Conceito de Estado: é um grupamento de pessoas que vivem em um território definido, organizado de tal modo que apenas algumas delas são designadas para controlar, direta ou indiretamente, uma série mais ou menos restrita de atividades desse mesmo grupo, com base em valores reais ou socialmente reconhecidos e, se necessário, na força. 
Conceito de governo: Sistema político pelo qual se rege um Estado, o qual pode ser democrático, liberal, republicano, etc. Componente político do Estado é a personificação do Estado e tem administração /Controle do Estado. 
Conceito de Administração Pública: A administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. 
Conceito de serviços públicos: São os meios do Estado para o atendimento das necessidades públicas. São serviços prestados pelo Estado ou delegados por concessão ou permissão, visando a satisfação de necessidades da comunidade. Não se justifica a existência do Estado senão como entidade prestadora de serviços e utilidades aos indivíduos que o compõe. 
Conceito de Necessidades Públicas: Sua principal característica é uma situação de emergência, onde o Poder Público ou grupos sociais precisam de tudo aquilo que é necessário para o bem comum. 
A relação entre esses termos é que em um território existem um governo que organiza uma administração pública de modo que se ofereça serviços públicos a população e assim conseguir suprir as necessidades da mesma.
4) Apresente as definições de “ente público” e de “entidade do setor público”.
Ente Público, ou da federação, é a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município. Nele estão compreendidos:
a) O Poder Executivo, o Poder Legislativo (neste abrangidos os Tribunais de Contas), o Poder Judiciário e o Ministério Público;
b) As respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
Entidade do setor público (ESP) se define como “órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades”.
“Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. ” O campo de aplicação da CASP abrange todas as ESP, que devem observar as normas e as técnicas próprias.
5) Apresente conceitos e/ou definições e exemplos de: administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e empresa estatal dependente.
Conceito de Administração direta: É aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Nesse caso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio, nem autonomia administrativa e constitui os serviços integrados na estrutura administrativa do órgão superior do Poder Executivo e dos ministérios ou secretarias. Exemplo: Presidência da República; Ministério da Educação (MEC); Ministérios Públicos Estaduais (MPEs); Supremo Tribunal Federal (STF), entre outros.
Conceito de Autarquia: de acordo com o art. 5 do decreto lei n 200/1967 autarquias é “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita, próprios para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. ” Exemplo: Banco Central (BACEN); UFSC; Conselhos Profissionais (CFC, CFA, CFM, etc.) entre outros.
Conceito de empresa pública: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo do ente, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Exemplo: Caixa Econômica Federal (CEF); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), entre outros.
Conceito de sociedade de economia mista: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao ente ou a entidade da administração indireta. Se a atividade for submetida a regime de monopólio estatal (quando apenas o estado fornecer o serviço ou bem), a maioria acionária caberá apenas ao ente, em caráter permanente. Exemplo: Petróleo Brasileiro (PETROBRAS); ELETROBRAS; Banco do Brasil (BB), entre outros.
Conceito de empresa estatal dependente: É uma “empresa controlada (sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação) que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária; ” Esta tem a Portaria STN n.º 589/2001 como regulação específica. Exemplo: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA); Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), entre outros.
6) O que é a Atividade Financeira do Estado (AFE)?
A Atividade financeira do estado é a procura de meios para satisfazer as necessidades públicas, ou seja, é um conjunto de atos que o Estado tem a competência de fazer para obtenção (receita), gestão e aplicação (despesa) de recursos financeiros para suprir as necessidades públicas, atingindo assim sua finalidade essencial, que é o bem comum. Para exercer suas funções, prestando serviços públicos, o Estado precisa de uma estrutura administrativa e necessita de recursos, que por sua vez são limitados. 
7) Qual é o principal instrumento da ação estatal na economia? Quais os três objetivos da política orçamentária, propostos por Richard Musgrave e expressos por funções?
