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aula de história 3

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DISCIPLINA: História do Brasil 
Módulo: O sistema colonial no Brasil 
 
 
 
 
 
Nome do Professor : Sílvia Cristina da Silva 
Nome da Disciplina: História do Brasil – Faculdade Campos 
Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. 
Guia de Estudos – Módulo 03 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 ESCRAVIDÃO NA COLÔNIA PORTUGUESA 
2.1 Fundação de São Paulo 
2.2 A febre do ouro 
2.3 Estrutura racial 
2.4 Administração Portuguesa 
2.5 Comércio Português 
2.6 A Igreja Portuguesa 
3 FALHA NA COLONIZAÇÃO DOS HUGUENOTES NO RIO DE JANEIRO 
4 OCUPAÇÃO HOLANDESA 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 03 – O sistema colonial no Brasil 
Conversa Inicial 
 
 
 
 
Este terceiro módulo é voltado para o aprendizado do sistema colonial no 
Brasil. Nosso objetivo é que você aluda ainda mais conhecimentos e possa aplicá-lo 
de forma sistematizada e descomplicada no seu dia a dia. 
Desse modo, percorreremos nosso estudo a respeito da escravidão na colônia 
portuguesa, além da fundação de São Paulo, a febre do ouro e sua estrutura racial. 
Por outro lado, abordaremos questões como a administração portuguesa, o comércio 
português, a igreja portuguesa bem como a falha na colonização dos huguenotes no 
Rio de Janeiro e a ocupação holandesa 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O Rei Manuel o Afortunado não fez nenhum esforço especial para colonizar o 
Brasil. D. João III, antes da possível competição de franceses e holandeses, ordenou 
a colonização sistemática do país no país. Para isso, ele montou uma expedição que, 
sob o comando de Martin Alonso de Sousa, deixou Lisboa em 1530 com quatro navios 
e cerca de quatrocentos homens. AVELLAR (1970) 
Em 1531 foi fundada a primeira cidade do Brasil, São Vicente (atualmente 
Santos), onde foram introduzidos gado, sementes, frutíferas e cereais. O país estava 
dividido em doze capitanias, com trezentos quilômetros de litoral, cada um dos quais 
estava sob a responsabilidade de um donatário, governado pelo rei dos poderes para 
nomear juízes e funcionários, coletar tributos e subjugar os índios para trabalhar na 
terras administradas por ele. AVELLAR (1970) 
A partir dessa experiência, apenas duas capitanias foram consolidadas: a de 
Pernambuco, ao norte, e a de São Vicente, onde a cidade homônima foi fundada, 
muito próxima ao atual Santos, a base da futura penetração portuguesa no interior do 
país. Onde aí deu-se o início da expansão marítima: 
 
Conquanto a primeira vertente respondesse, prioritariamente, aos interesses 
da nobreza, a segunda atendia de forma mais definida os objetivos dos 
comerciantes portugueses. Pode-se ainda apontar uma variante nesta última 
forma de expansão, ou seja, a partir de um determinado momento criou-se a 
necessidade de fomentar a produção de matérias primas nos locais 
conquistados que não possuíssem qualquer tipo de atividade geradora de 
lucros imediatos. A fim de manter a posse das terras e, ao mesmo tempo, 
retirar ganhos das conquistas, a Coroa incentivou a montagem de estruturas 
produtivas nessas regiões, de que foram exemplo as ilhas e o Brasil.” 
(SALGADO, 1985, p. 66). 
 
No entanto, a riqueza do pau brasil foi logo substituída por outra que 
transformaria a estrutura tradicional e feudal da nova colônia portuguesa. Em 1532, 
nas áreas que cercam os fundamentos de Santos e Pernambuco, os portugueses 
 
introduziram cana-de-açúcar, da ilha da Madeira, cujo cultivo se espalhou em pouco 
tempo e substituiu completamente a madeira do Brasil como a primeira fonte de 
riqueza do país. Esta foi uma das primeiras culturas da verdadeira economia 
capitalista. COSTA (1984) 
Além disso, foi feita na maior parte para o consumo europeu e foi baseada em 
mão-de-obra barata graças à introdução de escravos da África que transformariam a 
economia da colônia e da sociedade brasileira, gerando assim uma nova economia 
capitalista no trabalho escravo. COSTA (1984) 
 
