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artigo de controladoria

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1 
 
UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
Daiany Suellen da Silva 
Verena Rodrigues Bergonso 
 
 
 
 
 
 
CONTROLADORIA COMO FERRAMENTA PARA 
GESTÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 
Nilcal Produtos Infantis Ltda. – ME 
Birigui - SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2010
 
2 
 
DAIANY SUELLEN DA SILVA 
VERENA RODRIGUES BERGONSO 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLADORIA COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO DO SISTEMA DE 
PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2010 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora 
do Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium, curso de 
Ciências Contábeis, sob a 
orientação da Prof.ª M.Sc. Rosiane 
Cristina Sozzo Gouvêa e orientação 
técnica da Prof.ª M.Sc. Heloisa 
Helena Rovery da Silva. 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silva, Daiany Suellen; Bergonso, Verena Rodrigues 
Controladoria como ferramenta para gestão do sistema de 
produção: Nilcal Produtos Infantis Ltda. - ME/ Daiany Suellen da 
Silva; Verena Rodrigues Bergonso. – – Lins, 2010. 
104p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Ciências Contábeis, 2010 
Orientadores: Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa; Heloisa Helena 
Rovery da Silva 
 
1. Controladoria. 2. Sistema de Informação. 3. Produção. I Título. 
 
CDU 657 
 
S579c 
 
4 
 
DAIANY SUELLE DA SILVA 
VERENA RODRIGUES BERGONSO 
 
 
 
CONTROLADORIA COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO DO SISTEMA DE 
PRODUÇÃO 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para 
obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Aprovada em: ____/____/____ 
 
Banca Examinadora: 
 
Profª. Orientadora: Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa 
Titulação: Mestre em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília/SP 
 
Assinatura:______________________________________ 
 
 
1º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
Assinatura:______________________________________ 
 
 
1º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
Assinatura:______________________________________ 
 
5 
 
 A Deus 
 Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois somente Ele, sabe o 
quanto foi difícil a batalha para chegar até aqui e graças a Ele eu venci essa 
batalha e conquistei o meu sonho. 
 Minha Eterna Gratidão 
 Aos Meus Pais 
 Dedico este trabalho ao meu pai com muito carinho e em especial a 
minha mãe, que nunca mediu esforços para que eu chegasse até aqui, sempre 
me apoiando nos momentos mais difíceis, fazendo com que perante as 
dificuldades eu não desistisse nunca. Muito obrigada por tudo e é graças a 
Sra. que me ensinou o caminho certo, que hoje estou aqui realizando o meu 
sonho. Essa conquista também é sua. 
 Amo Muito Vocês!!! 
 Ao Meu Irmãozinho 
 Dedico este trabalho ao meu irmãozinho, que foi preparado por Deus 
para iluminar os nossos caminhos, você é minha riqueza. Obrigada por 
existir. 
 Te Amo Muito... 
 
 Aos Meus Avôs 
 Dedico este trabalho a minha avó Nair, meus avôs Jesus e Sebastião 
que hoje já não se encontram mais aqui no meio de nós, mas que me 
deixaram grandes lições de vida. Meu muito obrigada. Saudade Eterna. E a 
minha avó Josefina a única presente aqui comigo, agradeço por estar sempre 
ao meu lado me dando muito amor e me ajudando no que for preciso. 
 
 A Minha Família 
 Dedico este trabalho a minha Tia e Madrinha Eliete que sempre me 
incentivou, que eu nunca desistisse dos meus sonhos e que sempre batalhasse 
por eles. E a minha Tia Meire e aos meus primos Julio e Marcelo por 
sempre acreditarem em mim. Obrigada. 
 
 Ao meu namorado Tiago 
 Dedico este trabalho a você Tiago, que surgiu na minha vida no 
momento certo e na hora certa, tudo que eu sempre quis, que esteve ao meu 
lado me apoiando e me aconselhando nos momentos mais difíceis, mesmo 
sendo contrariado algumas vezes pela minha ausência soube me 
compreender. 
 Eu Te Amo... 
 Daiany 
 
 
6 
 
A Deus, 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado a oportunidade de estar 
aqui, sempre me auxiliando nas horas difíceis e me dando forças para que 
pudesse vencer mais uma etapa de minha vida. 
 
 
Aos meus Pais 
Agradeço aos meus pais, quem sempre estiveram ao meu lado, nas horas 
difíceis, nas horas de alegrias, sempre prontos para me ajudar, com amor, 
carinho e dedicação o meu muito obrigado. Essa vitoria não é minha essa 
vitoria é nossa. 
 
Amo vocês 
 
Aos meus irmãos 
Agradeço aos meus irmãos, pela paciência e pela força. Obrigada, por fazer 
parte da minha vida, vocês são a razão do meu viver. 
 
Amo vocês. 
 
 
Aos meus avôs 
Aos meus avôs que se já não se encontram mais conosco, por sempre me 
apoiaram e sempre acreditarem em mim, obrigada por tudo.... Estrelinhas. 
 
 Saudades eternas. 
Verena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Agradecimentos 
 
 
 A Deus, 
 Que sempre esteve ao nosso lado, iluminando o nosso caminho, por ter 
estado presente durante esses 4 anos, nos dando forças para que 
pudéssemos realizar esse sonho. 
 
 
 A Empresa Nilcal Produtos Infantis Ltda. – ME 
 Que nos acolheu com muito carinho e atenção, oferecendo-nos 
oportunidades de conhecimentos e podendo colocar em prática o que 
pesquisamos na teoria. 
 Nossa Gratidão. 
 
 
 Aos Orientadores 
 A professora Heloisa Helena Rovery, que esteve sempre ao nosso 
lado nos auxiliando perante as dificuldades o nosso muito obrigado. E em 
especial a Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa, que esteve sempre presente em 
todos os momentos, nos orientando sempre com muito carinho, dedicação e 
paciência que sempre acreditou em nosso potencial e no projeto que 
construímos, seus estímulos foram de muita importância para que nosso 
sonho torna-se realidade. 
 
 
 Aos Professores e Mestres. 
 A todos os professores e mestres que colaboraram no decorrer desses 4 
anos de estudos, transmitindo-nos suas experiências e conhecimentos 
profissionais, sempre dispostos a nos ajudar, o nosso muito obrigado. Um 
carinho especial ao Irso Tofóli que sempre incentivou para que nunca 
desistíssemos de nossos ideais e conseguíssemos realizar nossos sonhos. 
 
 
 Aos Nossos Amigos de Faculdade 
 Agradecemos pela verdadeira amizade que construímos durante esses 
4 anos, pelos momentos maravilhosos que tivemos juntos, desejamos sucesso 
a todos. 
 
 
Daiany e Verena 
 
8 
 
RESUMO 
 
 
Com a intensificação da concorrência no mercado calçadista, as 
empresas para permanecer em uma posição competitiva, necessitam cada vez 
mais apresentar um diferencial, pois os clientes estão exigentes em busca de 
qualidade e melhores serviços. O tema do presente trabalho parte da 
importância da controladoria como uma ferramenta para o processo de gestão, 
evidenciando e reunindo as informações gerenciais nas tomadas de decisões e 
assegurando a continuidade da empresa com qualidade e competitividade. 
Sugere-se a inclusão da contabilidade naempresa com a contratação de um 
profissional contábil efetivo, que auxilia os gestores quando solicitarem 
informações para tomada de decisões. As informações serão extraídas da 
contabilidade, em forma de relatórios gerenciais ágeis em linguagem clara, 
objetiva, tendo-se assim a implantação da controladoria na empresa Nilcal 
Produtos Infantis Ltda.- ME, localizada na cidade de Birigui/SP, com a atividade 
de produção de calçados infantis. A implantação da controladoria na empresa 
com a utilização de um sistema de informações integrado ao processo e 
normas contábil gerenciais, facilmente terá melhor entendimento e 
aproveitamento das informações entre os departamentos, maior rapidez na 
solução de problemas diários, melhor confiabilidade dos dados recebidos e 
repassados. Com base nos aspectos observados na pesquisa, a atuação da 
controladoria contempla a integração do sistema de informações a 
contabilidade, na evidenciação dos objetivos da organização e auxiliar na 
observação e análise de todas as fases da produção. Assim, assegurar na 
criação e geração de informações que utilizadas como ferramenta orientem os 
gestores na tomada de decisões diante das situações de seu dia a dia, 
contribuindo em grande escala, na otimização do resultado global da empresa. 
 
