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Unidade I
DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Profa. Danielle Denny
Conceito de meio ambiente
 Meio ambiente é tudo que circunda os seres humanos.
Trata-se de um conceito amplo que ultrapassa o simples 
cuidado com plantas e animais. 
Subdivisões
 Meio ambiente natural: solo, água,
ar atmosférico, flora e fauna.
 Meio ambiente artificial: espaço urbano.
 Meio ambiente do trabalho: local das atividades laborais.
 Meio ambiente cultural: patrimônio histórico, artístico, 
arqueológico, paisagístico, turístico de um povo. 
Degradação ambiental
 Toda atividade humana gera degradação.
Para viver, o ser humano tem de consumir
recursos naturais e impactar a natureza.
 Degradação = alteração adversa.
 Poluição = degradação ambiental
causada por atividade humana.
 Antes da Revolução Industrial, o potencial do ser humano
de impactar a natureza era pequeno e os bens ambientais
poderiam ser consumidos à vontade, pois os ciclos ecológicos
davam conta de os recompor. Assim, recursos eram tidos
como ilimitados e a natureza precisava ser sobrepujada
para garantir a sobrevivência humana.
Revolução Industrial
A partir do século XIX
 Produção em massa; aumenta a escala de
uso de recursos e de descarte de resíduos.
 Maximização dos lucros; crescimento econômico
desordenado sem preocupação com o meio ambiente.
 A urbanização e o confinamento nos espaços pequenos
das minas de carvão e das fábricas evidenciam a 
deteriorização da qualidade ambiental e a limitação
de seus recursos, que se mostram finitos. 
 A falta de comprometimento com a preservação ambiental 
acarreta graves consequências para o futuro da raça humana 
e impacta o próprio modelo de negócio.
Dano ambiental
 Dano ambiental é a lesão a um bem ambiental. 
 Decorre de degradação da qualidade
ambiental acima do limite do tolerável.
 Toda atividade humana gera degradação, mas
a sociedade, por meio de sua Administração
Pública, determina os limites do tolerável.
 A poluição poderá ser lícita ou ilícita. Se autorizada
em licenciamento, por exemplo, será lícita.
 Quando ultrapassar os limites, haverá dano
ambiental, que será objeto de responsabilidade.
Desenvolvimento econômico mundial 
 Critério quantitativo e qualitativo.
 Processo de crescimento decorrente da acumulação
de capital, da agregação de conhecimento e tecnologia,
que resulta na melhoria do padrão de vida do povo de
um determinado estado. 
 Não basta apenas o crescimento econômico.
 Precisa haver aumento na qualidade de vida da população, 
redução das desigualdades e da pobreza, melhores condições
de trabalho e de salário, acesso à moradia e a serviços sociais.
 Todos os países têm direito a usar seus recursos
naturais para atingir o desenvolvimento. 
Globalização
 Processo de superação das fronteiras nacionais
no desenvolvimento do comércio, interdependência
mundial da economia e da comunicação, formação
de uma sociedade única, porém desigual.
 Preservacionistas x conservacionistas.
 Países desenvolvidos x países em desenvolvimento.
 Teoria do Desenvolvimento da CEPAL – Comissão
Econômica para a América Latina e Caribe =
modernização e industrialização da economia.
 Teoria da Dependência = diferença entre países
“centrais” e países “periféricos” e na manifestação
do meio técnico científico informacional e dos fluxos.
Sociedade de risco
 Globalização: evolução do modelo econômico
iniciado com a Revolução Industrial. 
 Aumenta a força produtiva – crescimento das
potencialidades do homem – para o bem e para o
mal – crescimento econômico sem responsabilidade 
socioambiental – risco de levar a humanidade a uma
situação perigosa.
 Velocidade das descobertas que aumentam a produção
e reduzem os custos – não são acompanhadas pelo 
conhecimento científico necessário para neutralizar
seus efeitos na natureza. Muitas vezes, nem mesmo
são conhecidos esses efeitos.
 Teoria do risco criado: atividades empresariais são
perigosas – risco para a sociedade como um todo. 
