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Resumo Av1 Economia Prof. Luís Marques

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RESUMO PARA A 1ª AVALIAÇÃO DE 
Fundamentos da economia 
PROFESSOR: Luís Marques Filho 
ALUNO: ERIC ANDRADE 
 
Este resumo abrange os seguintes conteúdos: 
 
I. Evolução do pensamento econômico 
 Say 
 Ricardo 
 Smith 
 Malthus 
 Keynes 
 Hayek 
II. Noções de inflação 
 Definição 
 Tipos de inflação 
 
Evolução do pensamento econômico 
Em meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, surgem os princípios da economia. Nesse momento, a 
economia passou a ser estudada e entendida de maneira própria. Os economistas clássicos como Adam Smith, Jean 
Babtiste Say e, pouco depois, David Ricardo, entendiam o sistema econômico como um sistema auto-equilibrável. De 
forma resumida as principais ideias destes autores eram: 
Adam Smith 
Fundador do liberalismo econômico defendia a liberdade individual como forma de gerar riquezas. 
Smith nega qualquer tipo de vantagem decorrente de regulamentação externa ao sistema econômico. Para ele, as 
atividades governamentais devem ficar restritas às obras e instituições públicas necessárias apenas para facilitar o 
desenvolvimento de alguns setores da atividade econômica. 
Em relação à educação, Smith acreditava que esta só deve receber alguma atenção do Estado talvez nos casos das 
pessoas comuns em uma sociedade civilizada e comercial, pois do resto da população formada pelas pessoas de 
posição e fortuna o setor privado deve encarregar-se. Ou seja, em casos de pessoas que não possuam renda 
suficiente para pagar por uma educação, o Estado deve intervir, caso contrário, cada indivíduo deve bancar-se. A 
consequência disso é uma diferença enorme da qualidade de ensino entre pessoas de baixa e alta renda. 
Já em relação à tributação, esta deve ser imposta na exata medida do benefício recebido pelos indivíduos, pois, caso 
contrário, será gerado um ônus nas contas públicas e consequentemente atrapalhará a acumulação de capital. Por 
isso é necessário uma cuidadosa análise do custo-benefício antes de cada ação Estatal. 
Smith nega a possibilidade de que a dívida pública constitua um mecanismo impulsionador do emprego, da 
produção e do capital de uma nação. Para ele, essa a dívida pública só pode ser resolvida de duas formas: 
1. Emissão monetária: monetização do déficit, aumentando, assim, a inflação. Por consequência, haverá 
aumento de custos para todos, inclusive para o empresário, o qual acabará reduzindo o seu número de 
funcionários, isto é: haverá um aumento do desemprego; 
2. Financiamento da dívida pública: o Estado pega empréstimos para financiar o déficit, aumentando assim os 
juros. Neste caso, com esse aumento, empresários tenderão a tomar menos empréstimos, freando, assim, 
os investimentos. Com isso, o desemprego tenderá aumentar. 
Dessa forma, tomando qualquer uma das alternativas, sempre haverá um aumento do desemprego, 
prejudicando, assim, primeiro o mais pobre. 
Para evitar esse cenário, Smith afirma que o Estado deve ser pequeno, assim ele gastará pouco. 
Além dessas afirmações Smith foi o pioneiro da divisão de trabalho, onde cada um, se esforçando individualmente 
para obter o prazer e o conforto, movimenta a economia. 
“Não é da boa vontade do padeiro, cervejeiro e açougueiro que nós vamos ter o nosso jantar, mas sim da 
extrema necessidade de ganhar dinheiro”. 
Finalmente, trabalha também com a ideia de trabalho produtivo e trabalho improdutivo. O primeiro tipo é aquele 
que produz bens materiais e o segundo se refere a prestação de serviços (seja por meio de uma apresentação 
artística ou por uma consulta, por exemplo). Este, o improdutivo, para Smith reduz a capacidade econômica de um 
país. Como o Estado praticamente só gera trabalho improdutivo, este deve ser reduzido. 
Jean Baptiste Say 
Para Say, o gasto do governo deveria ser alocado segundo o mérito, definido pelo grau de carência dos indivíduos e 
a tributação segundo a capacidade de pagamento. 
Descontar impostos é causar prejuízo à sociedade, pois reduz a capacidade aquisitiva do indivíduo. 
“É impossível (...) tomar uma parte de sua renda sem, ao mesmo tempo, obriga-lo a reduzir 
proporcionalmente os seus consumos. Daí decorre a dissimulação de demanda dos objetivos sobre os quais o 
imposto incide.” 
“Há, portanto, perda para o contribuinte de uma parte de suas fruições, perda para o produtor de uma parte 
de seus lucros e, finalmente, perda para o fisco de parte de sua receita”. 
O ponto de chegada de Say é o mesmo de Smith, qual seja a dívida pública nada mais é do que uma extensão do 
consumo/gasto improdutivo do Estado, o que significa obstáculo à acumulação. 
“entre os particulares e os governos que contraem empréstimos há esta grande diferença: que os primeiros, 
na maioria das vezes, procuram obter fundos com o propósito de fazê-los render e de emprega-los de 
