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Aula 2 – o pensamento social A emergência histórica da Sociologia Objetivos da aula Demonstrar que o pensamento científico é uma criação da sociedade ocidental; Identificar que a sociologia teve origem em fatos históricos como a revolução industrial inglesa e a revolução francesa; Caracterizar o pensamento de Auguste Comte e a sua Sociologia: Positivismo. Objetividade e subjetividade nas ciências Três momentos da episteme Renascença (séc XVI) – o Humanismo Época clássica e Iluminismo (séc. XVII e XVIII) Séc XIX (positivismo) A perspectiva humanista e científica do renascimento Algumas transformações políticas, econômicas, culturais e sociais ocorridas desde meados do século XV contribuíram muito para a criação dessa ciência. A primeira delas foi o Renascimento. O Renascimento é o período que representa parte do processo de ruptura acerca dos paradigmas vigentes no mundo medieval e a transição para os do mundo moderno. Já no processo de transição para a época moderna se afirma com a perspectiva iluminista, com o predomínio da ciência, a urbanização, a crise política do absolutismo, a ascensão da burguesia e o progresso do modo de produção capitalista. O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci é um desenho famoso que acompanhava as notas feitas pelo artista por volta do ano 1490 num dos seus diários. Descreve uma figura masculina nua separada e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado A cabeça é calculada como sendo um oitavo da altura total. Às vezes, o desenho e o texto são chamados de Cânone das Proporções. O desenho atualmente faz parte da coleção da Gallerie dell'Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itália. Fonte: Wikipedia) . A Catedral de Santa Maria del Fiore é o "Duomo" de Florença, Itália, e está localizada na praça homônima. Era já em 1971 a quinta igreja da Europa em grandeza, depois da Basílica de São Pedro, da Catedral de São Paulo, da Catedral de Sevilha e da Catedral de Milão. Possui 153 metros de comprimento e 90 metros de largura no transepto, enquanto o tambor da cúpula possui 54 metros. A construção iniciou-se em 1296 com projeto de Arnolfo di Cambio sobre as fundações da antiga Catedral de Santa Reparada. Após a morte de Arnolfo, passou pela supervisão de Giotto di Bondone, depois por Francesco Talenti e teve sua cúpula construída por Filippo Brunelleschi. Ao fim das obras da cúpula em 1436, a catedral foi consagrada pelo papa Eugênio IV. É a catedral da arquidiocese de Florença e pode acomodar até trinta mil pessoas. ( fonte: Wikipedia) A ciência dos modernos Nos séculos XVI e XVII, a perspectiva medieval de ciência, que se baseava na razão e na fé, mudou radicalmente, e o mundo, a partir de estudos da física e da astronomia, começou a ser compreendido como uma máquina ou mecanismo. Deus ex machina. O paradigma mecanicista sustentou a ciência clássica do século XVI até o início do século XX, quando novas maneiras de compreender o conhecimento científico começaram a marcar presença e ser aceitas. A Idade da Revolução Científica. séculos XVI e XVII A revolução copernicana e o teoria Heliocêntrica Galileu e o emprego do método científico. Observação e experimentação Bacon e os tratados sobre a experiência científica a partir da indução . Newton e a contribuição para o desenvolvimento do cálculo matemático e da física. Descartes e as Regras do método. 8 A nova racionalidade científica Segundo Francis Bacon, a Teologia perdeu o posto de norteadora do pensamento. A autoridade, que exatamente constituía um dos alicerces da teologia, deveria, em sua opinião, ceder lugar a uma dúvida metódica, a fim de possibilitar um conhecimento objetivo da realidade. Os pensadores desse período defenderam, assim, o emprego sistemático da razão e do livre exame da realidade. Época clássica - Descartes e Newton Visão expressa na matemática e física matematizada do séc. XVII Ordem e medida como princípios organizadores do conhecimento científico - mathesis universalis. Mathesis universalis é, segundo Descartes, uma ciência geral capaz de explicar tudo o que diz respeito à quantidade e à ordem, independentemente dos objetos a estudar. Para o filósofo, embora a razão fosse comum a todos os homens, o modo de utilizá-la poderia variar. Assim, inicia a busca do modo correto de uso da razão. Por considerar as matemáticas teóricas como modelo do conhecimento verdadeiro e rigoroso, quis aplicar esse modelo a todos os domínios