Buscar

243 QUESTOES COMENTADAS DE SERVI O SOCIAL PELOS PROFESSORES DO QC.docx;filename = UTF 8''243 QUESTOES COMENTADAS DE SERVIÇO SOCIAL PELOS PROFESSORES DO QC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

243 QUESTOES COMENTADAS DE SERVIÇO SOCIAL PELOS PROFESSORES DO QC
Os pressupostos estruturantes do projeto ético-político do serviço social começaram a ser questionados, no plano do conhecimento, a partir do fortalecimento da razão instrumental e do pensamento conservador em detrimento das concepções da teoria marxista e da razão dialética.
CERTA
O projeto ético-político hegemônico do Serviço Social na atualidade é pautado na perspectiva marxista e na razão dialética, comprometido com a construção de uma nova sociedade, justa e igualitária, com as lutas dos trabalhadores e sua emancipação. No entanto, isso não significa que não exista outros projetos em disputas no interior da própria categoria profissional, sobretudo, em tempos de reacionarismo burguês, de uma forte onda conservadora e neoliberal, que atinge também os assistentes sociais. Desse modo, o projeto ético-político dos assistentes sociais vem sendo desafiado, ainda mais numa conjuntura tão adversa, sendo questionado  por outros pressupostos advindos de perspectivas neoliberais, da razão instrumental, do conservadorismo.
No contexto da visita domiciliar, é recomendável o uso da entrevista diretiva para coletar informações que auxiliem na confirmação de uma realidade particular.
CERTA
O assistente social ao realizar uma visita domiciliar deve ter claro a finalidade da mesma, a qual visa complementar e conhecer, no próprio ambiente em que vive, os sujeitos sobre os quais está se elaborando determinado conhecimento. A ida aos domicílios dos sujeitos envolvidos em algum estudo ou em casos que necessitem de maiores informações e esclarecimentos pode trazer importantes contribuições acerca das condições de vida, de trabalho, de moradia, de lazer, de acesso ou não a serviços e direitos, questões essas que perpassam e condicionam a vida dessas pessoas. Assim, a visita domiciliar não deve ser utilizada com a intenção de identificar supostas "verdades" ou "mentiras" declaradas pelas pessoas envolvidas, ela não deve ter um caráter policialesco e muito menos invadir a privacidade dos moradores. Ela envolve o bom senso do profissional, o sigilo profissional bem como a dimensão ética da profissão. Os instrumentos utilizados, normalmente a observação e a entrevista quando se trata de visita domiciliar, são escolhidos pelo profissional e podem variar de acordo com a finalidade que se almeja.
Sobre a relação entre o Estado e a chamada Sociedade Civil na Constituição da Política Social Brasileira nas últimas décadas, assinale a alternativa correta. 
Parte superior do formulário
 a)
Os chamados movimentos sociais da década de 1980 caracterizam-se pelo seu caráter meramente sugestivo, sem intenção de efetiva reivindicação. 
 b)
Somente na década de 1990 que os chamados movimentos sociais passam a deter caráter reivindicatório, podendo-se destacar o movimento de impeachment do então Presidente da República. 
 c)
Na década de 1990, a ideia de participação social passa a ser vista como sendo “solidária” por meio de trabalho de voluntariado e concepção de responsabilidade social de indivíduos e empresas. 
 d)
Com a politização da participação da sociedade civil na década de 1990, focada em valores morais e conectada com o coletivo, constatam-se um desenvolvimento e amadurecimento na ocupação de espaços públicos participativos. 
 e)
Na década de 1980, por opressão do regime da época, há uma clara despolitização do significado de participação social, havendo uma ênfase à participação individualista, ligada a valores morais por meio de ações de responsabilidade social de indivíduos, empresas e movimentos ligados a instituições religiosas
 Empresa-cidadã: uma estratégia de hegemonia. A RSE, para a autora, resulta de um momento de maior organização do empresariado, que busca intervir na sociedade. Indaga-se se está em curso no país, desde os anos 1990, uma nova “cultura empresarial”, pautada na concepção de cidadania: Parece haver, princípio, uma “concordância geral”, no meio empresarial, de que o exercício da cidadania alavanca um processo histórico de mudanças rumo a uma sociedade com igualdade e justiça social, pois cada cidadão indiferenciado abandona a postura passiva de “ficar esperando por uma ação do Estado” e toma para si, por meio da solidariedade e da ajuda mútua, a responsabilidade de zelar pelo bem comum, semeando um futuro melhor para a coletividade, num presente sem conflitos e lutas de classe (César, 2005, p. 217-18).
Na década de 1990, apesar da recente promulgação da Constituição Federal de 1988 cunhada por muitos como "Constituição cidadã" por representar uma marco naquela conjuntura, e que trazia inclusive aspectos da social-democracia para o Brasil, ocorreu a adoção do país aos preceitos neoliberais. Deste modo, aspectos da Constituição foram desconsiderados e desconfigurados, implicando num chamamento a sociedade civil para responder as sequelas da questão social, desonerando o Estado desta incumbência. Assim, diversos serviços de caráter público, acusados de sobrecarregarem o Estado conforme os ideais neoliberais, são repassados a sociedade civil e a inciativa privada, como se estes dois fossem capazes de executá-los melhor. O que ocorre, de fato, é a abertura para a privatização de diversos serviços e direitos sociais, como saúde e educação, que deveriam ser prestados unicamente pelo Estado. A questão social volta a ser alvo de ações filantrópicas, benemerentes, de ajuda alheia e solidariedade, bem como das ações de responsabilidade social de empresas, que mais que preocupadas com a desigualdade social do país, visam também melhorar sua imagem, o que lhe traz inclusive mais lucro, além de receber incentivos e isenções fiscais do Estado por prestar este tipo de serviço. Assim, a ideia de participação social foi completamente distorcida. Em vez de se pensar esse tipo de participação enquanto um elemento necessário a democratização do Estado, como inclusão da população nas instâncias de decisão e poder, caracterizou-se a participação social como ideia de envolvimento da população nas causas "sociais", despolitizando a questão social e ausentando o Estado de suas responsabilidades.
Acerca do modelo de proteção social não contributivo, assinale a alternativa correta.  
Parte superior do formulário
 a)
O sentido de não contributivo é estritamente social, não podendo ser confundido com o conceito econômico de acesso a algo fora das relações de mercado.  
 b)
A assistência social somente se transferiu para a prática estatal com o advento dos regimes socialistas na Europa. 
 c)O sentido de proteção social não contributivo é destinado apenas aos filiados da previdência social. 
 d)
O sentido de proteção social não contributivo se distingue de proteção social contributivo porque está fundada em um modelo pré-pago enquanto que o contributivo é pós-pago.  
 e)
A proteção não contributiva não se restringe ao combate à pobreza, sendo o direito à inclusão social um direito humano inalienável e protegido pela Constituição Federal de 1988.
Conforma Aldaíza Sposati (Modelo brasileiro de proteção social não contributiva: concepções fundantes. In: Concepção e gestão da proteção social não contributiva no Brasil. MDS, Brasília, 2009), a proteção social não contributiva se refere àquela em que não é necessária uma contrapartida monetária para o cidadão ter acesso, ou seja, o seu conceito é referente a universalidade, já que todos possuem direito de acessá-la. Restringir a proteção social não contributiva a segmentos da população ou ao combate específico da pobreza, por exemplo, significa reduzir os direitos de toda a população. A partir da promulgação da Constituição Federal (CF) de 1988 e da aprovação da Assistência Social enquanto política pública não contributiva aponta-se que os usuários são sujeitos de direito, e que essa proteção é destinada à toda a população (ou deveria ser, mas infelizmente muitas vezes ela é excludente). Busca-se ultrapassar a noção de uma proteção social voltada ao atendimento dos mais pobres, já queo acesso a ela é "gratuito" e fora das relações mercantilizadas, implementando uma política de caráter e abrangência universal. Deste modo, a proteção social não contributiva deve ser compreendida enquanto uma política voltada a todos os cidadãos buscando sanar suas necessidades, possibilitando a inclusão social no sentido de garantir o acesso e a participação de todos de forma igualitária na sociedade, consoante com o postulado pelos direitos humanos - que assegura a inclusão social a todos - e pela própria CF brasileira que defende tais direitos. Pode-se citar como exemplo, como a própria autora aponta, o Estatuto da Criança e do Adolescente que assegura e defende a proteção de todas as crianças e adolescentes, sejam pobres ou ricos. Portanto, o Estatuto de forma universal protege esse grupo específico, já que violações de direitos podem ocorrer em todos os lugares, por isso faz-se importante a proteção às pessoas. Assim, se o objetivo é a equidade entre as pessoas, é necessário romper com a antiga concepção de que somente na pobreza se tem violações de direitos, vulnerabilidades sociais ou necessidade de intervenções, promovendo uma proteção social, de fato, universal.
I. A chamada entidade aberta de previdência complementar, segundo a legislação atual, somente pode ser organizada sob a forma de sociedade civil ou fundação sem finalidade lucrativa.
II. O plano mais comumente oferecido por uma entidade aberta de previdência complementar é aquele chamado de “contribuição definida”.
