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PRIMEIROS SOCORROS

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A área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à Saúde. Nos últimos anos, o aumento dos casos de acidentes e da violência tem causado um forte impacto sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o conjunto da sociedade. 
O Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Resolução 1451/95 define URGÊNCIA, " a ocorrência de agravo com ou sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata", e EMERGÊNCIA, como "a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente á vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento médico imediato'. Neste enfoque, o balizamento é dado pela irreversibilidade da morte ou de uma condição de dano permanente à saúde.
As principais causas de Emergências e Urgências no Brasil: Acidentes de transportes. Agressões, Suícidios e Homicídios. Intervenções legais e operações de guerra. Complicações de assistência médica e cirúrgica. Quedas. Fogo. Envenenamentos acidentais, entre outras.
Os sinais vitais são indicadores da funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles:
 
Pulso---------- Respiração-----------------Pressão arterial----------------Temperatura.
 
Considerações:
- Sua verificação é essencial na avaliação da vítima, devendo ser realizada simultaneamente à história e ao exame físico;
- São mais significativos quando obtidos em série, possibilitando o acompanhamento de suas variações - Seus valores devem ser analisados conforme a situação clínica.
 
Na obtenção dos sinais vitais devemos considerar as seguintes condições:
Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem causar variações nos valores;
Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores;
Condições do equipamento, que devem estar apropriados e calibrados.
Protocolos para atendimento de emergências:
Avaliação do cenário: 
Antes de abordar a vitima, o socorrista deverá realizar uma avaliação do cenário. esta possui duas ações principais, descritas a seguir.
Avaliação da segurança:
essa análise inicial é fundamental para garantir a segurança para o socorrista, os circunstantes e a (s). O socorrista deverá realizar duas perguntas básicas:
Há perigo para mim?
Há perigo para a vítima?
em algumas situações, é possível tornar o ambiente seguro, por exemplo, parando o trânsito com sinalização adequada, desligando a rede elétrica, entre outras.
Avaliação da situação:
A avaliação da situação é fundamental para o planejamento da assistência à(s) vítima(s). O socorrista deve realizar os seguintes questionamentos:
1. O que ocasionou o acidente?
2. Quantas vítimas estão envolvidas e quais são suas idades?
3. Será necessário mais do que uma unidade de transporte?
4. É necessária uma ajuda específica (bombeiros, polícia)?
5. É necessário um equipamento especial?
Esses questionamentos nortearão o socorrista ao planejar seu atendimento, tornando-o mais seguro, rápido e menos danoso à(s) vítimas(s). Os socorristas devem utilizar barreiras de precauções-padrão, que evitam o contato direto com os fluídos corpóreos da vítima. Entre elas, estão as luvas de procedimento, a máscara facial, os óculos de proteção e os dispositivos de barreira para ventilação.
abordagem da vítima:
Após a avaliação do cenário, segue a abordagem da vítima. Pode-se classificar dois tipos de emergências: traumáticas e médica (clínicas).
O atendimento difere muito pouco, porém, nos casos de emergências traumáticas, pode haver muitas vítimas com lesões graves, sendo necessária uma avaliação criteriosa.
 
Situação de emergência
O atendimento inicial de um paciente em situação de emergência demanda uma avaliação sistemática e objetiva. Define-se paciente grave aquele que procura ou é levado a um serviço de emergência por causa de alguma condição clínica e/ou cirúrgica que impõe um grande risco de mortalidade ou sofrimento intenso, assim exigindo diagn´sotico e ações imediatas.
Os serviços devem estar preprados para atender esses pacientes com uma estrutura fisica e asssitencial que possibilite um atendimento de êxito satisfatório.
Vários fatores devem ser considerados nos atendimentos de emergência, sendo um deles a qualidade da assistência. Para que seja possível ter um atendimento de emergência de qualidade é necessário um modelo definido, que possibilite agilidade e o emprego das melhores práticas, por meio de uma tomada de decisão rápida e precisa.
Nesse módulo, você aluno poderá verificar exercícios para auxiliar em seu processo aprendizagem no que concerne ás situações de emergência, onde é relevante o atendimento com qualidade sempre rpiorizando a qualidade da assistência.
A abordagem do tema urgência e emergência é muito complexa. Para entendermos melhor o assunto, este tópico traz alguns conceitos e noções básicas que envolvem o atendimento do profissional de saúde no que concerne aos aspectos legais e éticos de total importância para o entendimento do conteúdo acerca do sistema de emergências médicas. Para tanto se faz oportuno diferenciar Urgência de Emergência:
O sistema de emergências médicas.
Histórico:Início em 1966 nos EUA, quando foi publicado um estudo a respeito dos indices estatisticos de vítimas de trauma atendidos de forma adequada
Relacionados aos aspectos legais, ninguém é obrigado a praticar alguma ação, a menos que exista uma lei que determine. É uma obrigação legal nas seguintes condições:
- Quando a função profissional exige, ou seja, naquelas profissões em que está implicíta a prestação de socorro a vitimas de acidente. Exemplo: bombeiros, salva-vidas.
- Quando preexiste responsabilidade intrinseca, ou seja, no caso de haver relação de responsabilidade entre duas pessoas. Exemplo: pia ou mãe que presencie um filho sofrendo acidente, motorista de táxi cujo passageiro sofra ataque cardíaco.
-Iniciado o atendimento de socorro, a pessoa não pode interrompê-lo. a responsabilidade com o socorro prestado pode ser questionada, se o socorrista falha ao agir.
 
Para melhor compreensão dos temas em questão recomendamos a leitura dos anexos:
Política Nacional de Urgência
Urgência e emergência -Ministério da Saúde- Secretaria da Saúde
Aspéctos éticos e legais do atendimento emergência
Conteúdo 5
CONTEÚDO 4:ENVENENAMENTOS E INTOXICAÇÕES: INGESTÃO DE VENENO, DROGAS E ÁLCOOL
 
Envenenamento
 É uma emergência médica causada pela assimilação de substância que, por seu caráter ou quantidade, se torna nociva ao organismo. Um veneno pode ingressar no corpo por quatro vias:
Ingestão – via oral, deglutição;
Inalação – pelas vias aéreas;
Absorção – pelo contato direto com a pele;
Injeção – introduzido diretamente na corrente sangüínea. 
A identificação do veneno ou agente tóxico e o conhecimento de seu potencial de toxidade são úteis para o melhor atendimento à vítima, tanto na fase pré-hospitalar, quanto nos procedimentos médicos definitivos. 
Sinais e sintomas
  
Por ingestão: queimaduras e manchas ao redor da boca; hálito anormal, respiração e pulso alterados, pupilas dilatadas ou contraídas, sudorese; odor anormal nas roupas ou no ambiente; salivação abundante; náuseas e vômitos, diarréia; dor abdominal; convulsões ou inconsciência. 
Por inalação: respiração alterada – normalmente superficial e rápida; pulso alterado – mais rápido ou mais devagar; irritação nos olhos, nariz e garganta; tosse, presença de secreções nas vias aéreas – eventualmente podem ocorrer os mesmos sinais e sintomas da intoxicação por ingestão. 
Por absorção: reações na pele que podem variar desde irritação, vermelhidão até queimaduras químicas, coceira, aumento da temperatura da pele; Dor de cabeça; Alterações pupilares; podem ocorrer sintomas semelhantes ao envenenamento por ingestão ou inalação. 
Por injeção: distúrbios visuais, queda de pálpebra; Náuseas, vômitos;pequenas manchas indicativas da picada, dor local intensa, inchaço,hematoma; dificuldade respiratória; convulsões, torpor e inconsciência. 
  
Atendimento
  
Chamar ajuda; 
Levar a vítima para um lugar seguro e ventilado quando o ambiente for agressivo; 
Permanecer ao lado e com atenção à vítima 
Chamar ajuda especializada, acionando o centro de controle de intoxicação regional (CEATOX); 
Não dar nenhum alimento à vítima nem induzir o vômito; 
No caso de vômito, transportar a vítima deitada de lado para evitar a obstrução das vias aéreas; 
Se a vítima vomitar, guardar o vômito em um saco plástico para ser analisado pelo médico; 
Remover as vestes da vítima imediatamente, quando houver contato de substâncias químicas; 
Banhar a pele com água em abundância, caso tenha entrado em contato com as substâncias pela pele. 
Álcool e Drogas
Poderá ocorrer intoxicação por drogas lícitas (remédios, álcool) ou ilícitas (entorpecentes).
Atendimento
-Proteger as vítimas hiperexcitadas, evitando que se machuquem; 
-Tentar ganhar a confiança da vítima através de diálogo; 
-Recolher objetos e outros indícios que possam determinar qual foi a droga utilizada; 
-Encaminhar a vítima para um acompanhamento médico. 
Anafilaxia
É uma reação aguda, grave e comprometendo todo o organismo, súbita, que se caracteriza por coceira e erupção generalizada de urticárias, vermelhidão da pele, dificuldade e ruídos para respirar e queda da pressão arterial, com aparecimento eventual de convulsões, vômitos, diarréia, cólicas abdominais. Trata-se de manifestação grave da Alergia, ecessitando atendimento médico de urgência, podendo apresentar risco de vida. 
As reações mais comuns são a medicamentos, venenos de insetos e determinados alimentos
Sinais e sintomas:
Os sintomas começam imediatamente ou quase sempre nas 2 horas subseqüentes à exposição à substância agressora. 
O indivíduo pode sentir-se mal, tornar-se agitado e apresentar palpitações, formigamento, prurido e hiperemia cutânea, pulsação nos ouvidos, tosse, espirro, urticária, edema ou uma maior dificuldade respiratória devida à asma ou à obstrução da traquéia. 
Entretanto, a anafilaxia pode apresentar uma evolução tão rápida que pode acarretar colapso, convulsões, perda do controle vesical, inconsciência ou acidente vascular cerebral em 1 a 2 minutos. 
A anafilaxia pode ser fatal a menos que o indivíduo receba o tratamento de emergência imediatamente.
Atendimento
•    Chamar ajuda 
•    Permanecer atento à vítima 
•    Buscar fator desencadeante 
•    Encaminhar imediatamente ao hospital
Urgência: conhecida como a ocorrência imprevista de danos à saúde, em que não ocorre risco de morte,ou seja, o indivíduo necessita de atendimento médico mediato.
São consideradas prioridades moderadas de atendimento:
Dor torácica sem complicações respiratórias;
Alguns tipos de queimadura;
Fraturas sem sinais de choques ou outras lesões mais sérias;
Vômito e diarréia, acompanhados ou não por estado febril abaixo de 39º C;
Sangramentos e ferimentos leves e moderados.
 