do conhecimento. Descartes o método científico é o único meio válido para se compreender o universo. Tomando a dúvida como ponto fundamental de seu método, chamado de cartesiano, e duvidando de tudo, Descartes chegou à famosa afirmação Cogito, ergo sum: “Penso, logo existo”. A obra humana x o livro da natureza No século XVII, surge o Racionalismo e fortalece a ideia de que o homem produz a história e não a Divina providência. Essa concepção fundamentava a ideia de que a sociedade podia ser compreendida porque, ao contrário da natureza, ela é obra dos próprios indivíduos. O pensamento filosófico desse século contribuiu para a popularização do pensamento científico. Cartesianismo o pensamento é a essência da natureza humana e que, portanto, tudo o que o ser humano pensa, intui (intuição) e deduz (dedução) é verdadeiro. Sua maior contribuição à ciência é seu método analítico, que consiste em decompor pensamentos e problemas em partes e organizá-los em uma ordem lógica. “idéias” e constatações (demonstrações) caminham juntas - equilíbrio aparente Determinação do sujeito pensante enquanto “consciência” - penso logo existo /dúvida sistemática Sujeito é o sujeito da razão Regras do método. 1º) Clareza e distinção ("nunca aceitar algo como verdadeiro que eu não conhecesse claramente como tal; ou seja, de evitar cuidadosamente a pressa e a prevenção, e de nada fazer constar de meus juízos que não se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito que eu não tivesse motivo algum para duvidar dele"; 2º) Análise ("repartir cada uma das dificuldades que eu analisasse em tantas parcelas quantas fossem possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las", chegando aos elementos mais simples); Regras do método. 3º) Ordem ("o de conduzir por ordem meus pensamentos, iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para elevar-me, pouco a pouco, como galgando degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e presumindo até mesmo uma ordem entre os que não precedem naturalmente uns aos outros". Defende a dedução como forma de ampliar o saber, do mais simples ao mais composto) e 4º) Enumeração ("efetuar em toda parte relações metódicas tão completas e revisões tão gerais nas quais eu tivesse a certeza de nada omitir". Para que todos os elementos sejam considerados e para verificar se a visão total está de acordo como as regras que foram aplicadas). RACIONALIDADES E PERSPECTIVAS FILOSÓFICAS E CIENTÍFICAS DO PROGRAMA ILUMINISTA ( 1650- 1750). Antecedentes; o renascimento, a arquitetura, descobertas e invenções, a navegação e a colonização do novo mundo. Sínteses do programa: a enciclopédia, o público e a lei, a visão positiva da realidade. Grandes autores: Descartes, Pascal, Bacon, Spinoza, Newton, Locke, Hobbes, Voltaire, Rousseau, Hume, Kant. O iluminismo como perspectiva para a modernidade. Ao final da idade média e início da era moderna (até 1650), o ocidente tinha como base a fé, tradição e autoridade. Após 1650 a razão filosófica colocou tudo em questão. A nova filosofia coloca em questão todo o quadro lógico e conceitual anterior em termos da revolução científica. Em meados do século XVII entra em crise a autoridade eclesiástica, a garantia divina da soberania, a propriedade da terra. A ciência dos modernos e a abertura do mundo A obra humana na visão dos enciclopedistas. O homem no lugar de Deus. A razão científica e instrumental: A demonstração, o público, a reproduçãoe a previsibilidade. O Método científico: dedução e indução. A possibilidade da especulação racional e técnica, a descoberta científica e a realidade como efeito da experimentação. As leis e a causalidade. A noção de ordem Universal e a compreensão da obra Divina. O iluminismo: definições O Iluminismo foi um movimento de grande importância a partir da segunda metade do século XVII. Abrange não só o pensamento filosófico, mas também as artes, as ciências e as teorias políticas, as teorias pedagógicas e jurídicas. A razão é exaltada e é compreendida como faculdade universal, uma luz natural, comum a todos os humanos. O Iluminismo tem caráter ético e emancipador, resultado do uso da razão. Tem caráter fortemente laico e secular. O programa Iluminista A racionalidade, o conhecimento e a divulgação como princípios centrais; Difusão dos produtos da atividade racional , científica, tecnológica, administrativa. A luta contra o arbitrário ( o dogma), a dependência ( o despotismo) e o conservadorismo ( obstáculos ideológicos). O contrato