 
Palavras-chave: Controladoria. Sistema de Informações. Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
 
 
 With increased competition in the footwear market, the companies to 
remain in a competitive position, need more and more to present a difference, 
because the customers are demanding in search of quality and best 
services. The theme of this work stems of the importance of controlling as a tool 
for the management process, highlighting and bringing together the 
management information for decision making and ensuring continuity of the 
company with quality and competitiveness. It is suggested the inclusion of the 
accounting in the company with employment of an accounting professional 
effective, which helps the managers when seeking information for decision 
making. The information will be drawn of accounts in form of agile management 
reports in clear language, objective, and thus implantation controlling of the 
company Nilcal Kids Products Ltda .- ME, located in the city of Birigui / SP, with 
the production activitychildren's shoes. The implantation of the company 
controlling with the use of an integrated information system to process 
management and accounting standards, easily will have a better understanding 
and utilization of information among departments, greater speed in solving daily 
problems, improved reliability of data received and forwarded. Based observed 
aspects in the research the acting of controlling contemplates, the role the 
integration of information systems to accounting, in the evidence of organization 
objectives and to auxiliary in the observation and analysis of all phases of 
production. Thus, ensuring in the creation and generation of information that 
used as a tool guide the managers in making decisions in situations of their 
daily lives, contributing in a large extent, in the optimization of the overall result 
of the company. 
 
 
Keywords: Controlling. Information System. Production. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Fachada da empresa ...................................................................... 17 
Figura 2: Esteira de produção ......................................................................... 23 
Figura 3: Gráfico de exportações .................................................................... 35 
Figura 4: Subdivisão do modelo de gestão ..................................................... 41 
Figura 5: Tabela de planejamento operacional ............................................... 43 
Figura 6: Valor das informações ..................................................................... 49 
Figura 7: Interação da informação com o processo decisório ......................... 50 
Figura 8: Sistema de feedback ........................................................................ 52 
Figura 9: Sistema Giga Tron ........................................................................... 58 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Distribuição regional de calçados ................................................... 31 
Quadro 2: Custos diretos ................................................................................ 61 
Quadro 3: Custos indiretos .............................................................................. 62 
Quadro 4: Custo da mão de obra .................................................................... 63 
Quadro 5: Formação de preço de venda......................................................... 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
CFC: Conselho Federal de Contabilidade 
DLPA: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 
DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
DOAR: Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício 
ERP: Planejamento de Recursos Empresariais 
MPEs: Micro e Pequenas Empresas 
NBC T: Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica 
PCP: Planejamento e Controle da Produção 
SIG: Sistemas de Informações Gerenciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15 
 
 
CAPÍTULO I – NILCAL PRODUTOS INFANTIS LTDA. - ME .......................... 17 
1 HISTÓRICO ............................................................................................ 17 
1.1 Estrutura física ........................................................................................ 18 
1.2 Comercialização ..................................................................................... 18 
1.3 Produção ................................................................................................ 19 
1.4 Departamentos da Empresa ................................................................... 19 
1.4.1 Recepção ............................................................................................... 20 
1.4.2 Almoxarifado ........................................................................................... 20 
1.4.3 Corte ....................................................................................................... 20 
1.4.4 Cinegrafia ............................................................................................... 21 
1.4.5 Acabamento ........................................................................................... 21 
1.4.6 Banca ..................................................................................................... 21 
1.4.7 Pesponto ................................................................................................ 21 
1.4.8 Costura ................................................................................................... 22 
1.4.9 Esteira .................................................................................................... 22 
1.4.10 Encaixadeira ........................................................................................... 24 
1.4.11 Expedição ............................................................................................... 24 
1.4.12 Modelagem ............................................................................................. 24 
1.5 Fornecedores .........................................................................................24 
1.6 Clientes ................................................................................................... 24 
1.7 Distribuição ............................................................................................. 25 
1.8 Sistema Giga Tron .................................................................................. 25 
1.8.1 Controle interno ...................................................................................... 26 
1.9 Departamento administrativo .................................................................. 26 
1.9.1 Diretoria .................................................................................................. 26 
1.9.2 Departamento contábil ............................................................................ 26 
1.9.3 Departamento de Compras .................................................................... 27 
1.9.4 Departamento vendas ............................................................................ 27 
 
13 
 
1.9.5 Departamento financeiro ........................................................................ 28 
1.9.6 Departamento de faturamento ................................................................ 28 
 
 
CAPÍTULO II - ABORDAGEM ESPECÍFICA DA DEFINIÇÃO DO SETOR 
CALÇADISTA E A CONTROLADORIA ........................................................... 15 
2 HISTÓRIA DO SETOR CALÇADISTA ................................................... 29 
2.1 Características gerais do setor calçadista ............................................. 29 
2.2 Mercado .................................................................................................. 30 
2.2.1 A distribuição regional da produção de calçados ................................... 30 
2.3 Vantagens do setor calçadista ................................................................ 31 
2.3.1 Objetivos do setor calçadista .................................................................. 32 
2.3.2 Produção de calçados ............................................................................ 32 
2.3.3 Processo Produtivo ................................................................................ 32 
2.3.4 Terceirização .......................................................................................... 33 
2.3.5 Bancas .................................................................................................... 34 
2.4 Mercado interno e externo ...................................................................... 34 
2.4.1 Mercado interno ...................................................................................... 34 
2.4.2 Mercado externo ..................................................................................... 36 
2.5 Controladoria .......................................................................................... 37 
2.5.1 História da controladoria ......................................................................... 37 
2.5.2 Necessidade da controladoria na empresa ........................................... 37 
2.5.3 Missão ................................................................................................... 38 
2.6 Papel da controladoria no processo de gestão ....................................... 38 
2.6.1 Processo de gestão ................................................................................ 39 
2.7 Modelo de gestão ................................................................................... 39 
2.7.1 Modelo de decisão.................................................................................. 40 
2.7.2 Modelo de mensuração .......................................................................... 40 
2.7.3 Modelo de informação ............................................................................ 40 
2.8 A controladoria no processo decisório .................................................... 41 
2.9 Planejamento operacional ...................................................................... 42 
2.9.1 Planejamento estratégico ....................................................................... 43 
2.9.2 Vantagens e desvantagens do processo de planejamento estratégico 
........................................................................................................................... 44 
 
14 
 
2.10 Controller ................................................................................................ 45 
2.10.1 Características da função do controller .................................................. 45 
2.10.2 A qualificação do controller ..................................................................... 47 
2.11 Relatórios gerenciais .............................................................................. 47 
2.11.1 Valor das informações ............................................................................ 48 
2.11.2 O sistema de informações ..................................................................... 49 
2.11.3 Sistemas de informações gerenciais - SIG ............................................ 50 
2.12 Controle .................................................................................................. 51 
2.13 Execução ................................................................................................ 52 
2.14 A importância das demonstrações contábeis para a controladoria. ....... 53 
 
 
CAPÍTULO III - IMPLANTAÇÃO DA CONTROLADORIA NA EMPRESA 
NILCAL PRODUTOS INFANTIS LTDA. - ME .................................................. 55 
3 A PRÁTICA ORGANIZACIONAL .......................................................... 55 
3.1 A informação da empresa ....................................................................... 56 
3.1.1 O sistema de informações na Nilcal Produtos Infantis Ltda. - ME .......... 56 
3.2 Os principais relatórios gerenciais utilizados pela empresa ................... 58 
3.2.1 O fluxo de caixa diário ............................................................................ 59 
3.2.2 Modelo de pedido ................................................................................... 59 
3.2.3 Contas a pagar ....................................................................................... 60 
3.2.4 Contas a receber .................................................................................... 60 
3.3 Custos .................................................................................................... 60 
3.3.1 Relatório de custos diretos ..................................................................... 61 
3.3.2 Relatório de custos indiretos .................................................................. 62 
3.3.3 Relatório de Mão de obra direta e indireta .............................................. 63 
3.4 Formação de preço ................................................................................. 64 
3.4.1 Relatório de formação de preço de venda .............................................. 64 
3.5 Plano de contas ...................................................................................... 66 
3.6 Balanço patrimonial ................................................................................ 66 
3.7 Demonstração do resultado do exercício - DRE ..................................... 67 
3.8 Discussão sobre a importância da implantação da controladoria na 
empresa ............................................................................................................ 68 
3.9 Parecer final ........................................................................................... 69 
 