Gestão ambiental 
 Risco decorre de atividade antrópica: pode ser controlado por 
medidas restritivas e por mecanismos de gestão de risco. 
 Poder público: fixação de limites e exame das técnicas
e métodos utilizados nas atividades humanas que ensejem 
risco para a saúde humana e o meio ambiente.
 Iniciativa privada: deve adotar medidas para mitigar riscos e 
evitá-los, por meio de um sistema de gestão ambiental ativo e 
eficaz, adotando uma postura sustentável.
Desastres ambientais antrópicos
Desastres provocados pela atividade humana. Alguns exemplos:
 1976 – Seveso, Itália: tanques de armazenagem em uma
indústria de fertilizantes romperam, liberando produtos 
químicos na atmosfera. As autoridades e a população só
foram avisadas depois de uma semana do ocorrido; animais
já estavam morrendo e pessoas começavam a apresentar 
erupções cutâneas.
 1978 – Almoco Cadiz, França: navio petroleiro Amoco
Cadiz se partiu e afundou, causando vazamento de óleo cru
no mar. Quatro meses após o acidente, o óleo ainda chegava
à costa francesa.
 1984 – Bhopal, Índia: vazamento de gases tóxicos em fábrica 
de pesticidas – pior desastre industrial ocorrido até hoje.
Desastres ambientais antrópicos
 1986 – Chernobyl, Ucrânia: acidente nuclear de nível 7 
(classificação máxima) reator de usina nuclear liberou 
partículas radioativas em níveis quatrocentas vezes maiores 
que a bomba atômica de Hiroshima. O governo soviético 
(Mikhail Gorbachev) escondeu o ocorrido até que a radiação 
em altos níveis foi detectada em outros países. 
 1986 – Sandoz, Basileia, Suíça: água usada para debelar 
incêndio em fábrica de inseticidas carreou para o Reno 
produtos químicos que fizeram com que o rio se tornasse 
ecologicamente morto.
 1986 – Césio 137, Goiânia, Brasil: descarte inadequado de 
aparelho usado em radiografias fez com que a população 
tivesse contato com material radioativo. 
Desastres ambientais antrópicos
 1989 – Exxon Valdez, Alasca: petroleiro encalha e lança 
petróleo ao mar, causando maré negra por meses.
 2002 – Prestige, Espanha: tempestade afunda petroleiro
e causa vazamento de óleo que atinge vários países.
 2010 – BP, Golfo do México: explosão em plataforma
da British Petroleum matou 11 pessoas e rompeu tubulações
no fundo do oceano, gerando vazamento por 3 meses.
 2010 – Ajka, Hungria: derrame de resíduos tóxicos em fábrica
de alumínio causou “barro vermelho” entre 1 e 2 m de altura; 
lodo continha chumbo e outros elementos corrosivos.
Desastres ambientais antrópicos
 2011 – Chevron, Brasil: vazamento de óleo na Bacia de 
Campos, RJ, em razão da abertura de fissuras durante
atividades de perfuração.
 2011 – Fukoshima, Japão: tsunami atingiu usina nuclear 
causando vazamento de material radioativo, o segundo
(depois de Chernobil) a chegar ao nível 7 na Escala 
Internacional de Acidentes Nucleares.
 Outros: Cubatão, SP (lixo industrial), Resende, RJ
(chorume), Muriaé e Miraí, MG (lama tóxica).
Interatividade
Não constitui espécie de meio ambiente:
a) meio ambiente natural.
b) meio ambiente artificial.
c) meio ambiente do trabalho.
d) meio ambiente educacional.
e) meio ambiente cultural.
Conferência de Estocolmo de 1972
 A ONU organiza a primeira Conferência Mundial
sobre o Homem e o Meio Ambiente – Suécia (1972).
 Polarização entre duas posições contraditórias
– países desenvolvidos defendiam o preservacionismo
(desenvolvimento zero), e países em desenvolvimento 
defendiam seu direito ao desenvolvimento a qualquer custo.
 Proposta conciliatória = ecodesenvolvimento
(embrião do desenvolvimento sustentável).