 
2 ESCRAVIDÃO NA COLÔNIA PORTUGUESA 
 
 Os portugueses, os primeiros escravos, movimentaram milhões de negros do 
Golfo da Guiné para atender um crescente mercado mundial de açúcar, tornando a 
base de colonização da cidade de Salvador (Bahia de todos os santos), capital para 
1763. ADORNO (2002) 
Os contingentes de escravos transformariam a composição étnica do futuro 
Brasil. A nova riqueza também traria a semente de disputas futuras com outras 
potências europeias, confrontadas no continente por razões aparentemente religiosas 
que, na realidade, dissimulavam questões de hegemonia política. ADORNO (2002) 
 
2.1 Fundação de São Paulo 
 
A missão evangelizadora correspondeu a ordem dos jesuítas que, perto 
Pernambuco, elevou o Colégio de São Pablo, que eventualmente levaria à próspera 
cidade de São Paulo. O governador Português Mendes Sá para comemorar a 
expulsão dos calvinistas franceses da Baía de Guanabara, fundada em março de 
1565, no sopé do Pão de Açúcar nesta baía, a cidade de São Sebastião do Rio de 
 
Janeiro, a capital do sul, deixou a Bahia como a sede da capital do norte. Além disso, 
em Portugal, o rei D. Sebastião morreu sem filhos e oposição pela aristocracia e do 
povo português, Filipe II torna-se rei de Portugal (herdeiro por seu ramo mãe da família 
real Português). Mantém o país e as suas colônias sob o domínio dos austríacos até 
que, em 1640, a Espanha perdeu Portugal para sempre. DIAS (1922) 
Desse modo, conforme Dias, este estágio mostrou-se desastroso para o país 
nascente desde que a Espanha trouxe muitos inimigos para o Brasil, incluindo os 
franceses e holandeses, que assediaram a colônia durante grande parte do século 
XVII. 
 
 
 
 
 
2.2 A febre do ouro 
 
Para a exploração do território, organizaram-se grupos de homens que 
exploraram o interior e os leitos dos rios em busca de ouro. Era sobre os bandeirantes 
(grupos de bandas), que viajavam pelo Mato Grosso e Minas Gerais, onde o ouro 
havia sido encontrado em abundância. A economia brasileira passou de ser 
dependente da madeira brasileira, na primeira metade do século XVI, para a cana-de-
açúcar (em declínio após o desaparecimento do último membro dos Austrias na 
Espanha), que deu lugar à corrida do ouro, até meados do século XVIII, 
aproximadamente. DIAS (1921) 
 
2.3 Estrutura racial 
 
A composição racial do Brasil primitivo era muito complexa porque, desde o 
início, os portugueses se casaram ou se uniram com mulheres indianas. Para a 
Os contingentes de escravos transformariam a composição 
étnica do futuro Brasil. 
 
miscigenação, devemos adicionar o contingente de escravos negros, que chega para 
remediar a falta de armas nas explorações comerciais da colônia. 
Assim, surge no século XVIII um país triádico onde predominam índios, negros 
e mestiços sobre europeus de origem lusitana que se concentraram na costa atlântica, 
em torno da Baía, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. DIAS (1921) 
 
2.4 Administração Portuguesa 
 
De acordo com DIAS (1921): 
 
“Para a administração das novas terras, existia na metrópole lusitana uma 
Casa das Índias, substituída em 1532 pela Mesa da Consciência e Ordems, 
Manuelinas, datado de 1521. No entanto, a união das Coroas de Espanha e 
Portugal na cabeça de Felipe II causou a importação da estrutura 
administrativa espanhola para a colônia brasileira. No início do século XVII, 
um órgão financeiro, o Conselho da Fazenda e o Conselho da Índia, 
substituíram as ordenanças manuelinaspelas Filipinas, menos rigorosas em 
termos de autonomia regional.” 
(DIAS, 1921, p. 34). 
 
