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1 DIR CONSTITUCIONAL Estrutura e Organização do Estado

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Estrutura e organização do Estado
Forma de Governo: República ou Monarquia.
Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo.
Forma de Estado: Federação ou Confederação (Estado Soberano).
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa de Estado. Surge então, o tema que passaremos a abordar, qual seja, a forma federativa de Estado. 
Estado Unitário ≠ Estado Regional ≠ Estado Federado 
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Elementos do Estado
Povo;
Território;
III. Governo Soberano (Soberania).
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Federação – Histórico 
Forma Federativa (1776) – USA com a proclamação da independência das 13 colônias britânicas Estados soberanos. 
Confederação dos Estados Americanos (1787) – Pacto Federativo: direito de retirada, separação e secessão.
Reuniram-se na Filadélfia (soberania – autonomia)  criando os Estados Unidos da America.
MOVIMENTOS 
Movimento centrípeto (de fora para dentro): Os Estados cederam parcela de sua soberania formando um órgão central. Federação dos Estados Unidos.
Movimento centrífugo (do centro para fora): O Estado unitário descentralizou-se. Federação do Brasil. 
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FEDERALISMO
A CF/88 adotou como forma de Estado o federalismo.
Dalmo de Abreu Dallari: “é uma união de Estados” baseada em uma Constituição e onde “os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo, uma autonomia política limitada.
Federação # Confederação 
Federação – União de coletividades regionais autônomas (Estados federados) - baseada no princípio da autonomia e da participação política.
Confederação - união de Estados-soberanos por meio de um tratado internacional dissolúvel. 
Brasília - Capital Federal - sede de Governo Federal, entidade de direito internacional (Art. 18, § 1º CF). 
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CARACTERÍSTICAS DO FEDERALISMO
Descentralização política
Repartição de competência
Constituição rígida como base jurídica
Inexistência do direito de secessão – (CF, art. 60, §4°) princípio da indissolubilidade do vínculo federativo.
Soberania do Estado Federal
Intervenção (CF, art. art. 34, I )
Auto-organização dos estados-membros (CE)
Órgão representativo dos estados-membros (SF)
Órgão guardião da Constituição (STF)
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Federação
	É a aliança ou união de Estados baseados na Constituição e onde os Estados que ingressam na federação perdem a sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo, sua autonomia política limitada.
	A Constituição brasileira de 1988 adotou como forma de Estado para o nosso país o FEDERALISMO chamando-o de República Federativa do Brasil. 
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Estado Democrático de Direito 
O Estado Democrático de Direito é o Estado que se rege pelas normas democráticas, como as eleições livres, periódicas e realizadas pelo povo, necessidade de as autoridades públicas respeitarem os direitos e garantias fundamentais, pluralismo partidário e separação dos poderes.
A Constituição brasileira adotou ainda o sistema de democracia representativa em que o povo exerce o poder não diretamente, mas através de representantes eleitos pelo próprio povo. Também é exercida a democracia diretamente através do referendo, plebiscito e iniciativa popular.
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Regime político
Democrático – Participação do povo no processo político
Ditatorial – Não há participação do povo no processo político
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	Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
		I - plebiscito;
		II - referendo;
		III - iniciativa popular.
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I - Plebiscito
Consulta prévia ao povo sobre determinado tema. Dependendo da resposta, será ou não adotada alguma medida legislativa ou administrativa (Lei nº 9.709/98).
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II - Referendo
Consulta ao povo sobre norma já aprovada , para que a ratifique (confirme) ou a rejeite (Lei nº 9.709/98). É da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito (art.49, XV).
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III – Iniciativa Popular
Possibilidade de o povo encaminhar um projeto de lei para ser apreciado pelo Poder Legislativo, seja federal (art.61,§2º), estadual (art. 27,§4º), ou municipal (art.29, XIII).
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Componentes da República Federativa do Brasil
A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
CF, art. 1. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de Direito...” 
CF, art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição.