social e a representação política A ancoragem ideológica da razão absolutista; A filosofia, a natureza e as razões do contrato social; As visões dos contratualistas: Hobbes: Estado, segurança e contrato social; Locke: sociedade civil, sociedade política e governo; Rousseau: Contrato social, educação e política, origem da desigualdade. A era das revoluções A transformação do social Revolução industrial Revolução Inglesa Revolução francesa A revolução industrial e a sociedade capitalista A Revolução Industrial ganha corpo na Inglaterra, na Europa e nos Estados Unidos. Se orienta por diversas inovações técnicas e uso de novas tecnologias, como a cooperação capitalista e a linha de produção. Os fatos mais importantes são: a industrialização crescente, a migração do campo para as cidades, o crescimento da urbanização e da população. A revolução industrial e a sociedade capitalista A Revolução Industrial foi um marco para a vida moderna porque se trata, na verdade, de uma revolução científico-tecnológica que mudou a organização social definitivamente. Do trabalho agrário e artesanal para a Europa de cidades e indústrias. Com o trabalho industrial, a produção começa a ser feita em ritmo acelerado e o crescimento urbano mais significativo, separando os espaços rurais dos espaços urbanos. O espaço e o tempo de reprodução do capital. Com as indústrias e essa nova forma de produção, a economia deixa de ser agrária para ser industrial. Causa a expansão do comércio internacional em busca de matérias-primas e de escoamento das mercadorias produzidas. As principais mudanças ocorridas na sociedade com a Revolução Industrial O modelo burocrático de gestão da produção; o controle da porosidade do tempo. produção de bens em caráter excedente e uniformização da produção; surgimento de novos papéis sociais: O capitalista (o proprietário dos meios de produção) O trabalhador ( que oferta sua força de trabalho no mercado –assalariamento) . As principais mudanças ocorridas na sociedade com a Revolução Industrial – grande concentração humana nas cidades inglesas com intensa migração do campo para a cidade; A formação dos exércitos de reserva. – substituição progressiva do trabalho humano por máquinas; A linha de produção – divisão do trabalho em partes especializadas e necessidade de coordenação: as manufaturas e o trabalho parcelar. o aumento da produtividade se originou da organização do trabalho. A cooperação capitalista As revoluções políticas na Inglaterra e na França A ascensão da burguesia e o fim do Antigo regime. A luta dos contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau. A Revolução Francesa e as transformações sociais e políticas. Os princípios e valores do iluminismo: liberdade, fraternidade, igualdade e a concepção de cidadania e sociedade civil. A noção de República. A emergência da democracia e do Estado de Direito. A Declaração Universal dos Direitos dos Homens. Ciências naturais e ciências humanas XVIII e XIX Sociologia surgiu sob as condições das mudanças que derivavam principalmente do declínio do feudalismo, do fortalecimento do comércio e do surgimento de novos papéis sociais/especialização produtiva. O senso comum e a ciência são duas formas de conhecermos e explicarmos a realidade. Enquanto o senso comum caracteriza-se pelo conhecimento que adquirimos em nosso cotidiano e que pode ser verdadeiro ou não, a ciência busca entender as razões e o porquê do acontecimento de determinados fenômenos. O advento do positivismo Epistemologia científica comprovada contra a intuição e os dogmas; Método experimental e racionalidade instrumental: objetividade, quantificação, coerência, reprodutividade e generalização; Ciência: objetiva, neutra e descritiva da realidade;Recorre à observação, constatação e experimentação. Monismo epistemológico Sociedade é regida por leis naturais (invariáveis e independentes da vontade e da ação humanas) Sociedade pode ser epistemologicamente assimilada pela natureza As ciências devem limitar-se à observação e à explicação causal dos fenômenos de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou ideologias Iluminismo - cultura da positividade Verdade deve primar sobre a ideia Libertar-se da intuição e do subjetivismo Pensamento & constatação empírica Contesta a correspondência imediata entre teoria e verdade - afastar pré-noções e valores Observação dos fenômenos OBJETIVIDADE POSITIVISTA se atém ao que é observável e mensurável o que não segue aos cânones de cientificidade