15 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .....................................................................71 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 72 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 73 
APÊNDICES ..................................................................................................... 76 
ANEXOS ........................................................................................................... 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Com a intensificação da concorrência no mercado calçadista, as 
empresas, para permanecerem em uma posição competitiva, necessitam cada 
vez mais apresentar um diferencial, pois os clientes estão exigentes em busca 
de qualidade e melhores serviços. Dessa maneira, procuram desenvolver uma 
relação satisfatória e duradoura com seus clientes. 
 Para ampliar suas atividades, as empresas necessitam de informações 
gerenciais da controladoria com elementos que agregam resultados como um 
todo e favorecem o processo de tomada de decisões. 
 A controladoria como área administrativa auxilia no processo de gestão, 
por meio de informações de suporte à tomada de decisão, devendo estar 
interligada com todas as áreas da empresa e atuar em todas as fases do 
processo. 
 Assim, a controladoria deve estar voltada para a busca de ações 
estratégicas para se adequar ao mercado econômico e buscar resultados para 
garantir o cumprimento da sua missão e assegurar a continuidade da empresa. 
 Para a controladoria, é importante ressaltar quais dentre os recursos 
empregados pela empresa são os que efetivamente lhe conferem vantagem 
competitiva. 
 A controladoria gera informações para o desenvolvimento das operações 
da empresa, identificando o que é necessário para os procedimentos 
gerenciais e examinando pontos positivos e negativos, fortalecendo as 
estratégias do negócio. 
 Devido à quantidade de informações que são geradas para o 
desenvolvimento das atividades da empresa, nota-se que é necessário 
identificar os procedimentos gerenciais e auxiliar na eficácia. A pesquisa de 
campo foi realizada na Nilcal Produtos Infantis Ltda. – ME, situada na Rua Das 
Palmeiras, nº. 79, na cidade de Birigui – SP, atuando na fabricação de 
calçados infantil, há cinco anos. 
 Os objetivos do presente trabalho são: demonstrar os benefícios na 
implantação da controladoria garantindo informações adequadas ao processo 
decisório, conhecer as funções e os conceitos básicos da controladoria, 
17 
 
identificar a estrutura e as informações da empresa, demonstrar como a 
implantação da controladoria auxilia no processo produtivo, evidenciar os 
benefícios que a empresa pode obter com a controladoria. 
 Diante do que foi pesquisado e observado durante a pesquisa 
exploratória, surgiu o questionamento: Em que medida a implantação da 
controladoria influencia no processo produtivo e no crescimento empresarial? 
 Em resposta a tal questionamento, levantou-se a hipótese de que com a 
implantação da controladoria são geradas maiores informações auxiliando no 
processo de gestão e dando suporte para as tomadas de decisões, 
promovendo êxito no processo produtivo e no crescimento empresarial. 
 O estudo relata uma pesquisa de campo visando às informações 
gerenciais como instrumento que servirá de orientação na implantação da 
controladoria na empresa estagiada. Distingue pela pesquisa descritiva, com 
ênfase em análise documental, utilizando-se de diversos métodos para 
amparar o trabalho realizado. Os métodos e técnicas de pesquisa utilizados, 
estão descritos no capítulo III. 
 O trabalho é composto por três capítulos: 
 O Capítulo I refere-se à origem da empresa, seus departamentos, 
objetivos, marca e produção. 
 O Capítulo II descreve o setor calçadista. Sua origem, conceitos e 
objetivos. Aborda também da controladoria, separadamente. O papel da 
controladoria e do controller, o sistemas de informação e o processo de gestão. 
 O Capítulo III ressalta a aplicação das informações gerenciais e a 
implantação da controladoria na empresa de calçados infantil. 
 Por fim, a Proposta de Intervenção e a Conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
CAPÍTULO I 
 
NILCAL PRODUTOS INFANTIS LTDA. - ME 
 
 
1 HISTÓRICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
Figura 1: Fachada da empresa 
 
 Por meio de um sonho empreendedor e da vontade de ter a sua própria 
fábrica de calçados, a Sra. Lucilene Pedro da Silva iniciou as atividades de 
uma pequena fábrica de calçados infantis no ano de 2005. 
 Com o nome fantasia de Nilkal Calçados, enquadrando-se na categoria 
de microempresa, é propriedade da Sra. Lucilene Pedro da Silva e seu esposo 
Valter Andrade da Silva. Está inscrita com sua razão social Nilcal Produtos 
Infantis Ltda. – ME, no CNPJ sob o número 09.586.159/0001-04 e inscrição 
estadual sob o número 214.178.500.116. 
19 
 
A empresa, quando foi constituída, precisava de uma marca para 
comercialização de seus calçados, sendo escolhida a New Cal, com significado 
de Calçado Novo. 
 O nome apresentava uma forma de escrita difícil de ser lida pelas 
crianças por ser uma palavra inglesa, e assim surgiu a idéia de modificar a 
escrita para facilitar a visualização como Nilkal. Atualmente a empresa, além da 
sua marca Nilkal, também oferece a sua linha de produtos NK. 
O objetivo da empresa é atender às expectativas e principalmente às 
necessidades de seus clientes, assegurando a satisfação, pois sua 
preocupação é a de oferecer um produto cada vez melhor. 
No início de suas atividades, era uma fábrica humilde, com apenas 79 
m² de estrutura física, com uma produção de 240 pares por dia. 
 Atualmente, com o aumento da demanda dos produtos, a empresa está 
localizada na Rua das Palmeiras, número 79, na cidade de Birigui – SP., em 
uma localização de fácil acesso, com vários pontos de referências, sendo um 
ótimo local para a fabricação e comercialização dos produtos. 
 
 
1.1 Estrutura física 
 
 
 A empresa possui uma estrutura física de 300 m². Instalação própria que 
abriga um galpão térreo onde estão localizados todos os maquinários para a 
produção de 1.200 pares por dia e uma sala especial para o modelista, onde 
são criados os desenhos e os designers dos calçados. 
 No segundo andar estão localizados os departamentos administrativos, 
divididos em uma recepção, duas salas para os funcionários, uma cozinha, um 
banheiro e a sala dos sócios proprietários, que gerenciam todo o trabalho 
realizado pela equipe de 30 colaboradores. 
 
 
1.2 Comercialização 
 
 
20 
 
No mercado de fabricação de calçados existe muita competitividade 
presente no dia a dia das empresas, porém, a empresa Nilcal Produtos Infantis 
Ltda – ME, mantém-se sólida, dedicando-se para que seu produto seja 
reconhecido como um produto de qualidade, com sua marca reconhecida e 
podendo expandir seus produtos para mais regiões. 
A comercialização dos produtos é realizada por vendedores que 
realizam a negociação dos valores pela quantidade de pedidos solicitados. 
 O bom resultado nas vendas tem sido a resposta de grande aceitação 
de seus produtos no mercado e da administração da empresa. 
 
 
1.3 Produção 
 
 
 A produção na empresa Nilcal Produtos Infantis Ltda. – ME é 
desenvolvida de forma simples e moderna, transformando a matéria-prima em 
produtos acabados de qualidade. 
A comercialização é de calçados infantis danumeração 16 até 32, tendo 
como produto principal o tênis. 
 No verão, a empresa atua com um diferencial na fabricação de 
sandálias, com o objetivo de sempre atender as necessidades dos clientes com 
qualidade. 
É fornecedora dos produtos nos estados: Paraná, Santa Catarina, Goiás, 
Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo. 
 
 
1.4 Departamentos da Empresa 
 
 
 Os departamentos de uma empresa representam a divisão de trabalho, 
sendo a empresa Nilcal Produtos Infantis Ltda. – ME composta por diversos 
departamentos. 
 
 
21 
 
1.4.1 Recepção 
 
 
 É o departamento responsável pela comunicação interna e externa da 
empresa, além de atender todas as pessoas que por ali passam, dando-lhes 
atenção e informações necessárias para um bom atendimento, sendo de 
responsabilidade de uma funcionária, que exerce a função de 
secretária/recepcionista. 
 
 
1.4.2 Almoxarifado 
 
 
No departamento de almoxarifado, fica armazenado desde o tecido que 
é a matéria-prima principal, até chegar à matéria-prima final, que são os 
produtos para o acabamento e algumas peças usadas na manutenção das 
máquinas. 
O funcionário responsável pelo almoxarifado recebe as mercadorias e 
realiza as conferências de acordo com os pedidos. Depois são separadas e 
encaminhadas para os departamentos, conforme suas necessidades. 
Neste departamento é realizada a armazenagem com cuidado especial 
dos tecidos que são preparados e separados para o corte, o que não é utilizado 
fica armazenado. 
 
 
1.4.3 Corte 
 
 
 Nesse departamento os tecidos são cortados, sendo utilizados os 
balancinhos. 
 O balancinho é uma ferramenta própria utilizada para o corte dos 
tecidos, existem vários tamanhos que correspondem a cada numeração dos 
calçados. 
 
22 
 
1.4.4 Cinegrafia 
 
 
 O departamento de cinegrafia é onde são pintados os desenhos que vão 
ser colocados nos tênis. 
 O desenho chega todo descolorido e é colocado na máquina onde será 
aplicada a cor da tinta sobre o desenho, colorindo o mesmo. 
 
 
1.4.5 Acabamento 
 
 
 No departamento de acabamento, o desenho que já foi pintado é 
colocado sobre o tecido que já está cortado; em seguida as peças são 
colocadas na máquina que prensa um sobre o outro, tornando o tecido pronto 
com o detalhe do desenho. 
 
 
1.4.6 Banca 
 
 
 O departamento da banca é uma mesa grande, onde, após passar pelo 
departamento de acabamento, são separados os tecidos que já estão prontos 
com o desenho. 
 Após esse processo, eles são empacotados e levados para o 
departamento de pesponto. 
 