 
O principal instrumento da ação estatal é o orçamento público. Os três objetivos da política orçamentária, propostos por Musgrave e expressos por funções são as: 
*Alocativa (Visa Promover ajustamentos na alocação de recursos) 
*Distributiva (Visa promover ajustamentos na distribuição de RIQUEZA.) e; 
*Estabilizadora (Visa manter a estabilidade econômica).
8) Explique três das características que diferenciam o setor público estatal do setor privado.
*Imposições e disposições legais: O setor público deve fazer somente o que está na lei, o setor privado pode fazer tudo aquilo o que nãoé proibido pela lei. 
*Burocracia/ Impessoalidade: No setor público não pode haver pessoalidade, ou seja, não pode haver vinculo familiar, caso contrário é caracterizado nepotismo. No setor privado esta questão é indiferente. 
*Concurso e estabilidade pessoal: No setor público os servidores precisam passar por um concurso, no qual os que melhores sobressaírem serão selecionados e terão sua estabilidade garantida. No setor privado pode haver seleção, mas não é regra e não há estabilidade.
9) Explique por que o orçamento público é um ato “preventivo”, “autorizativo” e de “legitimação” da vontade popular.
 
Segundo Silva, p.154, “o Orçamento público é considerado um ato preventivo e autorizativo pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza aos Poderes Executivo, Judiciário e ao próprio Legislativo, por certo período, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins indicados pela política econômica do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. Existem outros conceitos como o de que Cruz, p. 17, onde diz que: “é um meio de prever as intenções da programação econômica e financeira que o Poder Executivo deseja adotar no exercício financeiro seguinte. ” E ainda, segundo Kohama, p.40, “é um ato de previsão de receita e fixação da despesa para um determinado período de tempo, geralmente um ano, e constitui o documento fundamental das finanças do Estado, bem como da Contabilidade Pública”. E é um ato de legitimação da vontade popular, porque é o povo que escolhe seus governantes, ou seja, o povo elege quem vai administrar o orçamento público em qualquer âmbito da federação. E também é um instrumento de planejamento que espelha decisões políticas e estabelece ações prioritárias, em face a escassez dos recursos públicos. 
10) Quais títulos, capítulos, seções e artigos da Constituição Federal de 1988 e da Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989 que tratam dos orçamentos públicos?
Constituição Federal: Título VI – Da Tributação e do Orçamento; Capítulo II – Das Finanças Públicas; Seção II – Dos Orçamentos; Artigos 165 a 169. 
Constituição do Estado de Santa Catarina: Título VII – Das Finanças Públicas; Capítulo II – Dos Orçamentos; Artigos 120 a 124.
11) Quais capítulos/seções e artigos da Lei n.º 4.320/1964 e da LRF tratam dos orçamentos públicos?
 
Lei n.º 4.320/1964: Esta lei dispõe de normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5°, inciso XV, letra b, da Constituição Federal. 
Lei Compl. n.º 101/2000 (LRF): Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 
12) Quais as etapas do ciclo orçamentário na visão de Giacomini e/ou de Kohama? Sintetize cada uma.
O ciclo orçamentário é o conjunto de etapas nas quais são realizadas as atividades do processo orçamentário, durante um período do tempo, e que se repetem. Segundo Kohama, as etapas do ciclo orçamentário são: 
* Elaboração: a elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orçamentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo, dentro dos prazos estabelecidos na Constituição e nas Leis Orgânicas dos Municípios deve ser composta de: 
- Exposição de compromissos financeiros, exposição e justificação da política econômica- financeira do Governo, justificação da receita e despesa. 
- Projeto de Lei de Orçamento. 
-Tabelas explicativas trazendo estimativas de receitas e despesas, que evidenciem comparação dos exercícios anteriores, etc. 
* Estudo e aprovação (Discussão, votação e aprovação): esta fase é de competência do Poder Legislativo, e seu significado está configurado na necessidade de que o povo intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las. 
As emendas ao projeto da LOA só serão aprovadas caso: 
- Sejam compatíveis com PPA e com LDO. 