 Declaração de Estocolmo princípio 11:
“As políticasambientais de todos os países deveriam melhorar 
e não afetar adversamente o potencial desenvolvimentista atual 
e futuro dos países em desenvolvimento, nem obstar o 
atendimento de melhores condições de vida para todos.”
Relatório Brundtland 
 Para comemorar os 10 anos da ECO,
a ONU retoma a questão ambiental. 
 Gro Harlem Brundtland, então primeira-ministra da Noruega. 
 Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
– elaborar estudos sobre a ligação entre desenvolvimento
e meio ambiente.
 Relatório, publicado em 1987 – “Nosso
futuro comum” (Our Commom Future).
 Cria o termo desenvolvimento sustentável: satisfaz as 
necessidades da geração presente sem comprometer a 
capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas 
próprias necessidades.
Conferência do Rio – ECO-92 
 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento, mais conhecida como ECO-92.
 Presença maciça de chefes de estado e participação 
expressiva de ONGs (espírito do Rio).
Legado:
 Agenda 21; 
 Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; 
 Declaração de Princípios sobre Florestas; 
 Convenções sobre Biodiversidade, sobre
Mudança Climática e sobre Desertificação.
Agenda 21 
 Plano de ação para o desenvolvimento sustentável.
 Áreas desse programa dinâmico são descritas em
termos de bases para a ação, objetivos, atividades
e meios de implementação.
 Busca uma associação mundial dos diversos
atores em prol do desenvolvimento sustentável.
 No Brasil, a Agenda 21 foi adaptada pela Comissão de 
Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) em 2002, 
como um instrumento de planejamento participativo para
o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma 
vasta consulta à população brasileira.
Protocolo de Kyoto – 1997 
 Firmado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas 
sobre a Mudança do Clima – entrou em vigor em 2005.
 O objetivo era estabilizar a concentração de gases de efeito 
estufa (GEEs) na atmosfera terrestre, evitando interferências 
antropogênicas perigosas no sistema climático.
Metas de redução
 Países desenvolvidos (constantes do anexo I do
protocolo) comprometem-se a reduzir as emissões
de gases do efeito estufa em 5,2%, em média, em
relação às suas emissões de 1990. 
 Países em desenvolvimentos (incluindo o Brasil)
não têm essa obrigação, mas devem ajudar na
redução da emissão dos gases
Protocolo de Kyoto 
Mecanismos de flexibilidade para que os países
atinginjam as metas fora de seu território:
 Implementação Conjunta (Joint Implemention); 
 Comércio de Emissões (Emission Trading);
 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL
(Clean Development Mechanism), permite
negociação com países de fora do Anexo I.
Protocolo de Kyoto 
Créditos de Carbono 
 Certificado de que pessoa física ou jurídica reduziu a sua 
emissão de gases de efeito estufa abaixo da sua cota. 
 Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 e pode ser 
negociado no mercado mundial – empresas ou países que
não conseguirem alcançar a sua meta de redução podem 
comprar esses créditos. 
 Instrumento financeiro para incentivar as pessoas
a reduzirem sua emissão e ainda lucrarem com isso. 
Conferência de Johannesburgo – 2002 
 Fórum Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10). 
 Declaração sobre Desenvolvimento Sustentável reafirma 
compromissos da Rio 92, como no item 19:
“Reafirmamos nossa promessa de aplicar foco especial e dar 
atenção prioritária à luta contra as condições mundiais que 
apresentam severas ameaças ao desenvolvimento sustentável 
de nosso povo. Entre essas condições estão: fome crônica; 
desnutrição; ocupações estrangeiras; conflitos armados; 
problemas com drogas ilícitas; crime organizado; corrupção; 
desastres naturais; tráfico de armamentos; tráfico humano; 
terrorismo; intolerância e incitamento ao ódio racial, étnico e 
religioso, entre outros; xenofobia; e doenças endêmicas, 
transmissíveis e crônicas, em particular HIV/AIDS, malária
e tuberculose.”
Plataforma Durban 
 Segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto.
 Conferência das Partes da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima –
COP 17 – África do Sul – 2011.