III. A entidade fechada de previdência complementar somente ainda é acessível aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas, sendo, ainda, objeto de estudo a possibilidade de estender essa possibilidade a servidores de entes governamentais e associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial.
IV. Por um plano de previdência complementar de uma entidade fechada, é assegurado ao participante: a) possibilidade do benefício proporcional diferido (ou vesting); b) autopatrocínio; c) portabilidade; d) resgate nos casos de rompimento de vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor, antes mesmo de se tornarem elegíveis para o recebimento da aposentadoria.
É correto o que se afirma em  
Parte superior do formulário
 a)
 I e II, apenas. 
 b)
I e III, apenas.  
 c)
II e III, apenas.  
 d)
II e IV, apenas. 
 e)
 III e IV, apenas.  
A Previdência Complementar é opcional ao trabalhador e pode lhe proporcionar um rendimento extra ao se aposentar. Há dois tipos de Previdência Complementar, a previdência aberta e a previdência fechada. Conforme a Lei Complementar n. 109/2001, as entidades abertas de previdência complementar somente podem ser organizadas sob a forma de sociedades anônimas; podem ser contratadas por qualquer pessoa, individualmente, sem a necessidade de estar vinculada a uma empresa; também é mais usualmente oferecido os planos de benefícios na modalidade contribuição definida, entretanto, elas podem oferecer outros planos além desse. No que se refere as entidades fechadas de previdência, de acordo com a lei citada, esta é acessível tanto para os trabalhadores de empresa ou grupo de empresas, quanto para os servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e também para associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial. Nos planos de benefícios oferecidos por estas entidades, estas podem ofertar somente a modalidade de contribuição definida e fica assegurado ao participante, segundo dispõe o Art, 14 da lei citada acima: 1) benefício proporcional diferido, caso ocorra rompimento de vínculo entre o trabalhador e o patrocinador ou associativo com o instituidor; 2) autopatrocínio, caso ocorra o fim do vínculo empregatício com o patrocinador ou perda parcial da remuneração, podendo o trabalhador continuar filiado ao plano se mantiver as contribuições que eram realizadas pelo patrocinador; 3) portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano; e 4) resgate das contribuições feitas pelo participante ao plano, em caso de rompimento de vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo.
Um dos modos de compensação da pobreza, assim entendida como elemento da chamada questão social, surgiu em 1601, no Reino Unido, via Lei dos Pobres (Poor Law). Assinale a alternativa que apresenta o modo de enfretamento à pobreza representado por esse modelo.
Parte superior do formulário
 a)
Beneficência instituída e mantida por aparato religioso.
 b)
Previdência Social instituída por um aparato oficial e centrada nas associações profissionais.
 c)
Previdência Social instituída por um aparato oficial e centrada nas paróquias.
 d)
Previdência Social instituída por um aparato religioso e centrado na burocracia estatal.
 e)
Beneficência instituída por um aparato oficial e centrada nas paróquias.
A Lei dos Pobres ou Poor Law foi instituída no Reino Unido nos anos de 1600 sendo organizada por instituições filantrópicas constituídas nas igrejas e paróquias e também pelo aparato oficial do Estado, visto que a crescente pauperização da população no continente preocupava as elites. O enfrentamento à pauperização massiva da classe trabalhadora era realizado por meio de ações filantrópicas, benemerentes, de cunho moralizante, higienista, visando a mudança de comportamento e controle daquela emergente massa de pobres e "vagabundos" (desempregados). Assim, por meio da arrecadação de impostos da própria classe trabalhadora, eram mantidas ações assistencialistas para o atendimento dos pobres.
A possibilidade de  imprimir uma direção social ao exercício do Serviço Social, moldando o seu conteúdo e o modo de  operá-lo,  decorre  da  relativa  autonomia  de  que  dispõe  o  assistente  social  resguardada  pela  legislação  profissional  e  passível de reclamação judicial. Essa autonomia é dependente da correlação de forças econômicas, políticas e culturais  em nível societário e se expressa, de  forma particular, em distintos espaços ocupacionais construídos na relação com  sujeitos sociais determinados. Em relação aos espaços ocupacionais supracitados, em que os assistentes sociais exercem  suas competências e atribuições profissionais resguardadas pela legislação, marque V para as alternativas verdadeiras e  F para as falsas. 
(     ) No Estado (no Poder Executivo e Ministério Público, no Judiciário e no Legislativo).
(     ) Nas empresas capitalistas.  
(     ) Nas organizações político-sindicais.   
(     ) Nas organizações privadas não lucrativas.  
(     ) Nas  instâncias  públicas  de  controle  democrático  (Conselhos  de  Políticas  e  de  Direitos,  conferências,  fóruns  e  ouvidorias).  
A sequência está correta em
Parte superior do formulário
 a)V, F, F, V, V.
 b)F, V, F, V, F.
 c)F, V, V, V, F.
 d)V, V, V, V, V.
O assistente social pode atuar nos mais distintos espaços ocupacionais, sendo o Estado, historicamente, o seu principal empregador, isto é, é aquele que mais requisita os profissionais de Serviço Social para atuarem nos mais distintos campos. As empresas capitalistas também constituem um espaço de trabalho potencial para os assistentes sociais, os quais são chamados a atuar nas mais diversificadas áreas como recursos humanos; saúde do trabalhador; qualidade de vida no trabalho; responsabilidade social e ambiental, dentre outras frentes de trabalho. As organizações privadas não lucrativas também têm demandado o trabalho do assistente social. Após a década de 1990, quando o Estado brasileiro passa por uma contrarreforma, fruto da adoção ao ideário neoliberal, ocorre um crescimento exponencial de organizações privadas no país, visto que o Estado passa a se desonerar de responder às sequelas da questão social, repassando essa incumbência à sociedade civil. É neste contexto que as organizações privadas não lucrativas passam a atuar, em parceria com o próprio Estado, executando e coordenando projetos e programas, como aqueles relacionadosa habitação, infância e juventude, direitos humanos, dentre outros. E assim, passam a necessitar dos mais distintos profissionais para executarem tais serviços, entre eles o assistente social. As organizações político-sindicais e as instâncias públicas de controle democrático também são espaços em que encontramos assistentes sociais atuando. Na Lei n. 8.662/93, que regulamenta a profissão, nos Arts. 4º e 5º, que tratam, respectivamente, das competências e atribuições privativas do assistente social, é possível encontrarmos além das competências desse profissional, alguns desses espaços em que ele pode atuar.
Na direção  social do  Serviço  Social brasileiro  contemporâneo, a  luta pela  afirmação dos direitos de  cidadania, que  reconheça as efetivas necessidades e  interesses dos sujeitos sociais, é hoje fundamental como parte do processo de  acumulação de forças em direção a uma forma de desenvolvimento social inclusiva para todos os indivíduos sociais.  Considerando o contexto anterior,  indique a alternativa que descreve de  forma  INCORRETA uma das características  da feição acadêmico-profissional e social renovada para qual está voltada o Serviço Social brasileiro contemporâneo.
Parte superior do formulário
 a)
Defesa do trabalho e dos trabalhadores.
 b)
Defesa do capital e da prioridade do lucro empresarial
 c)
Defesa do amplo acesso a terra para a produção de meios de vida.
 d)
Compromisso com a afirmação da democracia, da liberdade, da igualdade e da justiça social no terreno da história.
O Serviço Social brasileiro, após passar pelo processo de renovação e amparar-se na tradição marxista, passa a estabelecer novos compromissos e deveres, modificando sua formação profissional e o exercício profissional. Assim, ao romper com o conservadorismo e agregar como suporte a teoria social crítica, o Serviço Social compreendendo a direção política que permeava a prática profissional, assume como compromisso e princípios da profissão o fortalecimento e apoio a classe trabalhadora, seus movimentos e suas lutas, defende intransigentemente os direitos humanos, sociais e políticos, a radicalização da democracia, a liberdade, a justiça social, a eliminação de todas as formas de preconceito, o acesso aos meios de subsistência e a emancipação política e humana. Essa categoria possui seu Projeto ético-político articulado a construção de uma nova sociabilidade, à transformação social, na qual os indivíduos possam ser livres, não exista exploração de classe e dominação e a riqueza social seja igualitariamente distribuída. A Lei de regulamentação da profissão (Lei  n. 8.662/1993), O Código de Ética, as Diretrizes Curriculares e o projeto profissional, como já mencionado, estão em consonância e voltados para defesa dos trabalhadores e de suas necessidades, contra o capital e a exploração humana. Sendo assim, o Serviço Social brasileiro contemporâneo não possui como dever a defesa do capital e da prioridade do lucro empresarial.
No  âmbito  da  organização  e  representação  profissional,  o  quadro  que  se  observa  no  Serviço  Social  brasileiro  é  de  maturação que expressa, na passagem dos anos 80 para os anos 90, rupturas com o seu tradicional conservadorismo,  embora  não  signifique  que  o  conservadorismo  (e  com  ele,  o  reacionarismo)  foi  superado  no  interior  da  categoria  profissional, pois, a herança conservadora e antimoderna, constitutiva da gênese da profissão, atualiza-se e permanece  presente  nos  tempos  de  hoje.  Em  relação  aos  aspectos  que  conferiram  visibilidade  ao  processo  de  maturação  supracitado, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
(     ) Intervenção dos assistentes sociais na elaboração da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (dezembro de 1993).   