Emergência á constatação médica de condições de danos à saúde, que implicam em risco de morte, exigindo tratamento médico imediato.
São consideradas prioridades de atendimento:
Parada cardiorrespiratória (PCR);
Dor torácica acompanhada de desconforto respiratório;
Politraumatismo em geral;
Hemorragias de alta intensidade;
Queimaduras extensas;
Perda do nível de consciência;
Intoxicações em geral;
Ferimento por arma de fogo (FAF);
Ferimento por arma branca (FAB);
Estado de choque;
Estado febril acima de 40ºC;
Gestações em curso com complicações.
Tanto a urgência como a emergência requerem do profissional de saúde atenção imediata em suas ações. O conhecimento técnico faz a diferença no final do atendimento.
:SINAIS VITAIS: TEMPERATURA CORPORAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA.
Apostila Sinais Vitais
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima.
São eles:
Pulso → Respiração → Pressão arterial → Temperatura
Considerações: 
- Sua verificação é essencial na avaliação da vítima, devendo ser realizada simultaneamente à história e ao exame físico;
- São mais significativos quando obtidos em série, possibilitando o acompanhamento de suas variações - Seus valores devem ser analisados conforme a situação clínica.
Na obtenção dos sinais vitais devemos considerar as seguintes condições:
Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem causar variações nos valores;
Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores;
Condições do equipamento, que devem estar apropriados e calibrados.
Pulso:
Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. 
Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. 
Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso equivale à freqüência cardíaca. 
Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto.
Podem ser considerados normais os seguintes índices de freqüência cardíaca - BPMIN:
Adultos (60 a 100) → Crianças (80 a 120) → Bebês – (100 a 160)
1.1. Taquicardia
Taquicardia é o aumento da freqüência cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos). Em vítimas de trauma pode ocorrer por hipóxia ou hipovolemia. 
1.2. Bradicardia
Bradicardia é a diminuição da freqüência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos). Nas vítimas de trauma pode estar associada a choque neurogênico. Pode estar associada também a doenças primárias do coração ou doenças da tireóide.
1.3. Locais para Obtenção do Pulso
Os melhores locais para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea e possam ser comprimidas contra uma superfície firme (normalmente um osso). 
As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais comumente usadas na checagem do pulso em vítimas conscientes. 
- As artérias carótidas, ao nível do pescoço, são normalmente usadas para palpação do pulso em vítimas inconscientes.
- Artérias femorais na raiz da coxa, 
- Braquial no braço, 
- Axilar na axila e,
- Pedioso no dorso do pé. 
Também podermos medir o pulso pela ausculta cardíaca, no ápice ou ponta do coração, no lado esquerdo do tórax, levemente abaixo do mamilo (pulso apical).
1.4. Procedimentos para Palpação do Pulso
1)Relaxe a vítima. Para palpar o pulso radial, mantenha o braço da vítima descansando confortavelmente, preferencialmente cruzando a parte inferior do tórax. Para o pulso carotídeo, palpe a cartilagem tireóide no pescoço (pomo de Adão) e deslize os dedos lateralmente até sentir o pulso.
 2) Use dois ou três dedos para encontrar e sentir o pulso. Use somente a ponta dos dedos e nunca o polegar (usando o polegar o examinador poderá sentir seu próprio pulso digital).
3) Evite muita pressão. Pressionando forte poderá interromper o pulso da vítima.
4) Sinta e conte o pulso durante 30 ou 60 segundos (se contar por 30 segundos, multiplique por dois). Use relógio que marque os segundos.
Respiração
Respiração é o processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo. É composta pela ventilação e pela hematose. Na ventilação ocorre a entrada de ar rico em oxigênio para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração). 
A freqüência respiratória pode variar com a idade - MRPMIN:
Adultos (12 a 20) → Crianças (20 a 30) → Bebês – (30 a 60)
Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso de medicamentos e fatores emocionais. Em um adulto em repouso a profundidade da respiração ou o volume de ar inalado é aproximadamente 500 ml por inspiração. 
Podem ser encontradas as seguintes alterações nos padrões respiratórios:● Apnéia – Cessação intermitente (10 a 60 segundos) ou persistente (parada respiratória) das respirações;
● Bradipnéia – Respiração lenta e regular;
● Taquipnéia – Respiração rápida e regular;
● Dispnéia – Respiração difícil que exige esforço aumentado.
 Procedimentos para análise da Respiração
 Empregar técnica de “ver, ouvir e sentir”, (7 a 10 segundos de verificação):
ØSe presente, ministrar imediatamente oxigênio à vítima;
Ø Se ausente, iniciar a ventilação artificial.
Procedimentos gerais no local do atendimento técnica:
Empregar a técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”, através da seguinte forma:
a)     Liberar as VAS da vítima através da manobra indicada;
b)     Colocar o ouvido da boca e nariz da vítima voltando à face para seu tórax;
c)      Observar os movimentos do tórax;
d)     Ouvir os ruídos próprios da respiração;
e)      Sentir a saída de ar das VAS da vítima.
Técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”:
Pressão Arterial
É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. É constituída por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA mínima (diastólica).
 Sistólica: é a pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante a contração do coração (sístole)
Diastólica: é a pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias durante o relaxamento do coração (diástole
Técnica empregada para aferir a pressão arterial
Verificar se o paciente/cliente não está com a bexiga cheia; praticou exercícios físicos; ingeriu bebidas alcoólicas, café alimentos ou fumou até 30 minutos antes
Manter pernas descruzadas e braço na altura do coração;
Deixar o paciente/cliente descansar por 5 a 10 minutos;
Usar manguito de tamanho adequado ( bolsa de borracha com largura= 40% e comprimento = 80% da circunferência do braço);
Posicionar a braçadeira cerca de 2 a 3 cm da fossa ante cubital, com a borracha na altura da artéria braquial, com braçadeira não apertada ou frouxa;
Palpar o pulso radial e inflar até seu desaparecimento para estimar a pressão sistólica;
Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial;
Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica. Desinflar lentamente.
Determinar a sistólica no aparecimento dos sons e a diastólica no desaparecimento dos sons. Não arredondar os valores para dígitos terminados em zero ou cinco.
Remover todo o ar, soltando o manguito.
ATENÇÃO: 
	Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a pressão arterial sistólica poderá ser medida palpando-se o pulso radial ou no membro inferior (pulso pedioso).
Ø      Evitar verificar a PA várias vezes consecutivas no mesmo braço;
Ø      Se a vítima for hipertensa e o socorrista começar a ouvir o som dos batimentos cardíacos logo que desinflar o manguito, torne a inflá-lo acima dos 200 mmhg.
Valores normais de pressão arterial
 Idoso – acima de 50 anos - 140-160/90-100 mmHg
Idade acima de 16 anos - 120/80 mmHg
Idade – 16 anos - 118/75 mmHg
Idade – 12 anos - 108/67 mmHg
Idade – 10 anos - 100/65 mmHg
Idade – 06 anos - 95/62 mmHg
Idade – 04 anos - 85/60 mmHg
Recém Nascido (3Kg) - 52/30 mmHg
O resultado poderá apresentar-se:
Normal (normotenso) → Alterado (hipertensão ou hipotensão)
 
