CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO

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CRIME DOLOSO (ART. 18, I, CP)
CONCEITO DE DOLO: é a vontade livre e consciente dirigida a realizar (ou aceitar realizar) a conduta descrita do tipo penal. Ex: matar alguém.
ELEMENTOS DO DOLO
Volitivo: diz respeito a vontade de realizar a conduta descrita na norma. Ex: vontade de matar.
Intelectivo: diz respeito a consciência.
>consciência;
>conduta;
>resultado.
Obs.: o dolo abrange todos os elementos constantes do tipo penal.
TEORIAS DO DOLO
Teoria da vontade: para essa teoria o dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal. Art. 63 CP.
Teoria da representação: para essa teoria o crime será doloso sempre que o agente tiver como possível o resultado (previsão) e ainda assim, decidir prosseguir com a conduta.
Teoria do consentimento ou assentimento: fala-se em dolo sempre que o agente tiver a previsão do resultado como possível, e ainda assim decide prosseguir com a conduta assumindo o risco de produzir o resultado.
* O nosso código penal adota duas teorias. A teoria da vontade e a teoria do consentimento ou assentimento.
ESPÉCIES DE DOLO
Direto (determinado ou imediato ou incondicionado): dolo do agente, da teoria da vontade.
Alternativo: é aquele em que o agente prevê uma pluralidade de resultados dirigindo a sua vontade para realizar qualquer deles.
> objetivo: é aquele em que a vontade indeterminada está relacionada com os resultados em face da mesma vítima.
> subjetivo: ocorre quando a vontade indeterminada envolver em face de vários resultados.
Eventual: é aquele em que o agente prevê uma pluralidade de resultados dirigindo a sua conduta para realizar um deles e assumindo o risco de realizar o outro.
Dolo de 1º grau: é o mesmo que o dolo direto.
Dolo de 2º grau: é uma espécie do dolo direto, mas nele a vontade do agente se dirige aos meios utilizados para alcançar os resultados, abrangendo os efeitos colaterais do crime de verificação praticamente certa.
CRIME CULPOSO (ART. 18, II, CP)
CONCEITO DE CULPA: consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não querido ou aceito pelo agente, mas que ele era previsível (culpa inconsciente) e que poderia ser evitado se o agente empregasse a cautela necessária. Dever objetivo de cuidar.
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO
Conduta humana voluntária
Voluntária
Violação de um dever objetivo de cuidado
MODALIDADE DE CULPA
Imprudência: é o agir sem cautela.
Negligência: é o omitir a cautela.
Imperícia: é o desconhecimento de profissão, arte ou ofício.
ESPÉCIES DE CULPA
Culpa própria (ou propriamente dita): é aquela em que o agente não quer e não assume o resultado mas acaba lidando causa por imprudência, negligência ou imperícia. 
Culpa imprópria (ou por equiparação): é aquela em que o agente por erro de tipo evitável imagina situação que se presente excluiria a ilicitude. Ex: ART. 20, §1º.
Culpa consciente (ou sem previsão): o agente não prevê o resultado que entretanto era previsível. Qualquer pessoa de diligência mediana teria capacidade de prevê o risco. Ex: acidente por conta dos pneus.
Culpa inconsciente: o agente prevê o resultado mas espera que ele não ocorra, supondo poder evita-lo com suas habilidades ou com a sorte. Ex: atirador de elite.
CRIME PRETERDOLOSO (ART.19)
É o crime doloso qualificado pela culpa.
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 No antecedente no consequente
ESPÉCIES
Crime doloso agravado/qualificado pelo dolo: ART. 121, §2º.
Crime culposo agravado/qualificado pela culpa: ART. 250; ART. 258.
Crime culposo agravado/qualificado pelo dolo: ART. 121, §4º (homicídio culposo).
Crime culposo agravado/qualificado pela culpa