Já durante o século XVIII, o país foi dividido em uma série de capitanias gerais 
que obedeciam à suprema autoridade do vice-rei, cuja sede estava no Rio de Janeiro. 
A atividade judicial foi territorialmente dividida em duas grandes audiências, a do Rio 
de Janeiro ao sul e a da Bahia ao norte, embora nas grandes causas fosse possível 
recorrer ao Tribunal Superior de Lisboa. DIAS (1921) 
 
 
 
 
 
 
 
 
A composição racial do Brasil primitivo era muito 
complexa porque, desde o início, os portugueses se 
casaram ou se uniram com mulheres indianas. Para a 
miscigenação, devemos adicionar o contingente de 
escravos negros, que chega para remediar a falta de 
armas nas explorações comerciais da colônia. 
 
 
2.5 Comércio Português 
 
Do ponto de vista comercial, a exploração do território começou no século XVII 
através de duas grandes empresas, a Companhia Comercial do Brasil e a Companhia 
Maranhão, ambas monopolistas, abolidas nos alvoreceres do século XVIII. AVELLAR 
(1970) 
 
2.6 A Igreja Portuguesa 
 
A Igreja foi favorecida pela criação em 1676 do Arcebispado do Brasil, cujo 
primeiro assento foi estabelecido na Bahia. Os sacerdotes desempenharam um papel 
importante na divulgação da cultura, especialmente dos jesuítas, que converteram os 
nativos e, ao mesmo tempo, ensinaram-lhes a linguagem lusitana e os integraram à 
cultura europeia. NOVAES (1978) 
 
 
3 FALHA NA COLONIZAÇÃO DOS HUGUENOTES NO RIO DE 
JANEIRO 
 
 O episódio mais destacado das novas aventuras francesas no Brasil ocorreu 
pouco depois da chegada de Duarte da Costa, de acordo com o governador-geral, à 
capitania da Bahia, em julho de 1553. A nova administração teve que enfrentar vários 
problemas, desde a resistência dos colonos e do clero a muitos de sua arbitrariedade, 
até mesmo os constantes ataques indígenas. Mas nenhum desses eventos foi tão 
grave quanto a tentativa francesa de conquistar o Rio de Janeiro, que colocou em 
cheque toda a colônia portuguesa do novo mundo. SCHWARTZ (1979) 
A história dessa expedição francesa começou quando um cavalheiro da Bretanha 
(França), Grande Mestre da Ordem de Malta, Nicolás Durand de Villegaignon, obteve 
 
do monarca Enrique II a aprovação para realizar uma empresa de colonização ousada 
no Brasil. Villegaignon contou com o apoio entusiasmado da figura principal da 
reforma religiosa na França: o admirador Gaspar de Coligny acariciou o projeto de 
colônias fundadoras no novo mundo, para escapar das lutas religiosas sem perder 
sua nacionalidade. SCHWARTZ (1979) 
 
 
 
 
 
 
Naturalmente, a missão não foi concebida apenas em termos teológicos, pois, 
em primeiro lugar, foram concebidos os seus aspectos mercantis, que asseguraram o 
financiamento, sem a menor objeção, dos principais armadores e comerciantes da 
Normandia e da Bretanha. O esquadrão comandado por Villegaignon, composto por 
3 navios e cerca de 600 homens, chegou à baía de Guanabara - o único porto costeiro 
importante na parte oriental do Brasil não habitado permanentemente pelos 
portugueses em 10 de novembro de 1556. SCHWARTZ (1979) 
Em algumas das ilhas da baía que os franceses forçaram os índios a trabalhar 
na construção de dois fortes - um dos quais chamaram Coligny, em homenagem ao 
padrinho da colônia -, destinado a proteger o assentamento dos esperados ataques 
portugueses. Mas a política tola praticada por Villegaignon logo trouxe grandes 
dificuldades para a vida da incipiente população francesa. O desprezo excessivo dos 
nativos despertou a ira dos Tupinambás, provocando ataques constantes dos 
aborígenes guerreiros; e a súbita intolerância religiosa de Villegaignon levantou a 
hostilidade de um grupo de expedicionários franceses, que se separaram para formar 
na costa uma "norma livre" de colônia. SCHWARTZ (1979) 
A situação forçada piorou com a chegada à França Antártica - nome dado à 
cidade huguenote do Rio de Janeiro - de cerca de 300 calvinistas enviados de 
O episódio mais destacado das novas aventuras 
francesas no Brasil ocorreu pouco depois da chegada de 
Duarte da Costa, de acordo com o governador-geral, à 
capitania da Bahia, em julho de 1553 
 