Temperatura
Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal: meios físicos e químicos e o controle feito através da estimulação do sistema nervoso. 
A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. 
O índice normal de temperatura é de 37ºC, admitindo-se variações de até 0,6ºC para mais ou para menos;
As crianças têm temperaturas mais altas que os adultos, porque seu metabolismo é mais rápido;
Tem-se observado que a temperatura do corpo é mais baixa nas primeiras horas da manhã, e mais alta no final da tarde ou no início da noite. 
 A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, medo, ansiedade, etc. Exposição ao frio e choque são causas freqüentes de temperatura abaixo do normal
REFERÊNCIAS
Rodrigues;B. Andrea...et al. O guia da Enfermagem-Fundamentos para Assistência.São Paulo,Iátria,2008
6: EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo e no Brasil. A doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença.
O risco de AVC aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos. O aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas. Pessoas da raça negra e com histórico familiar de doenças cardiovasculares também têm mais chances de ter um derrame. 
No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente. Um número ligeiramente inferior ao registrado no ano anterior: 68,9 mil. A doença representa a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que gera grande impacto econômico e social. 
Por isso, o governo federal prioriza o combate à doença com foco na prevenção, uma vez que 90% dos casos podem ser evitados. E, caso ocorra, o paciente pode ser tratado, se chegar rápido a um hospital preparado para dar o atendimento imediato.
Como consequência, foi elaborada “A Linha de Cuidado do AVC” na Rede de Atenção às Urgências. Ela deve incluir a rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.
O Ministério da Saúde deve investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de Acidente Vascular Cerebral. Boa parte deste montante (R$ 370 milhões) será destinado ao financiamento de leitos hospitalares em 151 cidades. O restante vai ser aplicado no tratamento trombolítico (uso de medicação para desfazer o coágulo e normalizar o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro).
O AVC decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro e tem diferentes causas: malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar). 
Segundo o Ministério da Saúde, o fumo é responsável por cerca de 25% das doenças vasculares, entre elas, o derrame cerebral. 
O mais comum é o paciente que sofreu um AVC apresentar sequelas. Entre as mais frequentes estão dificuldade na fala e paralisação de parte do corpo.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Há dois principais tipos de AVC: o isquêmico (85% dos casos), quando há parada do sangue que chega ao cérebro, provocado pela obstrução dos vasos sanguíneos; e o hemorrágico, ligado a quadros de hipertensão arterial que causa hemorragia dentro do tecido cerebral. 
Os sintomas do AVC isquêmico são fraqueza de um lado do corpo, dificuldade para falar, perda de visão e perda da sensibilidade de um lado do corpo. Normalmente, o tipo hemorrágico traz avisos, como alteração motora, paralisia de um lado do corpo, distúrbio de linguagem, distúrbio sensitivo, alteração no nível de consciência. Mas todos os sinais dependem do local do cérebro que foi acometido. É o mais grave e tem altos índices de mortalidade.
O neurologista Fábio Porto alerta que é muito comum o idoso apresentar o AVC mais de uma vez. Nesse caso, a somatória de lesões no cérebro pode dar problemas de memória. “Hoje as isquemias cerebrais têm grande contribuição para os casos de demência no País”, afirma.
A médica Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, explica que muitas vezes o derrame traz alguns sinais, mas na maior parte dos casos não vem com avisos. “O importante é manter a saúde em ordem, fazer sempre umacompanhamento – uma vez por ano, para quem não tem nenhum problema”, orienta.
O tratamento preventivo engloba o controle de vários fatores de risco vasculares como a pressão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides, doenças cardíacas, além da necessidade de não fumar, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.
 
IAM( Infarto agudo do Miocárdio)
O infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
 
Muitas delas morrem ou têm problemas cardiológicos permanentes por não buscarem socorro médico de forma rápida. Atualmente existem excelentes tratamentos para o infarto agudo do miocárdio, que podem salvar vidas e prevenir incapacidades físicas. No entanto, o tratamento é mais efetivo quando iniciado dentro da primeira hora de início dos sintomas. Por isto, é tão importante reconhecer um episódio de infarto
O que é infarto agudo do miocárdio?
 
Conceito: infarto agudo do miocárdio se refere à morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre de forma rápida (ou aguda) devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração.
 
 
Causas do infarto agudo do miocárdio
Trata-se de uma doença onde há a deposição de placas de gordura por dentro das paredes das artérias coronárias (as artérias coronárias são vasos sanguíneos que irrigam o coração).
 
Quando estas placas de gordura causam obstrução ao fluxo sanguíneo das coronárias para o coração, o músculo cardíaco sofre pela falta de sangue/oxigênio e começa a morrer. Por isso, o tratamento deve ser feito rapidamente, no sentido de desobstruir as artérias coronárias e evitar a morte do músculo cardíaco.
 
 
Outra causa relacionada ao infarto agudo do miocárdio é a ocorrência de um severo espasmo coronariano. O espasmo coronariano se refere ao colabamento das paredes das artérias coronárias, impedindo o fluxo sanguíneo ao coração. Embora não se saiba ao certo o que causa o espasmo das artérias coronárias, muitas vezes esta condição está relacionada a:
 
 
•Uso de determinadas drogas, como a cocaína.
 
•Dor intensa ou estresse emocional.
 
•Exposição ao frio extremo.
 
•Hábito de fumar cigarro.
 
Fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio
Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver uma doença arterial coronariana (DAC) e ter um infarto do coração. Alguns fatores de risco podem ser controlados, outros não:
Os fatores de risco que podem ser controlados são os seguintes:
•Tabagismo ou hábito de fumar.
•Hipertensão arterial.
•Colesterol alto.
•Sobrepeso e obesidade.
•Sedentarismo (indivíduo que não pratica atividades físicas).
•Diabetes Mellitus (glicose aumentada no sangue).
Os fatores de risco que não podem ser mudados ou controlados são os seguintes:
•Idade: o risco aumenta para homens acima de 45 anos ou para mulheres acima de 55 anos (ou após a menopausa).
•História familiar de doença arterial coronariana (DAC): O risco aumenta se o pai ou um irmão foi diagnosticado com DAC antes de 55 anos de idade, ou a sua mãe ou uma irmã foi diagnosticada com DAC antes de 65 anos de idade.
 
Sintomas do infarto agudo do miocárdio
 
Nem todas as pessoas têm dor no peito de forma intensa e aguda como mostra a TV e os Cinemas. Os sinais e sintomas do infarto podem variar de pessoa para pessoa.
 
Dentre os sintomas mais comuns, podemos citar:
 
•Dor no peito ou desconforto torácico: são os sintomas mais comuns do infarto. A dor ou desconforto ocorrem geralmente no centro do peito, com características do tipo pressão ou aperto, de grau moderado a intenso. Geralmente, a dor pode durar por vários minutos ou parar e voltar novamente. Em alguns casos, a dor do infarto pode parecer com um tipo de indigestão, queimação no estômago ou azia.
 
Outros sintomas observados durante um infarto são:
 
•Sensação de desconforto nos ombros, braços, dorso (costas), pescoço, mandíbula ou no estômago. Algumas pessoas podem ainda sentir uma sensação de dor tipo aperto nos braços e sensação de incômodo na língua ou no queixo.
 
•Palidez da pele, suor frio pelo corpo, inquietação, palpitações e respiração curta também podem ocorrer.
 
•Pode haver também náuseas, vômitos, tonturas, confusão mental e desmaios
 
Diagnóstico do infarto agudo do miocárdio
 
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas, histórico de doenças pessoais e de familiares, e pelos resultados de exames solicitados. Abaixo segue uma lista de exames para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio:
 
•Eletrocardiograma (ECG): na presença de um infarto, geralmente há alterações no eletrocardiograma que o identifica. Este exame pode mostrar também a presença de arritmias cardíacas causadas pelo próprio infarto.
 
•Dosagem de enzimas cardíacas: quando as células do músculo cardíaco começam a morrer, há a liberação de uma grande quantidade de enzimas cardíacas na circulação sanguínea. Por isso faz-se a dosagem dessas enzimas para diagnosticar o infarto. Muitas fezes são feitas várias dosagens no decorrer do dia para melhor avaliação e diagnóstico. As enzimas mais pesquisadas são a Troponina, CK-Total, CK-MB, Mioglobina TGO e LDH.
 
•Angiografia coronariana: consiste na passagem de um cateter através de um vaso sanguíneo (cateterismo), que visa mapear e estudar a circulação coronariana do coração. Caso este procedimento identifique uma obstrução coronariana, pode se feita uma angioplastia no mesmo momento para desobstruir a coronária e restaurar o fluxo sanguíneo normal para o coração. Algumas vezes, durante a angioplastia, pode ser necessária a colocação de um “stent” (um pequeno tubo em forma de mola) para manter a artéria coronária aberta e desobstruída.
Tratamento do infarto agudo do miocárdio  
 
O tratamento precoce pode prevenir e limitar os danos causados ao músculo cardíaco. O importante é agir rápido diante dos primeiros sintomas de infarto agudo do miocárdio, procurando um atendimento médico prontamente.
 
Alguns tratamentos são iniciados pelo médico diante da primeira suspeita de infarto do miocárdio, mesmo antes do diagnóstico ser confirmado definitivamente. São eles:
 
•Inalação de oxigênio, para melhor oxigenação no músculo cardíaco.
 
•Aspirina, para prevenir formação de trombos ou coágulos sanguíneos.
 
•Nitroglicerina: trata-se de um medicamento utilizado para reduzir a sobrecarga de trabalho do coração e melhorar o fluxo de sangue pelas artérias coronarianas.
 
•Tratamento da dor torácica com analgésicos. A presença da dor pode piorar um quadro de infarto agudo do miocárdio.
 
Uma vez feito o diagnóstico de infarto do miocárdio (ou quando a suspeita é muito forte) são iniciados tratamentos mais específicos para tentar restaurar fluxo sanguíneo para o coração o mais rápido possível. Os tratamentos incluem medicamentos e procedimentos médicos.
 
Os medicamentos mais utilizados pelos médicos são:
 
•Trombolíticos: medicações que dissolvem o trombo ou coágulo no interior das coronárias.
 
•Beta-bloqueadores: diminuem a sobrecarga do coração.
 
•Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA): controlam a pressão arterial e reduzem a tensão do músculo cardíaco.
 
•Anticoagulantes: previnem a formação de trombos ou coágulos.
 
•Antiagregantes plaquetários: também previnem a formação de trombos.
 
•Outras medicações para reduzir a dor, ansiedade ou tratar arritmias.
 
Quando as medicações não conseguem parar o processo de infarto, são necessários procedimentos médicos para melhor tratamento. Os procedimentos mais utilizados para desobstruir as coronárias são a angioplastia e procedimentos do tipo ponte de safena (a safena é uma veia da perna que é transplantada para o coração no lugar da artéria coronária obstruída). Este procedimento de transplante de vasos sanguíneos para substituir a artéria coronária, que está obstruída, pode ser feito também com artérias mamárias (do tórax) e artériasradiais (dos antebraços).
 