 
1.4.7 Pesponto 
 
 
 O departamento de pesponto é terceirizado, após passar pela banca é 
levado para as pessoas que fazem esse serviço terceirizado. 
23 
 
 Na própria cidade de Birigui, existem muitas pessoas que fazem esse 
tipo de serviço em suas casas, sendo um serviço que necessita somente de 
uma máquina de costura. 
 O pesponto é toda a parte de costura e velcro do tênis, porém a 
empresa não trabalha com tênis de cadarço. 
 Após a realização do serviço terceirizado, os calçados são levados 
novamente para a empresa. 
 
 
1.4.8 Costura 
 
 
 O departamento de costura é dividido em duas partes: 
a) na primeira parte são costuradas as biqueiras dos tênis, a biqueira é 
toda a parte da frente do tênis; e 
b) na segunda parte são costurados todos os tênis, de forma que 
primeiramente é feita a costura atrás fechando o tênis e depois é 
costurada toda a parte de baixo, deixando uma linha comprida para 
fora para que depois possa dar o formato ao tênis. 
 
 
1.4.9 Esteira 
 
 
 O departamento de esteira é composto por uma esteira grande, que vai 
girando e passando por várias etapas de produção, sendo constituído da 
seguinte forma: 
a) abastecimento da esteira: é onde são colocado todos os tênis, semi-
prontos e os moldes, pois existem vários moldes, sendo um para 
cada numeração; 
b) aquecedor: é onde modela o tênis, o tênis semipronto é aquecido 
num forno; depois de aquecido é encaixado no molde e a linha que 
fica para fora do tênis é puxada, dando a forma original, pois desse 
jeito ele estando quente, modela-se mais fácil; 
24 
 
c) riscador: é onde coloca a sola no tênis e com uma ferramenta 
própria vai riscando, fazendo um contorno em volta da sola, 
marcando onde a mesma fica; 
d) colagem: é onde passa a cola embaixo do tênis para ser colocada 
 a sola, com um pincel é mergulhado na cola e passado onde está
 marcado com o risco, que foi feito anteriormente; 
e) solas: é onde é passada a cola nas solas dos tênis para ser 
montados; 
f) montagem: é onde é encostada a sola junto ao tênis que já está com 
a cola; o tênis é colocado dentro da máquina que está quente e é 
prensada a sola; 
g) finalização: é onde o tênis é tirado do molde e são colocadas as 
luzinhas por dentro da sola do tênis e por último é colocado a 
palmilha; e 
h) revisadeira: é onde o tênis é verificado, sendo conferido o velcro se 
está bom, se o tênis está com excesso de cola e se tem alguma linha 
sobrando. 
 
 
 Fonte: Elaborada pelos autores 
 Figura 2: Esteira de produção 
25 
 
1.4.10 Encaixadeira 
 
 
 No departamento de encaixadeira é verificado se o par de tênis é da 
mesma numeração e depois são colocados nas caixas. É colocado um adesivo 
na caixa com o nome e a numeração do tênis para melhor identificá-lo. 
 
 
1.4.11 Expedição 
 
 
 No departamento de expedição são embaladas as caixas de tênis em 
uma caixa grande de papelão, com a quantidade de calçados que consta nos 
pedidos de cada um dos clientes. 
 
 
1.4.12 Modelagem 
 
 
 O departamento de modelagem é onde fica o profissional modelista, que 
cria os desenhos e os designers dos tênis. 
 
 
1.5 Fornecedores 
 
 
 A empresa possui os seus fornecedores de confiança, com quem realiza 
os negócios, pois para cada tipo de matéria-prima é um fornecedor 
diferenciado. 
 No entanto, a empresa não trabalha com uma grande quantidade de 
matéria-prima, pelo alto custo de armazenagem. A matéria-prima é adquirida 
conforme os pedidos dos seus clientes. 
 
 
26 
 
1.6 Clientes 
 
 
 A empresa possui um cadastro de seus clientes, para um melhor 
controle nas vendas. 
 Os clientes que mais utilizam os produtos da empresa estão situados no 
estado de São Paulo, concentrando 70 % da produção. 
 E para os outros estados como Paraná, Santa Catarina, Goiás, Bahia, 
Rio Grande do Sul, corresponde a 30 % da produção. 
 Suas vendas são 10% à vista e 90% a prazo, por isso tem uma grande 
movimentação de duplicatas a receber. 
 
 
1.7 Distribuição 
 
 
 A empresa não possui veículos próprios para suas entregas. A 
distribuição é feita da seguinte maneira: após o processo realizado no 
departamento de expedição, as caixas ficam armazenadas no mesmo 
departamento, aguardando os clientes buscarem suas encomendas. 
 Cada cliente com o seu próprio transporte desloca-se até a empresa e 
retira seu pedido. 
 
 
1.8 Sistema Giga Tron 
 
 
 O sistema Giga Tron é o atual software utilizado pela empresa em que 
são realizadas as rotinas diárias, sendo que foi desenvolvido para atender as 
seguintes necessidades: 
 a) as exigências fiscais das empresas; 
 b) emissão de orçamentos; 
 c) controle de estoque; 
 d) relatório de faturamento. 
27 
 
 Todos os procedimentos e informações da empresa são distribuídos 
pelo software para abastecer todos os departamentos.1.8.1 Controle interno 
 
 
 O controle interno da empresa Nilcal Produtos Infantis Ltda – ME é feito 
pelos funcionários, através do sistema Giga Tron, de forma simples, mas 
segura que garante aos proprietários um controle sobre as suas atividades, 
assim buscando o melhor desempenho. 
 A fim de poder antecipar possíveis problemas e poder projetar uma 
estratégia para a tomada de decisões, visando uma boa atuação da empresa. 
 
 
1.9 Departamento administrativo 
 
 
 O departamento administrativo é subdividido em: Diretoria, 
Departamento Contábil, Departamento Compras, Departamento Vendas, 
Departamento Financeiro e o Departamento Faturamento. 
 
 
1.9.1 Diretoria 
 
 
As decisões e a administração da empresa estão a cargo da Sra. 
Lucilene Pedro da Silva que, consciente das mudanças constantes na 
economia e no mundo, busca frequentemente conhecimentos do mercado e 
tecnologia para manter seu equilíbrio com o sucesso e a prosperidade dos 
seus negócios. 
 
 
1.9.2 Departamento Contábil 
28 
 
 A contabilidade da empresa é terceirizada para o Escritório Contábil 
Vanguarda, situado na Rua Ribeiro de Barros número 411, na cidade de 
Birigui-SP, o contador responsável é o Sr. Silvio Andriote. 
 No último dia de encerramento do mês, são enviadas todas as notas de 
entradas e saídas pela empresa durante o mês, incluindo também o 
pagamento de funcionários e todas as despesas, pois o escritório fornece todo 
o suporte de que a empresa necessita e trimestralmente elabora o Balanço 
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Controle de 
Estoque e Faturamento. 
 
 
1.9.3 Departamento de Compras 
 
 
 Esse departamento é responsável pela aquisição de todo o material que 
a empresa usufrui, desde consumo, limpeza, matéria-prima, até aquisição de 
imobilizado. 
 A empresa possui informações necessárias para o desenvolvimento do 
trabalho, sempre estando alerta à rotatividade dos produtos com o propósito de 
não deixar faltar material, assim como não permitir que determinados produtos 
fiquem ociosos. 
 A compra é realizada após a aprovação do pedido, que é analisado pelo 
departamento financeiro, este, que avalia e observa a quantidade, valor e a 
necessidade. 
 No departamento de compras, também é realizado o acompanhamento 
da chegada das mercadorias, fazendo as conferências dos pedidos. 
 
 
1.9.4 Departamento Vendas 
 
 
 É o departamento que faz todo o contato com o cliente, desde o serviço 
realizado, o produto, a forma de pagamento e a possível data de entrega. 
29 
 
 O profissional de vendas recebe a orientação do diretor da empresa, 
para que possa atender o cliente com qualidade para que alcance a satisfação 
plena. 
 
 
1.9.5 Departamento Financeiro 
 
 
 Este departamento trabalha em conjunto com o departamento de 
compras e de faturamento; tem como objetivo planejar, acompanhar, receber e 
pagar os compromissos da empresa. 
 