Genebra por Coligny, à frente de onde veio um sobrinho de Villegaignon: Bois le 
Conte. A chegada de um grupo tão grande de protestantes não resolveu os problemas 
da colônia, mas, pelo contrário, afiou os conflitos religiosos ferozes. SCHWARTZ 
(1979) 
De acordo com SCHWARTZ (1979): 
 
“No final, os huguenotes voltaram para a Europa, ao mesmo tempo em que 
ocorreu a retirada de Villegaignon. Apesar desses constrangimentos iniciais, 
na colônia continuaram alguns traficantes, liderados por Bois le Conte, que 
fariam progresso na França da Antártida, depois de estabelecer boas 
relações com os índios para transformá-los em uma rica fábrica localizada 
nesse ponto estratégico da América do Sul.” 
(SCHWARTZ, 1979, p. 37) 
 
 
Já em 1557, a Coroa portuguesa decidiu cortar os cantos quanto à presença 
de contrabandistas em seus domínios americanos. Para esse fim, Duarte da Costa foi 
substituído por outro funcionário real: Joao Mem de Sá. O novo governador geral 
apareceu na Bahia em janeiro de 1558 e, sem demora, iniciou preparativos militares 
para expulsar os traficantes franceses do Rio de Janeiro. Após essa fase preliminar, 
Mem de Sá lançou uma poderosa ofensiva contra o enclave francês em março de 
1560. SCHWARTZ (1979) 
 
 
 
 
 
 
 
Como resultado da luta, as fortalezas erguidas por Villegaignon na Baía de 
Guanabara foram destruídas e seus defensores foram forçados a fugir para as 
florestas densas da costa. Inexplicavelmente, Mem de Sá estava satisfeito com a 
O esquadrão comandado por Villegaignon, composto por 
3 navios e cerca de 600 homens, chegou à baía de 
Guanabara - o único porto costeiro importante na parte 
oriental do Brasil não habitado permanentemente pelos 
portugueses em 10 de novembro de 1556. 
 
vitória alcançada e, sem deixar nenhuma guarnição ao cuidado daquela importante 
estrada, ele se aposentou com suas forças para a capital na Bahia. Tal 
despreocupação foi aproveitada pelos franceses incansáveis, que em pouco tempo 
voltou a construir uma nova fábrica no Rio de Janeiro, que eles chamaram Urucunirim. 
SALGADO (1985) 
 Para ele: 
 
“Com o objetivo de liquidar para sempre os estrangeiros colonos traquinas da 
Força Antártida, Mem de Sá enviado do Bahia um destacamento poderoso 
comandado por um de seus sobrinhos: Estácio de Sá. As tropas portuguesas 
apareceu no Rio de Janeiro no início de 1565, onde, depois de voltar para 
expulsar os franceses do entorno, que fundou a cidade de São Sebastião -
em honra da criança monarca lusitano- praia Vermelha, mesmo na saia 
Monte Pão de Açúcar.” 
(SALGADO, 1985, p.67) 
 
 
Por outro lado, ele destaca que a batalha decisiva ocorreu em janeiro de 1567, 
quando chegou em São Sebastião outro contingente militar liderado pelo governador 
Pêra, que, em grandes perdas entre eles o Estácio de Sá de, conseguiu a expulsão 
dos colonos e traficantes deixada por Villegaignon. 
Ainda por um tempo alguns contrabandistas conseguiram sustentar em certas 
áreas da costa leste do Brasil -Cabo Frio (Rio de Janeiro) e Rio Real (Sergipe) -, onde 
também foram expulsos pelos Português em 1576. Desde então, apenas foi a costa 
norte, entre o Cabo de São Roque e as Guianas, como a única costa mais ou menos 
livre, onde o francês poderia impunemente realizar suas atividades comerciais ilegais. 
SALGADO (1985) 
 Após um triunfo tão significativo, Mem de Sá solicitou o seu substituição à 
Coroa,foi nomeado, para substituí-lo no cargo de governador-geral, o nobre 
português Luís Fernández de Vasconcelos. A marinha que transportou o ilustre oficial 
colonial para o novo mundo teve que enfrentar várias dificuldades que arruinaram sua 
missão. Uma violenta tempestade dispersou os navios em múltiplas direções, e 
afundou a maior parte da frota, enquanto o resto, incluindo o navio em que viajava o 
 