Diante do que foi exposto, todo tratamento deve ser prescrito e acompanhado por médicos, de preferência em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
 Prevenção do infarto agudo do miocárdio
A prevenção baseia-se em um maior controle e tratamento dos fatores de risco listados anteriormente, bem como adotar hábitos de vida mais saudáveis.
Dentre as principais recomendações, podemos citar:
•Seguir uma dieta balanceada, rica em frutas e verduras. Com baixa quantidade de gorduras e sal.
•Perder peso, em caso de obesidade ou sobrepeso.
•Parar de fumar.
•Praticar atividades físicas regularmente, sob orientação médica.
•Tratar adequadamente doenças como o colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes mellitus.
 
As doenças cardiovasculares, dentre elas o infarto agudo do miocárdio, são as principais causas de morte no Brasil. Segundo dados do DATASUS, cerca de 66.000 pessoas morrem todos os anos devido ao infarto do coração em nosso país. Cerca de 60% dos óbitos por infarto acontecem na primeira hora após o início dos sintomas. Diante disto, vale à pena ressaltar que o rápido reconhecimento dos sintomas, bem como o pronto atendimento médico são de fundamental importância para um melhor tratamento desta doença bem como para evitar complicações e mortes prematuras.
 
 
 
 
 
Fontes:
Ministério da Saúde /Brasil sem AVC
Diretrizes da  Heart American Association 2015.
CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 36- ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADO DA PESSOA COM DOENÇA CRÔNICA- DIABETES MELLITUS BRASILIA- DF 2013
CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 37- ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADO DA PESSOA COM DOENÇA CRÔNICA- HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA- BRASILIA- DF 2013
DIRETRIZES DE ATENÇÃO À REABILITAÇÃO DA PESSOA COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL-BRASILIA-DF 2013
MANUAL PARA ROTINAS PARA ATENÇÃO AO AVC- BRASILIA- DF- 2013
 7 :ESTADOS DE CHOQUE E FERIMENTOS
De acordo com o Manual de Primeiros Socorros do Ministério da Saúde (BRASIL, 2003), hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, anus e vagina etc.; ela pode ser também, interna , resultante de um traumatismo. As hemorragias podem ser classificadas incialmente em arteirais e venosas, e para fins de primeiros socorros, em internas e externas. Varia de acordo com a quantidade de perdida de sangue, velocidade do sangramento, estado prévio de saúde ou idade do acidentado. Quanto maior a quantidade perdida, mais graves serão as hemorragias. Geralmente a perda de sangue não pode ser medida, mas pode ser estimada através da avaliação do acidentado( sinais de choque compensado ou descompensado).Quanto mais rápida as hemorragias, menos eficientes são os mecanismos compensatórios do organismo. Um indivíduo pode suportar uma perda de um litro de sangue, que ocorre em períodos de horas, mas não tolera esta mesma perda se ela ocorrer em minutos.
 
Hemorragia é a perda de sangue proveniente da ruptura de um vaso sangüíneo. Do ponto de vista clínico, será classificada como:
Interna - aquela produzida dentro dos tecidos ou cavidades naturais;
Externa – aquela cuja perda de sangue ocorre para o exterior do organismo.
Grandes hemorragias são emergências graves que ameaçam a vida, a curto prazo, portanto devem ser tratadas com a máxima prioridade. O coração, os vasos sangüíneos e o sangue compõem um sistema fechado, imprescindível à vida. Uma grave alteração nesse sistema pode provocar a morte da vítima.
A hemorragia externa, muitas vezes, será de fácil visualização.
 
Procure por:
Presença de sangue nas roupas da vítima;
Presença de sangue no local ou nas imediações onde a vítima se encontra;
Saída de sangue pelos ferimentos;
Conduta
Expor e avaliar o ferimento;
Primeira medida: realizar a compressão direta e firme sobre o ferimento, com um pedaço de pano limpo ou gaze, até cessar o sangramento;
Fixar um curativo, com auxílio de faixas, ataduras ou bandagem triangular;
Nas hemorragias em membros elevar o membro atingido, desde que não esteja fraturado, objetivando diminuir o sangramento;
Se o sangramento persistir após a aplicação do primeiro, não o remova, aplique outro curativo sobre o primeiro exercendo maior pressão.
Hemorragia Interna
Suspeita de hemorragia interna se dá por meio da relação de sinais e sintomas apresentados pela vítima com os traumas existentes.
Saída de sangue por orifícios naturais, como: ouvido, nariz e boca, ânus, vagina;
Presença de tosse e ou vômito com sangue;
Presença de manchas arroxeadas na região do abdome;
Aumento da cavidade abdominal;
Sinais e sintomas indicativos do estado de choque.
 
ESTIMATIVA DE PERDA SANGUÍNEA
 
Perdas de até 15%(aproximadamente 750 ml em adulto)
Geralmente não causam alterações. São totalmente compensadas pelo corpo.
Ex: doação de sangue
Perdas maiores que 15% e menores que 30% ( aproximadamente 750 a 1.500 ml)
Geralmente causam estado de choque, ansiedade, sede, taquicardia (com freqüência cardíaca entre 100-120/min.), pulso radial fraco, pele fria, palidez, suor frio, freqüência respiratória maior que 20/min. e enchimento lentificado (maior que 2 seg.).
Perdas acima de 30% ( maiores que 1.500ml)
Levam ao choque descompensado com hipotensão, alterações das funções mentais, agitação, confusão ou inconsciência, sede intensa, pele fria, palidez, suor frio, taquicardia superior a 120/min., pulso radial ausente (queda da pressão arterial), taquipnéia importante e enchimento capilar lento.
 
Perda de mais de 50% do volume sanguíneo
Choque irreversível, parada cardiorrespiratória e morte
 
A hemorragia interna é uma condição grave e que exige abordagem especializada imediata pois não é possível que o socorrista saiba exatamente o local e a proporção do sangramento.
Também não é possível o acesso imediato ao local de sangramento impedindo medidas de contenção da hemorragia.
 
 
Choque hemorrágico
 
Perda sanguínea intensa com risco de vida.
 
São sinais e sintomas:
 
Cianose labial (lábios arroxeados)
Diminuição do nível de consciência (agitação, confusão, sonolência e perda da consciência);
Pulso rápido e fraco;
Respiração rápida e superficial;
Pele fria, pálida e úmida;
Hipotensão arterial.
Torniquete
MEDIDA EXTREMA PARA CONTROLAR HEMORRAGIAS – em casos excepcionais e graves (risco de morte e dificuldade de atendimento especializado).
 
 
Epistax
Sangramento de nariz que ocorre na ausência de TCE.
Geralmente em pequena quantidade, com início e término espontâneo.
A vítima deverá ser tranqüilizada e mantida na posição sentada, com a cabeça levemente inclinada para frente. O nariz deverá ser comprimido até parar o sangramento. A aplicação de compressas frias sobre a face poderá auxiliar no controle da hemorragia
Outras Hemorragias
 
Existem hemorragias que nem sempre são decorrentes de traumatismos. São as hemorragias provocadas por problemas clínicos.
 
Hemoptise é a perda de sangue que vem dos pulmões, através das vias respiratórias. O sangue flui pela boca, precedido de tosse, em pequena ou grande quantidade, de cor vermelho vivo e espumoso.
Para alguns autores, a excessiva perda de sangue e a insuficiência respiratória são igualadas por poucas condições em suas potencialidades de ameaçar diretamente a vida do acidentado. Neste contexto a hemoptise pode representar um dos mais alarmantes sinais de emergência.
Causas:
Bronquiectasia
Tuberculose
Abscesso pulmonar
Tumor pulmonar
Estenose de válvula mitral
Embolia pulmonar
Traumatismo
Alergia ( poeiras, vapores, gases, etc.)
O acidentado pode apresentar também palidez, sudorese e expressão de ansiedade e angustia o que caracteriza a entrada em estado de choque.
Conduta:
Tranquilizar o acidentado e amenizar-lhe o medo
Deitá-lo de lado para prevenir sufocamento pelo refluxo de sangue
Deixá-lo em repouso
Recomendar que não fale e nem faça esforço
Não demonstrar apreensão
Providenciar transporte urgente para local onde possa receber atendimento especializado.
 
Ferimentos Localizados
 
Olhos
 
Produtoquímico
 
Manter olho ferido bem aberto
Enxaguar com água por 15 minutos
Cobrir os olhos com gaze
Procurar atendimento médico
 
Objeto inserido
 
Não remover objeto inserido
Colocar copo sobre objeto e fixá-lo com fita adesiva
Cobrir olho bom com gaze
Manter vítima deitada
Procurar atendimento especializado
 
Corpo estranho no olho
 
Puxar pálpebra superior para cima
Puxar pálpebra inferior para baixo e procurar pelo objeto enquanto a vítima olha para cima
Encontrando, lavar com água limpa
Puxar pálpebra superior para cima e lavar com água limpa
Se os passos anteriores não forem suficientes para remover o objeto, será necessário encaminhar ao atendimento médico.
 
Corte no olho
Não aplicar pressão
Cobrir o olho com gaze
Manter a vítima deitada com a cabeça levemente inclinada para cima
Procurar atendimento médico
 
 
Dentes
 
Dente quebrado
 
Lavar a boca com água morna
Remover pedaços de alimentos
Aplicar compressa de água fria na face, no caso de haver edema
Procurar atendimento odontológico
 
 
 
Dente arrancado
 
O segredo para o sucesso na recolocação de um dente é reimplantá-lo no local de onde saiu o mais rápido possível. A cada minuto que passa, um número maior de células da raiz do dente morrerão. Se possível, deve-se lavar o dente com água apenas, e então recolocá-lo no local. Encaminhar a vítima ao dentista imediatamente. O dente deve ser segurado pela coroa, apenas, e não deve secar. O êxito do reimplante é maior durante os primeiros 30 minutos, com boas chances ainda até duas horas após o trauma. (Campos, 2007).
 