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Fundamentos da República Federativa do Brasil 
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Fundamentos da República Federativa do Brasil 
SOBERANIA - é um poder político supremo e independente. Por ser um Estado soberano, o Brasil tem a capacidade de editar as suas próprias normas e sua própria ordem jurídica (inclusive a sua Constituição Federal).
CIDADANIA – representa um status (qualidade) e apresenta-se simultaneamente como um objeto e um direito fundamental das pessoas.
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – consiste no complexo de direitos e garantias fundamentais inerentes aos seres humanos, constituindo-se o mínimo de direitos que todo o estatuto jurídico deve garantir. Destaque-se, ainda, que somente excepcionalmente podem ser feitas limitações aos direitos fundamentais.
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VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA – os valores sociais do trabalho, previstos na Constituição, consistem na liberdade, no respeito e na dignidade do trabalhador. A proteção ao trabalho aqui abrange tanto o trabalhador subordinado (empregado) quanto o autônomo e até mesmo o empregador, uma vez que este faz parte do crescimento do país.
PLURALISMO POLÍTICO – consagra a ampla e livre participação popular nos destinos políticos do país, garantindo a liberdade de convicção filosófica e política e, também, a liberdade de organização e participação em partidos políticos.
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Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil
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Vedações constitucionais aos entes da Federação
Art. 19 da CF/88, impossibilitando aos entes federativos (União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios):
Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
Recusar fé aos documentos públicos;
Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
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UNIÃO
A União possui “dupla personalidade”, pois assume um papel interno e outro internacionalmente:
Internamente: A União é uma pessoa jurídica de direito público interno. É autônoma, uma vez que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação, configurando a autonomia financeira, administrativa e política (dica: FAP).
Internacionalmente: É pessoa jurídica de direito público internacional. É soberana. A União não se confunde com o Estado Federal (República Federativa do Brasil). A União poderá representá-lo internacionalmente.
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Conceito de União: é a entidade federal formada pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica de Direito Público interno, autônoma em relação às unidades federadas e a cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro.
União Federal e Estado Federal: a União, na ordem jurídica, só preside os fatos sobre que incide sua competência; o Estado federal, juridicamente, rege toda a vida no interior do País, porque abrange a competência da União e a das demais unidades autônomas referidas no art. 18.
Posição da União no Estado
Federal: constitui aquele aspecto unitário que existe em toda organização federal, pois se não houvessem elementos unitários não teríamos à essência do Estado, como instituição de Direito Internacional.
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São Bens da União (art.20):
I - Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;  
III - Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - O mar territorial;  
VII - Os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - Os potenciais de energia hidráulica;
IX - Os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
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COMPETÊNCIAS DA UNIÃO FEDERAL
Competências não legislativa
Competências legislativa
COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVA (ADMINISTRATIVA OU MATERIAL)
a) Exclusiva: CF, art. 21;
b) Comum (cumulativa, administrativa ou paralela): CF, art. 23 – Trata-se se competência não legislativa comum aos quatro entes federativos, quais sejam a União, Estados, Distrito Federal e municípios.
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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
a) Privativas (CF, art. 22):
Apesar de ser competência privativa da União, poderiam aquelas matérias ser regulamentada também por outros entes federativos? 
Observar o parágrafo único do art. 22
b) Concorrente (CF, art. 24): Define as matérias de competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal. Em relação a tais matérias, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
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 ESTADOS-MEMBROS
Auto-organização (art. 25 da CF): Os Estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Autogoverno: Os Estados estruturam os poderes Legislativo (CF, art. 27), Executivo (CF, art. 28) e Judiciário (CF, art. 125).
Auto-administração e autolegislação: Os Estados têm competências legislativas e não-legislativas próprias (CF, art. 18; arts. 25 a 28).
SOBERANIA ≠ AUTONOMIA
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FORMAÇÃO DOS 
ESTADOS-MEMBROS (art.18)
	Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar (CF, art. 18, §3º).
REQUISITOS:
mediante aprovação da população diretamente interessada, 
seja através de plebiscito; e 
através do Congresso Nacional, por lei complementar.