maneira produtiva, ao passo que os segundos, em geral, só fazem empréstimos para dissipar 
irremediavelmente os fundos que lhes foram concedidos”. 
Say afirmava que a tributação deveria recair sobre a parte da renda privada destinada ao consumo improdutivo. 
Finalmente, o ponto mais culminante na fala de Say é a sua lei dos mercados, conhecida como “lei dos mercados de 
Say”. Segundo essa lei, para uma determinada produção existe sempre uma demanda de igual valor, ficando clara 
essa ideia quando ele afirma que “ao se efetuar a produção cria-se ao mesmo tempo um determinado volume de 
poder de compra”. 
 → Portanto, em síntese: Demanda = (f) produção (oferta), ou seja, a demanda é determinada pela oferta. 
David Ricardo 
Faz uma critica aos impostos, pois estes fazem com que o empresário invista menos e o consumidor compre menos. 
Portanto, o governo deve ser pequeno para que os seus custos sejam menores. 
Para Ricardo, não existe desemprego involuntário nem desemprego em massa. Ele afirmava isso, pois, em sua 
visão, sempre haverá vagas no mercado de trabalho, mesmo que tal cargo não seja bem remunerado. 
Thomas Robert Malthus 
O único economista clássico que discordou da ideia de que a economia é auto ajustável e que, devido ao Estado ter 
em sua maior monta trabalhadores improdutivos ele deveria ser reduzido, foi Malthus, que discordou destas teses 
afirmando que, a economia não é auto regulável, e que o funcionário público não é improdutivo, pois, com seu 
salário, ele move a economia através da demanda. Malthus foi o criador do princípio da demanda efetiva que 
influenciará um século depois as ideias de Keynes. 
Essa demanda efetiva é, basicamente, a inversão da lei de Say, onde a demanda é que determina a produção. 
Chegando a crise de 1929, ficou evidente que a economia clássica não conseguia explicar o que estava ocorrendo, 
pois, dado que toda produção cria demanda, como poderia estar havendo uma crise de superprodução? 
Como exposto, toda a Teoria Clássica não conseguia explicar a crise de 29, pois seus postulados de que (i) não existe 
desemprego involuntário e que a (ii) oferta gera uma demanda em igual volume, não eram observados no mundo 
real. 
John Maynard Keynes 
Nesse contexto, Keynes se inspira bastante nas ideias esquecidas de Malthus para tentar resolver a crise, com sua 
obra “A teoria geral do emprego, do juro e da moeda”. 
Na sua teoria, o emprego ou desemprego e determinado pela produção (PIB) Y. 
 → Emprego = (f) Y 
O PIB é determinado pela demanda agregada da economia (demanda efetiva) 
 → Y = (f) demanda agregada 
Portanto, com o aumento da demanda agregada, o PIB aumenta e, por último, o emprego também. 
Isso tudo é sintetizado pela seguinte equação: Y = C + I + G + (X – M) 
Y é o PIB 
C é o consumo 
I é o investimento tanto público quanto privado 
G são os gastos corrente (para manter) o Estado 
X são as exportações 
M são as importações 
 → (X - M)é o balanço comercial 
Na crise de 29, o Estado Americano procurou reduzir a taxa de juros esperando estimular a economia e o 
investimento privado. Entretanto, com o sentimento de medo generalizado, os empresários removeram o dinheiro 
do banco (pois esse estava rendendo pouco justamente por conta dos juros baixos) e praticaram o entesouramento. 
Isso foi chamado por Keynes de Armadilha da liquidez. Portanto a única solução seria aumentar a intervenção 
governamental via incremento de gastos públicos – algo totalmente contrário ao pressuposto clássico de redução 
do Estado, mas aderente à Teoria Malthusiana de que o funcionário público não é improdutivo, pois consome, 
através de seu salário, e ativa a economia. Nessa situação, a intervenção estatal põe dinheiro na mão da população 
por meio de obras públicas em todos os níveis, fazendo com que o povo volte a consumir. 
Intervenções estatais deveriam ser pontuais a fim de consertar a crise e – mais adiante – evitar a crise. O Estado 
interviria na depressão através de políticas fiscais expansionistas e interviria novamente nos picos, a fim de evitar a 
inflação de demanda. 
Keynes, assim como os liberais clássicos, também era contra empresas estatais. Apesar disso, o “Keynesianismo” 
ficou conhecido como um Estado forte e interventor, o famoso Welfeare State (estado do bem estar social), o qual 
adotava altos gastos social saúde, educação e assistência social. 
A partir de 1973, a Europa passa a ter uma crise de desemprego, juros altos e gastos públicos altos. Isso se 
desencadeou pela primeira crise do petróleo, pesando esse estado Keynesiano. A segunda crise do petróleo quebrou 
de vez essa ideia de Estado gastador, com a retomada das ideias liberais clássicas, por meio de escritores como 
Friedrich Hayek. Os governantes mais influentes que voltaram a adotar os princípios liberais clássicos, muitas vezes 
inspirando-se em Hayek, foram Thatcher, no Reino Unido e Reagan, nos Estados Unidos. 
 