 
Bolha por atrito
 
Recomenda-se deixar a bolha intacta
 
A dor é insuportável?
 
Sim
 
Lavar a área com água e sabão
Fazer pequenos furos na base da bolha com agulha esterilizada
Deixar líquido sair
Aplicar gaze esterilizada
Não remover pele da bolha
 
Não
Prevenir outros ferimentos cobrindo a bolha com gaze ou pano úmido com orifício no meio, o que deixa a bolha livre.
 
Se a bolha estourar espontaneamente
 
Retirar líquido
Aplicar gaze esterilizada
Deixar a pele da bolha no local
 
Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido corpóreo. Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou ainda ser desencadeada por uma afecção que acione as defesas do organismo.
Quanto à profundidade:
•    Feridas superficiais: quando atingem apenas as camadas mais superficiais da pele (epiderme e derme superficial ou intermediária);
•    Feridas profundas: quando atingem níveis mais profundos da pele (derme profunda, tecido adiposo, fáscias, tendões, músculos, ossos, cartilagens, ligamentos).
Quanto à complexidade:
•    Feridas simples: são feridas que, em geral, se mostram superficiais e livres de sinais de infecção / contaminação / colonização por microorganismos, demandando cuidados com curativos e supervisão menos frequentes por parte de profissionais da saúde (médicos, enfermeiros etc) e tendendo a evolução benigna (isto é, à cicatrização espontânea);
•    Feridas complexas: são feridas que, em geral, acometem planos mais profundos ou maior número de tipos diferentes de tecidos (não apenas derme e epiderme, mas também ossos, cartilagens, tecido adiposo, fáscias musculares, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, tecido nervoso etc.), muitas vezes infectadas ou com grande risco de se tornarem infectas, com tendência a evolução desfavorável (isto é, perda progressiva de tecidos por necrose ou infecção, com possibilidade de amputação de segmentos, ou mesmo, em casos mais severos, de efeitos sistêmicos com risco de dano permanente ou óbito do indivíduo acometido pela ferida) e a grande prejuízo orgânico por parte do indivíduo acometido;
Quanto ao formato e agente causador de ferida traumática:
•    Ferida puntiforme: formato punctual e de bordas ligeiramente irregulares, geralmente causada por instrumento perfurante de pequena área de secção transversal (como espinhos, pregos, agulhas etc.);
•    Ferida incisa: formato linear e de bordas geralmente regulares, geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.);
•    Ferida corto-contusa: formato irregular, geralmente com diversos segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas de segmentos de ferida irregulares e possibilidade de se observar áreas de equimoses e hematomas adjacentes ás áreas de ulcerações, normalmente causado por objetos que produzem lesões simultaneamente por corte e impacto (machado, foice, aresta de um tijolo etc.);
•    Ferida pérfuro-contusa: formato quase regular, geralmente com bordas de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de elemento causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de equimoses e hematomas adjacentes ás áreas de ulcerações, normalmente causado por objetos que penetram a pele mediante impacto (como um projetil de arma-de-fogo);
•    Ferida pérfuro-incisa: formato habitualmente regular, geralmente com bordas de ferida regulares (também a depender do tipo de elemento causador da lesão), normalmente causado por objetos que penetram a pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão de tecidos (como uma lâmina comprida, por exemplo).
Quanto ao formato e agente causador de ferida não traumática:
•    Ferida causada por queimadura: formato irregular dependente da área de pele exposta à radiação ionizante, fonte de calor, abrasão ou produto químico causador da queimadura. Não é esperado que haja ferida se queimadura é classificada como de primeiro grau (apenas "avermelhamento" local na área de pele afetada). Já em queimaduras de segundo (formação de bolhas que se ulceram e formam feridas geralmente superficiais), terceiro (necrose de porções intermediárias e profundas de derme e / ou de tecido adiposo) ou quarto graus (necrose de tecidos profundos como ossos, cartilagens e músculos) há formação imediata de alguma lesão ulcerada;
•    Ferida causada por geladura: formato irregular dependente da área de pele exposta ao frio. Mais frequente em extremidades corpóreas. Pode assumir as mesmas características iniciais de queimaduras (apenas "avermelhamento" local na área de pele afetada, como ocorreria em queimaduras de primeiro grau; formação de bolhas que se ulceram e formam feridas geralmente superficiais, como ocorreria em queimaduras de segundo grau; necrose de porções intermediárias e profundas de derme e / ou de tecido adiposo e outros tecidos mais profundos, como ocorreria em queimaduras de terceiro ou de quarto graus). Muitas vezes são reversíveis em estágios iniciais, contudo, a demora em iniciar-se algum tratamento pode implicar lesão irreversível com perda de tecidos corpóreos;
•    Ferida causada por fatores endógenos: formatos diversos, a depender da patologia causadora das lesões. Variam de "rachaduras" em determinadas áreas de pele até lesões evolutivas que surgem como pequenos pontos avermelhados ou escurecidos e se desenvolvem em feridas de dificílima cicatrização. Algumas patologias que podem evoliur para feridas, com origem endógena: pênfigo, vasculites de etiologias diversas, psoríase, xeroderma pigmentosa etc.
 Classificação das feridas
•    De acordo com a maneira como foram produzidas (cirúrgicas, contusas, laceradas, perfurantes);
•    De acordo com o grau de contaminação (limpas, limpas contaminadas, contaminadas, infectadas);
•    De acordo com o comprometimento tecidual (estágio I, II, III e IV)
•    De acordo com o tempo de evolução: agudas e crônicas
 Tratamentos de feridas
O tratamento de feridas deve ser individualizado para cada paciente, levando-se em conta a etiologia da ferida, a evolução do quadro até então, a existência de comorbidades no paciente, a ocorrência de fatores que impliquem alterações no prognóstico, as características físicas da ferida, a disponibilidade de recursos para tratamento da ferida, a contra-indicação (por alergia ou intolerância) de algum elemento empregável no tratamento da ferida e a própria possibilidade de o paciente viabilizar os tratamentos sugeridos ou propostos pelos profissionais de saúdeque o tenham avaliado. Atualmente, a medicina conta com inúmeros tratamentos possíveis para diversos tipos de feridas em suas mais diversas evoluções possíveis. Dentre eles, podem-se citar:
•    Curativos simples: empregáveis na maioria das feridas, têm seu efeito prático baseado na própria capacidade regenerativa do corpo humano (ou seja, a cicatrização espontânea) e sua eficácia aumentada por conceitos introduzidos por estudos médicos e biológicos (como o da higiene local, que aumenta a chance de não contaminação com subsequente evolução desfavorável;
•    Curativos especiais: diversos grupos de substâncias e aparatos são empregáveis no tratamento de diversos tipos diferentes de feridas. Em geral, para feridas complexas ou de difícil cicatrização, modalidades de cuidados especialmente desenhadas por profissionais especializados (médicos, enfermeiros especializados em estomatologia e feridas) tendem a ser empregadas com grande índice de sucesso no tratamento de tais feridas;
•    Oxigenoterapia hiperbárica técnica que consiste em fornecer Oxigênio puro em ambiente pressurizado e que aumenta muito expressivamente a velocidade de regeneração de tecidos em feridas e a atividade de defesa do organismo contra infecções agudas e graves. Paralelamente também exibe elevadíssimo nível de sucesso em tratamentos de vasculites de etiologias diversas, infecções indolentes, doenças inflamatórias intestinais, grnades queimaduras, geladuras, amputações com reimplantes, síndromes vasculares complexas, esmagamentos, dentre outros usos. Empregável em feridas complexas com taxa de sucesso muito maior que outras terapêuticas frequentemente empregadas. Razoavelmente inerte e segura, tem se tornado a melhor opção de tratamento para feridas em geral.
Ferimentos em áreas específicas: Crânio, Olhos, Dentes, Nariz, Coluna, Tórax, Abdome, Genitália.
Contusão (beliscão, batidas), hematoma (local fica roxo), perfuro cortante (ferimento com faca prego, mordedura de animais, armas de fogo) e escoriação (ferimento superficial, só atinge a pele).
 
Como socorrer:
Contusões e Hematomas.
•    repouso da parte contundida;
•    aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se estabilize;
•    elevar a parte atingida.
•    Perfuro cortantes e Escoriações.
•    lavar as mãos;
•    lavar o ferimento com água e sabão;
•    secar o local com gase ou pano limpo;
•    se houver sangramento comprimir o local;
•    fazer um curativo;
•    manter o curativo limpo e seco;
•    proteger o ferimento para evitar contaminação.
EMPALAMENTO
Perfuração na qual o objeto penetrante está parcialmente exteriorizado.
a)    Exponha a lesão retirando a roupa.
b)    Nunca remova objetos empalados, sem que o paciente esteja no ambiente hospitalar.
c)    Estabilize o objeto no local encontrado com curativo apropriado.
d)    Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for essencial para o transporte.
AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS
•         Separação de um membro ou de uma estrutura do corpo. 
a) Exame primário - ABC da vida.
b) Controle a hemorragia - O controle da hemorragia é crucial na primeira fase do tratamento.
c) Trate o choque se presente.
d) Cuide do segmento amputado (separado do corpo):
· Limpe com solução salina ou água corrente, sem imersão em líquido.
· Envolva-o em gaze estéril úmida ou compressa limpa molhada.
· Proteja o membro amputado com dois sacos plásticos.
· Coloque o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada.
· Jamais coloque a extremidade em contato direto com gelo.
e) Não deve-se demorar no cuidado ao segmento amputado, já que a vítima é considerada de alto risco para o choque hipovolêmico. O paciente deve ser removido o mais rapidamente para o hospital.
 