(     ) Os  profissionais  de  Serviço  Social  iniciam  o  processo  de  ultrapassagem  da  condição  de  executores  de  políticas  sociais, para assumir posições de planejamento e gestão dessas políticas.  
(     ) Intervenção dos assistentes sociais na elaboração e  implementação da Lei de Responsabilidade Fiscal  (LC 101 de  maio de 2000).   
(     ) Intervenção dos assistentes sociais na  implementação da Lei Orgânica da Assistência Social   ?   LOAS (dezembro de  1993).  
A sequência está correta em
Parte superior do formulário
 a)
F, V, V, F.
 b)
V, V, V, F.
 c)
V, V, F, V.
 d)
F, V, V, V.
Os assistentes sociais assim como o conjunto CFESS/CRESS (Conselho Federal de Serviço Social e Conselho Regional de Serviço Social) tiveram importância singular tanto para a elaboração da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social - Lei n. 8.742/1993) quanto para sua implementação. Foram realizadas por esses atores várias tentativas, algumas bem sucedidas, de emendas ao projeto de lei que veio a ser aprovado, no sentido de ampliar suas garantias e direitos a população. Conforme o documento elaborado pelo CFESS (Subsídios para atuação de assistentes sociais na política de assistência social, 2011), alguns  dos projetos de lei sugeridos na época apresentavam a Assistência Social como ações bastante limitadas e estes foram duramente questionados e impedidos de serem aprovados através de organização do conjunto e da categoria; o conjunto também propôs um projeto de lei de Assistência Social que, obviamente, não foi aprovado por ser amplo e não coincidir com os interesses de minimização do Estado perante as políticas sociais. E após a aprovação da LOAS em 1993 a luta da categoria e dos demais movimentos continuou para que, de fato, a Lei viesse a ser implementada. Assim, foram realizadas diversas manifestações e tentativas junto ao judiciário para efetivar a implementação da LOAS. Portanto, a atuação dos assistentes sociais e de seus órgãos representativos foram fundamentais para a existência da LOAS, assim como a atuação de outras categorias e movimentos sociais do país. Com relação a ultrapassagem da condição de mero executor de políticas sociais, é no contexto da década de 1980 que os assistentes sociais comprometidos com a implementação de diversas políticas sociais, passam a possuir como competência também a gestão e o planejamento dessas políticas. Esses profissionais deixam de somente executar ações institucionalizadas para participar também da elaboração de políticas sociais. Assim, abre-se para o Serviço Social um novo mercado de trabalho com diversificadas demandas para os profissionais durante esse período que possuiu significativos avanços para a consolidação da profissão no país.
Assim sendo, somente o primeiro, o segundo e o último item são verdadeiros. O terceiro item é falso, pois não há relação do processo de maturação do Serviço Social que ocorreu nos anos 1980 e 1990 com a lei citada (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Somente  com a Constituição de 1988, as políticas de previdência,  saúde e assistência  social  foram  reorganizadas e  reestruturadas  com  novos  princípios  e  diretrizes  e  passaram  a  compor  o  sistema  de  seguridade  social  brasileiro.  Apesar de  ter um caráter  inovador e  intencionar compor um sistema amplo de proteção social, a seguridade social  acabou se caracterizando como um sistema híbrido. Indique a alternativa que descreve de forma INCORRETA um dos  direitos conjugados pelo sistema híbrido supracitado.  
Parte superior do formulário
 a)
 Direitos seletivos (assistência). 
 b)
 Direitos de caráter universal (saúde). 
 c)
 Direitos de caráter sócio-político (institucional). 
 d)
 Direitos derivados e dependentes do trabalho (previdência). 
Parte inferior do formulário
Com a Constituição Federal de 1988 e a implementação da Seguridade Social brasileira é fato que obteve-se um avanço no que se refere a proteção social no país, no entanto, a lógica do seguro social ainda permeia a seguridade. Deste modo, a seguridade social brasileira, apesar de possuir diretrizes como universalidade na cobertura, uniformidade e equivalência dos benefícios, irredutibilidade do valor dos benefícios, seletividade edistributividade nos benefícios, equidade no custeio, diversidade na base de financiamento e caráter democrático e descentralizado da administração, não as efetiva integralmente e em todas as políticas que compõem a proteção social. Se tem, dessa forma, um sistema híbrido de seguridade que conjuga universalidade com seletividade e exclusão. Posto isto, observa-se que a Saúde possui caráter universal, já a Assistência Social é de quem dela necessitar e, portanto, apresenta caráter seletivo, enquanto na Previdência Social permanece a lógica do seguro, dependente de prévia contribuição e relacionada e dependente do trabalho.
Uma das estratégias do Estado burguês para o enfrentamento da “questão social” reside na implantação das políticas sociais. 
No Brasil, esta estratégia começa a ser efetivada
Parte superior do formulário
 a)
como consequência da institucionalização do Serviço Social.
 b)
devido à pressão dos sindicatos patronais.
 c)
a partir da crise estrutural do capitalismo da década de 1970.
 d)
mediante o reconhecimento das necessidades da população pobre.
 e)
com a emergência do capitalismo monopolista.
Parte inferior do formulário
Segundo José P. Netto (Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 2006), no capitalismo monopolista com a formação do operariado urbano-industrial e a consolidação do movimento operário, visando alcançar legitimação junto às classes operárias e percebendo o perigo iminente da questão social, o Estado burguês passa a responder às sequelas da questão social através de políticas sociais, incorporando demandas advindas dos trabalhadores e adquirindo consenso junto à eles. Tais políticas atendiam diretamente às requisições do capitalismo monopolista, o qual necessitava de preservar e ao mesmo tempo controlar a força de trabalho. Em alguns casos o Estado se antecipava nas respostas a algumas demandas para evitar futuros embates e conflitos de classe, o que gerava, inclusive, certo reconhecimento de representação perante as classes subalternas. Observa-se, deste modo, o peso de tais políticas para o desenvolvimento e consolidação do capital monopolista. É fato também que a análise das políticas sociais deve reconhecer que esta é uma via de mão dupla, ao passo que tais políticas são funcionais e necessárias para o estabelecimento da ordem no capitalismo e, de certo modo, compatíveis com esse sistema, mas elas são também fruto das lutas e reivindicações históricas dos trabalhadores. Portanto, no capitalismo monopolista o Estado deixa de intervir somente coercitiva e repressivamente nas expressões da questão social, passando a realizar também uma intervenção sistemática por meio das políticas sociais. Apesar de assumir o caráter público da questão social, o Estado ao executar aquelas políticas faz de forma fragmentada, atingindo somente suas refrações e reforçando a natureza privada da questão social.
O serviço social brasileiro, no contexto da ditadura militar, passou a experimentar um processo de renovação que modificou, substantivamente, o chamado serviço social tradicional. 
Sobre quais dimensões essas mudanças incidiram?
Parte superior do formulário
 a)
Na teoria social elaborada pela profissão
 b)
No lugar da profissão na divisão do trabalho
 c)No estatuto científico do serviço social
 d)
Nas condições de autonomia profissional
 e)
Nas práticas e nas concepções profissionais
O Serviço Social brasileiro, durante a autocracia burguesa no Brasil, passa por um processo de renovação da profissão. A própria autocracia e o quadro social, político e econômico gerado por ela, propiciaram o questionamento dos profissionais de Serviço Social acerca de sua prática e o resultado que ela produz. Desse modo, nesse contexto os assistentes sociais passam a repensar e revisar sua prática e atuação profissional, preocupar-se com o instrumental técnico e sua renovação. De acordo com José Paulo Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição. Cortez, 2015) no processo de renovação emergem três principais concepções profissionais: 1) perspectiva modernizadora; 2) reatualização do conservadorismo e 3) intenção de ruptura.
Na década de 1960, no processo de renovação profissional, têm destaque dois documentos importantes, o Documento de Araxá e o Documento de Teresópolis. Eles são representativos da chamada perspectiva modernizadora. 
Apesar das diferenças entre suas formulações, qual o traço comum entre eles?
Parte superior do formulário
 a)
A problemática da participação do serviço social no processo de reprodução das relações sociais capitalistas
 b)
A relação do serviço social com a cientificidade e a dialética para a definição de modelos de atuação profissional
 c)
A natureza ideológica e política da profissão com ênfase nas possibilidades da cultura profissional
 d)
O desenvolvimento da consciência reflexiva no processo de ajuda psicossocial aos usuários
 e)
O esforço de conceber o serviço social como suporte e instrumento para as políticas de desenvolvimento
Segundo nos aponta José Paulo Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição, Cortez, 2015) o processo de renovação do Serviço Social brasileiro resultou em três vertentes: 1) a perspectiva modernizadora; 2) a perspectiva de reatualização do conservadorismo e 3) a perspectiva de intenção de ruptura. No que concerne a primeira delas, a modernizadora, foram elaborados dois documentos que sintetizavam discussões e propostas de dois encontros da categoria profissional na época. São eles o Documento de Araxá e o Documento de Teresópolis, os quais apesar de apresentarem distintas e peculiares abordagens e características, possuíam em comum a busca pela adequação do Serviço Social para que o mesmo fosse funcional as políticas de desenvolvimento da autocracia burguesia, sem em nenhum momento questionar o ocorrido em abril. Esses documentos, conforme nos informa Netto (2015), estavam diretamente relacionados com a ideologia disseminada pela autocracia burguesia, como a de desenvolvimento, e deste modo a profissão era pensada como uma ferramenta que poderia contribuir na viabilização das políticas de desenvolvimento, isto é, como um suporte para tais políticas.