Fontes: 
 A teoria das finanças públicas no contexto do capitalismo – Reginaldo Souza Santos 
 Keynes x Hayek: A origem e a herança do maior duelo econômico da história – Nicholas Wapshott 
 Noções de macroeconomia – Luís Marques de Andrade Filho 
Noções básicas sobre inflação 
Inflação é a perda do poder de compra da moeda. 
Isso prejudica os financiamentos em longo prazo as empresas, concentra renda e distorce os preços relativos da 
economia. 
Há três tipos: 
1. Demanda 
Ocorre quando a demanda está muito ativada, fazendo com que os consumidores entrem em um processo crescente 
de consumo, o que, no curto prazo, em função da restrição ao aumento da oferta da economia, implicará em um 
aumento dos preços devido à lei da oferta e da demanda. 
Essa inflação é explicada pelo modelo da Curva de Philips, que demonstra a relação inversa entre inflação e 
desemprego: 
µ*= nairo (taxa média de 
desemprego histórico 
Assim, quando o desemprego atual 
é inferior ao desemprego histórico 
médio (u < u*), significa que a 
demanda será maior que a demanda 
média histórica, reduzindo os 
estoques pelo incremento das 
vendas, levando os empresários a 
aumentarem os preços. Isso é 
demonstrado na parte I do Gráfico. 
Quando o desemprego atual é 
superior ao desemprego histórico 
médio (u > u*), significa que a demanda será menor que a demanda média histórica, aumentando os estoques pela 
redução das vendas, levando os empresários a reduzirem os preços. Isso é demonstrado na parte II do Gráfico. 
2. De custos (ou choque de oferta) 
Ocorre quando um insumo importante no processo produtivo tem sua oferta reduzida de maneira abrupta, fazendo 
com que seu preço se eleve, contaminando toda a cadeia produtiva. Para controlar este processo de aumento de 
preços o governo pode realizar políticas setoriais de controle de preços e também adotar certas formas de restrição 
de consumo, se bem que o incremento de preços – mantendo-se a renda real inalterada – já é o principal agente de 
exclusão de consumo. 
3. De custos 
Ocorre por conta de um elevado e legitimado processo de indexação da economia (é quando se corrige 
automaticamente os preços da economia de hoje em função de uma variável de ontem, de maneira formal e 
informal). Isso faz com que os preços subam, independentemente de uma causa objetiva. 
 
Fonte: 
 Noções de macroeconomia – Luís Marques de Andrade Filho

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