 
1.9.6 Departamento de Faturamento 
 
 
 O departamento de faturamento acompanha o departamento de vendas, 
fornecendo aos vendedores informações sobre clientes, formas de pagamentos 
e demais informações que sejam solicitadas. 
 Após as negociações ocorridas pelo departamento de vendas e as 
análises de crédito, é enviada para os funcionários do faturamento, para que 
possa ser emitida a nota fiscal. 
 Depois da emissão da nota fiscal, esta é enviada ao departamento de 
expedição para que possa ser entregue ao cliente junto com o seu pedido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
CAPÍTULO II 
 
ABORDAGEM ESPECÍFICA DA DEFINIÇÂO DO SETOR CALÇADISTA E A 
CONTROLADORIA 
 
 
2 HISTÓRIA DO SETOR CALÇADISTA 
 
 
 O desenvolvimento econômico do setor calçadista brasileiro iniciou-se 
em 1824, na região do Rio Grande do Sul, no Vale dos Sinos com a chegada 
dos alemães. Além de atuarem na agricultura e criação de animais, eles 
trouxeram consigo a cultura do artesanato, principalmente na parte de couros, 
iniciando com arreios para montaria e, depois de algum tempo, começou então 
a fabricação de calçados no Brasil. O processo de curtimento, que começou de 
maneira rudimentar, aperfeiçoou-se graças ao aporte de tecnologia e 
equipamentos da Europa, permitindo, após o fim da I Grande Guerra, o início 
da exportação de couros. 
 
 
2.1 Características gerais do setor calçadista 
 
 
O setor calçadista brasileiro tem passado, nas últimas décadas, por um 
momento bastante turbulento no que se refere às indústrias. Com a economia 
tendo seus altos e baixos, e a concorrência cada vez mais agressiva, tornam-
se cada vez mais difícil o fator custo da mão de obra, matérias-primas de 
produção, capacidade de financiamento e empreendedorismo (MILANI, 2010). 
 A perda de competitividade no setor calçadista brasileiro para o 
mercado norte-americano deu-se em virtude do aumento da qualidade dos 
calçados chineses e da decadência da participação dos calçados de couro 
norte-americano com a entrada de calçados esportivos e sintéticos. 
 Sendo assim, a China tornou-se uma das grandes concorrentes dos 
países, o que para os outros países tem sido um prejuízo na comercialização 
31 
 
de seus produtos. O grande triunfo de muitas empresas está na criatividade e 
design de seus produtos, uma forma de atrativo para os consumidores, que 
buscam cada vez mais produtos diferenciais, de qualidade, com grandes 
praticidades, esta é a forma que as empresas estão encontrando para 
diferenciar seus produtos dos produtos da China. 
 
 
2.2 Mercado 
 
 
Segundo Corrêa (2001 apud MACHADO NETO; MONTEIRO; ALMEIDA, 
2010), a cadeia calçadista apresenta relevância para a economia brasileira não 
apenas pelo volume de exportação que atualmente já somam 163 milhões de 
pares vendidos pelo mundo, mas tendo um faturamento de U$$ 1.550 milhões 
ao ano, fora as oportunidades de empregos que hoje tem cerca de 550 mil 
empregos ao ano, considerando os empregos diretos das indústrias, de 
calçados, couros, curtumes, fabricante de máquinas, dentre outros que vêm 
crescendo a cada ano. 
 
 
2.2.1 A distribuição regional da produção de calçados 
 
 
Apesar da presença de empresas calçadistas em quase todos os 
estados brasileiros, a produção de calçados é caracterizada pela concentração 
em certas regiões que se especializaram na fabricação de determinados 
produtos. 
 Dentre as empresas maiores do Brasil estão: Franca, Vale dos Sinos, 
Birigui e Jaú, empresas pelas quais são fabricadas grande parte dos calçados 
vendidos no Brasil. 
O quadro a seguir demonstra de uma forma simplificada os estados em 
que mais se concentram empresas nos setores de calçados, buscando sempre 
amplificar suas áreas, suas produções, para que se obtenham mais produtos e, 
decorrente disso, mais empregos. O segmento calçadista brasileiro construiu 
32 
 
uma capacidade produtiva bastante complexa, sob forma de aglomerados 
regionais. 
 
 
ESTADOS EMPRESAS EMPREGOS MEDIA 
EMPREGOS P/ 
EMPRESA 
% EMPREGO 
P/ ESTADOS 
RG DO SUL 2.838 130.418 46 49,76 
SÃO PAULO 2.216 46.372 21 17,69 
CEARÁ 189 36.755 194 14,02 
MINAS GERAIS 1.287 16.974 13 6,48 
BAHIA 89 11.835 133 4,52 
PARAÍBA 96 7.260 76 2,77 
SANTA 
CATARINA 
285 3.998 14 1,53 
RGDONORTE 20 1.609 80 0,61 
OUTROS 542 
 
6.864 13 2,63 
 
TOTAIS 7.562 262.085 35 100,00 
Fonte: MTb - RAIS (apud ABICALÇADOS, 2005) 
Quadro 1: Distribuição regional de calçados 
 
 
2.3 Vantagens do setor calçadista 
 
 
Umas das grandes vantagens que se tem visto entre os fabricantessão 
os sapatos femininos, havendo uma grande procura, porque as mulheres são 
as grandes consumidoras do mercado calçadista. Com isso, os fabricantes têm 
cada vez mais diversificado seus produtos, para que cada vez mais consigam 
atrair novos consumidores. 
A principal vantagem comparativa brasileira é a disponibilidade de 
matéria-prima a baixos custos, assim, o perfil da produção para exportação tem 
se voltado para produtos mais intensivos em matéria-prima e processamento. 
(FRANCISCHINI; AZEVEDO, 2010) 
33 
 
2.3.1 Objetivos do setor calçadista 
 
 
O maior objetivo tem sido atrair os consumidores que vêm cada vez 
mais consumindo produtos e, por meio deles, as fábricas têm se dedicado para 
sempre estar atraindo novos clientes. No mercado, há grande variedade de 
sapatos, para cada tipo de gosto e necessidades especiais, como os 
diabéticos, que necessitam de sapatos exclusivos, portadores de deficiência, 
sempre visando ao cliente, atendendo sempre suas necessidades. 
Outro fator é o lucro crescente objetivando custos menores, porque a 
maioria das empresas buscam apoio para que possam diminuir os custos, 
tendo assim uma lucratividade maior. 
 
 
2.3.2 Produção de calçados 
 
 
O Brasil é atualmente o terceiro colocado no ranking de produção de 
couros, atrás de Estados Unidos e União Européia, sendo o Brasil uma das 
exportadoras mais modernas do mundo. Atualmente são exportados 189 
milhões de pares de calçados para o mundo todo. Hoje a indústria de calçados 
tem uma descontinuidade, ou seja, cada processo é feito por etapas. No caso 
dos calçados, são cinco principais etapas: modelagem, corte, costura 
montagem e o acabamento. (MILANI, 2010) 
 A dificuldade de entrada nesse segmento é maior não apenas por 
razões técnicas, dadas pelo maior custo das máquinas mais avançadas 
tecnologicamente, mas principalmente pela necessidade de criar produtos 
diferenciados e que atendam às variações da moda. 
 
 
2.3.3 Processo Produtivo 
 
 
34 
 
O processo produtivo de calçados de couro é caracterizado pela mão de 
obra e pela descontinuidade do fluxo de produção. Por ser dividida em estágios 
bem diferentes e com operações bastante variadas, a mecanização é difícil e 
ocorre mais dentro de cada etapa. Na prática, a produção, quando vista em 
detalhes, pode variar muito de uma empresa para outra. 
 Dependendo do porte da empresa, sua especialização e público-alvo, 
as etapas ganham detalhamentos que fazem uma indústria bastante 
heterogênea em relação a seu processo produtivo. Essa heterogeneidade 
possibilita a participação no mercado de empresas de diferentes tamanhos, 
operando em segmentos específicos. 
Estas empresas podem se especializar em apenas uma fração do 
processo todo ou em uma das etapas do processo. Elas podem, inclusive, 
tornar-se fornecedoras de outras empresas do ramo. Nos dias atuais, a cada 
26 empresas, 20 terceirizam uma ou mais etapas. 
 
 
2.3.4 Terceirização 
 
 
 A etapa mais frequentemente terceirizada é a da costura, terceirizada 
total ou parcialmente por treze empresas. É a fase que exige menor 
mecanização e, por isso, pode ser mais facilmente organizada por empresas 
menores. 
As micro e pequenas empresas (MEPs) são as que mais terceirizam. A 
terceirização é uma tentativa de reduzir custos. Pagar menos (ou nenhum) 
imposto, principalmente sobre a folha de pagamento, é visto como uma 
alternativa para reduzir o custo de produção. Com a terceirização, as bancas 
de costura, também chamadas de bancas de pesponto e de ateliês, fazem 
parte do processo produtivo. Elas prestam serviços para a indústria de 
calçados, tais como: corte, montagem, costura aplicação de componentes e 
acabamento, porém, grande parte das bancas concentra sua atuação na 
operação de costura. Empregam, em geral, trabalho sem vínculo empregatício. 
 