Na análise crítica do exercício profissional, o assistente social se encontra alienado de parte das condições imprescindíveis à realização do seu trabalho. 
Quem dispõe dos meios de trabalho necessários à efetivação dos programas e dos projetos de trabalho do assistente social é o(a)
Parte superior do formulário
 a)
conselho federal
 b)
conselho regional
 c)
sindicato profissional
 d)
entidade empregadora
 e)
instituição universitária
O Serviço Social é uma profissão regulamentada como liberal no Brasil, no entanto, o assistente social não dispõe dos meios materiais e objetivos necessários para a realização de seu trabalho. Deste modo, esse profissional necessita vender sua força de trabalho em troca de uma remuneração para garantir sua sobrevivência. Assim, é necessária sua contratação por um empregador (Estado, empresas, ONGs, etc), sendo que este último é quem irá ofertar ao profissional os meios para realizar o seu trabalho, delimitando também a sua atuação e o seu trabalho. Então, o assistente social é subordinado ao seu empregador, no sentido de que ele (empregador) interfere e determina sua atividade laborativa, dando-lhe as condições para exercê-la, o que trará consequências também para as suas condições e relações de trabalho e autonomia profissional.
O profissional assistente social vem trabalhando em equipe multiprofissional, onde desenvolve sua atuação, conjuntamente com outros profissionais, buscando compreender o indivíduo na sua dimensão de totalidade e, assim, contribuindo para o enfrentamento das diferentes expressões da questão social, abrangendo os direitos humanos em sua integralidade, não só a partir da ótica meramente orgânica, mas a partir de todas as necessidades. De acordocom a Resolução 557/2009, no que diz respeito a emissão de opinião técnica, é correto afirmar o seguinte:
Parte superior do formulário
 a)
o entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica.
 b)
o assistente social deverá emitir opinião técnica sobre todas as áreas, assinando e identificando seu número de inscrição
no Conselho Regional de Serviço Social.
 c)
o assistente social deve, sempre que possível, integrar equipes multiprofissionais, bem como incentivar e estimular o trabalho interdisciplinar, contudo prevalece o sigilo e ao emitir opinião técnica a mesma deve fazê-lo em conjunto, com parecer único, sem delimitação técnica.
 d)
ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social, não necessariamente deverá garantir a especificidade de sua
área de atuação.
 e)
a elaboração, emissão e/ ou subscrição de opinião técnica sobre matéria de serviço social por meio de pareceres, laudos,
perícias e manifestações não é atribuição privativa do assistente social.
A Resolução 557/2009 emitida pelo CFESS possui como objetivo regulamentar e servir de parâmetro aos profissionais de Serviço Social que atuam em equipe multidisciplinar, de modo a ressalvar que mesmo integrando tais equipes, esse profissional possui prerrogativas exclusivas de sua formação. Deste modo, a Resolução aponta que a emissão de pareceres, laudos, e opiniões técnicas em matéria de serviço social só pode ser realizada exclusivamente pelo assistente social e mesmo que este componha uma equipe multidisciplinar em que o objeto é discutido conjuntamente, deve estar delimitada a área de atuação deste profissional. Assim, o entendimento ou a opinião técnica do assistente social deve ser destacada e não é admitida a manifestação conjunta com outro profissional ou equipe de forma que o objeto de intervenção de cada um não esteja identificado e separado, tendo em vista, inclusive, as atribuições privativas de cada categoria profissional. Como exemplo: como um psicólogo e um assistente social conjuntamente vão emitir um laudo social (matéria de Serviço Social) visto ser essa uma atribuição privativa do assistente social? O psicólogo não possui a devida formação para isso, ele possui outros conhecimentos, os quais o assistente social, por sua vez, também não detêm e não poderia atuar junto a ele. Assim sendo, essa resolução busca regulamentar e balizar a atuação do assistente social nas equipes multidisciplinares, as quais são importantes justamente pelo fato de cada profissional possuir um conhecimento e possibilitar o atendimento integral dos usuários.Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
A constituição do campo sociojurídico expressa o movimento histórico da sociedade. No Brasil, o Serviço Social tem sua inserção no Judiciário desde a sua gênese, introjetando as concepções teóricas presentes neste campo. Mas as transformações ocorridas nessa profissão fizeram com que, hoje, se experimente uma tensão no exercício profissional no campo sociojurídico, posto que se localiza entre duas requisições:
Parte superior do formulário
 a)
organizar a rotina institucional e atender demandas dos usuários;
 b)
manter a ordem social e viabilizar direitos;
 c)
estabelecer métodos e técnicas de intervenção;
 d)
atender a população e obedecer as regras institucionais;
 e)
projetar políticas sociais e gerir projetos.
Parte inferior do formulário
A área sociojurídica, como assim definidos aqueles campos que atuam juntos aos direitos humanos, aos sistemas de segurança, penitenciário, defensoria pública, judiciário, entre outros, possui como função a manutenção da ordem e, por conseguinte, é extremamente favorável a sociedade de classes ao efetivar seus interesses. É importante, então, compreender que ao mesmo tempo em que a área sociojurídica em determinados momentos visa estabelecer a ordem e resolver conflitos, possuindo uma direção política que favoreça as classes dominantes, ela pode também estar comprometida com a outra classe, a dos trabalhadores. Portanto, se constitui uma área complexa, como todos os outros espaços ocupacionais em que o assistente social atua. Assim, cabendo ao assistente social nessa área trazer informações ao magistrado acerca da realidade social, suas determinações e contradições, desmistificando o aparente, ele pode redirecionar os resultados dessa interferência do Estado nos conflitos como uma ação garantidora de direitos. A tensão profissional está posta em todos os lugares onde o assistente social se encontra, visto que se vive uma onda neoliberal, em que não há investimentos em políticas sociais e a punição e o encarceramento destacam-se por serem as formas mais viáveis que o Estado encontrou de "eliminar" aqueles que não serão incorporados pelo mercado de trabalho e que podem vir a ser uma ameaça à sociedade burguesa. Dessa forma, o enfrentamento às sequelas da questão social também tem sido realizado por meio do judiciário, observando que muitos direitos estão sendo negligenciados além do desmonte das políticas sociais, levando os indivíduos a questionarem tais deveres estatais no âmbito jurídico. Diante disso, torna-se bastante difícil colocar em prática o projeto ético-político da categoria que é antagônico aos preceitos neoliberais e da sociedade burguesa, no entanto isso não é impossível. O assistente social é dotado de relativa autonomia profissional e competências, possuindo a capacidade de desenvolver formas de intervenção de modo que venha a contribuir para assegurar direitos favorecendo os trabalhadores. Assim sendo, na área sociojurídica a tensão colocada aos assistentes sociais se refere, basicamente, a duas requisições que lhes são feitas: manter a ordem social, a coesão social e a "harmonia" - função para a qual as elites demandaram a existência do jurídico - e possibilitar a garantia de direitos, considerando que o seu compromisso é com a classe trabalhadora.
Dentre as concepções teórico-metodológicas presentes no Serviço Social que se espraiam para o campo sociojurídico, iluminando seus instrumentos e técnicas, aquela orientada pela perspectiva positivista/funcionalista encontra respaldo nas atuais políticas neoliberais, posto que concebe a desigualdade social apresentada pelos usuários demandantes dos serviços dos assistentes sociais como:
Parte superior do formulário
 a)
fato natural;
 b)
contradição entre capital e trabalho;
 c)
resultado da indolência dos pobres;
 d)
fenômeno que demanda políticas universais;
 e)
inaceitável.
Parte inferior do formulário
As expressões da questão social que se mostram na realidade de distintas formas, como a desigualdade social, a fome, a miséria, o desemprego, são originadas da contraditória relação entre capital e trabalho. Essa contradição, analisada a partir da perspectiva crítica, entre capital/trabalho, divide a sociedade em classes, onde de um lado tem-se os donos dos meios de produção, que apropriam privadamente a riqueza produzida socialmente, e de outro, a classe que possui somente sua força de trabalho para vender, a trabalhadora. No entanto, as perspectivas positivista/funcionalista e as ideias neoliberais, sendo que estas últimas na atualidade têm ganhado força e sido incorporada pelos Estados nacionais, apresentam a desigualdade social e outras refrações da questão social como fatos naturais, aceitáveis, em determinada medida, e presentes em toda sociedade, sendo impossível extingui-las. Além de naturalizar essas expressões também buscam fragmentá-las de modo que não seja possível compreender que todas elas possuem a mesma gênese. Ocorre também a partir dessas perspectivas a criminalização dos trabalhadores e seus movimentos, que ao reivindicarem e se mobilizarem por condiçõesde vida e trabalho melhores, são tratados pela mídia como marginais, criminosos e preguiçosos que não querem trabalhar. Como forma de mistificar a realidade, as refrações da questão social são tratadas autonomamente, por políticas sociais fragmentadas, basicamente de combate à pobreza extrema. Assim, elas são encaradas como fatos sociais, desconectadas do sistema econômico, político e social capitalista, o qual as produz e reproduz incessantemente.