 Objetivo: estabelecer novo acordo sobre a emissão
dos gases de efeito estufa e dar continuidade do processo
climático da ONU.
 Prorroga-se Kyoto até 2020 e cria-se o compromisso
de, até a COP de 2015, criar outro instrumento com
força legal aplicável a todas as partes sob a convenção.
RIO + 20 
 Contexto pós crise econômica: impossibilidade
de se avançar com regras impositivas. 
 Os compromissos assumidos pelos Estados foram abstratos, 
nem um pouco quantificáveis, reportáveis e verificáveis. 
 Mas em termos de soft law e de compromissos
voluntários, a conferência foi um sucesso: 692 acordos para
o desenvolvimento sustentável registrados por empresas e 
grupos da sociedade civil. Estima-se que mais de US$ 513 
bilhões foram mobilizados com essas tratativas sobre energia, 
transportes, economia verde, redução de desastres, 
desertificação, água, florestas e agricultura.
 Novos atores (empresas, governos municipais).
 Busca por mecanismos de “solucionática”.
COP 18 – Doha / Quatar – 2012
 Confirmada a prorrogação da validade
do protocolo de Kyoto até 2020.
 Mas Rússia, Japão, Canadá e Nova Zelândia denunciaram
o protocolo e assim não participam mais do programa
global de redução de poluentes da ONU. 
 Os Estados Unidos já estavam de fora, então os países
que participam do Protocolo de Kyoto, que antes de Doha 
representavam 55% das emissões, passam a responder por
pouco mais de 15% da emissão total de poluentes no mundo.
Agências da ONU com atuação ambiental
 Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS): examinar
a implementação da Agenda 21 nos níveis nacional, regional
e internacional, guiada explicitamente pelos princípios da 
Declaração do Rio de Janeiro.
 PNUMA (ou UNEP) – Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente – sede em Nairobi: principal órgão com 
mandato sobre questões ambientais na esfera internacional.
 Conselho Consultivo de Alto Nível sobre Desenvolvimento
Sustentável: auxilia na formulação de propostas de políticas
da Comissão de Desenvolvimento Sustentável e do Conselho
Econômico e Social da ONU (ECOSOC).
Agências da ONU com atuação ambiental
 FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura – sede em Roma: principal objetivo é a 
erradicação da fome e pobreza.
 OMS – Organização Mundial de Saúde: o principal
objetivo melhorar o nível de saúde no mundo.
 AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica
– sede em Viena: padrões básicos de segurança para
proteção contra a radiação, normas técnicas para operações 
específicas com materiais radioativos – reponsável por lidar 
com aspectos legais relacionados aos perigos decorrentes
da radioatividade.
Agências da ONU com atuação ambiental
 Organização Metereológica Mundial.
 Organização Marítima Internacional.
 Comissão Internacional sobre a Pesca da Baleia.
 Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 Organização para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Interatividade
Organização das Nações Unidas realizou três importantes conferências
sobre o meio ambiente: na Suécia, em 1972; no Brasil, em 1992; na África
do Sul, em 2002. Fazendo-se uma avaliação desses trinta anos, pode-se 
afirmar que:
a) os problemas ambientais ampliaram-se, apesar dos países
industrializados diminuírem muito o consumo de produtos
agropecuários.
b) os países de agricultura moderna deixaram de utilizar agrotóxicos
para evitar problemas vividos pelos países já industrializados.c) aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países
capitalistas não se dispõem a diminuir a produção industrial e a 
modificar os padrões de consumo.
d) os conflitos religiosos entre países ricos e pobres são as causas da 
não obediência aos acordos assinados nas conferências sobre meio
ambiente.
e) os países pobres, em função da falta de educação ambiental, são os
principais responsáveis pelo aumento dos problemas ambientais.
Princípios do Direito Ambiental
 Princípio do desenvolvimento sustentável.
 Princípio do poluidor-pagador.
 Princípio da prevenção.
 Princípio da precaução.
 Princípio da participação.
Princípio do desenvolvimento sustentável
 Conceito criado pelo Relatório Brundtland,
intitulado “Nosso Futuro Comum”, em 1987:
“o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, 
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir 
suas próprias necessidades.”
