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Direito Trabalhista

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1. Direito do Trabalho
Delgado (2015) destaca que o Direito do Trabalho é um ramo jurídico especializado, que regulamenta todo tipo de relação de trabalho e emprego na sociedade contemporânea, isto é, as relações que tem interesses tanto de ordem individual quanto coletiva. Nesse sentido, “o Direito do Trabalho é a parte do ordenamento jurídico que rege as relações de trabalho subordinado, prestado por uma pessoa a terceiro, sob a dependência deste e em troca de uma remuneração contratualmente ajustada” (SAAD, 2015, p. 21).
Para tratar sobre a legislação relativa ao Direito do Trabalho, esta incumbência compete privativamente à União, conforme o art. 22, inciso I, da Constituição Federal. Sendo assim, os Estados e Municípios não poderão alterar a legislação trabalhista, devendo respeitar as regras gerais.
2. A CLT:	
Esta consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho nela previstas.
O principal texto normativo e regulamentador das relações individuais e coletivas de trabalho no Brasil é a Consolidação das leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Leiº5.452 de 1º de Maio de 1943, que assinada pelo presidente Getúlio Vargas, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, no dia do trabalho. A CLT não é um código, tampouco uma simples compilação ou coleção de leis, mas uma consolidação que, reunindo essas leis preexistentes, corporifica o sistema nacional de proteção ao trabalho.
3. Requisitos
São requisitos do contrato de trabalho: (a) continuidade, (b) subordinação, (c) onerosidade, (d) pessoalidade, (e) alteridade.
3.1. Continuidade
O trabalho deve ser prestado com continuidade. Aquele que presta serviço eventualmente não e empregado. Orlando Gomes e Elson Gottschalk (1990:134) afirmam, com propriedade, que o contrato de trabalho de um contrato de trato sucessivo, de duração. Certos contratos exaurem-se a coisa e pago o preço, há o término da relação obrigacional. No contrato de trabalho, não é isso que ocorre, pois há um trato sucessivo na relação entre as partes, que perdura no tempo. A continuidade é da relação jurídica, da prestação de serviços.
3.2. Subordinação
O obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. O empregado é, por conseguinte, um trabalhador subordinado, dirigido pelo empregador. O trabalhar autônomo não é empregado justamente por não ser subordinado a ninguém, exercendo com autonomia suas atividades e assumindo os riscos de seu negocio.
3.3. Onerosidade
Não é gratuito o contrato de trabalho, mais oneroso. O empregado recebe salario pelos serviços prestados ao empregador. O empregado tem o dever de prestar serviços e o empregador, em contrapartida, deve pagar salários pelos serviços prestados. Aqueles religiosos que levam seu lenitivo aos pacientes de um hospital não são empregados da Igreja, porque os serviços por eles prestador são gratuitos.
O paragrafo único do art. 1° da Lei n° 9.608, de 18-2-98, estabelece que o serviço voluntario não gera vinculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. O artigo 1° dispõe que serviço voluntário é a atividade não remunerada. O contrato de trabalho é oneroso. Se não há remuneração, inexistente vinculo de empregado.
3.4. Pessoalidade
O contrato de trabalho é intuitu personae, ou seja, realizado com certa e determinada pessoa. O contrato de trabalho em relação ao trabalhador é infungível. Não pode o empregado fazer-se substituir por outra pessoa, sob pena de vinculo formar-se com a ultima. O empregado somente poderá ser pessoa física, pois não existe contrato de trabalho em que o trabalhador seja pessoa jurídica, podendo ocorrer, no caso, prestação de serviço, empreitada etc.
3.5. Alteridade
O empregado presta serviços por conta alheia (alteridade). Alteridade vem de alteritas, de alter, outro. É um trabalho sem assunção de qualquer risco pelo trabalhador. O empregado pode participar dos lucros da empresa, mas não dos prejuízos. Quando esta prestando um serviço para si ou por conta própria, não será empregado, podendo ocorrer apenas a realização de um trabalho, ou a configuração do trabalho autônomo. É requisito do contrato de trabalho p empregado prestar serviços por conta alheia e não por conta própria.
O paragrafo único do artigo 6° da CLT mostra que empregado é o que presta serviços por conta alheia e não por conta própria, ao usar da expressão “supervisão do trabalho alheio”
3.6. Requisitos não essenciais
Não é necessária a exclusividade da prestação de serviços pelo empregado ao empregador. O obreiro pode ter mais de um emprego, visando ao aumento de sua renda mensal. Em cada um dos locais de trabalho, será considerado empregado. A legislação mostra a possibilidade de o empregado ter mais de um emprego. O art. 138 da CLT permite que o empregado preste serviços em suas férias a outro empregador, se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. O art. 414 da CLT mostra que as horas de trabalho do menos que tiver mais de um emprego deverão ser totalizadas. O fato de o contrato de trabalho prever a exclusividade na prestação de serviços pelo empregado não o desnatura. Caso o trabalhador não cumpra tal disposição contratual, dará apenas junto motivo para o empregador rescindir o pacto laboral.
Não é óbice para a existência do contrato de trabalho o fato de o trabalhador não ser profissional ou não ter grau de escolaridade. Em nosso país, predomina o fato de que o empregado muitas vezes não tem qualquer grau de escolaridade ou de profissionalização. Se se aplicasse ao pé da letra essa orientação, não poderiam ser celebrados contratos de trabalho, pois ausente na maioria dos casos o requisito escolaridade. O trabalhador pode inclusive exercer na empresa atividade diversa daquela que é sua especialidade.
Poderá, porém, a escolaridade ser exigida para o exercício de uma profissão, como por exemplo: médico, advogado, engenheiro etc.
A intenção do trabalhador pode ser um dos elementos subjetivos a considerar para a caracterização do contrato de trabalho. Se o trabalhador tinha a intenção de ser sócio da empresa, não se pode dizer que era empregado.

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