TEXTO 1 - A partir dos anos 1970, com a primeira grande crise do capitalismo após os “30 anos gloriosos”, as proposições neoliberais ganham fôlego no mundo. Nas palavras de Netto (1996: 99): “Também o Estado burguês, mantendo o seu caráter de classe, experimenta um redimensionamento considerável. A mudança mais imediata é a diminuição de sua ação reguladora, especialmente o encolhimento de suas ‘funções legitimadoras’ (O’Connor, 1977): quando o grande capital rompe o ‘pacto’ que suportava o Welfare State, começa a ocorrer a retirada das coberturas sociais públicas e tem-se o corte nos direitos sociais (...).” Depreende-se, portanto, que as repercussões desta crise impactam diretamente os trabalhadores e amplificam a “questão social”. 
Considerando a temática discutida no texto 1, para os defensores do neoliberalismo, a fórmula para sair da crise deveria incluir:
Parte superior do formulário
 a)
a ampliação da proteção social; a financeirização; e a taxação das grandes fortunas;
 b)
a valorização da cidadania; o combate às ditaduras políticas; e a universalização das políticas sociais;
 c)
o desmonte dos direitos sociais; o rompimento do poder dos sindicatos; e a restauração da taxa natural de desemprego;
 d)
o aumento dos gastos estatais na área social; o pleno emprego; e a privatização;
 e)
o Estado mínimo; a moratória da dívida externa; e a reforma tributária.
Na década de 1970, mais uma crise do capitalismo assolava o mundo. Desse modo, a saída para o capital retornar a sua acumulação e taxas de superlucros era: no âmbito da produção e do trabalho uma reestruturação aliada no campo ideo-político ao paradigma neoliberal. O neoliberalismo irá conduzir políticas de privatização, de desregulamentação e até eliminação dos direitos do trabalho e sociais conquistados historicamente pela classe trabalhadora. Esse novo período será marcado por uma ofensiva generalizada do capital e do Estado contra a classe trabalhadora, precarizando suas condições de vida e de trabalho, visto que ocorrerá um desmonte das coberturas sociais, como no caso dos países centrais que possuíram o Welfare State. Também são constantes desse novo contexto a fragilização dos organismos sindicais e de representação da classe trabalhadora e o desemprego estrutural, já que as inovações tecnológicas e o maior investimento em trabalho morto acarretarão a dispensa do trabalho vivo e desvalorização do trabalhador. Além disso, a flexibilização dos vínculos empregatícios e as diversas formas de contratação dificultam a associação e compreensão de classe para si, comprometendo a união dos trabalhadores e facilitando para o capital a implementação desse processo. Para os defensores do neoliberalismo, este novo contexto de desmonte dos direitos sociais; rompimento do poder dos sindicatos e a restauração da taxa "natural" de desemprego, é apontado como a única solução para a saída da crise. Os neoliberais também justificam a adoção dessas medidas indicando que a vigência do fordismo e das políticas keynesianas, em que havia um sistema de proteção social e políticas de pleno emprego, foi o impulsionador dessa crise. Contudo, sabe-se que essa não foi nem será a única e última crise do capital, e que esta possui um significado mais profundo e estrutural.
Maria, separada do marido há 10 meses, tendo com este um filho de três anos que, conforme regulamentação judicial de visita, fica com o pai durante fins de semana alternados, além de um dia na semana, no qual ele pega o filho na creche e o devolve à casa da mãe no dia seguinte, recorre à justiça pleiteando que o regime de visitação seja alterado para visitas sem pernoite, em local público, durante 4 horas, em um dos dias do final de semana. Alega que só agora descobriu que o ex-marido é homossexual e que desde a separação vive com um companheiro na mesma casa em que o filho frequenta durante as visitas. Informa ainda que foi instada a investigar a situação em razão das constantes referências que o filho fazia ao “amigo do papai”. Em sua contestação, o pai confirma a nova condição sexual, bem como o fato de estar morando com o companheiro, embora assegure que jamais permitiu que o filho presenciasse qualquer situação constrangedora tanto dentro de casa quanto na rua. Acrescenta ainda que, antes de saber da situação, a ex-mulher sempre comentava que o menino adorava visitá-lo e que falava com alegria dos passeios e brincadeiras que faziam nos dias de visita. 
A assistente social a quem coube a realização da perícia determinada pelo juiz da Vara de Família, atestou a veracidade dos fatos relatados pelas partes, e, tendo ouvido a criança, observou que a relação entre ela e o pai é de confiança e bastante afetiva, assim como com seu parceiro, a quem se refere sem denotar qualquer estranhamento. Maria, entretanto, durante as entrevistas, manifestou repulsa pela situação, dizendo-se disposta a tudo para impedir que o filho conviva num ambiente que qualifica de imoral, promíscuo e perturbador do desenvolvimento psíquico e emocional, bem como comprometedor da formação do caráter e de princípios que norteiem as escolhas éticas e morais de qualquer criança. 
Frente à natureza do conflito, a assistente social elabora laudo pericial no qual oferece ao juiz a seguinte sugestão:
Parte superior do formulário
 a)
atender parcialmente a demanda da requerente, estabelecendo, por um período de 6 meses, encontros entre pai e filho nas dependências da Vara, os quais serão acompanhados por um psicólogo que fará relatório conclusivo ao final do prazo, objetivando avaliar a dinâmica da relação e possíveis prejuízos ao desenvolvimento psíquico e emocional da criança;
 b)
negar o pedido da requerente, mantendo os termos da regulamentação de visitas anteriormente definidos pelo juiz, uma vez que, não havendo nos autos razões objetivas que justifiquem a limitação do pleno exercício da paternidade, bem como do direito da criança de conviver com o pai, fica configurada a prática de alienação parental por parte da mãe;
 c)
suspender temporariamente as visitas como forma de evitar a espiral do conflito e encaminhar os pais para Terapia Familiar, na medida em que litígios dessa natureza são melhor equacionados através de formas alternativas de resolução de conflitos;
 d)
encaminhar as partes ao Centro de Mediação, já que, por se tratar de conflito polarizado por valores e visões antagônicas da situação, o atendimento à demanda de uma das partes ou a tentativa de composição dos interesses sem a participação dos interessados pode levar à escalada do conflito e resultar em sérios prejuízos ao bem-estar da criança;
 e)
deferir o pedido da requerente, em consideração ao interesse superior da criança, tendo em vista o fato incontestável de que o pai não oferece ambiente familiar adequado ao pleno desenvolvimento emocional do filho.
A atuação do assistente social quando comprometida com os princípios que norteiam o Projeto ético-político profissional do Serviço Social deve romper com práticas criminalizadoras, preconceituosas e que não respeitam as diferenças e as diversidades e levam a restrição aos direitos dos sujeitos. Conforme Eunice Terezinha Fávero (O Serviço Social no Judiciário: construções e desafios com base na realidade paulista. Revista Serviço Social e Sociedade, n. 115, 508-526, 2013), o profissional que trabalha em consonância com a defesa e a garantia dos direitos, avança nessa direção. No caso descrito acima, o assistente social, munido de suas competências teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, após realizar a investigaçãoda realidade social e elaborar a perícia, esta não como ação policialesca e/ou disciplinadora, deve articular com a rede, encaminhando, portanto, as partes para setores internos ou externos aptos a dar respostas aos problemas identificados. A mediação, neste caso, apresenta-se como a melhor opção para dar resolutividade a questão, considerando que não acarreta custos financeiros e desgaste emocional, como ocorreria no caso de um processo judicial. Tem sido comumente utilizada em situações de conflitos familiares e comunitários, buscando sempre promover o entendimento entre as partes, dar respostas mais rápidas e eficazes dentro das normas legais.
A orientação neoliberal assumida pelos Governos no Brasil nos últimos 25 anos repercutiu sobre as políticas sociais (notadamente aquelas vinculadas à Seguridade Social) e também sobre o exercício profissional do assistente social no âmbito dessas políticas. A partir da análise deste contexto, muitos autores vinculados à teoria crítica avaliam que há uma tendência à redefinição no próprio trabalho profissional do assistente social, que passa a ser requisitado para:
Parte superior do formulário
 a)
gerir a pobreza através de critérios de elegibilidade para benefícios seletivos;
 b)
combater a desigualdade social por meio de políticas universais;
 c)
elaborar projetos de intervenção que visem a emancipação das populações carentes;
 d)
atuar junto aos movimentos sociais a fim de capacitá-los para o exercício da cidadania plena;
 e)
mobilizar entidades classistas para análise da conjuntura e reivindicação de direitos coletivos.