 Busca conciliar a proteção do meio ambiente
com o desenvolvimento socioeconômico.
 O desenvolvimento econômico tende a ser
antagônico à preservação do meio ambiente.
 Utiliza bens ambientais como matéria-prima (insumo)
e gera resíduos (poluição) na produção industrial.
 Mas o meio ambiente não é intocável.
Princípio do desenvolvimento sustentável
 Caráter antropocêntrico, desenvolvimento sustentável
para garantir a qualidade da vida humana.
 “A pobreza é a pior forma de contaminação” – Indira Ghandi, 
na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, 
realizada em Estocolmo em 1972.
Pacto intergeracional: 
 obrigação de todos em defender e preservar o
meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
Princípio do desenvolvimento sustentável
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg/1200px-
Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg.png
Princípio do poluidor-pagador
 Aquele que polui tem o dever legal de pagar por isso.
Declaração do Rio 92, princípio 16:
“As autoridades nacionais deveriam procurar fomentar a 
internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos 
econômicos, tendo em conta o critério de que o que contamina 
deveria, em princípio, arcar com os custos da contaminação, 
tendo devidamente em conta o interesse público e sem distorcer 
o comércio nem as inversões internacionais.”
Princípio do poluidor-pagador 
 Dever de reparar dano ambiental e de assumir custos, 
normalmente suportados pela sociedade, referentes à 
poluição (externalidades negativas), com a 
implementação de medidas preventivas.
 O pagamento não confere direito a poluir, nem isenta 
responsabilidade de reparar eventuais danos. 
 O poluidor que deve pagar é aquele que tem o poder de 
controle sobre as condições que levam à ocorrência da 
poluição, podendo preveni-las.
Princípio da prevenção
(risco – previsível – pode ser mitigado)
 O objetivo é evitar que o dano ocorra. 
 Pois danos ambientais, na grande maioria das vezes,
não têm reparação, são irreversíveis, de forma que se
torna impossível retornar ao status quo ante.
 Busca possibilitar o desenvolvimento humano,
controlando os riscos ambientais
Princípio da precaução
(perigo – não pode ser mitigado – ex.: pode causar câncer)
 Na dúvida sobre a periculosidade de certa atividade para
o meio ambiente, decide-se em favor do meio ambiente.
 Por esse princípio justifica-se a proibição de determinadas 
atividades cujos perigos sejam desconhecidos.
 É o caso da proibição da comercialização de produtos 
geneticamente modificados em algumas regiões. 
 Alega-se que, por serem desconhecidos, os riscos não podem 
ser mitigados e, portanto, opta-se por proibir a atividade
Princípio da precaução
Declaração do Rio 92, princípio 15:
“Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados 
deverão aplicar amplamente o critério de precaução
conforme suas capacidades. Quando houver perigo
de dano grave ou irreversível, a falta de certeza científica 
absoluta não deverá ser utilizada como razão para se
adiar a adoção de medidas eficazes em função dos
custos para impedir a degradação do meio ambiente.”
Princípio da participação 
 A defesa do meio ambiente incumbe a toda a sociedade.
 O resultado de uma omissão participativa é um
prejuízo a ser suportado pela própria coletividade.
 Meio ambiente é direito difuso.
Para a efetivação da participação é preciso:
 informação; 
 educação ambiental.
Princípio da participação 
 Só pode participar quem tem consciência ecológica, ou seja, 
recebe educação ambiental e está informado do que está 
acontecendo na atualidade.
 Os problemas ambientais estão intimamente ligados
às questões de ordem social e econômica e, portanto, 
também, políticas. 
 Vontade política não nasce de geração espontânea,
pressupõe participação da sociedade. 
Princípio da participação 
 Declaração do Rio 92, princípio 10:
“O melhor modo de tratar as questões ambientais é com
a participação de todos os cidadãos interessados, em vários 
níveis. No plano nacional, toda pessoa deverá ter acesso 
adequado à informação sobre o ambiente de que dispõem
as autoridades públicas, incluída a informação sobre os 
materiais e as atividades que oferecem perigo em suas 
comunidades, assim como a oportunidade de participar dos 
processos de adoção de decisões. Os Estados deverão facilitar e 
fomentar a sensibilização e a participação do público, colocando 
a informação à disposição de todos. Deverá ser proporcionado 
acesso efetivo aos procedimentos judiciais e administrativos, 
entre os quais o ressarcimento de danos
e os recursos pertinentes.”