 
35 
 
2.3.5 Bancas 
 
 
As Bancas são unidades produtivas (oficinas de trabalho) que prestam 
serviços à indústria e seu porte é variado: há aquelas que contam com apenas 
2 ou 3 trabalhadores de uma mesma família; as de porte médio, que empregam 
cerca de 15 ou 20 trabalhadores; e as grandes bancas, que podem empregar 
uma centena de trabalhadores. 
De forma geral, são especializadas em realizar determinadas tarefas que 
fazem parte do núcleo principal da confecção do calçado, como o corte, o 
pesponto etc. No Rio Grande do Sul, essas unidades produtivas são 
denominadas de ateliês.(NAVARRO, 2006 apud LOURENÇO; BERTANI, 2009) 
As bancas são geralmente dirigidas por antigos funcionários das fábricas 
de sapatos ou por pessoas a elas vinculadas. O baixo custo de mão de obra 
permite que elas se constituam em prestadores de serviço a preços bastante 
reduzidos. Outra vantagem lograda pela fábrica-contratante é a de conseguir 
minimizar seus problemas de rotatividade de mão de obra devido a flutuações 
de demanda e sazonalidade. 
 
 
2.4 Mercado interno e externo 
 
 
2.4.1 Mercado interno 
 
 
As empresas calçadistas hoje têm grande importância na economia 
brasileira, não somente pela exportação de pares vendidos no mundo todo, 
mas também pela questão de empregos, que vem crescendo a cada dia, nos 
setores de indústrias de calçados, curtumes, fabricante de máquinas para 
calçados. 
A Abicalçados (2010) afirma que destinar uma parcela da produção de 
calçados para o mercado interno e outra para o mercado externo proporciona 
maior número de clientes e reduz os riscos devido à menor dependência. 
36 
 
Existindo uma parcela para o mercado interno e externo no setor 
calçadista, a chance de aumentarem os clientes é muito grande. Assim, a 
marca é reconhecida em vários cantos do mundo, reduzindo-se a dependência 
de clientes numa mesma área, havendo a expansão de negócios em todo país, 
aumentando consequentemente as vendas e a produção, ou seja, o lucro. 
O crescimento gradual do preço médio, bem como no número de países 
de destino das exportações nos últimos anos, reflete as estratégias atuais das 
empresas calçadistas brasileiras que focam na diversificação de mercados e na 
diferenciação dos seus produtos agregando valor a eles. 
 
 
 
Fonte: MDIC/SECEX (apud SINDICALÇADOS) 
Figura 3: Gráfico de exportações 
 
De 2006 a 2008 é estabelecida a posição que todos os países 
constantes no quadro representam na exportação brasileira. E.U.A é o 
principal destino das exportações brasileiras, posição que ocupa com uma 
margem significativa em relação aos demais países, mesmo com a redução 
gradativa nos últimos anos. 
As atitudes dos consumidores com relação a produtos estrangeiros 
constituem importantes considerações para delinear decisões estratégicas para 
os negócios, especialmente nas áreas de localização internacional de fábricas 
e de marketing. (CORDELL; VICTOR, 1993 apud GIRALDI; MACHADO NETO; 
SANTOS, 2010) 
37 
 
O mercado interno é pouco explorado pela indústria e a demanda 
doméstica é reduzida em função de seu preço mais elevado em relação aos 
concorrentes. Entretanto, existem no mercado produtos sintéticos semelhantes 
aos olhos dos consumidores e com pouco diferencial de preços. 
 Apesar do crescimento da produção, o consumo interno de couro não 
tem crescido na mesma proporção. Além de ocorrer a maior substituição por 
produtos sintéticos e outros materiais, o consumo per capita de produtos de 
couro é pequeno. Como exemplo, o de calçados caiu durante a década de 
1990 e situa-se, hoje, em 2,6 pares por habitante. (SANTOS et al., 2002). 
Porém, com a crise econômica, muitas empresas têm mudado seus 
conceitos em relação ao mercado externo, aproveitando-se assimo mercado 
interno. A indústria de calçados brasileira está redescobrindo o mercado interno 
neste ano, com o abrandamento da crise econômica mundial que refletiu no 
país. (ABDALA apud CURY, 2010). 
De acordo com Abdala (apud CURY, 2010), há pouco mais de quatro 
meses foi aprovada o antidumping, que é uma tarifa sobre a importação de 
calçados chineses, ou seja, as grandes lojas instaladas no país que antes 
compravam calçados chineses, hoje procuram calçados brasileiros para que 
não tenham que pagar essa tarifa. 
 
 
2.4.2 Mercado externo 
 
 
As vendas para o mercado externo também estão animando a indústria 
brasileira. De janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período de 
2009, foi registrado um crescimento no faturamento do setor. 
 Segundo Abdala (apud CURY, 2010): “A tendência é de recuperação do 
mercado externo. Também temos de ficar atentos a isso.” 
 Se antes os maiores importadores dos produtos brasileiros eram os 
EUA, agora, América Latina e Oriente Médio despontam como grandes apostas 
do mercado. No passado, as exportações para os Estados Unidos 
representavam 90%. Atualmente, chegam a apenas 25%. 
38 
 
 De acordo com Abdala (apud CURY, 2010) “Estamos conquistando 
pequenos clientes. Eles são pequenos, mas juntos representam uma enorme 
fatia”. Hoje, o Brasil exporta seus produtos para cerca de 30 países. 
 
 
2.5 Controladoria 
 
 
2.5.1 História da controladoria 
 
 
Com a globalização crescendo em ritmo acelerado, as empresas 
apresentaram necessidades de informações que originassem resultados 
concretos, para que pudessem tomar decisões corretas e rápidas, diante do 
grande mercado competitivo. Daí surge a controladoria, uma importante 
ferramenta a gestão e administração da empresa. 
 Segundo Grande; Beuren (2008), a controladoria surgiu nos Estados 
Unidos no século XX, devido principalmente à verticalização, à diversificação e 
à expansão geográfica das entidades, o que criou uma maior complexidade de 
suas atividades. 
 
 
2.5.2 Necessidade da controladoria na empresa 
 
 
Uma empresa é criada; com o passar do tempo ela se torna madura e, 
em meio a dificuldades em que se encontra para manter a estabilidade, tenta 
se dedicar para a própria sobrevivência e ao crescimento cada vez mais. 
Entretanto, sabe-se que os esforços individuais já não são mais 
suficientes, e é nesse momento que a empresa percebe que precisa de uma 
gestão mais capacitada, através de um processo gestão que consegue 
resultados melhores em suas tomadas de decisões mais concretas. 
39 
 
Para Catelli (2006, p.345), a Controladoria, como unidade administrativa, 
é o “...orgão aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que 
conduzam à otimização do resultado global da organização”. 
 
 
2.5.3 Missão 
 
 
A controladoria tem a missão de viabilizar e aperfeiçoar a aplicação de 
conceitos de gestão econômica dentro de uma entidade, a fim de aperfeiçoar 
os resultados da empresa. A diferença entre o resultado que a empresa teria 
sem uma controladoria estruturada para atender aos preceitos da gestão 
econômica, seria de resultados não satisfatórios e de grandes oportunidades 
perdidas. A controladoria, por sua vez, ficou com a missão de fornecer 
informações precisas e oportunas paras as tomadas de decisões dos gestores. 
Segundo Catelli (2006, p.346), “a missão da Controladora é assegurar a 
otimização do resultado econômico da organização”. 
E para cumprir essa missão, é necessário alcançar os seguintes 
objetivos: 
a) promover a eficácia organizacional; 
b) viabilizar a gestão econômica; e 
c) promover a integração das áreas de responsabilidade. 
Deve ser capaz de analisar as informações obtidas de diversas áreas, 
disponibilizando projeções de resultados econômicos frutos desta análise, 
fornecendo-as, por fim, em tempo hábil para aqueles por elas interessados, a 
fim de orientar as tomadas de decisões. 
 
 
2.6 Papel da controladoria no processo de gestão 
 
 
A controladoria tem um papel muito importante dentro do processo de 
gestão, pois sua finalidade é a de buscar informações, pois é através destas 
que a gestão irá tomar grandes decisões, para que haja um resultado melhor 
40 
 
ao mês anterior, sempre buscando resultados satisfatórios. No atual cenário, 
hoje a controladoria passa a ter um papel fundamental nas empresas, que é a 
de gerenciar todo processo de informação de uma entidade, que pode se dividir 
em dois grupos: usuários internos e usuários externos. 
Segundo Roehl-Anderson; Bragg (2004 apud SCHMIDT; SANTOS, 
2006), o papel inicial da controladoria era muito simples: a equipe da 
controladoria tinha como principal função o processamento das transações que 
apoiavam as operações do negócio. 
 
 
2.6.1 Processo de gestão 
 
 
No foco da gestão, os usuários internos são mais importantes que os 
usuários externos, porque é por meio das informações internas que a 
controladoria vai conseguir administrar com todas as informações necessárias 
para tomadas de decisões, ou seja, seus planejamentos. Para que uma 
entidade possa gerar informações gerenciais eficazes é preciso que haja: 
a) plano de contas bem estruturado e adequado à empresa; 
b) registros dos fatos contábeis, nas datas próximas ao ocorrido; 
c) fechamento contábil mensal; 
d) contas patrimoniais, de custos e despesas devidamente 
reconciliadas. 
Segundo Figueiredo; Caggiano (2006), o processo de gestão serve de 
suporte ao processo de tomada de decisão e realiza-se por meio dos seguintes 
passos: planejamento estratégico, planejamento operacional, programação, 
execução e controle. 
Os sistemas de informações da empresa devem, portanto, ser 
estruturados de forma a suprir necessidades do processo de gestão da 
empresa, nas fases de planejamento, execução e controle de suas atividades. 
 
