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RESENHA DO MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA E O DIREITO À EDUCAÇÃO. Com objetivo de criar novas diretrizes de um nova política nacional de ensino para todos os níveis e modalidades, foi lançado em 1932, visando o modelo econômico da sociedade brasileira, um modelo capitalista que estabelece uma sociedade com desigualdade social, discriminação e exclusão social além de tornar-se uma fonte de grande importância sobre questões a respeito da escola pública brasileira e um marco na história da educação brasileira. Para mudar a educação baseada no modelo acima citado, o manifesto dos pioneiros teve como objetivo oferecer uma educação popular igualitária para todos, chamada também como escola única. Pensa muito mais à frente do que simplesmente ensinar o básico, mas sim, em fornecer uma formação necessária para que o ser humano possa ter uma ação afetiva e importante na sociedade. Educação tal que propõe o atendimento aos interesses do indivíduo e não aos interesses de classes. Outro propósito era o de romper com o antigo serviço educacional, acabando com a ligação do privilégio com a condição econômica e social para poder formar uma sociedade mais coletiva. Coloca a educação como sendo primordialmente dever do Estado, mas não só uma função do mesmo, e sim, uma função que envolve duas forças sociais, sendo-as a família e a escola. Defendia a educação gratuita para que a mesma fosse obrigatória, categoriza a escola como diversificada e laica, disponibilizando oportunidades iguais de educação, com objetivo de produzir o desenvolvimento natural e integral do ser humano de acordo com cada etapa de crescimento. E ainda que não deve haver separação entre alunos de sexos distintos. O manifesto também caracteriza a escola como necessitada de autonomia técnica, administrativa e econômica, trazendo consigo que todo sistema educacional é ameaçado constantantemente e cabe ao Estado precaver estas ameaças para que a educação são se desvincule de sua finalidade. Sendo assim, a autonomia da escola se torna construída por meio da responsabilidade dos técnicos, educadores e administradores pelos órgãos do ensino através de sua direção. A autonomia financeira da escola também é citada no manifesto dizendo que a mesma não pode se valer de patrimônios, impostos ou rendas própria, exceto escolas de fundo especial. Além disto, há a descentralização da escola, que passa agora a ser ramificada metódica e coordenadamente, visando a intensidade e extensão de forma eficaz. Conforme o Manifesto¹ “Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação.” Oito décadas depois, a educação continua sendo um dos mais importante problemas nacionais, e o manifesto ainda não foi integralmente executado. Na década de 30, o ensino brasileiro era órfão e essa continua sendo uma realidade atualmente, embora muitos avanços tenham sido alcançados desde então, como escola pública para todos, a universalização do ensino e entre outros, mas não se alcançou a qualidade de ensino esperada. Uma dificuldade recente que pode ser citada é a Lei Nº 13.429, de 31 de março de 2017, conhecida também como lei da terceirização irrestrita que a partir da data de vigor prevê a terceirização de toda e qualquer mão de obra, inclusive a docente. E mais uma vez a educação é posta em risco sendo este o de privatização e toda a unicidade da educação é deixada de lado. Referência: ¹AZEVEDO, Fernando et al. O manifesto dos pioneiros da educação nova. São Paulo: Nacional, 1932. CAMURRA, Luciana e TERUYA, Tereza Kazuko. Escola pública: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e o direito à educação. Cascavel-PR: UNIOESTE, 1º Simpósio Nacional de Educação, 11 a 13 de novembro de 2008.
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