Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
10/03/2018 1 Anatomia Radiológica dos Exames contrastados Trato Biliar 10/03/2018 2 Trato Biliar O exame radiográfico contrastado do sistema biliar, envolve o estudo da: • Produção • Transporte • Armazenamento Trato Biliar O fígado • Maior órgão sólido do corpo humano: 1,5kg • Ocupa maior parte do quadrante superior direito. • Sua função mais aplicável ao estudo radiográfico é a produção da grande quantidade de bile. Secreta 800ml á 1L de bile por dia. 10/03/2018 3 Trato Biliar Para que haja compreensão do exame radiográfico do sistema biliar é necessário o conhecimento de anatomia e fisiologia básica do fígado, vesícula biliar e ductos biliares conectores. 10/03/2018 4 Trato biliar A vesícula biliar Saco com forma de pera composto por 3 partes: Fundo Corpo Colo Funções: Armazenar bile Concentrar bile Contrair-se quando estimulada Quais as funções da vesícula biliar ? 10/03/2018 5 Exame Radiográfico Colecistograma Oral Colecistograma Oral • Exame radiográfico que permite visualizar a função da vesícula biliar, analisando conteúdo, capacidade de concentração e contração da mesma. Nota: Hoje em dia esse exame é pouco realizado porque foi substituído com vantagens pela ultrassonografia e pela tomografia computadorizada, ficando reservado apenas para locais que não dispõem desses recursos. 10/03/2018 6 Colecistograma Oral • Indicações • Suspeita da existência de cálculos biliares • Dor na parte superior direita do abdome • Icterícia e intolerância aos alimentos gordurosos • Sintomas que sugerem a presença de obstruções da vesícula e/ou dos condutos biliares. 10/03/2018 7 • Colecistites, • Neoplasias • Estenoses e anomalias congênitas da árvore biliar • Endurecimento da bile contida na vesícula em virtude de um excesso de colesterol • Lentidão no desenvolvimento da vesícula Qual o meio de contraste utilizado para realização do exame de Colecistograma/Colecistografia oral ? 10/03/2018 8 Colecistograma Oral • Contra indicações Doenças hepáticas ou renais avançadas. Doenças gastrointestinais ativas que impeçam a absorção do contraste oral. Hipersensibilidade a compostos de iodo. NÃO fazer o exame em pacientes que estejam grávidas. NÃO fazer o exame em pacientes alérgicos ao contraste iodado. Pacientes com outras doenças específicas devem ser avaliados pelo médico antes do exame. Cite pelo menos 3 contra indicações para realização do exame Colecistograma Oral. 10/03/2018 9 O exame • Preparo: • No dia anterior ao exame realizar refeições leves sem gorduras. • Ingerir seis comprimidos de ácido iopanoico no almoço e seis comprimidos no jantar, após mastigá-los com intervalos de cinco minutos entre cada um. • Esses comprimidos não devem ser tomados por pacientes ictéricos. • Geralmente um enema será aplicado antes da realização do exame, para limpar os intestinos, segundo orientação médica. O exame • A colecistografia pode ser realizada em regime hospitalar ou ambulatorial. • O paciente deve vestir uma camisola leve, fornecida pelo local dos exames e não usar qualquer adereço na região a ser examinada. 10/03/2018 10 O exame • Após 15 horas da tomada do contraste, quando ele está sendo excretado, deverá ser feita uma radiografia da região biliar que registrará o estado da vesícula e dos ductos biliares. • Se for pedido também um exame da capacidade da vesícula, uma refeição gordurosa pode ser dada ao paciente, para estimular a vesícula. Posicionamentos • Decúbito Lateral direito (PA) • RI: 24X30 No sentido do comprimento Posição do paciente: Paciente é posicionado sobre almofadas radiotransparentes, deitado sobre o lado direito de frente para mesa ou porta receptor. (Almofadas separadas para os quadris e os ombros permitem que a vesícula biliar caia mais livremente longe da vértebra.) Providencie travesseiros para a cabeça, braços acima da cabeça, joelhos fletidos um sobre o outro. Prenda as rodas da maca para que o paciente não caia. 10/03/2018 11 Posicionamentos • Decúbito Lateral direito (PA) Ajuste a maca e/ou receptor do centro da vesícula biliar (VB) ao RC e até o filme. Sem rotação, assegure-se de que os quadris e os ombros estejam numa posição lateral verdadeira. DFR:100cm Respiração: Prender a respiração em expiração PA é preferida devido a localização mais anterior da vesícula A posição de decúbito provoca uma "queda" da vesícula biliar, afastando-a da coluna vertebral. 10/03/2018 12 Posicionamentos • Incidência PA Ortostática (Vesícula Biliar) • RI: 24x30 L Posição do Paciente Paciente de pé, de frente para a mesa e/ou IR, braços ao lado do corpo. Posição da Parte Alinhe um ponto do abdome de cerca de 5 cm à direita do plano medio sagital do RC à linha média da mesa ereta. OBS: Abra os pés e distribua o peso corporal uniformemente em ambas as pernas para a estabilização. No caso de paciente astênico, rode 10° a 15° OAE para afastar a vesícula biliar da coluna vertebral. Posicionamentos Raio Central Horizontal, direcionado para a vesícula biliar, o qual será 2,5 a 5 cm mais inferior do que a radiografia simples de abdome em decúbito ventral Chassis centralizado ao RC. DFR: 100 cm. Respiração: Prenda a respiração em expiraçâo. Observação: Esse pode ser tomado como um AP, se necessário, mas a incidência PA é preferida por causa da localização mais anterior da vesícula biliar. 10/03/2018 13 10/03/2018 14 Por que a incidência em PA é a mais utilizada para realização do exame do trato biliar ? Radiografias em Centro Cirúrgicos Recomendações: • Comunique-se com a equipe cirúrgica a respeito da posição do paciente, posicionamento do filme e localização do RC. • Expor depois de o cirurgião injetar contraste e o anestesiologista interromper o movimento do paciente. • Quando possível, realizar uma radiografia simples antes do começo da cirurgia. 10/03/2018 15 10/03/2018 16 10/03/2018 17 Em que ocasião deve ser realizado a aplicação local do contraste Iodado para realização do exame ? Relato de caso • Uma jovem de 18 anos com episódios de cólica biliar nos últimos três anos apresentou há três meses quadro de prurido intenso, icterícia flutuante, diarreia e emagrecimento (10 kg em três meses). • Procurou auxílio médico por dor abdominal intensa, sendo evidenciado sinal de vesícula dilatada, além dos sinais e sintomas apresentados anteriormente. • A ecografia (ECO) e a tomografia abdominal (TC) demonstraram ausência de cálculos biliares, mas constataram obstrução e dilatação coledociana de 1,7 cm. • A Colangiografia intra-operatória mostrou dilatação das vias biliares e à palpação constatou-se massa densa com 2 cm de extensão, sugerindo neoplasia maligna. • 10/03/2018 18 • A paciente teve alta hospitalar no décimo terceiro dia pós- operatório com diagnóstico histológico de adenomioma. • Estudos através de biópsia demonstrou negatividade para tumor de células estromais (neoplasia não-epitelial do intestino delgado). • Três meses após o procedimento a doente encontra-se assintomática.
Compartilhar