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Parasitologia Profª Drª Ana Paula Teston UNIDADE I – PARTE II Leishmania spp Leishmania spp. Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral ou Calazar Agente etiológico Vetor Flebotomíneo Principais espécies que causam Leishmaniose no Brasil • 1. Leishmania (Viannia) braziliensis • 2. Leishmania (Viannia) guyanensi • 3. Leishmania (Leishmania) amazonensis • 4. Leishmania (Viannia) lainsoni • 5. Leishmania (Viannia) shawi • 6. Leishmania (Viannia) naiffi Formas evolutivas – vetor - hospedeiros macrófagos Heteroxeno Maxidilan Divisão binária 2 semanas a 3 meses após a picada... A DC B Nódulo Ulceração Úlcera satélite Classificação • Leishmaniose cutânea (LC) • Leishmaniose cutaneomucosa (LCM) • Leishmaniose cutânea difusa (LCD) Dependente da espécie Leishmaniose cutânea Espécies de importância epidemiológica: • L. (V.) braziliensis “Úlcera de Bauru”. • L. (V.) guyanensis “cratera de lua” • L. (L.) amazonenses ulcerações são simples e limitadas • L. (V.) laisoni isolada recentemente. Leishmaniose cutaneomucosa (LCM) Leishmania braziliensis “nariz de anta” mucosas e cartilagens Resultado de um quadro de cura espontânea, que após anos reincide. Leishmaniose cutânea difusa (LCD) • Lesões difusas e não ulceradas L. (L.) amazonensis Inicia com a formação de uma única lesão ulcerada Metástase linfática LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR A B C Figura 5. Vetor e reservatório silvestre e doméstico do complexo L. donovani. A. Fêmea do Lutzomyia longipalpis ingurgitada; B. Dusicyon vetulus reservatório silvestre; C. Reservatório doméstico, cão com lesões de face e de orelha; Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2014. D. Leishmaniose visceral canina: Cão calazarento, com ulceras disseminadas e caquexia. Fonte: REY Parasitologia 2ª edição. D Leishmania donovani Lutzomyia longipalpis (vetor) Dusicyon vetulus (raposa) Cães são os reservatórios domésticos Do ponto de vista epidemiológico, o calazar canino é mais importante que o humano, pois além de ser mais prevalente, o grande número de animais infectados com o parasitismo cutâneo, representa a principal fonte de infecção de L. longipalpis assim como elo doméstico na cadeia de transmissão da doença. FORMAS • Assintomática: sintomas poucos específicos • Aguda: Febre alta, palidez de mucosas, hepatoesplenomegalia pouco acentuada, os pacientes podem apresentar tosse e diarreia. • Crônica ou Calazar Clássico: febre irregular e progressivo agravamento dos sintomas. Com um quadro acentuado de desnutrição que evolui para caquexia acentuada, mesmo sem perda apetite. O aumento do abdômen está relacionado a hepato-esplenomegalia e a ascite • Leishmaniose Dérmica Pós-Calazar: manifestação cutânea atribuída a L. donovani, ocorre após o tratamento da forma visceral. A B Figura 6. Leishmaniose Visceral e Leishmaniose Dérmica Pós-Calazar. A. Paciente com forma crônica ou Calazar, com hepatomegalia, sangramento (de Kapoeta, Sudão do Sul, 2013); B. Paciente com Leishmaniose Dérmica Pós-Calazar, com nódulos na face e com áreas hipopigmentadas. Disponível em https://goo.gl/U95uvf. Acesso 20 out. 2017. Diagnóstico Clínico • Caraterística da lesão presente no paciente, associado a anamnese. • Epidemiologia Diagnóstico Laboratorial • Exame Parasitológico: Exame Direto • Biópsia ou curetagem • (1º escolha - rápido, barato e fácil) Amastigotas Diagnóstico Laboratorial • Intradermorreação de Montenegro: (resposta alérgica) - aplica-se 0,1 mL de Ag, na face anterior do antebraço. A leitura deve ser feita após 48 a 72 horas. É positivo quando a reação for maior que 5 milímetros. Pápula eritematosa • Imunológicos : IFI, ELISA • Pesquisa do DNA do parasito Diagnóstico Laboratorial TRATAMENTO • Pentavalente - Antimoniato de N-metil - glucamina. • Dose recomendada pela OMS = 17 mg /kg /dia. • Quantidade: paciente com média de 60 kg toma 2 ampolas, 20 dias, caso não cicatrize repetir, se persistir a lesão, verificar o porquê, e então continuar o tratamento, ou passar para o medicamento de 2º escolha. • Contra-indicações - gestantes, problemas cardíacos, fígado, rim, chagas, tuberculose. • Efeitos colaterais - náuseas, vômito, dor abdominal, febre, fraqueza, dor de cabeça, tontura, nervosismo (todos moderados). Profilaxia e cuidados • a) diagnóstico e tratamento de todos os doentes, incluindo os assintomáticos; • b) eliminação dos cães com sorologia positiva; • c) combate as formas adultas do flebotomíneo: telas, repelentes, acumulo de matéria orgânica, casas distantes no mínimo 500 m da mata, etc.
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