novo Governador Pêra onde sucumbiu a um ataque surpresa por corsários franceses 
Jacques de Heridas e Jean Capdeville. SALGADO (1985) 
Vale destacar que desapareceu Fernández de Vasconcelos e sua comitiva, e 
Mem De Sá não teve escolha senão permanecer no Brasil como governador, cargo 
que ocupou na morte em 2 de março de 1572. Foi em casa que a Coroa decidiu a 
divisão de sua colônia americana. É possível que essa determinação tenha 
influenciado o marcado crescimento econômico do Nordeste, o que talvez aconselhe 
o aumento do controle fiscal sobre Pernambuco através do estabelecimento de uma 
administração mais direta. De qualquer modo, a verdade é que, em 1573, dois 
governos separados foram formados no território brasileiro. SALGADO (1985) 
Por sua vez, LAPA (1994) aduz que o norte possuía jurisdição sobre todas as 
capitanias do norte, de Ilhéus para Itamaracá, onde tinha sua capital na Bahia, e 
incluiu a região de açúcar nascente de Pernambuco. Por outro lado, o sul incluiu os 
donatários de Porto Seguro, São Vicente, Santo Amaro, Rio de Janeiro e Espírito 
Santo, com sede oficial em São Sebastião, na Baía de Guanabara. Como 
governadores gerais foram nomeados Luiz de Brito de Almeida, para o norte, e 
Antônio de Salema no sul. 
Aparentemente, o breve experimento das duas administrações não relatou os 
resultados desejados à Coroa, porque em 1578 o governo colonial se reuniu na Bahia 
quando Lourenço da Veiga foi nomeado como o novo governador peral. LAPA (1994) 
 
 
4 OCUPAÇÃO HOLANDESA 
 
 A história da dominação holandesa nos ricos territórios brasileiros da Bahia e 
Pernambuco começou, até certo ponto, quando os portugueses foram deslocados de 
muitas de suas posses na Ásia e na África, seguindo a união das Coroas de Espanha 
e Portugal. Vale destacar que o sistema colonial teve seu início em: 
 
 
“As colônias devem: primeiro dar a metrópole um maior mercado para seus 
produtos; segundo, dar ocupação a um maior número dos seus (da 
metrópole) manufatureiros, artesãos e marinheiros; terceiro, fornecer-lhe uma 
maior quantidade dos artigos que precisa 
(LAPA, 1994, p. 22 apud NOVAES, 1979). 
 
Essas mudanças foram involuntariamente propiciadas por Felipe II em 1594, 
ao declarar o fechamento dos portos ibéricos aos holandeses, que impeliram os 
retalhistas dos Países Baixos a ir sem intermediários às fontes de seu anterior 
comércio com os portugueses. Os lucros derivados desta atividade para a Companhia 
das Índias Ocidentais - fundada em 1602 - induziram os holandeses a criar uma 
associação semelhante para atender os negócios do novo mundo. ROSTY (2002) 
Para esse fim, em 1 de junho de 1621, a Companhia das Índias Ocidentais foi 
criada em Amsterdã, com capital contribuído por banqueiros, comerciantes e 
armadores calvinistas e judeus. A empresa foi concebida nas mesmas linhas que o 
antecessor oriental, desfrutando de um monopólio que lhe conferiu o direito exclusivo 
de comércio ao longo da costa oeste da África e em toda a costa americana. Deve-se 
acrescentar que a empresa das Índias Ocidentais era uma empresa privada, operando 
fora do Estado, sob a administração do seu próprio Conselho Geral. ROSTY (2002) 
A existência desta associação mercantil deu novo vigor às aventuras 
holandesas deste lado do globo, especialmente depois que a guerra (1621-1640) 
entre os reinos da Península Ibérica e os Países Baixos retomou. Para ele, a 
conjuntura favoreceu o cumprimento dos objetivos fundamentais para os quais se 
formou a Companhia das Índias Ocidentais: adequar o tráfico lucrativo de madeiras 
moribundas e açúcar e contribuir com a guerra ao enfraquecimento da Espanha e de 
Portugal era um objetivo. 
 