Ferimentos em áreas específicas: Crânio, Olhos, Dentes, Nariz, Coluna, Tórax, Abdome, Genitália.
Precauções com Tétano
•Dupla Adulto
 
•Criança: Tríplice (Difteria, Coqueluche e Tétano)
FERIMENTO NA CABEÇA
•Os ferimentos na cabeça são muito perigosos, pois podem provocar o traumatismo craniano. Deve-se:
 
1 - deitar a vítima de costas, sem travesseiro;
2 - afrouxar todas as suas roupas;
3 - ocorrendo hemorragia externa, proceder como nos demais casos de ferimentos;
4 - procurar atendimento médico imediatamente; e
5 - se houver exposição da massa encefálica, como no caso dos intestinos, não pegá-lo com as mãos e nem tentar recolocá-la de volta no crâneo.
INTRODUÇÃO DE OBJETOS PONTUDOS NO TÓRAX
 
•Nas feridas muito profundas causadas por um objeto que foi introduzido no peito (punhal ou estaca, por exemplo), não se deve tentar retirá-lo, pois isso pode agravar a hemorragia e provocar a morte.
• O acidentado, neste caso, deve ser transportado para o Hospital com o objeto, imóvel, no local mesmo.
 
•Ferimentos profundos no tórax Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.
 
 
OLHOS
•Produto Químico
–Manter olho ferido bem aberto
–Enxaguar com água por 15 minutos
–Cobrir olhos com gaze
–Procurar atendimento médico
OLHOS
•Objeto inserido
–Não remover objeto inserido
–Colocar copo sobre o objeto e fixá-lo com fita adesiva
–Cobrir olho bom com gaze
–Manter vítima deitada
–Procurar atendimento médico
OLHOS
•Corpo estranho no olho
–Puxar pálpebra superior para cima
–Puxar pálpebra inferior para baixo e procurar o objeto enquanto vítima olha para cima
–Encontrando, lavar olho com água limpa
–Puxar pálpebra superior para cima e lavar com água limpa
–Se os passos anteriores não forem suficientes para remover o objeto, será necessário encaminhar ao atendimento médico
OLHOS
•Corte no olho
–Não aplicar pressão
–Cobrir olho com gaze
–Manter a vítima deitada com a cabeça levemente inclinada para cima
–Procurar atendimento médico
Dentes
•Dente quebrado
–Lavar a boca com água morna
–Remover pedaços de alimentos
–Aplicar compressa de água fria na face, no caso de haver edema
–Procurar atendimento odontológico
Dentes
•Dente arrancado
–O segredo para o sucesso na recolocação de um dente é reimplantá-lo no local de onde saiu o mais rápido possível. A cada minuto que passa, um número maior de células da raiz do dente morrerão. Se possível, deve-se lavar o dente com água apenas, e então recolocá-lo no local. Encaminhar a vítima ao dentista imediatamente. O dente deve ser segurado pela coroa apenas e não deve secar. O êxito do reimplante é maior durante os primeiros 30 minutos, com boas chances ainda até 2 horas após o trauma (Campos, 2007).
Nariz
•HEMORRAGIA NASAL
 
• Dentre todas as hemorragias, a nasal, (botar sangue pelo nariz) é a mais comum. É causada por esforço físico, excesso de sol, altas temperaturas, etc.
 
Atendimento recomendado:
 
1 - tranquilizar a vítima;
2 - afrouxar a roupa próxima ao pescoço;
3 - sentar a vítima em local fresco, verificando o pulso;
4 - comprimir a narina com os dedos (5 a 10 minutos);
5 - usar chumaço de algodão para tampar a narina que sangra;
6 - colocar compressa de gelo mo nariz, testa e nuca;
7 - se não cessar a hemorragia, encaminhar a vítima ao médico;
8 - pedir à vítima para respirar pela boca; e
9 - não deixar que assoe o nariz.
 
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos:
 
•evite mexer em vísceras expostas,
•cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.
 
TRAUMA RAQUI-MEDULAR (TRM)
· Lesão da coluna vertebral ou medula espinhal.
· A coluna cervical é o local mais comum de TRM.
· As causas mais comuns de TRM são:
Quedas.
Mergulho em água rasa.
Acidentes de motocicleta e automóvel. 
Esportes. 
Acidentes por arma de fogo. 
· Mecanismos possíveis de lesão raqui-medular - hiperextensão, hiperflexão, compressão, rotação, torção lateral, tração.
· A coluna tem a função de sustentar o corpo e proteger no seu interior a medula espinhal, que liga o cérebro aos órgãos atravésde nervos. 
· 10% das lesões medulares ocorrem por manipulação incorreta das vítimas de trauma, por socorristas ou pessoal não habilitado.
· Lembre-se que 17% dos pacientes com lesões de coluna foram encontrados andando na cena do trauma ou foram ao hospital por seus próprios meios - sempre imobilize
 
8:ATENDIMENTO BÁSICO AO POLITRAUMATIZADO
Atendimento ao paciente politraumatizado
Politraumatizado
“Indivíduo que apresenta ferimentos de pelo menos duas regiões do corpo, que exigiriam cada um deles, um tratamento hospitalar”.
 
O politraumatizado é o mais grave doente do serviço de emergência, o mais oneroso para o hospital e requer para o seu atendimento adequado uma equipe multiprofissional treinada.  
A mortalidade aumenta com o número de ferimentos (5 ferimentos, 50% sobrevivem)
 
- Ruptura de fígado (30% mortalidade)
 
- As combinações mais freqüentes são lesões de crânio e tórax
 
- A combinação mais rara é caixa torácica e abdômen
É considerada uma doença grave e também um sério problema social.
-         É a principal causa de morte na faixa etária nos adultos jovens (até 45 anos), perdendo somente para as doenças cardíacas e o câncer.
-        Devido a era industrial, a alta tecnologia, condições socioeconômicas o número de casos tem aumentado significativamente.
-        O importante para diminuirmos o número de trauma em todo mundo visa a prevenção que pode ser dividida em:
-        Primária: visa e eliminação dos fatores determinantes do trauma. Ex: sinalização de vias públicas, educação da população;
-         
-        · Secundária: procura reduzir a gravidade das lesões decorrentes do traumatismo. Ex: uso de cinto de segurança, capacete, air-bag;
-         
-        · Terciária: está relacionada ao atendimento pré e hospitalar, através de medidas terapêuticas visando melhores resultados. Ex: treinamento da equipe, redução da morbi- mortalidade através de uma assistência adequada.
-        O numero de óbitos em geral está disposto da seguinte forma:
-         
-        · 50% são imediatas: ocorrem segundos ou minutos após o trauma;
-        · 30% mediatas: ocorrem algumas horas após o trauma;
-        · 20% tardias: ocorrem dias ou semanas após o trauma devido a infecções, complicações pós-operatórias, sepse.
 
-        A primeira hora é considerada a hora de ouro para o atendimento do traumatizado, uma vez que os doentes que recebem cuidados adequados neste período têm maior taxa de sobrevida quando comparados aqueles tratados tardiamente.
 
Avaliação inicial do Politraumatizado
O atendimento inicial do traumatizado envolverá as seguintes etapas:
I) Planejamento (preparo pré e intra hospitalar)
II) Triagem
III) Avaliação primária (ABCDE)
IV)Reanimação
V) Avaliação secundária e história
VI) Monitorização e Reavaliação contínua
VII) Tratamento definitivo
 
 
 
I) Planejamento (preparo pré e intra hospitalar)
-         A coordenação entre a equipe de atendimento pré- hospitalar e intra-hospitalar é de suma importância para o atendimento adequado da vítima.
 
II) Triagem
-         A triagem no local do acidente, número de vítimas deverão ser classificadas de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis, para que dessa forma a vítima seja encaminhada ao hospital adequado as suas necessidades.
III) Avaliação primária (ABCDE)
A - vias aéreas com controle da coluna cervical;
B - Respiração e ventilação;
C - Circulação com controle de hemorragia;
D - Incapacidade e estado neurológico;
E - Exposição, mas prevenindo a hipotermia.
 
III) Avaliação primária (ABCDE)
-         A avaliação neurológica deverá conter de uma forma rápida o estado neurológico verificando o nível de consciência, tamanho e reação das pupilas. Como regra básica para avaliação do paciente politraumatizado usamos o seguinte método AVDI:
A- Alerta
V- Responde ao estímulo Verbal
D- Só responde a Dor
I- Irresponsivo aos estímulos
-        A exposicão do indivíduo deve ser cautelosa tomando cuidado com a coluna vertebral 
IV) Reanimação
 
A adoção de medidas agressivas de reanimação e o tratamento de todas as lesões potencialmente fatais, à medida que são identificadas, são essenciais para maximizar a sobrevivência do doente.
 
A- vias aéreas
B- Respiração/ventilação/oxigenação
C- Circulação
D- Desfibrilação
V) Avaliação secundária e história
-         A avaliação secundária só se inicia quando a primária for completada. Nessa avaliação o paciente é avaliado da cabeça aos pés, incluindo sinais vitais, procedimentos especiais como lavagem peritoneal, radiografias e exames laboratoriais, exame neurológico minucioso incluindo escala de coma de Glasgow. Observações:
-        Sondagem vesical está contra indicada nos casos suspeitos de lesão de uretra, hematoma escrotal;
-        Sondagem Nasogástrica em casos de suspeita de fratura de base de crânio.
VI) Monitorização e Reavaliação contínua
 
•         Manter monitorização completa
•         Gasometria arterial
•         Débito urinário
•         Exame físico
•         Escala de Coma de Glasgow.
 