- Indiquem os recursos necessários 
-Sejam relacionadas com a correção de erros ou emissões, ou com dispositivos do texto do projeto de lei. 
* Execução: constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros. 
* Avaliação (Controle de avaliação da execução): refere-se à: - organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; - eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.
13) Quais os princípios orçamentários abordados no MCASP/PCO? Cite todos e explique dois deles. Escolha outros dois princípios orçamentários tratados apenas na literatura especializada (doutrina) e explique-os.
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do Orçamento Público. São válidos em todos os poderes e entes, são estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais, quanto pela doutrina. Os princípios abordados no MCASP/PCO são: Unidade ou totalidade, Universalidade, Anualidade ou Periodicidade, Exclusividade, Orçamento Bruto, Legalidade, Publicidade, Transparência e Não vinculação da receita de impostos. 
Art. 2º da Lei n.º 4.320/1964 – Unidade ou Totalidade (Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a LOA). Os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem se fundamentar em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único. 
Art. 2º da Lei n.º 4.320/1964 e art. 165 da CF/88 – Universalidade (A LOA de cada ente deverá conter todas as receitas e despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público). Deverão ser incluídos no orçamento todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente aqueles que envolvam qualquer transação financeira ou econômica. Portanto, o documento orçamentário integrado deve conter todos os aspectos dos elementos programáveis que o constituem. 
14) Quais os nomes das três leis que constituem os instrumentos do planejamento estatal? Identifique aquela(s) de caráter estratégico e a(s) de caráter operacional.
 
As três leis que constituem os instrumentos do planejamento estatal, de acordo com o CF/88, art. 65, são o Plano Plurianual (PPA), que é de caráter estratégico, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, que são de caráter operacional. 
15) Quais os prazos para encaminhamento pelo Presidente da República e para devolução pelo Congresso Nacional dos projetos de PPA, LDO e LOA?
 
Para a PPA o encaminhamento ao poder legislativo deve ser feito até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício do mandato (31/Ago.) e a devolução ao poder executivo pode ser feita até o encerramento da sessão legislativa (22/Dez) 
Para a LDO, o encaminhamento ao PL deve ser feita até 8,5 meses antes do encerramento do exercício (15/Abr.) e sua devolução ao poder executivo pode ser feita até o encerramento do 1º período da sessão legislativa (17/Jul.). 
Para a LOA o encaminhamento ao PL deve ser feita até 4 meses antes do encerramento do exercício (31/Ago.) e sua devolução ao poder executivo pode ser feita até o encerramento da sessão legislativa (22/Dez).
16) Apresente conceitos simples, derivados de definições constitucionais,para o PPA, a LDO e a LOA.
 
PPA: Estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes (orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a alcançar os objetivos), objetivos (discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de ações governamentais) e metas (quantificação física e financeira, dos objetivos) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. É usado para reduzir a desigualdade entre as regiões ou sub-regiões, segundo critério populacional. Orienta a elaboração da LOA E LDO. Começa a produzir efeitos a partir do 2 ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito. 
LDO: Constitui instrumento do planejamento governamental de curto prazo, deve ser elaborado em harmonia com o PPA, orienta a elaboração e execução da LOA, estabelece as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital para o exercício seguinte. Compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orienta elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (BADESC, BB, CEF...). A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tornou a LDO o principal instrumento para uma gestão orçamentária equilibrada, ou seja, equilíbrio entre receitas e despesas, define o resultado primário (rec. não financeira – desp. não financeira) a ser obtido para redução da dívida e dos juros. Estabelece também critérios e formas de limitação de empenho para assegurar resultado primário com a queda da receita e no sentido de reconduzir a dívida aos limites e fixa, em percentual da Receita Corrente Líquida (RCL – Parâmetro de arrecadação ajustado), o montante da reserva de contingência (Dotação para atender passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos). 