As transformações societárias rebatem sobre todas as categorias profissionais, entre elas a dos assistentes sociais, que possuem nas políticas sociais umlócus privilegiado de atuação. A partir da adoção ao neoliberalismo pelo Brasil na década de 1990, constata-se um retraimento do Estado em suas funções sociais, implicando na redução dos investimentos em políticas sociais universais e no retrocesso dos direitos sociais. O neoliberalismo propõe políticas sociais seletivas, focalizadas e pontuais, de "alívio" a pobreza extrema, pois não se tem a pretensão de erradicar a pobreza, apenas minimizá-la. Fato é que os assistentes sociais são demandados pela esfera estatal para atuar junto à essas políticas, realizando atividades de administração de recursos e implementação de serviços. Tais políticas possuem critérios rígidos de elegibilidade, já que a tônica neoliberal está em concordância com a exclusão e não com a inclusão. Desse modo, os assistentes sociais têm sido requisitados para administrar a pobreza por meio de políticas excludentes, paliativas e emergenciais.
Portanto, a letra A está correta, pois é a única alternativa que aponta as requisições feitas pelas políticas neoliberais ao assistente social. As demais alternativas (B, C, D, E) indicam estratégias de atuação que os assistentes sociais podem tecer diante desse contexto.
Cada vez mais o assistente social tem sido chamado a atuar em processos de planejamento, avaliação e gestão em âmbito federal, estadual e municipal. No entanto, não se deve confundir planejamento com plano, que se caracteriza por:
Parte superior do formulário
 a)
compor um sistema integrado de benefícios, direitos, políticas e serviços destinados à cobertura das necessidades das populações;
 b)
ser um documento que indica um conjunto de projetos, cujos resultados permitem alcançar o objetivo maior de uma política pública;
 c)
empreender ações interventivas cotidianas, no sentido de promover a cidadania em populações mais carentes, a fim de proporcionar seu empoderamento;
 d)
conter estudos, análises situacionais ou diagnósticos necessários à identificação de pontos a serem contemplados, bem como objetivos, estratégias e metas;
 e)
constituir em instrumento de execução de empreendimentos específicos, destinados para as mais variadas atividades e pesquisa no espaço público e privado.
O processo de Planejamento possui distintas etapas, e entre elas tem-se a da planificação, conforme nos aponta Myrian Veras Baptista (Planejamento Social: intencionalidade e instrumentalidade, 2ª edição, editora: Veras, São Paulo, 2007). Esta etapa, da planificação, ocorre após a tomada das decisões, definidas considerando o contexto sócio-histórico e da instituição em que se atua. Assim, tem-se início a organização das atividades e das ações fundamentais que possibilitem atingir os resultados previstos. Nesse momento, as decisões são sistematizadas e expostas minuciosamente em documentos, que conforme a autora, encontram-se em níveis decrescentes de decisão, sendo eles: planos, programas e projetos. O plano, que é o documento mais importante no momento para respondermos à questão, diz respeito a toda a estrutura organizacional, isto é, ele possui um âmbito de abrangência maior com relação aos demais documentos (programas e projetos). É no plano que são organizados os objetivos e as metas, bem como observado a viabilidade e a compatibilidade dos mesmos. As estratégias também devem estar contidas nos planos, e para Baptista (2007), elas devem ser bem explicitadas, justificadas e operacionais, para que de fato possibilitem a exequibilidade do plano e o consentimento dos grupos e órgãos envolvidos. O plano também apresenta os estudos, análises situacionais ou diagnósticos, nos quais devem ser explicitados os principais pontos inerentes ao problema, além do conhecimento e dados acerca do mesmo, identificando os pontos a serem contemplados. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Também é possível encontrar, na íntegra, o disposto na alternativa correta no texto de Joaquina Barata Teixeira (Formulação, administração e execução de políticas públicas. In: Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais, Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009). É importante salientar, segundo Teixeira (2009), que o Plano, o Programa e o Projeto, nada mais são do que meios através dos quais o Planejamento se expressa.
Um casal está inscrito no Cadastro Nacional de Adoção há 11 meses, quando recebe a indicação de uma criança, segundo o perfil escolhido, para, em caso de aceitação, dar início aos procedimentos da adoção. Ocorre que durante esse período o casal se separou, e a requerente, ao dar conhecimento da situação à assistente social da Vara da Infância e Juventude, informa que seu desejo pela adoção está mantido e que, embora o ex-marido tenha desistido do projeto, tem plenas condições de assumir sozinha os deveres da maternidade. Acrescenta que a separação em nada afetou seu desejo de ser mãe e que, tendo conhecido a criança indicada, já o sente como filho, razão pela qual solicita que seja iniciado o processo de adoção. 
Mediante os novos fatos, a assistente social responsável pelo caso adota as seguintes providências:
Parte superior do formulário
 a)
informa ao juiz os fatos que configuram a presente situação da requerente, através de relatório circunstanciado no qual sugere sua inclusão no próximo curso preparatório para adoção, conforme dispõe a Lei Nacional de Adoção (Lei nº 12.010/09) nos casos em que seja interesse da pessoa manter-se no Cadastro de Adotantes;
 b)
emite relatório circunstanciado ao juiz sobre a presente situação da adotante, informando que, tendo em vista as substanciais mudanças na vida familiar do casal cadastrado, providenciará sua exclusão do Cadastro de Adotantes, bem como a indicação do adotando ao próximo casal ou pessoa constante do referido cadastro;
 c)
informa ao Ministério Público a situação em presença, sugerindo a manutenção da requerente no Cadastro de Adotantes e a consequente abertura do processo de adoção da criança indicada, tendo em vista que a separação de casais não compromete o exercício da maternidade;
 d)
informa ao juiz a nova situação da adotante, através de relatório no qual sugere que o caso seja remetido à Equipe Técnica do Juízo para atualização dos estudos técnicos, com vistas a verificar se a separação do casal comprometeu de algum modo os requisitosque atestem a compatibilidade da postulante à adoção com a natureza da medida;
 e)
suspende os procedimentos relativos à entrega da criança e orienta a adotante a procurar a Defensoria Pública, já que a Lei Nacional de Adoção (Lei nº 12.010/09) é omissa quanto a mudanças na configuração familiar que foi objeto das avaliações realizadas durante o processo de habilitação para adoção.
A separação de um casal que deu início ao processo de adoção, por si só, não constitui medida para que um deles ou mesmo o casal, não continuem o processo. Na lei 12.010, em seu Art. 42, § 4º, está esclarecido que os casais divorciados e separados podem, inclusive, adotar conjuntamente caso o estágio de convivência já tenha sido iniciado antes da separação; haja consenso entre o casal sobre a guarda e o regime de visitas, e que seja comprovada que há ligação afetiva e de afinidade entre aquele não detentor da guarda e o adotando, visto ser essa medida excepcional e a adoção irrevogável. Na situação descrita na questão, considerando que a adotante manifestou vontade de continuar com o processo, cabe ao assistente social informar ao juiz a nova situação em que se encontra a adotante para que seus dados sejam atualizados e verificar junto à equipe técnica e também a adotante se essa nova situação realmente não interfere no interesse de prosseguir com a adoção. Deve-se compreender que a adoção é medida irrevogável e o interesse superior será sempre o da criança e adolescente envolvido no processo. Destarte, qualquer informação referente aos interessados na adoção deve ser considerado e analisado, de modo a verificar se isto pode ou não implicar negativamente na vida do adotando, se permanece o interesse em adotar, prevalecendo sempre os interesses e direitos do adotando.
TEXTO 2 - Existe, atualmente, uma ampla e variada literatura sobre análise e avaliação de políticas, programas e projetos sociais.
No Serviço Social, esse debate tem início nos anos 1980, com a incorporação da Teoria Social Crítica pela profissão, e adensa-se após a promulgação da Constituição Federal de 1988, que aporta uma nova lógica para a elaboração e implementação de políticas sociais públicas. 
Nessa perspectiva, as políticas sociais “(...) devem ser entendidas e avaliadas como um conjunto de programas, projetos e ações que devem universalizar direitos” (Boschetti, 2009: 577). 
A partir do texto 2, a avaliação de políticas, programas ou projetos sociais deve priorizar:
Parte superior do formulário
 a)
os instrumentos e técnicas utilizados para instituir metas e objetivos a serem alcançados;
 b)
a identificação da concepção de Estado e de política social que determina seu resultado;
 c)
a política econômica que determina a relação custo-benefício para cada programa;
 d)
os elementos constitutivos e determinantes de sua real necessidade;
 e)
o estabelecimento de metas e a formação de equipes para monitorá-las.
Para Ivanete Boschetti (Avaliação de políticas, programas e projetos sociais. In: Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009), no que concerne à avaliação de políticas sociais (e programas e projetos), esta não deve enfatizar o conjunto de técnicas e métodos de avaliação que serão utilizados, nem a relação custo-benefício, que objetiva atender o maior número de pessoas com menor gasto de recursos possível, visto que isto não condiz com os objetivos da política social. Esse tipo de avaliação visa somente medir a intervenção do Estado, sem de fato buscar conhecer o que é o mais fundamental, de que forma tais políticas, programas ou projetos têm realmente impactado na realidade da população, se estão cumprindo com o seus objetivos de ampliar e universalizar direitos, minimizar a desigualdade social e possibilitar a equidade. Além disso, este tipo de avaliação tecnicista resulta na falta de análise crítica da função e concepção de Estado e da política social e o cumprimento de sua real finalidade. Portanto, conforme a autora, a avaliação de políticas, programas e projetos sociais deve priorizar a compreensão do papel do Estado e da política social em cada momento histórico e político, visando uma análise crítica e uma avaliação qualitativa destes, e não meramente pautar-se na verificação da efetividade, eficácia e eficiência e de visões unilaterais acerca da constituição dessas políticas.