VII) Tratamento definitivo
•         Os critérios de triagem inter-hospitalar ajudam a determinar o grau, o ritmo e a intensidade do tratamento definitivo.
 
•         Estes critérios levam em consideração o estado fisiológico do doente, a presença de lesões evidentes, os mecanismos de trauma, as doenças associadas, e outros fatores que podem alterar o prognóstico do paciente.
 
Bibliografia
GOMES, A.M. Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva. São Paulo, EPU, 1998
TRAUMATISMOS, FRATURAS, LUXAÇÕES, ENTORSES E DISTENSÕES
 
Traumatismos cranioencefálico, torácico, abdominal/ Ferimentos músculo esqueléticos: Fraturas, Luxações, Entorses, Distensões
 
Traumatismos abdominal, torácico e cranioencefálico
 
O trauma é definido como um conjunto de perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas.
As lesões traumáticas geralmente ocorrem em obediência a padrões previsíveis e são, portanto, passíveis de prevenção. Por exemplo, os acidentes automobilísticos.
Os traumatismos são as urgências e emergências mais freqüentes e de maior envolvimento da área da saúde.
Dentre os traumas destacam-se:
Traumatismo abdominal
Traumatismo de tórax
Traumatismo craniano
1-    Traumatismos abdominais e Intra- abdominais:
O traumatismo abdominal é responsável por um grande número de mortes, muitas vezes evitáveis. A cavidade intraperitoneal, abdome, juntamente com a cavidade torácica e com o espaço retroperitoneal, soa os locais do organismo que comportam sangramentos, podendo levar a choque hemorrágico sena detectados a tempo.
Os sintomas abdominais relacionados ao traumatismo, muitas vezes, são confundidos com lesões associadas com dor referida ou, por alterações do nível de consciência, principalmente, decorrentes do trauma craniano, o que dificulta a sua avaliação. Portanto, uma avaliação rigorosa do abdome e uma correta orientação reduzem os erros na interpretação e os impactos desfavoráveis na evolução do paciente.
No caso em que há colisões automobilísticas, as seguintes informações são fundamentais para antecipar o padrão de lesões e agilizar o diagnóstico e a conduta do socorrista. Destacamos:
O tipo de colisão-frontal, lateral,traseira, angular ou capotamento;
Localização e intensidade de deformação externa do veículo;
Presença de vítimas ejetadas;
Morte dos ocupantes do veículo;
Uso do cinto de segurança;
Grau de deformação do espaço interno do veículo ocupado pelas vitimas;
Posicionamento e das vitimas dentro do veiculo.
Já nas colisões mobílisticas é importante a informação sobre o uso e o tipo de capacete utilizado pela vitima, a superfície onde ocorreu o trauma e outros eventos relacionados ao trauma, como a ejeção e atropelamento subseqüente.
No caso de quedas, as informações sobre a altura envolvida, superfície onde ocorreu o trauma antes de atingir o solo e a parte do corpo que primeiramente sofreuo impacto são fundamentais.
Já para os ferimentos penetrantes por arma branca, é fundamental saber o sexo do agressor, o número de lesões, o lado e a posição do corpo atingidos e o tipo, tamanho e diâmetro da arma.
Para os ferimentos penetrantes por arma de fogo, o tipo de arma, calibre, distancia de disparo, número de lesões, locais do corpo atingidos e o exame dos orifícios de entrada e/ou saída dos projéteis auxiliam na individualização das decisões.
Os traumatismos abdominais são graves, pois podem esconder lesões viscerais, contribuindo para alterações complicadas no quadro da vítima, como peritonites ou hemorragias internas, levando a choque e , conseqüentemente, à morte.
O trauma abdominal se classifica em:
Aberto: pode ser penetrante ou perfurante
Fechado: ou contuso
Trauma abdominal aberto
Definição:
Geralmente é caracterizado por ferimentos de arma de fogo (FAF) ou arma branca (FAB). Os traumatismos penetrantes são sérios, e muitas vezes necessitam de cirurgia. A velocidade com que o projétil (bala) penetra no corpo determina o grau de dano e lesão no tecido e no órgão envolvido. Geralmente afetam o peritônio, deixando uma comunicação da cavidade abdominal com o meio externo, porém não ocorre lesão visceral.
O ferimento por arma de fogo geralmente torna-se cirúrgico, e o ferimento por arma branca pode ser controlado por tratamento conservador, é claro, dependendo do grau e extensão.
Já os traumatismos por material perfurante passam a ser mais graves que os penetrantes, pois ocorre lesão visceral.
Dependendo do tipo de lesão abdominal que ocorrer, seja ruptura ou laceração de algum órgão ou víscera, pode extravasar fezes, alimento, bile, suco gástrico, ou urina, provocando peritonite. Já em estruturas sólidas como fígado, baço, pâncreas e rins, ocorre hemorragia interna, o que dificulta o trabalho de toda equipe.
O que fazer fora do ambiente hospitalar:
Pedir para alguém chamar socorro médico, enquanto atender a vitima.
Manter a vitima deitada.
Avaliar o local da lesão, observando dano tecidual e sangramento.
Conversar com a vitima, avaliando seu estado de consciência.
Orientar e informar quanto ao seu estado e comunicar que já chamou socorro médico, o que vai tranqüilizá-la.
Afrouxar as roupas.
Procurar manter a vitima calma, pois seu estado de ansiedade pode agravar a dor e respiração.
Manter as vias áreas superiores livres.
Orientar para lateralizar a cabeça, caso tenha queixa ou apresente vomito, para evitar que aspire.
Providenciar toalha ou lençol limpo limpos e comprimir o local da lesão.
Evitar que outros “curiosos” atendam a vitima juntamente com você.
Caso isso não possa ser evitado, pedir para seguir apenas sua orientação.
Manter-se seguro e calmo durante todo o atendimento, pois é importante para a vitima.
Caso a vitima esteja inconsciente, mantê-la deitada,com a cabeça lateralizada, comprimir o local com toalhas ou lençol limpos e aguardar socorro médico.
Em qualquer das situações não movimentar a vitima antes que o socorro médico chegue ao local.
O atendimento pré-hospitalar
Colher as informações de quem socorreu a vitima e fazer uma rápida avaliação do caso.
Conversar com a vítima, identificar-se e identificar sua equipe de atendimento. Isso tranqüiliza a vitima e o atendimento torna-se mais eficiente.
Fazer um rápido exame físico na vitima e avaliar o tipo e a causa do truama
Verificar os sinais vitais.
Identificar o tipo de trauma e providenciar um curativo local utilizando material estéril.
No caso de evisceração manter o local com compressa estéril e embebido em soro fisiológico, protegendo-o com plástico estéril próprio para estes casos.
Não tentar reintroduzir a víscera no abdome.
Transportar a vitima para a ambulância em local próprio e dar sequencia ao atendimento de acordo com orientações médicas.
Monitorar a vitima, instalar oximetro de pulso, administrar oxigênio até 15 litros por minuto de acordo com a conduta médica.
Manter a vítima aquecida.
Em casos de objetos que penetrem no abdome, como pedaços de ferro, madeira ou outro tipo, não retirar. Cortá-los se necessário e tentar fixá-los para não movimentar durante o transporte, causando mais dor e sangramento. Esses tipos de materiais devem ser retirados somente em centro cirúrgico, onde é possível controlar o sangramento e evitar o choque.
Se a vítima estiver inconsciente, mantê-la em repouso dorsal e transportá-la o mais rápido possível para o hospital.
 
Trauma Abdominal Contuso ou Trauma Fechado
Definição:
É qualquer tipo de trauma contra a região abdominal que não tenha continuidade da parede abdominal com nenhum outro órgão.
Pode estar associado à fratura da pelve, bacia, levando a grande perda de sangue para a cavidade abdominal ou retroperitônio.
A maioria é decorrente de acidentes automobilísticos, quedas e golpes aplicados no abdome, cuja lesão torna-se oculta e de difícil identificação. Costuma ser mais sério e grave d que o traumatismo aberto e geralmente acomete órgãos como fígado, rim, baço e pâncreas. Pode ser diretos, lesões por mecanismo de aceleração e desaceleração, causando o impacto do abdome contra outro fator de risco, como, por exemplo, o painel do carro.
A vitima apresenta como queixa principal dor em região abdominal, de forte intensidade, localizada, que aumenta ao ser manipulada, e pode estar acompanhada de sudorese e tremor de extremidades.
O que fazer fora do ambiente hospitalar:
Manter a vitima deitada.
Pedir para alguém chamar socorro médico.
Tentar avaliar o que aconteceu no local, se foi queda, ou acidente, se está presa a algum objeto, enfim fazer uma análise rápida da situação.
Verificar o nível de consciência, fazendo perguntas a vítima.
Manter vias áreas superiores livres e observar a respiração.
Afrouxar as roupas.
Evitar manipular ou movimentar a vítima.
Manter-se calmo e tranqüilizar a vítima. Contar a ela o que aconteceu e que vai precisar de sua ajuda.
Caso a vítima esteja inconsciente, mantê-la deitada, com a cabeça ligeiramente elevada e lateralizada, aguardar o socorro do lado da vítima, em constante observação.
Aguardar o socorro médico para que a vítima seja removida com segurança.
Sinais e Sintomas do Trauma Abdominal
Independe do tipo de trauma abdominal que a vitima apresentar, alguns sinais e sintomas mostram o quadro em que a vitima se encontrar, e o socorrista pode identificar o tipo de lesão.
Dor de média ou forte intensidade, localizada na região abdominal, porém sem um local predeterminado.
Quando ocorrer evisceração e houver presença de eliminação de secreção como fezes ou outros, é mais fácil identificar o tipo de órgão lesado.
Diminuição do nível de consciência.
Dor à palpação local.
Sudorese.
Alteração da pressão arterial para hipotensão.
Hematoma local.
A hemorragia interna pode ocorrer até horas após o trauma.
Palidez cutânea.
Pulso rápido e fino.
Cianose de extremidades.
Rigidez do abdome ou o que chamamos de “abdome em tabua”.
Equimose escrotal.
Sangramento por vias baixas.
 