LOA: Instrumento do planejamento operacional de curto prazo, que deve ser compatível com o PPA e a LDO, é uma lei especial, tendo prazo de vigência e que constitui plano de trabalho. Rol de receitas e despesas para 1 ano (o seguinte). A LOA A LOA conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecendo aos princípios de unidade, universalidade e anualidade. Sua lei se divide em 3 suborçamentos: Orçamento Fiscal (OF), Orçamento de Investimentos (OI) e Orçamento da seguridade social (OS). O OF é referente aos Poderes, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. O OI é referente às empresas em que o ente, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (controladas). O OS abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações públicas. 
A LOA compreende todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei (não consideradas: emissão de papel moeda, as operações de credito por antecipação da receita (ARO) e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros). A LOA dispõe sobre a Comissão Mista Permanente de Senadores e Deputados, regula Emendas aos Projetos de Lei e regula Alterações nos Projetos.
17) O que são diretrizes, objetivos e metas no âmbito do PPA? Dê um exemplo (real ou inventado) de cada.
No âmbito da PPA, os objetivos são: discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de ações governamentais. Ex: Diminuir os números de desnutridos no Brasil com a redução da fome. As diretrizes são: orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a alcançar os objetivos. Ex: combater a pobreza e promover a cidadania. As metas são: quantificação física e financeira, dos objetivos. Ex: construir 500 creches em todo Brasil. 
18) Quais os prazos de vigência do PPA, da LDO e da LOA? Associe os períodos de elaboração e as vigências com os períodos de mandatos dos chefes dos Poderes Executivos.
O projeto de Lei é de responsabilidade do Chefe do Poder Executivo. A PPA começa a produzir efeitos após o 2ª ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito, e ainda quando terminar seu mandato o seu Plano continuará no primeiro ano de mandato do próximo candidato, ou seja, a vigência da PPA nunca coincidirá com a vigência do mandato, como por exemplo, a Consolidação do Real, Retomada do Crescimento e Progresso Econômico e Social da População no Brasil, que começou em 1996 e só acabou em 1999, ou seja, para atingimento dos objetivos leva um período de quatro anos (médio prazo). 
Segundo § 2º do art. 165 da CF/88, "A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente [...]". Logo, entende-se que o prazo de vigência da LDO é de um ano (curto prazo). 
Já a LOA, sua aprovação e apreciação são até o final do segundo Período da Sessão Legislativa (22/dez). Só produz efeitos dentro do próprio exercício financeiro (1 ano).
19) A partir da edição da LRF, qual o principal instrumento para uma gestão orçamentária equilibrada? Justifique.
A partir da LRF o principal instrumento para manter uma gestão orçamentária equilibrada é a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Segundo Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000, “A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas [...]". A LDO dispõe sobre o equilíbrio entre despesas e receitas, define normas para o controle de custos e a avaliação de resultados de programas, entre outros. 
20) Conceitue e distinga receitas orçamentárias de ingressos extraorçamentários. Dê três exemplos de cada.
Em sentido amplo, Receita Pública é todo ingresso financeiro (entrada de caixa) nos cofres dos Estados. Mas em sentido restrito só são receitas públicas as receitas orçamentárias. 
- Receitas orçamentárias: quando representam disponibilidades de recursos para o erário. Os ingressos financeiros recorrentes de RO não serão restituídos. Constituem um elemento novo para o Patrimônio Público. Viabiliza a execução das políticas públicas, sendo fonte de recursos utilizada em “programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas”. Via de regra estão previstas na LOA, mas se caso não estiverem não quer dizer que não são RO. Ex: arrecadação de impostos para melhoria na saúde, educação, moradia, entre outros. 
-Receitas Extraorçamentárias: quando representam apenas entradas compensatórias. Os ingressos financeiros recorrentes de REO serão restituídos. Os ingressos extraorçamentários são de caráter temporário, não integram a LOA. Ex: Depósitos em caução, fianças, operações de crédito (empréstimos e financiamento), entre outros.
21) Conceitue e distinga receitas efetivas e por mutação patrimonial. Dê dois exemplos de cada.