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FUSÃO (OU INCORPORAÇÃO)
Os Estados “A” e “B”, que vão incorporar-se entre si, desaparecerão.
Surge o Novo Estado “C”, que não existia antes da incorporação entre si dos outros Estados preexistentes.
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CISÃO (OU SUBDIVISÃO)
O Estado “C”, ao se subdividir desaparecerá
Surgem dois ou mais Estados novos que antes da subdivisão não existiam
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DESMEMBRAMENTO ANEXAÇÃO
Estado primitivo “A” continua existindo, só que com território menor e perda de população.
A parte do Estado primitivo “A” desmembra-se anexando-se a outro Estado “B” que também já existe, que amplia território e população.
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DESMEMBRAMENTO FORMAÇÃO
Estado primitivo “C” continua existindo, só que com território menor e perda de população.
A parte desmembrada do Estado “C” forma um novo estado “A” que não existia.
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REQUISITOS PARA FORMAÇÃO DE ESTADOS-MEMBROS
Aprovação por plebiscito da população diretamente interessada: esta é condição essencial, de tal forma que se não houver aprovação por plebiscito nem se passa à próxima fase.
Aprovação do Congresso Nacional por meio de lei complementar: Superada a aprovação por plebiscito, é necessário que haja propositura de projeto de lei complementar a qualquer uma das casas. A aprovação ocorrerá por maioria absoluta. 
Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República dispor sobre a incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de territórios ou Estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas (art. 48, VI da CF). O parecer das Assembleias Legislativas não é vinculativo.
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COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS-MEMBROS
Competência não-legislativa
 
Competência comum (cumulativa ou paralela) – Trata-se de competência comum aos quatro entes federativos (CF, art. 23).
Competência residual (remanescente ou reservada) – São reservadas aos estados as competências administrativas que não lhe sejam vedadas, ou a competência que sobrar, apos a enumeração dos outros entes federativos (CF, art. 25, §1º).
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Competência legislativa
 
Expressa: Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observado os princípios desta Constituição (art. 25, §1º da CF).
Residual (remanescente ou reservada): São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF). 
Delegada pela União: A união poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões especificas (CF, art. 22, parágrafo único).
Concorrente: A concorrência para legislar dar-se-á entre a União, os Estados e o Distrito federal (CF, art. 24)
Suplementar: Em caso da inércia da União, inexistindo lei federal elaborada pela União sobre norma geral, os Estados (CF, art. 24) poderão suplementar a União e legislar, também, sobre também sobre as normas gerais.
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Bens dos Estados-membros 
CF, art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
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MUNICÍPIOS
Auto-organização: Os Municípios organizam-se através da lei orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição estadual e os preceitos estabelecidos no art. 29 da CF. 
Autogoverno: Os Municípios estruturam o Poder Legislativo e Executivo (elegendo diretamente o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores). Não têm Poder Judiciário próprio.
Auto-administração e autolegislação (art. 30 da CF): Os Municípios têm competências legislativas e não-legislativas próprias.
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Competência dos Municípios
COMPETÊNCIA NÃO-LEGISLATIVA 
Comum (art. 23 da CF): Já foi estudada no item União.
Privativa (art. 30, III à IX da CF)
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
Expressa: Os Municípios têm competência para elaborar a própria lei orgânica (art. 29 da CF).
Interesse local: CF, art. 30, I.
Suplementar: Cabe aos Municípios suplementar a legislação Federal e estadual no que couber, relacionado ao interesse local. (art. 30, II da CF)
Plano diretor: exigência constitucional, para municípios com mais de 20.000 habitantes, o plano objetiva uma melhor qualidade de vida para todos. (CF, art. 182,§ 2°).
 
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Art. 30. Compete aos Municípios:
[...]