 
Traumatismo de Tórax
Definição:
O trauma torácico também pode ser caracterizado por ferimentos penetrantes ou contusos, como no traumatismo intra-abdominal. Também são graves e afetam a respiração normal do individuo.
O traumatismo de tórax está dividido em lesões que implicam em risco imediato à vítima, e são avaliadas no exame primário, e em lesões que implicam em risco potencial à vítima, e são avaliadas no exame secundário.
Classificação:
Quanto ao tipo de lesão-aberto: causado por FAF ou FAB, ou fechado: denominado contusão.
Quanto ao agente causador: FAF, FAB ou acidentes automobilísticos.
Quanto à manifestação clínica: pneumotórax, hemotórax ou tamponamento cardíaco, com lesão de grandes vasos.
Lesões específicas:
Contusão pulmonar, sendo a principal causa o impacto direto. Está ligada a lesões da parede torácica.
Fraturas de arcos costais que comprometem diretamente a função ventilatória devido a três motivos: dor, defeito costal e movimentos paradóxicos
Outras fraturas como deescápula e esterno.
Lesão de aorta, sendo a principal causa de morte no traumatismo de tórax. Geralmente ocorre por esmagamento do tórax contra uma superfície. Ao exame de raios X observa-se o desvio de traquéia.
Lesão cardíaca que é letal. Ocorre por compressão direta pelo esterno. Os principais sintomas são distensão de jugular, cianose de extremidades superiores e hipotensão;
Lesão de vias áreas, sendo os principais sintomas enfisema subcutâneo, dispnéia intensa e os sintomas do próprio pneumotórax.
Lesão do diafragma que, detectado na toracoscopia, apresenta um abaulamento na região.
 
O que fazer fora do ambiente hospitalar:
Pedir para alguém chamar o socorro médico enquanto estiver atendendo a vítima.
Fazer uma rápida avaliação do que aconteceu, como a vítima se feriu.
Manter a vítima deitada com a cabeça pouco elevada, para que a respiração seja eficiente, ou seja, manter as vias aéreas superiores livres.
Após analisar o estado da vítima, sua respiração e o que ocorreu, tentar acomodá-la de forma que fique segura e ficar atento à respiração.
Afrouxar as roupas.
Procurar acalmar a vítima.
Se houve queda de algum tipo de material sobre a vítima, como ferramentas, tijolos, tanques e outros, remover o mais rápido possível, e não movimentar a vítima; mantê-la no local.
Verificar seu nível de consciência e fazer perguntas que a localizem no tempo e no espaço.
Se a vítima estiver inconsciente, mantê-la deitada, com a cabeça ligeiramente elevada e lateralizada.
Observar constantemente a respiração
Se houver sangramento em região torácica, comprimir o local com toalha ou lençol.
Aguardar o socorro médico junto com a vítima.
 
Trauma Cranioencefálico
•          O cérebro é protegido por uma caixa óssea, o crânio.
Este é o órgão mais nobre e sensível do corpo humano e também o que apresenta menor chance de recuperação, quando lesado.
Ele possui diversas artérias e veias, as quais podem se romper no trauma.
•          Como o crânio (parte óssea) é rígido e o cérebro mais macio, uma hemorragia irá gerar um hematoma, que por sua vez irá crescer comprimindo o cérebro, o que certamente trará lesões neurológicas.
Algumas vezes nem há sangramento, apenas o "balançar" do cérebro dentro da caixa craniana é o bastante para
fazê-lo inchar e comprimir a ele próprio.
Sinais e Sintomas:
•          Perda da consciência,
•          sonolência,
•          Desorientação
•          Área de depressão no crâneo
•          Sangramento pelo nariz, ouvido ou boca
•          Paralisia de um lado do corpo
•          Perda da visão
•          Convulsões
•          Vômitos
•          Dor de cabeça forte e persistente
Assim sendo , pessoas com história de traumatismo craniano, mesmo que de pequeno porte que comece a apresentar estes sintomas , devem ser encaminhadas para avaliação médica.
           
•          O que fazer ?
     Peça ajuda em caráter de emergência,
     Tente acalmar a vítima, se ela estiver consciente,
     Pense na possibilidade de fratura no pescoço antes de 
       movimentar a vítima,
     Mantenha a vítima deitada e aquecida,
     Cuide dos demais ferimentos.
.Fraturas
Fratura é a perda de solução de continuidade de um osso ou cartilagem
Há dois tipos de fratura:
•         a fechada ou interna, quando o osso se quebra mas a pele não é perfurada; e a exposta ou aberta, quando o osso está quebrado e a pele é rompida.
 
•          Dor intensa e impossibilidade de movimentar a região são os principais sinais de fratura.
 
Como proceder:
•         1 - imobilize o local da fratura e as articulações próximas, acima e abaixo da fratura;
2 - improvise telas com o material que estiver à mão: papelão, cabo de enxada, galhos de árvore, etc.; e
3 - transporte o acidentado para um Hospital.
Sinais e sintomas:
 
•         Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normais ou
•         Quando haja dor no local atingido,
•         Incapacidade de movimentar o membro,
•         Posição anormal do mesmo ou, ainda,
•         Sensação de atrito no local suspeito
Como socorrer:
 
§      imobilização;
§      movimentar o menos possível;
§      colocar gelo no local de 20 a 30 minutos;
§      improvisar talas;
§      proteger o ferimento com gase ou pano limpo (para casos de fraturas expostas ou abertas).
 
A)    FRATURAS FECHADAS:
            Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, SEM DESCONFORTO para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos possível. Ponha talas sustentando o membro atingido. Qualquer material rígido pode ser empregado, como tala: tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado.
 
B)        FRATURAS EXPOSTAS:
            Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento. Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc.No caso de hemorragia grave, primeiro tente contê-la. Mantenha a vítima deitada. Aplique talas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural. Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada. Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada. 
 
            NÃO DESLOQUE OU ARRASTE A VÍTIMA ATÉ QUE A REGIÃO SUSPEITA DE FRATURA TENHA SIDO IMOBILIZADA, A MENOS QUE A VÍTIMA SE ENCONTRE EM IMINENTE PERIGO.
 
•         Em caso de amputação, coloque a parte seccionada dentro de um saco plástico que não tenha sido usado. Acondicione o saco com a parte amputada em uma vasilha com gelo e ENVIE COM A VÍTIMA para um hospital.
 
FRATURAS DE PERNA
•         A imobilização provisória de fratura de perna deve ser feita como indicado na figura ao lado. Enrolar as pontas de um cobertor ou lençol sobre duas tábuas, formando uma espécie de tipóia onde repousará a perna fraturada. Fixar, então, com gravatas, meias ou tiras de pano.
 
FRATURA DE FÊMUR
•         A imobilização provisória de fratura de fêmur é mostrada na figura ao lado. Enquanto alguém puxa o pé para baixo, o socorrista coloca uma tábua acolchoada comprida sobre o lado externo da coxa e do tronco, e outra, mais curta, do lado interno da perna e da coxa. Fixá-las com ataduras, gravatas ou tiras de pano.
FRATURA DO BRAÇO
•         Na figura ao lado, à esquerda, vemos a imobilização provisória do braço (osso úmero) fraturado. Aplicar tala acolchoada com algodão, de cada lado do braço fraturado. Colocar uma tipóia estreita para sustentar o pulso, e fixar ao corpo o braço acidentado.
•          Na figura da direita, vemos a imobilização provisória de fratura de antebraço. As talas acolchoadas, que se fixam com atadura ou esparadrapo, são colocadas sobre a face anterior e posterior do antebraço. Manter em tipóia o antebraço, como na figura menor.
 
FRATURA DA COLUNA
•         A figura ao lado mostra a imobilização provisória para fratura da coluna vertebral. Vê-se aí o acidentado fixado a um bom aparelho, fácil de improvisar com duas tábuas compridas e três transversais, mais curtas.
 
 
 
FRATURA DA BACIA
•         A imobilização provisória de fratura dos ossos da pelve é feita com ligaduras circulares, que se colocam bem justas desde a parte alta das coxas até a parte superior dos ossos dos quadris.
 Para transportar o acidentado, não havendo padiola, será indispensável colocá-lo sobre uma tábua, uma porta ou uma escada acolchoada, fixando à mesma os membros inferiores e a pelve.
 
 
FRATURA DO PESCOÇO
•         A figura ao lado mostra a forma de imobilizar o pescoço e a cabeça em caso de fratura da coluna cervical. Convém fazer uma ligadura alta do pescoço com toalhas dobradas. Podem conter pequenas talas, pedaços de madeira ou similar.
•          Pode-se também improvisar um colar cervical de papelão, (com a parte posterior mais alta do que a anterior) unido com fita adesiva e/ou amarrado com barbante.
 
FRATURA DO QUEIXO
 
•         As 3 figuras

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