Receita Efetivas (RE): constituem elemento novo e positivo no patrimônio que geram o aumento do Saldo Patrimonial (SP) ou Patrimônio Líquido (PL). Ex.: impostos e taxas. 
Receita por Mutações Patrimoniais (RMP): constituem simples entradas ou alterações compensatórias nos elementos patrimoniais, oriundas de mutações que nada acrescem ao SP ou PL. Ex.: operações de crédito, alienação de bens, amortização da dívida (recebida).
22) Quais as bases normativas e os níveis de desdobramento das receitas orçamentárias conforme a natureza?
A Portaria Interministerial STN/SOF n.º 163/2001 apresenta, entre outros conteúdos, as bases da estrutura de classificação da natureza das receitas orçamentárias. Tal Portaria passou por inúmeras alterações ao longo dos anos, dentre as quais são destacadas algumas das mais recentes. 
A Portaria STN/SOF n.º 5/2015 (STN/SOF, 2015) alterou os arts. 2º e 4º e editouum novo Anexo I para a Portaria n.º 163/2001, com mudanças na estrutura da receita orçamentária. Tal portaria (de 2015) tem efeitos a partir de 2016 para a União e de 2018 para estados, municípios e Distrito Federal (DF), incluindo os projetos de Lei Orçamentária Anual de tais anos (STN/SOF, 2015, art. 4º). 
A Portaria n.º 163/2001 passou ainda por outras alterações posteriores, no que se refere ao Anexo I e aos artigos que dispõe sobre a estrutura da receita, tais como as promovidas pelas Portarias Conjuntas n.º 419/2016 e n.º 1/2017. A Portaria Conjunta n.º 1/2017 dispõe que os Estados, o DF e os municípios poderão, excepcionalmente, adotar a nova classificação da receita “a partir do exercício de 2019, desde que seja efetuada a conversão dos dados para a classificação vigente com vistas ao envio das informações das contas do ente ao Poder Executivo da União referentes ao exercício de 2018” (STN/SOF, 2017, art. 3º, grifo nosso). 
Segue um resumo das principais novidades que estão mudando a classificação da receita segundo a natureza: 
a) Deixam de ser 6 níveis de desmembramento da receita, com 8 dígitos (X.X.X.X.XX.XX): Categoria econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea (sigla COERAS). 
b) Passam a ser 5 níveis de desmembramento da receita, ainda 8 dígitos (X.X.X.X.XX.X.X): Categoria econômica, Origem, Espécie, Desdobramentos e Tipo (sigla COEDT). 
c) O novo Anexo I da Portaria traz as receitas especificadas até o 3º nível (três primeiros dígitos), comuns a todos os entes (veja adiante). 
d) Não houve alterações sobre as Categorias Econômicas (1º nível). Houve algumas alterações em Origens (2º nível) e Espécies (3º nível). 
e) O 4ª nível, relativo aos Desdobramentos, é composto por 4 dígitos (X.XX.X) e tem a finalidade de “identificar peculiaridades ou necessidades gerenciais de cada natureza da receita”. 
f) Esses 4 dígitos do 4º nível (dígitos 4 a 7) existem para o caso de serem necessários, ou seja, podem ou não ser utilizados. São necessários alguns desdobramentos no 4º nível, para atender às peculiaridades de municípios, estados, DF e União. 
g) A STN está incumbida de fazer os Desdobramentos específicos para estados, DF e municípios. A Portaria STN n.º 765/2017 dispõe sobre tais desdobramentos para o atendimento as particularidades de tais entes, incluindo um Anexo detalhado (STN, 2017c). Há ainda outros detalhes no Ementário da Receita Orçamentária, documento da STN que que apresenta planilhas complementares ao MCASP. 
h) A SOF fez os Desdobramentos específicos para a União por meio da Portaria SOF n.º 45/2015 (SOF, 2015), com anexo incluído no Manual Técnico de Orçamento (MTO) (SOF, 2016). 