Interatividade 
A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida
junto às questões que se referem ao crescimento econômico. De acordo
com este conceito, considera-se que:
a) o meio ambiente é fundamental para a vida
humana e, portanto, deve ser intocável.
b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam
essa ideia, pois, por sua baixa industrialização, preservam
melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.
c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção
ao meio ambiente e, portanto, é inevitável que os riscos
ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos.
d) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que
não comprometa o meio ambiente sem que, com isso, deixemos
de utilizar os recursos nele disponíveis.
e) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo
das antigas colônias durante a expansão colonial, que devem,
hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.
Direito Internacional
 Direto Internacional é o conjunto de regras – direitos e 
deveres mútuos dos Estados e de Organismos Internacionais, 
no plano internacional.
 Teoria voluntarista: o Direito Internacional
se fundamenta na vontade dos Estados.
 Teoria objetivista: existe uma norma
que está acima dos Estados.
 Nenhuma das duas teorias é aceita isoladamente.
 O caráter obrigatório de uma norma, na solução de
um conflito, decorre de consenso entre as partes.
Direito Internacional
O Direito Internacional é um conjunto de normas, mas com 
algumas peculiaridades que o difere do direito interno:
 Consensualismo: as suas regras caracterizam-se pela 
autonomia da vontade de seus sujeitos. Estes aderem
aos tratados por livre e espontânea vontade.
 Ausência de formalismo: as suas regras prescindem
de forma específica para sua validade. Os tratados
devem ser celebrados por escrito, mas fora isso, não
há procedimentos próprios a serem observados.
 Ausência de hierarquia: os tratados estão todos no
mesmo plano, não havendo um que se sobreponha a
outro. Excepciona essa regra o juscogen, que estabelece 
uma regra obrigatória, que prevalece sobre as demais. 
Direito Internacional
Além disso, devemos observar que:
 não há subordinação dos sujeitos a um Estado – não existe 
um poder soberano que esteja acima dos Estados;
 não há uma norma constitucional que esteja acima das 
demais – inexiste no plano internacional uma norma 
fundamental que se equipare a uma Constituição.
Fontes
 Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
(principal órgão jurisdicional da Organização das Nações 
Unidas, também denominado Tribunal Internacional de Haia).
 São as fontes do Direito Internacional Público: os
tratados, os costumes e os princípios gerais de direito.
 A jurisprudência, doutrina e a equidade
são meios de integração do Direito.
Tratados
 Tratados podem ser definidos como acordos formais, 
concluídos entre sujeitos de DIP e destinados a produzir 
efeitos jurídicos = animus contrahendi = intenção de criar 
direitos e obrigações internacionais.
 Tratados são as principais fontes
do Direito Internacional Público.
 Outros nomes utilizados com o mesmo sentido
são: convenção, pacto, carta, estatuto etc. 
 Soft law = não cria direitos e obrigações internacionais. 
Costumes
 Costume internacional: a definição deve espelhar o 
reconhecimento generalizado por parte dos Estados
e demais sujeitos de DIP de uma determinada prática
como sendo obrigatória.
 Elemento material: consuetudo /usum – é necessária
uma prática reiterada de comportamento.
 Elemento psicológico ou subjetivo: opinio juris – convicção, 
certeza por parte dos Estados e demais sujeitos de DIP de
que a prática em questão é obrigatória.
 Três características do elemento material: duração, 
uniformidade e generalidade (diferente de unanimidade).
 Costume deve refletir a percepção da maioria dos
Estados cujos interesses sejam especialmente afetados.
Princípios do Direito Internacional
 Igualdade soberana: todos os Estados são iguais e estão 
no mesmo plano, perante o Direito Internacional.