 
2.7 Modelo de gestão 
 
41 
 
O modelo de gestão gera a missão e os valores de uma entidade e, para 
que se tenha um modelo de gestão, é preciso três fundamentais princípios. 
 
 
2.7.1 Modelo de decisão 
 
 
É o primeiro modelo a ser definido, pois é através da decisão dos 
gestores que a controladoria buscará informações, e o entendimento para que 
se possam atender às necessidades dos gestores, para que a decisão tomada 
seja a mais correta possível, tendo se assim um excelente resultado. Assim, a 
controladoria entra antes e depois das decisões, assegurando a continuidade 
da empresa. 
 
 
2.7.2 Modelo de mensuração 
 
 
 A correta mensuração é considerada uma dificuldade para muitas 
empresas, necessitando das características dos gestores para mensurá-las. 
 A responsabilidade das informações da mensuração é totalmente da 
controladoria, tendo dois modelos principais de mensuração: mensuração de 
entrada e mensuração de saída. 
 A mensuração de entradas é a mais utilizada para a elaboração de 
relatórios contábeis, por possuir maior facilidade de identificação de valores. A 
mensuração de saída não é aceita para fins societários, por serem subjetivos 
demais. 
 
 
2.7.3 Modelo de informação 
 
 
Tem como principal gestor a controladoria, sendo o sistema de 
informações a principal ferramenta para a tomada de decisões. 
42 
 
Uma vez identificadas as necessidades dos gestores, a controladoria 
vem gerar as informações corretas, para que as decisões atinjam a missão da 
empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
 
Fonte: SCHMIDT; SANTOS (2006, p.35) 
Figura 4: Subdivisão do modelo de gestão 
 
 
2.8 A controladoria noprocesso decisório 
 
 
 O processo decisório é influenciado pela atuação da Controladoria por 
meio das informações de planejamento e controle. 
 As informações de planejamento e controle exigem sistemas de 
informações que suportem essas decisões. A missão da Controladoria é 
otimizar os resultados econômicos da empresa por meio da definição de um 
MISSÃO 
MODELO DE 
GESTAO 
CRENÇAS E 
VALORES 
MODELO DE 
DECISÃO 
MODELO DE 
MENSURAÇÃO 
MODELO DE 
INFORMAÇÃO 
PLANEJA-
MENTO 
EXECUÇÃO 
CONTROLE 
AVALIAÇAO 
ENTRADA 
SAÍDA 
OBTER 
DADOS 
PROCESSAR 
GERAR 
INFORMA- 
ÇÕES 
43 
 
modelo de informações baseado no modelo de gestão. (OLIVEIRA; PEREZ 
JR.; SILVA, 2005) 
 O papel da Controladoria é, portanto, auxiliar a gestão da empresa, 
fornecendo alternativas econômicas, através das informações, e repassá-las 
para auxiliar no processo decisório. 
 Diante disso, o controller exerce influência na organização à medida que 
norteia os gestores para que mantenham sua eficácia e a da organização. 
(OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2005) 
 No planejamento estratégico, seu papel é auxiliar o principal executivo e 
os demais gestores na estratégia, fornecendo informações rápidas e confiáveis 
sobre a empresa. 
 No planejamento operacional, seu papel é desenvolver um planejamento 
com base nas informações atuais, associando para otimização das análises. 
 
 
2.9 Planejamento operacional 
 
 
 O planejamento operacional é a mais básica de todas as funções 
gerenciais e a habilidade com que esta função é desempenhada é o que 
determina o sucesso de todas as operações. 
 Conforme Mosimann, Fisch (1999), o planejamento operacional consiste 
na definição de políticas e metas operacionais da empresa consubstanciadas 
em planos para um determinado período de tempo, em consonância com as 
diretrizes estratégicas estabelecidas. 
 Para a execução do planejamento operacional, utiliza-se do sistema de 
informações em cada etapa de elaboração como suporte. 
 Sua finalidade é de maximizar os recursos da empresa aplicados em 
operações de determinado período. Este tipo de planejamento, geralmente, é 
de curto e médio prazo e envolve decisões mais descentralizadas, mais 
repetitivas e de maior reversibilidade. 
 
 
44 
 
 
 
Fonte: VALENTIM (2008) 
Figura 5: Tabela de planejamento operacional 
 
 
2.9.1 Planejamento estratégico 
 
 
 O Planejamento estratégico é uma ferramenta usada por gestores e 
administradores, com o objetivo de assegurar o cumprimento da missão e da 
continuidade da empresa. Evitam-se, assim, as ameaças, aproveitando as 
oportunidades, utilizando seus pontos fortes, para então superar as deficiências 
dos pontos fracos. 
O Planejamento estratégico teve três fases em sua história. A primeira 
fase: produção em massa, entre 1900 e 1930, que caracterizou a estabilidade 
Análise dos 
objetivos 
Planejamento do 
uso do tempo 
Planejamento 
dos recursos 
Avaliação dos 
riscos 
Políticas e 
procedimentos 
Estrutura 
organizacional 
Estabelecimento do 
cronograma 
Elaboração do 
orçamento 
45 
 
ambiental e a pouca interferência governamental, tendo nesse período a 
preocupação de desenvolvimento de novos métodos de produção e de custos. 
A segunda fase, marketing em massa, dentre 1930 e 1950, tendo nesse 
período o foco no ambiente externo, buscando compreender os desejos dos 
consumidores, para colocá-los em seus planejamentos. 
A terceira, era da informação, vindo de 1950 até os dias atuais, é 
marcada por um ambiente turbulento, com o grande crescimento acelerado, 
mercados instáveis, tendo a ferramenta de planejamento um pouco 
ultrapassada, procurando buscar novas soluções que auxiliassem as empresas 
a se manterem equilibradas. 
 Com a necessidade de novas ferramentas que pudessem auxiliam os 
gestores, houve o surgimento do planejamento estratégico. O planejamento 
estratégico tem o propósito de permitir, através de suas ferramentas, às 
empresas modelarem o futuro ao invés de apenas tentar antecipá-los. 
Catelli (2006, p.172) descreve: “o planejamento estratégico é um 
compromisso, não uma previsão ou expectativa de uma área qualquer”. 
 
 
2.9.2 Vantagens e desvantagens do processo de planejamento estratégico 
 
 
O planejamento estratégico é algo que se faz antes de agir, ou seja, é 
uma decisão tomada antecipadamente. De fato, o planejamento estratégico é 
um conjunto de decisões; para cada decisão tomada surge um efeito para o 
benefício da empresa. 
Ackoff (apud NASCIMENTO; REGINATO, 2009) observaram que, 
embora os executivos necessitem crescentemente de informações relevantes, 
as quais são o foco básico dos sistemas de informações gerenciais, eles são, 
ao mesmo tempo, vítimas de uma abundância de informações irrelevantes. 
Segundo Jones (apud NASCIMENTO; REGINATO, 2009), a expressão 
domínio organizacional refere-se ao território de atuação de uma empresa, 
representa a amplitude de suas relações com o ambiente, definida pelo tipo de 
bem ou serviço que produz, pelos seus clientes e pelas entidades as quais ela 
serve. 
46 
 
Entretanto, o planejamento estratégico poderá ser não apenas um 
instrumento a ser utilizado pela administração, mas também como uma grande 
ferramenta usada para o controle gerencial interno, permitindo-se o 
comportamento organizacional, para que assim seus objetivos sejam 
realizados dentro de uma organização. 
Segundo Lorange (apud NASCIMENTO; REGINATO, 2009), o foco de 
um processo eficaz de planejamento deveria, então, ser o de como utilizar o 
conhecimento das pessoas da organização, da melhor maneira possível, isto é, 
como fazê-las serem mais produtivas. 
 
 
2.10 Controller 
 
 
 O controller é o profissional encarregado do departamento de 
Controladoria, seu papel é gerenciar um eficiente sistema de informação, zelar 
pela continuidade da empresa, fazendo com que as atividades desenvolvidas 
alcancem resultados satisfatórios. 
 O controller tem como tarefa manter o executivo principal da companhia 
informado sobre os rumos que ela deve tomar, aonde pode ir e quais os 
caminhos que devem ser seguidos. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2006) 
 Devido a sua importância como órgão de controle e assessoria, o 
controller deve ser um profissional de alto nível na empresa, sendo o ideal em 
nível de diretoria, já existindo, em alguns grupos empresariais, o cargo de 
Diretor de Controladoria. 
 