i) Para os Desdobramentos em caso de receitas exclusivas de estados e municípios, o quarto dígito utilizará o número “8”. Exemplo: 1.9.0.8.XX.X.X – Outras Receitas Correntes exclusivas de Estados e Municípios (SOF, 2016). 
j) Para o 5º nível, intitulado Tipo (posicionado no 8º e último dígito), a Portaria traz as opções de números, que são comuns a todos os entes (STN/SOF, 2015 e 2016, art. 2º, grifos nossos): 
0 – “quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora”; 1 – “quando se tratar da arrecadação Principal da receita”; 2 – “quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva receita”; 3 – “quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita”; 4 – “quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita”; e 5 a 9 – “quando se tratar de outros desdobramentos a serem criados, caso a caso, pela Secretaria de Orçamento Federal, mediante Portaria específica”. 
23) Quais as etapas das receitas orçamentárias conforme o MCASP/PCO?
As etapas das receitas orçamentárias conforme MCASP/PCO podem ser resumidas em: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento, sendo assim:
Previsão: Compreende a previsão de arrecadação da RO constante da LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na LRF.
Lançamento: Segundo o CTN (art. 142), é o “procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”. Pode ser de três modos: Por ofício, por Declaração ou por Homologação.
Arrecadação: corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro para os agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. É realizada pelo contribuinte ou pelo devedor.
Recolhimento: Segundo STN, pg. 34 “É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de Tesouraria ou de Caixa (...)”.
24) Qual o critério de reconhecimento/realização das receitas orçamentárias sob o enfoque orçamentário da Lei n.º 4.320/1964? Explique a etapa a que se vincula este critério e como se distingue do enfoque patrimonial de reconhecimento das receitas.
Sob o enfoque orçamentário, a Receita Orçamentária é reconhecida pela arrecadação. Está vinculada a etapa de Execução, mais precisamente ao estágio de arrecadação. A diferença entre o reconhecimento das receitas orçamentárias sob o enfoque patrimonial e o enfoque orçamentário é que, quando a Receita é estimada na LOA ela pode ser realizada patrimonialmente, quando ele é lançado. Quando ele é lançado (patrimonial) fica a receber e então é encaminhada para inscrição na dívida ativa. Já quando ela é arrecadada quer dizer que ela foi recolhida.
25) Conceitue e distinga despesas orçamentárias de dispêndios extraorçamentários. Dê três exemplos de cada.
As despesas orçamentárias são despesas públicas no sentido restrito e específico. São autorizadas previamente (exceto por créditos extraordinários) pelo Legislativo e compõe as autorizações da LOA e de leis de Créditos Adicionais (CA). Abrangem desembolsos e encargos assumidos; podem ou não diminuir a situação líquida. Ex.: Pessoal e encargos; juros e amortização da dívida; material de consumo; serviços de terceiros; obras; aquisição de ações.
Os dispêndios extraorçamentárias são simples saídas (desembolsos) de valores de terceiros e não pertenceram ao Estado: fiel depositário. São pagas sem haver orçamento e autorização; não constam da LOA ou de CA e são decorrentes de prévias Ingressos Extraorçamentárias. Ex.: devolução de depósitos e cauções; resgate de operações de ARO; e pagamento de Restos a Pagar.
26) Conceitue e distinga despesas efetivas e por mutação patrimonial. Dê dois exemplos de cada.
Despesas Efetivas: sua realização diminui a situação líquida (SP ou PL) do ente. Fato contábil modificativo diminutivo. Geralmente corrente. Ex: despesas com pessoal; juros e encargos da dívida; e energia elétrica.
Despesas por Mutação Patrimonial: sua realização não afeta a situação líquida (SP ou PL) do ente. Fato contábil permutativo. Geralmente de capital. Ex: investimentos que entram no ativo; inversões financeiras; e amortização da dívida.
27) No âmbito da classificação funcional e programática, distinga os seguintes termos: função, subfunção, programa, projeto e atividade.