 Pacta sunt servanda: é o princípio que confere força 
obrigatória aos tratados. Nenhum Estado é obrigado a assinar 
um tratado. Mas se assinar, deverá cumprir o que se obrigou.
 Boa-fé: trata-se do princípio da boa-fé subjetiva. Os Estados 
devem estar imbuídos de boa-fé ao assinar os tratados, e 
devem guardar boa vontade para cumpri-los.
 Lex posteriori derogati legi priori: princípio pelo qual a lei 
posterior derroga a lei anterior. Um tratado novo revoga o 
tratado anterior que cuidava da mesma matéria. Um tratado 
também pode revogar um costume.
Direito Ambiental Internacional
 Direito natural: o direito ao meio ambiente é anterior à lei.
Esta não cria o direito, apenas o reconhece e o tutela.
 Direito humano: o direito ao meio ambiente insere-se
na relação dos direitos humanos, na medida me que
se sobrepõe ao poder dos Estados.
 Direito universal: tem como fundamente a própria
dignidade da pessoa humana e sua existência.
 Inalienável e imprescritível: como são todos os direitos 
humanos, não se pode renunciar a esse direito, nem 
transacionar sobre ele.
 Direitos difusos: titulares indetermináveis ligados por 
situação de fato; o dano é individualmente indivisível.
Direito difuso
 Direito Ambiental é direito difuso.
 Direitos difusos são transindividuais, de natureza
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato. 
 Não podem ser atribuídos a um grupo específico de
pessoas, dizem respeito a toda a sociedade. Se ocorrer 
qualquer dano ao meio ambiente, isso afetará, direta ou 
indiretamente, a qualidade de vida de toda a população.
DIMA X DAI
 Direito Internacional do 
Meio Ambiente
 Ramo do Direito
Internacional Público
 Sujeitos: Estados-nação
e Organismos
Internacionais
 Direito Ambiental
Internacional
 Ramo do Direito
Ambiental
 Atores:
Estados-nação, Estados
subnacionais, Metrópoles,
Organismos
Internacionais, 
Organismos não
governamentais, Mercado, 
Mídia, Povos tradicionais, 
Indivíduos
DIMA X DAI
 Instrumentos: tratados, 
hard law
 Documentos: Convenção
de Viena, Convenção
Quadro, tratados, 
protocolos
 Soluções: jurídicas
 Tratados, painéis, soft 
law, aparato tecnológico, 
pesquisas. 
 Acordos multilaterais
sobre meio ambiente
– MEAs, Agenda 21, 
Declaração do Rio de 
Janeiro, Declaração
de Cartagena. 
 Soluções: jurídicas
ou de outras áreas
do conhecimento.
Governança ambiental
 Externalidades negativas ultrapassam as
fronteiras geopolíticas dos Estados, vitimando
indetermináveis pessoas.
 Participação de todas as esferas sociais, governamental
ou não governamental, doméstica ou internacional.
 À complexidade do mundo se deve responder
com instrumental igualmente rico e variado. 
 Participação ampliada, objetivos comuns e cooperação. 
 Comissão sobre Governança Global,
criada pela ONU em 1991. 
Governança ambiental
 Governança não é o mesmo que governo.
 São atividades apoiadas em objetivos comuns, que podem
ou não derivar de responsabilidades legais e formalmente
prescritas, e que não dependem necessariamente do poder
de polícia para que sejam aceitas e vençam resistências. 
 É necessária a participação de todos em cada uma das 
decisões que envolvem o meio ambiente, por intermédio de 
organizações civis e governamentais, a fim de obter ampla e 
irrestrita adesão ao projeto de desenvolvimento sustentável.
 Ação e articulação de múltiplos atores, tanto os sujeitos
tradicionais do Direito Internacional Público como os novos
atores que ingressam no cenário de governança.
Interatividade
São fontes do Direito Internacional do Meio Ambiente:
a) tratados, costumes e doutrina.
b) tratados, costumes e jurisprudência.
c) tratados, costumes e princípios gerais de direito.
d) tratados, costumes e regulamentos da ONU.
e) apenas tratados.
ATÉ A PRÓXIMA!

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