Ao propor um projeto de trabalho profissional, o assistente social deve possuir os seguintes conhecimentos: 
I – as políticas sociais transversais que incidem sobre o seu trabalho; 
II – que demandas lhe são colocadas pelos usuários; 
III – como se conforma a instituição na qual trabalha. 
Está correto o que se afirma em:
Parte superior do formulário
 a)
somente I;
 b)
somente III;
 c)
somente I e III;
 d)
somente II e III;
 e)
I, II e III.
O projeto de trabalho do assistente social deve considerar diversos elementos, entre eles a análise institucional, compreendendo como se configuram as relações de poder e força dentro da instituição em que atua; que tipo de instituição é essa (pública, privada, com interferência de segmentos religiosos, confessionais, etc); quais os recursos financeiros, materiais e humanos disponíveis; de onde são obtidos os recursos financeiros, dentre outros fatores que devem ser conhecidos para que seja elaborado um projeto de trabalho viável naquele espaço. Outra consideração importante que o profissional deve buscar apreender e agregar ao seu projeto é qual o público alvo daquela instituição, suas demandas e suas necessidades bem como seus espaços de organização, visando corroborar para a luta da classe trabalhadora e construir um projeto direcionado para o atendimento das reais necessidades da população usuária do serviço. Ademais, é imprescindível ao profissional ao elaborar seu projeto o conhecimento acerca das políticas sociais e de outros profissionais que de modo positivo ou negativo interferem no seu trabalho. Identificando as políticas sociais que atravessam seu trabalho e podem contribuir no atendimento das demandas de seus usuários bem como o projeto de outros profissionais que atuam no mesmo espaço que o assistente social, este último pode vir a agregar forças com outros projetos profissionais que possuam a mesma direção que o seu ou reconhecer quais serão seus entraves na execução de seu projeto, quando os outros profissionais apresentarem propostas antagônicas às suas.
No final dos anos 1930, a primeira iniciativa no âmbito público de formação técnica especializada na assistência no Rio de Janeiro, que demandará a formação de assistentes sociais, virá:
Parte superior do formulário
 a)
do Centro de Estudos e Ação Social;
 b)
dos Centros Operários;
 c)
da Fundação Leão XIII;
 d)
do Juízo de Menores;
 e)
das indústrias do Distrito Federal.
No âmbito público, o Juízo de Menores do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Justiça federal, é o primeiro setor que demanda a formação de profissionais especializados em "assistência", ainda na década de 1930. Como o próprio nome já sugere, esse setor requisitava assistentes sociais para atuar juntamente aos "menores" "carentes" e "delinquentes", buscando minimizar esse "problema" que se multiplicava pela cidade do Rio de Janeiro, a então capital da República. Desse modo, profissionais ligados ao Juízo de Menores passam a se unir e em 1936 é realizado um curso de curta duração em Serviço Social, com foco na "infância abandonada", e em 1938 é fundada a Escola Técnica de Serviço Social no Rio de Janeiro (IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 41 ed. São Paulo: Cortez, 2014).
Uma das características da assessoria em Serviço Social é:
Parte superior do formulário
 a)
emitir opinião técnica sobre determinado tema para o assessorado, que a acatará ou não;
 b)
decidir sobre a situação analisada e informar ao assessorado a decisão tomada;
 c)
fiscalizar as ações e intervenções do sujeitoque está sendo assessorado;
 d)
emitir opinião em concordância com os interesses expressos do assessorado;
 e)
analisar as situações do ponto de vista psicossocial e emitir opinião técnica ao assessorado.
Na assessoria, cabe ao assessor indicar aos assessorados caminhos e alternativas, devendo estas últimas serem concebidas em conjunto entre assessor e equipe técnica a qual assessora. A opinião emitida pelo assessor não é imposta, ela pode e deve ser discutida com os assessorados, que podem ou não concordar com as proposições e ideias apontadas pelo mesmo. Portanto, o papel do assessor é de contribuir na elaboração do projeto de prática de uma equipe ou profissional, os quais, por sua vez, tem a autonomia de seguir ou não o que lhes foi indicado.
Tomando por base a análise realizada por Iamamoto (2009), pode-se compreender que as alterações verificadas nos espaços sócio-ocupacionais do assistente social estão relacionadas:
Parte superior do formulário
 a)
a processos sociais historicamente datados, expressando a dinâmica da acumulação, a composição do poder político e a correlação de forças em seu âmbito, refratando ainda as particulares condições e relações de trabalho prevalecentes na sociedade brasileira
 b)
 a processos macrossociais que incidiram sobre o universo do trabalho na sociedade pós-industrial, sendo agudizados a partir do regime de acumulação flexível
 c)
 a processos ético-políticos gestados pelo movimento de renovação do Serviço Social no Brasil que possibilitaram novas bases para a construção do projeto ético-político crítico
 d)
a processos sociais historicamente datados, expressando a dinâmica da acumulação, a composição do poder político e a correlação de forças em seu âmbito, referindo-se a condições sociais globais inscritas no âmbito do capital fetiche
 e)
à autonomia e ao pleno desenvolvimento da profissão que permite que, no momento presente, o Serviço Social tenha prestígio e reconhecimento pela classe trabalhadora
O mercado de trabalho assim como os espaços em que os assistente sociais atuam sofre alterações devido às transformações ocorridas no âmbito da produção e na esfera do Estado. Assim, na dinâmica atual do capitalismo em que se tem uma flexibilização do processo produtivo e da gestão da força de trabalho e a instauração dos processos de contrarreforma do Estado, visando a minimização e extinção de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores, teremos então impactos em todos os espaços ocupacionais bem como em todas as categorias profissionais. Deste modo, a flexibilização das relações de trabalho, a implementação de novos meios que intensificam a exploração do trabalhador, a regulação da terceirização, dos part-time, o rebaixamento dos salários, o desemprego estrutural, afetam em igual medida os assistentes sociais, precarizando suas condições e relações de trabalho. Além de que, a radicalização das expressões da questão social diante desse novo contexto trará ainda mais e novas demandas ao assistente social, que possui a questão social como seu objeto de trabalho. Outro fator importante que deve ser considerado é o desfinanciamento das políticas sociais, lócus de trabalho privilegiado desse profissional, resultando tanto na precarização desses espaços quanto no fechamento de postos de trabalho para essa categoria e para outras que também atuam junto a política social, como psicólogos, pedagogos, advogados, etc. Em resumo, os processo sociais e as mutações no interior do capitalismo que buscam recuperar suas taxas de super lucros incidem diretamente sobre os espaços ocupacionais de toda a classe trabalhadora, dentro da qual encontram-se os assistentes sociais, posto que são também trabalhadores assalariados. Assim sendo, o avanço da agenda neoliberal no Brasil acarretou consequências catastróficas para os trabalhadores, observando que sempre tivemos formas precárias de trabalho que nunca foram superadas e que a partir desse momento passam a ser acentuadas.
Ao abordar o tema dos estudos socioeconômicos no âmbito do Serviço Social, Mioto (2009) afirma que estes estudos, na trajetória do Serviço Social, tiveram um grande desenvolvimento técnico no período de consolidação da profissão, por meio da apropriação de um dado marco conceitual, o qual se refere:
Parte superior do formulário
 a)
ao Serviço Social americano e, particularmente, o Método do Serviço Social de Casos
 b)
ao Serviço Social estrutural-funcionalista e, particularmente, o Método do Serviço Social de Grupo
 c)
 ao Serviço Social pautado na realidade brasileira, advindo do processo de renovação latino-americano e, particularmente, o Método do Desenvolvimento de Comunidad
 d)
ao Serviço Social Crítico e, particularmente, o Método BH
 e)
ao Serviço Social conservador e, particularmente, o Método sociológico que requeria a perspectiva da neutralidade
Os estudos socioeconômicos estão presentes como ação dos assistentes sociais desde os primórdios da profissão, quando a mesma era ainda conservadora, pautada em perspectivas positivistas. O Serviço Social constituído nos Estados Unidos e, especificamente, o método cunhado de Serviço Social de Casos, propunha a realização de estudos socioeconômicos como uma das etapas desse método. Esse método visava integrar o indivíduo na sociedade, minimizar os desajustamentos sociais, através da realização de um estudo social de caso e, após, o diagnóstico e o tratamento. A profissão ainda conservadora nesse período entendia  a questão social como fatos sociais e natural de toda sociedade, buscando promover o ajustamento dos indivíduos com desvios de caráter, personalidade, etc. Atualmente os estudos socioeconômicos constituem competência profissional do assistente social, conforme disposto na Lei de Regulamentação da Profissão (Lei n. 8.662/1993), em seu Art. 4º, inciso XI. Porém, destacamos que a direção impressa ao se realizar esse estudo na atualidade é completamente distinta daquela que possuía a profissão em sua gênese no país.