A função é “o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público” (art. 1º, § 1º). (MOG, 1999; e STN/SOF, 2012, p. 54) “Quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, na União, guarda relação com os respectivos Ministérios”.
A Subfunção representa uma partição da função, visando “agregar determinado subconjunto de despesa do setor público”. “Poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas”, na forma do Anexo da Portaria. Ex.: função 01 - Legislativa - subfunções 031 - Ação Legislativa 032 - Controle Externo
Programa é instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendomensurado por indicadores estabelecidos no PPA. Ex.: Fome zero.
Projeto é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo
Atividade é instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
28) O que representa a função “encargos especiais”? Dê exemplos de “operações especiais”, no âmbito da estrutura programática da despesa.
A Função encargos especiais, “engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. ”
As Operações especiais na estrutura programática são “despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços”. Ex: Amortização e encargos, aquisição de títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências, fundos de participação, operações de financiamentos, ressarcimentos, indenizações, pagamento de inativos, participações acionárias, contribuições a organismos nacionais e internacionais.
29) Quais as bases normativas e os níveis de desdobramento das despesas orçamentárias conforme a natureza?
As bases normativas sobre a natureza da despesa têm sua estrutura definida originalmente nos arts. 12 e 13 e no Anexo 4 da Lei n.º 4.320. A partir da LRF (2000), houve necessidade de classificar melhor as naturezas das receitas e despesas (competência SOF/ STN). A Portaria Interministerial n.º 163, de 04/05/2001, com atualizações dispõem sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito dos entes; a classificação que será utilizada por todos os entes consta dos Anexos II e III da Portaria, ficando facultado o desdobramento suplementar dos elementos (art. 3º).
30) O que representa e qual o tratamento classificatório da “reserva de contingência” na LOA?
É um dos grupos de natureza da despesa que é destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais”. Sua classificação é identificada com o código “9.9.99.99”, conforme o art. 8º da Portaria 163. Representa dotação global permitida no Decreto-Lei n.º 200/1967 (na União) e atos em outras esferas. É identificada nos orçamentos pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”: classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde “x” representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento.
31) Quais as etapas e estágios das despesas orçamentárias conforme o MCASP/PCO?
As etapas das despesas orçamentárias conforme MCASP/PCO podem ser resumidas em: empenho; liquidação e pagamento, sendo assim:
Empenho: “Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico”. Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. (...). O empenho é formalizado mediante NE. Representa um contrato/compromisso. Algumas despesas não justificam a NE ou todos os seus elementos, tais como a Folha de Pagamento e amortização de contratos ou títulos da dívida. O empenho não é dispensado: apenas a NE. Deverá haver o registro em controle específico, como livros e sistemas, tal como o de pessoal. Existem 3 tipos de empenho: ordinário, estimativo e global. E possui 3 fases: Licitação ou dispensa, autorização e formalização.
Liquidação: Consiste na verificação, pelo órgão competente, do direito adquirido pelo credor contra à Fazenda Pública, por meio do exame de documentos e de inspeções físicas. Art 60 da CF/88.
Pagamento: Consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. Extingue a obrigação. Só pode ser efetuado após a liquidação. A Lei 4.320 (art. 64) define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga.
32) O que são e quais os tipos de empenhos? O que é uma nota de empenho?
“Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico”. O empenho é formalizado mediante NE que representa um contrato/compromisso. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho”; que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Existem 3 tipos de empenho: ordinário, estimativo e global.
*Ordinário: “utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez”;
*Estimativo: “utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros”; e
* Global: “utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis”.
33) O que são receitas e despesas de operações intra-orçamentárias? Quais portarias tratam de tais operações?
Portaria Conjunta n.º 338/2006 (STN/SOF, 2006).: Definir como intra-orçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.
34) O que são “restos a pagar” e “serviço da dívida a pagar”? O que distingue os restos a pagar “processados” dos “não processados”?