é “ideologia” concebe uma ciência capaz de revelar a verdade princípio da neutralidade A sociologia positivista Na sociedade ocidental, a ciência é a principal forma de construção da realidade, considerada por muitos críticos como um novo mito por pretender ser a única promotora e critério de verdade. A Sociologia é considerada uma ciência nova, pois foi criada no século XIX, na França, por um pensador chamado Auguste Comte (1798-1857). AULA 02: Modernidade, pensamento social e a Sociologia como Ciência Social Comte, propôs uma reforma completa da sociedade, começando pela “reforma intelectual plena do homem”. Ao modificar a forma de pensar do homem, por consequência, as instituições se transformariam. O sociólogo, estudando os fenômenos sociais com o mesmo espírito dos outros cientistas, deveria fornecer os resultados de suas pesquisas aos homens de Estado, para que esses evitassem ou atenuassem as crises sociais Comte afirmava que: “a Sociologia deveria se orientar no sentido de conhecer e estabelecer as leis imutáveis da vida social, abstendo-se de qualquer consideração crítica, eliminando também qualquer discussão sobre a realidade existente, deixando de abordar, por exemplo, a questão da igualdade, da justiça e da liberdade.” (Martins, 2001, p. 31) . AULA 02: Modernidade, pensamento social e a Sociologia como Ciência Social Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação Sociologia Positivista Comte LEI dos Três Estados Estado teológico ou fictício - dirige sua investigação para natureza íntima dos seres e causas primeiras - explicação sobrenatural Estado metafísico - explicações abstratas Estado positivo - renuncia a procurar a origem do universo e conhecer as causas últimas para descobrir (raciocínio e observação) suas leis efetivas O pensamento pedagógico positivista: Ordem e progresso. Sínteses. A fé na ciência, a imaginação científica à observação empírica. Preconizou uma ideologia da ordem, da resignação e da estagnação social. A libertação social e política passa pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O pensamento pedagógico positivista Comte: A doutrina positiva na formação científica da sociedade A religião da humanidade A lei dos três estados: teológico, metafísico, positivo. A Educação e suas fases: Na infância formaria a concepção abstrata de mundo Na adolescênciae juventude o estudo sistemático das ciências Na fase adulta ou positiva, A religião do grande ser, a Humanidade/ a solidariedade humana. 4 O pensamento pedagógico positivista Spencer (1820-1903): Formação científica na Educação. Currículo escolar deveria abordar conhecimentos relativos à saúde, ao trabalho, à família, para possibilitar uma vida melhor , para a sociedade em geral. O avanço da sociologia da Educação. O pensamento pedagógico positivista Durkheim (1858-1917): A Educação como imagem e reflexo da sociedade Educação como fato fundamentalmente social A pedagogia seria uma teoria da prática social. Caráter conservador e reacionário das propostas durkheimianas em Educação. “O homem nasce egoísta e só a sociedade, através da educação , o torna solidário”. 39 Ideia de Educação na Modernidade A escola como lugar de ruptura com o meio de origem. A formação de novas elites para a esfera pública e privada. A objetividade do mundo. A ciência e a tecnologia como esferas de atuação e de transformação da natureza e da sociedade. Abundância, liberdade e felicidade: promessas /utopias. A objetividade da Sociologia As formas de organização social do ser humano são objeto de estudo das Ciências Sociais A Sociologia estuda as relações sociais que os homens estabelecem com outros homens por meio das instituições sociais (escola, família, Estado, igreja, sindicato, empresa etc.). Turner (2003), afirma que o objetivo da Sociologia é tornar as compreensões cotidianas mais sistemáticas e precisas, pois essas percepções vão além de nossas experiências pessoais. A sociologia como saber científico XVIII e XIX Sociologia surgiu sob as condições das mudanças que derivavam principalmente do declínio do feudalismo, do fortalecimento do comércio e do surgimento de novos papéis sociais/especialização produtiva. O senso comum e a ciência são duas formas de conhecermos e explicarmos a realidade. Enquanto o senso comum caracteriza-se pelo conhecimento que adquirimos em nosso cotidiano e que pode ser verdadeiro ou não, a ciência busca entender as razões e o porquê do acontecimento de determinados fenômenos. A sociologia como campo do