 
2.10.1 Características da função do controller 
 
 
 As funções do controller são tratadas com mais amplitude e dinamismo, 
sendo considerado um elemento muito importante no sucesso da empresa.
 Desta maneira, não se pode mais distinguir a função do controller 
47 
 
simplesmente como o gerente da controladoria, mas sim, como o profissional 
mais completo em termos de gestão empresarial. 
 O moderno controller deve ter uma visão proativa, permanentemente 
dirigida para o futuro. Deve, de acordo com Tung (apud OLIVEIRA; PEREZ 
JR.; SILVA, 2005): 
a) ter capacidade de prever os problemas que poderão surgir e de 
coletar as informações necessárias para as tomadas de decisão; 
b) possuir o necessário discernimento para tomar a iniciativa na 
elaboração de relatórios, quando necessário; 
c) fornecer as informações específicas a cada usuário, preparadas na 
linguagem do executivo que as recebe; 
d) traduzir os desempenhos passados e presentes em gráficos de 
tendência e em índices, uma vez que os números, por si só, podem 
não ser suficientes na tarefa de auxiliar a administraçãoda empresa; 
e) ter uma visão proativa e preocupada com o futuro, visto que pouca 
coisa pode ser feita na prática, devido à análise ser restrita aos fatos 
passados, porque não podem mais ser gerenciáveis; 
f) elaborar relatórios da forma mais rápida possível, gerando 
informações atualizadas e confiáveis. 
g) insistir na análise e estudo de determinados problemas, mesmo que 
os executivos das áreas envolvidas não estejam dando a devida 
atenção para os fatos reportados pela Controladoria; 
h) sempre que possível assumir a posição de conselheiro ou exercer o 
papel de consultor na busca de solução para os problemas, nunca a 
de crítico; 
i) ser imparcial e justo em suas críticas e comentários ao desempenhar 
as funções de controle e avaliação do desempenho dos demais 
departamentos e executivos da organização; 
j) ter a capacidade de vender suas ideias, em vez de procurar impor 
suas opiniões, por mais válidas e interessantes que elas sejam; 
k) ter, principalmente, a capacidade de compreender que, no 
desempenho de suas funções, suas contribuições para outras áreas 
sofrem limitações. 
 
48 
 
2.10.2 A qualificação do controller 
 
 
 Nos tempos atuais de avanços tecnológicos acelerados e de ciclos de 
mudanças, o controller deve ser um profissional multifuncional, ou seja, deve 
acumular experiências nas áreas contábeis, financeiras e administrativas. 
 Devido às necessidades para o exercício do cargo, as funções tornaram-
-se complexas e desafiadoras, não havendo mais espaço para o profissional do 
passado que apenas cumpre as tarefas rotineiras. 
 Para atender às exigências do mercado de trabalho, os conhecimentos 
exigidos para desempenho das funções de controller são (OLIVEIRA; PEREZ 
JR.; SILVA, 2005): 
a) contabilidade e finanças; 
b) sistemas de informações gerenciais; 
c) tecnologia de informação; 
d) aspectos legais de negócios e visão empresarial; 
e) métodos quantitativos; 
f) processos informatizados da produção de bens e serviços. 
 Para enfrentar esses novos obstáculos, o controller precisa possuir, 
além de todos os requisitos exigidos, novas habilidades, tais como: práticas 
internacionais de negócios, controles orçamentários, planejamento estratégico 
e ser um profissional de fácil relacionamento. 
 
Ressalta-se também, como qualidade importante, a visão de 
negócios, para tornar possível sua efetiva atuação no business plan 
da organização. Esse aspecto, de reconhecida preocupação por parte 
dos empresários, nem sempre tem merecido os devidos cuidados 
pela equipe da Controladoria. (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2005, 
p.22) 
 
 O controller é reconhecido como capacitado devido à prioridade alta que 
é dada a propósito dos seus conhecimentos sobre os negócios da empresa. 
 
 
2.11 Relatórios gerenciais 
 
 
49 
 
São os documentos que consolidam, de forma estruturada, as 
informações para tomadas de decisões. Os relatórios gerenciais têm a 
finalidade de fornecer informações precisas e pontuais, capazes de auxiliar na 
melhor tomada de decisão, conforme objetivos e estratégias da organização. 
Os relatórios gerenciais podem ser apresentados de diversas maneiras: 
a) convencional – relatório físico, dossiê; 
b) moderno – boletim eletrônico via e-mail, página na web etc. 
A estrutura dos relatórios gerenciais pode ser diversificada de acordo 
com a atividade desenvolvida pela organização e com as informações e tópicos 
que lhes são relevantes para o processo decisório. 
De modo geral, a estrutura dos relatórios é composta pelos itens: 
a) números: refletem o momento atual e o anterior para fim de análise 
das evoluções e involuções e apresentam a situação desejada; 
b) gráficos: facilitam o entendimento do cenário atual através da 
exposição visual; 
c) comentários: minimizam a divergência na interpretação das 
informações apresentadas; 
d) decisões/ações: expressam os procedimentos adotados pelo 
executivo.Podem representar possibilidades alternativas a serem 
adotadas no desenvolvimento dos trabalhos; 
e) resultados: expressam a meta (ou metas) a ser (serem) alcançada (s) 
através das ações e decisões com base nas informações 
representadas pelos números, gráficos, etc. 
 
 
2.11.1 Valor das informações 
 
 
 A importância das informações tem sido de grande auxílio aos 
executivos, mas, muitas vezes podem prejudicá-los diante da necessidade de 
informações mais relevantes, isto é, as informações que desejam e precisam 
diante de determinado período, para que haja um desempenho melhor. 
Portanto, é de grande importância a Sistema de Informação Gerenciais (SIG), 
50 
 
de modo que se possa trabalhar em tempo real, sistemas eficientes 
devidamente integrados às decisões empresariais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: OLIVEIRA (2005, p.48) 
Figura 6: Valor das informações 
 
 
2.11.2 O sistema de informações 
 
 
O sistema de informações é o conhecimento que auxilia os gestores no 
processo decisório, proporcionando mais eficácia nas tomadas de decisões. 
Segundo Oliveira (2008), sistema é um conjunto de partes interagentes e 
interdependentes que, conjuntamente, forma um todo unitário com determinado 
objetivo e efetua determinada função. 
O objetivo básico da informação é de fazer com que as empresas 
alcancem seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis e tem sido 
também medida pela relação do custo para obter os benefícios de seu uso. 
Atualmente, com a globalização em ritmo acelerado, as empresas têm 
necessitado de informações que estabeleçam importantes fundamentos para a 
IMPAC-
TO NAS 
DECI- 
SÕES 
TEMPO 
DE 
UTILI-
ZAÇÃO 
UTILIDA-
DE DA 
INFOR-
MAÇÃO 
VALOR 
DA 
INFOR-
MAÇÃO 
 
 
51 
 
empresa, para que através destas informações os gestores possam tomar 
decisões mais adequadas às necessidades da empresa. 
Smith (apud OLIVEIRA, 2008) já alertava para um irônico dilema dos 
executivos, que corresponde ao grande volume de informações geradas pelo 
sistema macroeconômico e pelas empresas as consequentes insuficiência e 
inadequação das informações necessárias para a correta tomada de decisões. 
 
 
2.11.3 Sistemas de informações gerenciais – SIG 
 
 
O SIG foi feito para oferecer aos executivos as informações seguras 
para a tomada de decisões que resultem nos objetivos estabelecidos. 
Segundo Oliveira (2008), sistemas de informações gerenciais é o 
processo de transformação de dados de informações que são utilizadas na 
estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação 
administrativa para aperfeiçoar os resultados esperados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: OLIVEIRA (2005, p.41) 
Figura 7: Interação da informação com o processo decisório. 
 
FONTES DE 
INFORMAÇÃ
O INTERNA 
FONTES DE 
INFORMAÇÃO 
EXTERNA 
INFORMAÇÃO 
RELEVANTE 
PARA 
DECISOES 
TOMADA 
DE DECISÃO 
DECISAO 
EFEITOS 
SOBRE O 
AMBIENTE 
EFEITOS 
SOBRE A 
EMPRESA 
COMPARAÇÃO 
COM OS 
PADRÕES 
AÇÃO 
CORRETIVA 
NECESSÁRIA 
52 
 
O SIG deve ser implantado e muito bem desenvolvido, tendo sempre a 
colaboração na adequação das empresas, nos pontos básicos para as 
economias tanto nacionais, quanto internacionais. Portanto, o SIG deve ser 
visto como um instrumento administrativo de grande importância para os 
executivos das empresas. 
Segundo Ein-Dor; Segev (apud OLIVEIRA, 2005), é um sistema voltado 
para a coleta, armazenagem, recuperação e processamento de informações 
que são usadas ou desejadas por um ou mais executivos no desempenho de 
suas atividades. 
Através dos sistemas de

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