 
 
A história da dominação holandesa nos ricos territórios 
brasileiros da Bahia e Pernambuco começou, até certo 
ponto, quando os portugueses foram deslocados de 
muitas de suas posses. 
 
 
 O primeiro ataque importante dos holandeses aos domínios ibéricos na 
América ocorreu em 9 de maio de 1624, quando uma grande frota de guerra foi 
implantada na Bahia - 23 grandes embarcações, 500 peças de artilharia e mais de 
3.000 homens, entre soldados e marinheiros - sob o comando de Jacob Willekens, 
Pieter Heyn e Hans Van Dorth. A entrada para a aldeia de El Salvador foi alcançada 
com relativa facilidade. O governador Diego de Mendoza Furtado foi feito prisioneiro 
e enviado para a Holanda, enquanto a maior parte da população se recusava a se 
submeter aos invasores e rejeitaram os convites conciliatórios do chefe holandês Van 
Dorth. Muitos colonos fugiram do interior em desordem, buscando refúgio nas fábricas 
de açúcar e nas aldeias indígenas próximas. ROSTY (2002) 
Eventualmente, para Rosty eles se reuniram sob a direção do bispo Marcos 
Teixeira, organizando a resistência na guerrilha que, mesmo que nunca conseguiram 
a expulsão dos holandeses por si só, pelo menos eles conseguiram restringir a área 
nas mãos dos invasores e causar a morte de seus próprios Governador holandês Van 
Dorth. Enquanto isso, o governo de Madri não se sentou ociosamente. Ele preparou 
e enviou a este hemisfério um impressionante contingente militar, composto por 27 
navios e cerca de 4.000 portugueses, sob o comando de Manuel de Meneses, 
juntamente com 40 navios e 8 mil soldados espanhóis liderados por Fradique de 
Toledo Osorio. 
A chegada à Bahia de uma tão poderosa frota ibérica, em 29 de março de 1625, 
representou para os assediadores uma ajuda vital, que forçou os holandeses a render-
se, após quase um mês de luta. Reconquistado o lugar, Matías de algum crédito que 
foi nomeado governador provisório, até um ano depois, essa posição elevada caiu 
para Diego Luis de Oliveira, conde de Miranda, que o manteve de 1626 a 1635. 
ROSTY (2002) 
 
 
 
A chegada à Bahia de uma tão poderosa frota ibérica, em 
29 de março de 1625, representou para os assediadores 
uma ajuda vital, que forçou os holandeses a render-se, 
após quase um mês de luta. 
 
 
Apesar do colapso da Bahia, a West Indies Company não perdeu o coração, 
continuando com seus planos para adquirir uma colônia no Brasil. Assim, várias 
tentativas foram feitas para conquistar a Paraíba (1 625), Ceará (1626) e Pará (1629), 
com piores resultados do que os obtidos na aventura da Bahia. O único sucesso dos 
Países Baixos, antes de empreender a ocupação de Pernambuco, ocorreu por 
ocasião de um segundo ataque, em vez punitiva, para a cidade de Salvador, por Pieter 
Heyn feita em 1627. ROSTY (2002) 
Outro foi o resultado da projetos da empresa Índias Ocidentais em relação a 
Pernambuco, o principal centro açucareiro do Brasil. Em 12 de fevereiro de 1630, uma 
grande marinha holandesa, desta vez composta por 70 navios e mais de 7.000 
homens, comandada por Endrik Lonck, apareceu nas margens de Pernambuco, em 
frente a Olinda e Recife. A oposição portuguesa foi liderada por Matías de 
Albuquerque, que, apesar de sua tenacidade, não poderia impedir que ambos os 
lugares no noroeste caíssem nas mãos dos invasores. ROSTY (2002) 
Mas a luta não acabou por lá. A poucos quilômetros das cidades holandesas, 
a resistência foi organizada, reunindo os proprietários dos moinhos e seus escravos, 
bem como as tribos indígenas circundantes. Ele destaca que: 
 