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. Decorre de despesas realizadas e ainda não liquidadas ou pagas. O serviço da dívida a pagar é equivalente aos Restos a Pagar, mas com saldo derivado de despesas empenhadas (e não pagas) com os juros, encargos e amortização da dívida. O saldo de restos a pagar constitui dívida flutuante, separada em “restos a pagar” e “serviços da dívida a pagar” (art. 93). Seu registro far-se- á por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (art. 93, § único). Sua anulação “considerar-se- a receita do ano em que se efetivar” (art. 38). Outro tratamento envolve o reconhecimento de uma insubsistência do passivo. O que distingue restos a pagar processados de não processados é sua liquidação, se os empenhos inscritos nos restos a pagar foram liquidados ou não.
35) Explique de modo sintético o enfoque orçamentário do regime contábil das receitas e das despesas públicas. Explique de modo sintético o enfoque patrimonial do regime contábil das variações patrimoniais.
Enfoque Orçamentário: caixa para a receita e competência para a despesa (misto). 
Enfoque Patrimonial: competência, incluindo variações não abrangidas no orçamento.
36) Quais as finalidades da consolidação das contas públicas? Quais as principais normas (seções ou artigos) que orientam a consolidação das contas? A cargo de que entidade está a consolidação nacional das contas públicas?
A consolidação visa apresentar aos leitores o resultado das operações e as posições financeira e orçamentária de um grupo de entidades, componentes de um ente ou de todos os entes públicos.
“A ediçãode normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o” Conselho de Gestão Fiscal.
As normas básicas para consolidação das contas públicas são:
Decreto n.º 6.976/2009 Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal. 
Art. 6º Integram o SCF:
 I -a STN do Ministério da Fazenda, como órgão central; […] Papel da STN (BRASIL, 2009)
Art. 7º Compete à STN: 
XI -editar normas gerais para consolidação das contas públicas; 
XII -elaborar, sistematizar e estabelecer normas e procedimentos contábeis para a consolidação das contas públicas da União, dos Estados, do DF e dos Municípios; 
Portaria Interministerial STN/SOF n.º 163/2001: Dispõe sobre normas gerais de consolidação das contas públicas no âmbito da U, E, DF e M. 
37) O que são créditos adicionais e quais as suas finalidades, de acordo com os tipos?
Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. Existem três tipos de créditos adicionais:
I - Suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - Especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
38) Quais as fontes de recursos previstas e as condições para abertura de créditos adicionais?
Consideram-se fontes recursos para o fim de abertura de CA, desde que não comprometidos:
I - O superávit financeiro (Diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas) apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - Os provenientes de excesso de arrecadação (“Saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício”.);
III - Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de CA, autorizados em Lei;
IV – O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las (Em último caso, devidamente autorizadas e provocam desequilíbrio “orçamentário”).
O ato que abrir CA indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível. Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por CE, GND e MA (art. 6º Port. Interm. STN/SOF n.º 163/2001).
Na LOA e nos balanços, “as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções,
programas, projetos, atividades e operações especiais”. (Art. 4º da Portaria MOG n.º 42/1999).
39) Explique por que as “despesas de exercícios anteriores” não se confundem com os “restos a pagar”? Quais os casos de aplicação de cada um?
As DEA não se confundem com restos a pagar, pois sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. Existem 3 casos de aplicação. O primeiro diz respeito às despesas para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria; O segundo caso é diz respeito aos Restos a Pagar com prescrição interrompida e o terceiro é quando há compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
40) Quais normas regulam a elaboração dos Balanços Orçamentários em seus diferentes modelos?
BO entre os Balanços Públicos: 
Estabelecido na Lei n.º 4.320/1964 
Previsão nas NBC TSP, desde 2008* 
Atualização dos anexos da Lei pela STN 
Orientação no MCASP/DCASP da STN
BO no RREO: 
Previsão na LRF, desde 2000 
Modelo no MDF da STN

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