saber A Sociologia é uma ciência; portanto, difere do senso comum. Enfim, com a consolidação do sistema capitalista de produção, surgia uma nova mentalidade, em que a razão e o saber se voltavam para o mundo terreno. As ciências existentes não apresentavam explicações convincentes nem mesmo o instrumental necessário para a compreensão de todas essas mudanças. Necessitava-se, então, de uma nova ciência (utilizando o mesmo referencial das ciências naturais) para tentar fazer isso A análise social O pressuposto básico de uma análise sociológica é que a vida dos seres humanos é composta por várias dimensões que se desenvolvem com o processo de interação social. Justamente essas interações sociais são o objeto central de estudo da sociologia. (DIAS, 2005). Assim temos uma totalidade que envolve a Educação, o trabalho, a religião, a família, a linguagem, a justiça, o Estado, as artes e as formas de reprodução social em geral. 44 O fato social como objeto de estudo A Sociologia busca compreender todos os símbolos culturais que os seres humanos usam e criam para interagir com a sociedade e organizá-la. “É o estudo dos fenômenos sociais, da interação e da organização social.” (TURNER, 2003, p.14) De forma diferente do que as outras disciplinas fazem, ao estudar os aspectos sociais da vida do homem, a Sociologia estuda o fato social em sua totalidade, ou seja, a visão sistêmica do pesquisador deve lhe dar condições de perceber que cada ação social não está isolada na sociedade, mas sim que faz parte de um todo interligado, interferindo e sofrendo interferências A tradição sociológica Durkheim, Marx e Weber construíram definições e teorias sobre a sociedade, com orientações sobre o político, o social e o econômico em termos do papel da estruturação da sociedade e da ação social. Durkheim Na socialização, o individuo aprende a seguir regras que lhe antecedem e que lhe são exteriores (instituições); que definem a normalidade das ações e os limites a serem respeitados por todos, como coerção necessária para a ordem social. Em Émile Durkheim, os fatos sociais são a base da socialização para todos os membros da sociedade. Marx Numa sociedade capitalista, dividida em classes, a exploração do trabalhador se dá pela formação da mais-valia, revertendo como o lucro do capitalista, proprietário dos meios de produção. Para Marx, a superação das contradições do capitalismo, pela conscientização histórica via luta de classes, gerará a politização necessária para superar a ideologia da classe dominante. Em Karl Marx a sociedade é constituída por classes sociais que se organizam a partir da lógica da propriedade dos meios de produção, como proletariado e burguesia. Weber Aborda o lugar da racionalidade formadora das condições da existência moral, produtiva e política, nas ações com finalidade e compreendendo os modelos da regulação social pelo exercício das lógicas de poder (dominação) Max Weber apresenta a sociedade como efeito também da ação social, dando relevância ao papel dos indivíduos em como agentes racionalmente orientados. REFERÊNCIAS BAUDRILLARD, Jean, (1992) A Ilusão do Fim ou a greve dos acontecimentos. Lisboa:Terramar. BECK, Ulrich, ( 1997) A Reinvenção da Política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. Ulrich Beck, Anthony Giddens, Scott Lash. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista. CHESNEAUX, Jean, ( 1996) Modernidade-Mundo. Petrópolis: Vozes. 50 . GIDDENS, Anthony, (1991) As Conseqüências da Modernidade. São Paulo: EDUSP. FRIGOTTO, Gaudêncio, ( 1995) Os Delírios da Razão: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional. In Pedagogia da Exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Pablo Gentili (org). Petrópolis: Vozes. HOBSBAWM, Eric, (1995) Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras. IANNI, Otávio, (1996) Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. LÉVY, Pierre, (1993) As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34. . LOJKINE, Jean, (1995) A Revolução Informacional. São Paulo: Cortez TOURAINE, Alan, (1994) Crítica da Modernidade. Petrópolis: Vozes. MORIN, Edgard, (1991) O Astro Errante. In Os Problemas de Fim de Século. Edgard Morin, Gianluca Bochi, Mauro Ceruti. Lisboa: Editorial Notícias. SANTOS, Boaventura de Souza, (1996) Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez. SANTOS, Milton, (1997) Técnica, Espaço, Tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec.
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