“Em 4 de março de 1630, no Arraial delBom Jesus, a uma curta distância de 
Olinda e Recife, o Os colonos fortificaram um tipo de sede. O concurso durou 
dois longos anos, durante os quais houve ferozes batalhas terrestres e uma 
grande batalha naval em 12 de setembro de 1631, ações que serviram para 
parar por um tempo o avanço holandês na Paraíba, Natal e Rio Grande do 
Norte. No entanto, era impossível para os proprietários dos moinhos de 
açúcar prolongar a cadeira direita da guerrilha sem atender às suas 
plantações, enquanto a Espanha manteve uma atitude passiva e os 
holandeses, por sua vez, receberam recursos e reforços constantes do 
exterior.” 
(ROSTY, 2002, p. 166) 
 
Nessa situação, muitos senhores de engenho desencorajaram e começaram a 
fazer transações, mais ou menos seguras, com os invasores. Um caso sintomático de 
desmoralização foi a traição de Domingos Calabar, que, ao passar ao campo inimigo, 
foi um auxiliar inestimável para os holandeses se casarem com os defensores de 
 
Pernambuco. Enfadados pelo lado português, os invasores construíram o forte de 
Orange, perto da ilha de Itamaracá, e progrediram sucessivamente sobre o Rio 
Formoso, Itamaracá, Porto Calvo (Alagoas), Rio Grande do Norte, Paraíba e o Portal 
do Forte de Nazaré. ROSTY (2002) 
Desse modo, mesmo com o acompanhamento de Bom Jesus, ele caiu em 3 de 
julho de 1635. Quando Matías de Alburquerque entendeu que não podia continuar a 
luta, porque uma parte dos proprietários de usinas preferia concordar com o inimigo 
em vez de continuar afetando seus interesses pessoais, anunciou que Pernambuco 
se retiraria para o sul, fazendo um apelo para todos os que estavam dispostos a 
sacrificar para segui-lo, a fim de manter a fidelidade à pátria e à religião. ROSTY 
(2002) 
 
 
 
 
 
 
 
Uma multidão heterogênea, estimada em vários milhares de pessoas, entre as 
quais alguns proprietários de moinhos com suas doações, colonos e índios, levando 
consigo seus animais domésticos e certos bens, empreendeu um êxodo 
impressionante que os levaria às margens do Rio São Francisco, onde nessa zona, a 
guerra logo adquiriu um caráter popular marcado, liderado pelo negro Henrique Dias, 
juntamente com o cacique indígena Poti e o ex-governador português Matías de 
Albuquerque. ROSTY (2002) 
Após essa retirada dramática, os holandeses o comprometeram na tarefa de 
consolidar suas posições em Nova Holanda, que já incluía áreas de quatro velhas 
capitanias portuguesas: o Rio Grande do Norte. Paraíba, Itamaracá e Pernambuco, 
Apesar do colapso da Bahia, a West Indies Company não 
perdeu o coração, continuando com seus planos para 
adquirir uma colônia no Brasil. Assim, várias tentativas 
foram feitas para conquistar a Paraíba (1 625), Ceará 
(1626) e Pará (1629), com piores resultados do que os 
obtidos na aventura da Bahia. 
 