Na elaboração do estudo social é fundamental que o assistente social estabeleça as mediações com a totalidade social e a realidade social na qual o sujeito esta inserido. Logo, se constituem chaves do conhecimento para a construção do estudo social os eixos de:
Parte superior do formulário
 a)
trabalho, cidade, políticas sociais e família ar t iculadas às pecul iar idades sociais, econômicas e culturais relacionando com as questões estruturais nacionais e mundiais.
 b)
família, gênero, poder judiciário e poder público, articulados aos processos sociais contemporâneos que modificam gradativamente, na sua totalidade, suas estruturas
 c)
questão social, políticas sociais, movimentos sociais e relações de gênero veiculados às modificações societárias que potencializam a essência destes conceitos.
 d)
políticas sociais, territorialidade, educação e ética, atrelados aos impactos que produzem na vida do usuário quando modificados na sua estrutura socialmente construída.
De acordo com Eunice T. Fávero (O estudo social - fundamentos e particularidades de sua construção na Área Judiciária. In: O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: debates atuais no judiciário, no penitenciário e na previdência social. Org.: CFESS, 11ª edição - São Paulo: Cortez, 2014), na elaboração do estudo social, no qual o assistente social dotado de suas competências profissionais vai examinar determinada situação e/ou expressão da questão social, é fundamental que este profissional, por meio de referencial crítico, analise a realidade social em sua totalidade, realizando as conexões com as particularidades que atingem o sujeito em questão. Deste modo, para a autora há elementos chaves ou categorias fundamentais que contribuem para a elaboração do estudo social, permitindo uma abordagem bastante próxima da realidade dos sujeitos, sendo elas: trabalho, cidade/território, políticas sociais, família e cultura. Conforme a autora, a consideração desses elementos amplificam as possibilidades de construirum saber verdadeiro, total e crítico acerca da realidade social, realizando as necessárias ligações com a totalidade, o que pressupõe que devem ser consideradas as especificidades regionais e o contexto nacional e mundial, bem como os aspectos políticos, econômicos e sociais.
A utilização do termo “sociojurídico” é recente no Serviço Social. Nesse sentido, o campo (ou sistema) sociojurídico pode ser definido como:
Parte superior do formulário
 a)
uma área específica de intervenção do Serviço Social constituída exclusivamente por instituições carcerárias e pelos sistemas de proteção e acolhimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei;
 b)
instituições governamentais, não governamentais e paragovernamentais que se dedicam a examinar atos de infrações leves e moderadas contra o direito à propriedade dos cidadãos;
 c)
um espaço de competência exclusiva do assistente social, que deve atuar profissionalmente na investigação e avaliação de delitos relacionados a indivíduos tidos como incapazes perante a lei;
 d)
aquele que diz respeito ao conjunto de áreas em que a ação do Serviço Social articula-se a ações de natureza jurídica, como o sistema penitenciário, o sistema de segurança, e os sistemas de proteção e acolhimento;
 e)
necessário para dotar o trabalho do assistente social de legitimidade e legalidade no que diz respeito ao atendimento e à garantia de direitos a indivíduos em comprovada ou suposta vulnerabilidade social.
A expressão "sociojurídico" é bem recente no Serviço Social, apesar da inserção deste profissional neste espaço ter ocorrido no início da profissão no Brasil, segundo apontam Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho (Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 19ª edição. São Paulo: Cortez, 2006). Na atualidade ela tem sido utilizada para se referir ao trabalho do assistente social na esfera do Judiciário, nas Penitenciárias, no Ministério Público, nas Defensorias Públicas, nas instituições de defesa de direitos humanos, nos serviços de acolhimento institucional e familiar, no sistema de segurança e na execução de medidas socioeducativas. O termo "sociojurídico" está diretamente relacionado ao trabalho do assistente social que atua com o campo jurídico.
Em um processo judicial de adoção de uma criança, deve sempre o assistente social, a partir do processo de intervenção com quem requer a adoção, dentre outras ações:
Parte superior do formulário
 a)
identificar se é casal e avaliar sua capacidade em prover as condições materiais e emocionais para o bom desenvolvimento biopsicossocial da criança;
 b)
refletir e construir com a família as possibilidades de acesso a serviços e a seus direitos, com vistas a potencializar a proteção da criança a ser adotada;
 c)
emitir parecer social para o juiz, indicando se será bom pai ou boa mãe do ponto de vista da garantia dos direitos da criança;
 d)
realizar estudo social para averiguar se é casal e se estão aptos socialmente para o exercício da maternidade e da paternidade;
 e)
elaborar parecer social e encaminhar ao juiz sobre as condições psicossociais da família em assumir a responsabilidade pela proteção da criança.
Não somente na área sociojurídica, da qual se trata a questão acima, mas em todos os espaços ocupacionais em que os assistentes sociais atuam, é muito comum que as demandas institucionais para esses profissionais se resumam em práticas permeadas por conservadorismo. Com base no CFESS (Atuação de assistentes sociais no Sociojurídico: subsídios para reflexão. Brasília/DF, 2014) há ainda demandas a esse profissional para que o mesmo, com uma atitude policialesca, por exemplo, vá ao domicílio dos indivíduos com vistas a verificar e analisar o seu comportamento, se são inadequados ou não. E a partir disso construir o parecer ou estudo social, atestando se serão bons pais ou não, se são "adequados" ou não, se serão competentes ou não para cuidar de uma criança/adolescente. Esse tipo de prática, voltada para a análise do enquadramento das pessoas e ajustamento na sociedade, de como estas deveriam ser ou agir, que realiza julgamentos fundamentados em práticas moralizantes, não condizem com o verdadeiro trabalho do assistente social na contemporaneidade. O assistente social ao realizar um estudo social ou parecer, agindo como um disciplinador ou "policial", reproduz práticas existentes nos primórdios da profissão, que já foram e são negadas pela categoria profissional. Assim sendo, no processo de adoção não cabe ao assistente social averiguar se os pretendentes à adoção são mesmo um casal ou se observando o comportamento deles é possível afirmar ou não que serão bons pais. Ao assistente social, com base no seu Código de Ética e Projeto ético-político, bem como nas suas atribuições e competências, cabe garantir o acesso dessa família aos seus direitos, indicar os serviços disponíveis para seu atendimento e também da criança/adolescente que será adotada, informar sobre os benefícios disponíveis em determinados casos, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Deste modo, o assistente social tem o dever de assegurar e lutar pela expansão dos direitos, possibilitando o acesso aos serviços, políticas sociais e benefícios, dispensando julgamentos que cerceiem os direitos das pessoas, que sejam preconceituosos e intolerantes, devendo sempre respeitar as diferenças, os novos arranjos familiares e as opções realizadas por cada pessoa.
A introdução de políticas neoliberais em todos os quadrantes do globo terrestre implicou uma ampliação do desemprego e a exponenciação da questão social. Uma das formas de o Estado neoliberal enfrentar a questão social na contemporaneidade tem sido a: 
Parte superior do formulário
 a)
instituição de novos direitos trabalhistas;
 b)
contratação de interventores sociais;
 c)
centralização das políticas estatais;
 d)
universalização das políticas sociais públicas;
 e)
criminalização dos pobres.
A reestruturação da produção aliada às políticas de cunho neoliberal na atualidade têm rebatido fortemente sobre a classe trabalhadora, implicando no desemprego estrutural, no retraimento do Estado no que se refere às políticas sociais públicas, na eliminação de direitos historicamente conquistados pelas massas trabalhadoras, no aviltamento das condições de vida e de trabalho e também na degradação do meio ambiente. Deste modo, constata-se a acentuação das sequelas da questão social, como a fome, a miséria absoluta, o retorno de formas retrógradas de trabalho (escravo e infantil), o agravamento da saúde dos trabalhadores devido a intensificação da exploração, o aumento da violência, dentre outras expressões que podem ser citadas. O Estado, seguindo as orientações neoliberais, vem respondendo a tais expressões quando não de forma pontual e focalizada, através de políticas seletivas, basicamente de transferência de renda e de combate à fome e à pobreza, também por meio da intervenção policial, classificando as classes subalternas bem como suas lutas, como caso de polícia. Não é raro episódios em que os movimento sociais, por exemplo, são caracterizados na mídia como atos de vandalismo e de desordem, criminalizando a pobreza e os pobres por tentarem buscar formas de sobrevivência diante desse contexto. A classe trabalhadora é vista como uma classe "perigosa", sendo utilizada pelo Estado no enfrentamento das necessidades dessa classe a política focalizada e a repressão/violência neste contexto de avanço das política neoliberais.
A intervenção profissional em consonância com os parâmetros emanados pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) pressupõe enfrentar e superar duas grandes tendências presentes hoje no âmbito dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). São elas, respectivamente:
Parte superior do formulário
 a)
rever os critérios para inclusão/exclusão de famílias nos benefícios socioassistenciais, notadamente aqueles vinculados ao Programa Bolsa Família (PBF); e captar recursos financeiros

Outros materiais