III -
instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
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Distrito Federal
Auto-organização (CF, art. 32): O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
Autogoverno (CF, art. 32, §§ 2º e 3º): O Distrito Federal estrutura o Poder Executivo e Legislativo (eleição do Governador, Vice-Governador e Deputados Distritais).  Quanto ao Poder Judiciário, competirá privativamente à União organizar e mantê-lo, afetando parcialmente a autonomia do Distrito Federal.
Autoadministração e autolegislação: O Distrito Federal tem competências legislativas e não-legislativas próprias.
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Competência do Distrito Federal
Competência não legislativa  
Comum: Já foi estudada no item União.
 
Competência legislativa 
Expressa: O Distrito Federal tem competência para elaborar a própria lei orgânica (art. 32 da CF).
Residual: Toda competência que não for vedada, ao Distrito Federal estará reservada (art. 25, §1º da CF).
Delegada pela União: Já foi estudada no item União (CF, art. 22, parágrafo c/c art. 32, §1º)
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REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
 	A Constituição estabelece a competência de cada um dos entes federativos. A repartição de competência está intimamente ligada à predominância do interesse.
União: Cuidará de matérias de interesse geral.
Estados: Cuidarão de matérias de interesse regional
Municípios: Cuidarão de matérias de interesse local.
Distrito Federal: Cuidará de matérias de interesse regional e local. 
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TERRITÓRIOS FEDERAIS
Características:
O Território não é ente da federação, mas sim integrante da União. Trata-se de mera descentralização administrativo-territorial da União. Embora tenha personalidade jurídica não tem autonomia política. 
A partir de 1988, não existem mais territórios no Brasil. Antigamente, eram territórios: Roraima, Amapá e Fernando de Noronha (art. 15 dos ADCT).
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Divisão dos Territórios em Municípios:
Diferentemente do Distrito Federal, os territórios podem ser divididos em Municípios (art. 33, §1º da CF).
 
Organização administrativa e judiciária dos Territórios:
Lei federal disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios (art. 33 da CF). Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública dos Territórios (art. 21, XIII da CF), bem como sua organização administrativa (art. 22, XVII da CF).
Nos Territórios Federais com mais de 100.000 habitantes, além de Governador, haverá órgãos judiciários de 1a e 2a instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais (art. 33, §3º da CF).
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ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
Poderes do Estado – são Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário;
Funções dos poderes - cada um dos poderes possui uma função predominante, que o caracteriza como detentor de parcela da soberania estatal (funções típicas), além de outras funções previstas no texto constitucional (funções atípicas).
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SEPARAÇÃO DOS PODERES 
(ART. 2º CF/88)
	Art. 2º. - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Poder Legislativo – tem a função típica de legislar (criar leis) e fiscalizar (fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo). É exercido, no âmbito da União, pelos Deputados Federais e pelos Senadores.
Poder Executivo – tem a função típica de governar o país cumprindo as leis criadas pelos Poder Legislativo. É exercido, no âmbito da União, pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Poder Judiciário – tem a função típica de julgar os processos judiciais aplicando as normas aos casos concretos (exerce o poder jurisdicional). É exercido pelos magistrados (juízes).
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DO PODER LEGISLATIVO
Funções típicas – são funções típicas do Poder Legislativo legislar e fiscalizar (fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo (CF, art. 70);
Funções atípicas – suas funções atípicas são administrar (ex. organização e operacionalidade interna) e julgar (ex. julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade).
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DO PODER EXECUTIVO 
Funções típicas do Poder Executivo – a sua função precípua é a prática de atos de Chefia do estado, de governo e de administração.
Função atípica do Poder Executivo – legislar (através de medidas provisórias, art. 62) e julgar (através do contencioso administrativo).
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DO PODER JUDICIÁRIO
Funções típicas – A função típica do Poder Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, a função de julgar, aplicando a lei ao caso concreto. 
Funções atípicas – O Judiciário exerce também uma função administrativa organizando e mantendo seus serviços auxiliares e tem a iniciativa das leis de sua organização, criação de cargos e fixação de vencimentos (ex.: concessão de férias aos seus membros e serventuários) e uma função legislativa (elabora seus regimentos internos).
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