guarnecidos no norte pela força de Natal e ao sul pelo forte de Porto Calvo. ROSTY 
(2002) 
Desse modo, o primeiro governador oficial da colônia holandesa no Brasil foi o 
príncipe da Casa de Orange Johan Maurits, conde de Nassau-Siegen, que chegou a 
Recife em 23 de janeiro 1637. Durante seu mandato, a cidade de Recife cresceu 
consideravelmente, movendo a Olinda destruídas, uma vítima da guerra entre 
Holandês e Português. Mesmo as ruínas de edifícios e conventos de Olinda deixou 
os materiais de construção que permitiu a expansão da Mauricia (Recife). ROSTY 
(2002) 
A presença em solo brasileiro do príncipe de Orange revigorou a ocupação 
holandesa de Pernambuco. Ele logo se expandiu na área efetivamente ocupada pelos 
invasores, particularmente com a aquisição de Ceará e Sergipe, que subiu para sete 
capitanias conquistas, apesar de sua importância, não se pode terminar a nova 
derrota holandesa contra as forças mobilizadas pelo governador Geral do Brasil Pedro 
da Sylva (1635-1639). 
Desse modo, conclui-se que Pernambuco novamente ocupava um lugar 
privilegiado na produção de açúcar, graças a uma política flexível com os proprietários 
de usinas de açúcar, ao qual a Companhia das Índias Ocidentais concedia 
empréstimos e instalações comerciais. Completando o renascimento do negócio de 
açúcar, os holandeses conquistaram as possessões portuguesas na África Guiné 
(1638) e Angola (1641), e havia escravos que imperiosamente exigidas plantações 
brasileiras. ROSTY (2002) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como pudemos perceber, neste presente estudo, destacamos a origem 
europeia e africana bem como holandesa na colonização do Brasil. Além disso, 
narramos os fatos importantes em seu aspecto político; no aspecto econômico; no 
aspecto religioso; no aspecto social, no aspecto cultural. 
Destaca-se que a colonização portuguesa do Brasil começou em 1500, quando 
Pedro Alvares Cabral chegou a esta região e proclamou a soberania portuguesa. Em 
1534, o território foi dividido em 15 capitanias hereditárias. No entanto, o projeto falhou 
e, em 1549, a coroa portuguesa assumiu a colonização do Brasil com uma empresa 
estatal. 
Para este fim, foi nomeado um governador geral, que estabeleceu sua capital 
na Bahía. Após várias mudanças, em 1773 as colônias portuguesas foram unificadas 
sob o controle do vice-reinado do Brasil, cuja capital era o Rio de Janeiro. 
Desse modo, vimos que as autoridades do estado brasileiro de Pernambuco e 
assumem sobre a descoberta do Brasil. 
Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante 
por conhecimento e informação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Tradução: Júlia Elisabeth Levy. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. 
 
AVELLAR, Hélio de Alcântara. História administrativa e econômica do Brasil. Rio 
de Janeiro: FENAME, 1970. 
 
COSTA, J.P. (1984). Pau Brasil: um pouco da sua história Pau Brasil. In: Pau Brasil 
n.º 1, Ano I, 15-22p. 
 
DIAS, Carlos Malheiro (Coord.). História da Colonização Portuguesa do Brasil (t. 
I). Porto: Litografia Nacional, 1922, p. 34. 
 
LAPA, José Roberto do Amaral. O Sistema Colonial. São Paulo: Editora Ática, Série 
Princípios, 1994, p. 22. 
 
NOVAES, Fernando A. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. In: MOTA, 
Carlos Guilherme (org.). Brasil em perspectiva. Rio de Janeiro: DIFEL, 1978. 
 
RIBEIRO, Cláudio Oliveira. Brasil, África, Portugal: da política externa 
independente à CPLP. In Leviathan – Cadernos de Pesquisa Política – N.1, P. 99-
117, DCP –USP, 2004. 
 
ROSTY, Claudio Skora. As Invasões Holandesas (Insurreição Pernambucana): A 
Batalha do Monte das Tabocas, o Inicio do Fim. Recife: 2002. 166p. il. 
 
SALGADO, Graça (Coord). Fiscais e meirinhos: a administração no Brasil 
Colônia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 66-68. 
 
SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e Sociedade no Brasil Colonial. São Paulo: 
Perspectiva, 1979, p. 37-40. 
 
 
PERGUNTA: 
 
 Uma (1) pergunta para o Fórum. 
Fale a respeito da ocupação holandesa. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
 
2 LEITURAS COMPLEMENTARES: 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612006000300005 
 
http://www.scielo.br/pdf/vh/v30n53/10.pdf 
 
 
SUGESTÃO DE VÍDEO: 
 
Vídeo para complementar os conhecimentos: 
 
http://www2.iict.pt/?idc=22&idi=12755

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