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5ª Jornada Científica e Tecnológica da FATEC de Botucatu 24 a 27 de Outubro de 2016, Botucatu–SãoPaulo, Brasil DIAGNÓSTICO DA TENDINITE POR ULTRASSONOGRAFIA EM EQUINOS Nayara Maria Gil Mazzante1 Jéssica Leite Fogaça1 Vânia Maria Vasconcelos Machado2 1 Aluna de Pós-Graduação em Biotecnologia Animal (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) UNESP de Botucatu 2 Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (UNESP de Botucatu) Resumo: O tendão é uma faixa espessa de tecido conjuntivo fibroso que age como um intermediário na ligação do músculo ao osso. Os tendões são compostos de um tecido conjuntivo denso, regular e possuem um arranjo específico que reflete as demandas mecânicas desse tecido (STASHAK, 2006). As lesões tendíneas tem uma incidência de 7 a 43% dentre as lesões que acometem o cavalo de corrida e representam um enorme prejuízo ao turfe uma vez que os cavalos acometidos permanecem longos períodos afastados dos treinos e competições (MIKAIL, 2008). Segundo THOMASSIAN (2005), tendinite é o processo inflamatório que pode acometer principalmente os tendões flexores e suas bainhas sinoviais dos membros anteriores dos cavalos de corrida, ou do membro posterior dos cavalos de sela e tração, podendo também acometer animais de outras modalidades esportivas. Podendo as lesões variar de pequenas separações a uma completa ruptura do tendão (SANTOS, 2010). Este trabalho tem como objetivo descrever a importância do método de diagnóstico da tendinite por ultrassonografia em equinos. Embora o exame clínico seja fundamental, a ultrassonografia permite uma avaliação mais precisa e precoce das estruturas envolvidas (PASIN et al, 2000), além de ser um método não invasivo de visualizar tecidos moles (HAN, 2007). O exame ultrassonográfico permite identificar não só a presença de lesão como também a sua localização e o grau de severidade, através de uma avaliação quantitativa (quanto ao tamanho ocupado pela lesão longitudinalmente e transversalmente) e qualitativa (pelo grau de ecogenicidade e paralelismo) da lesão (MIKAIL, 2008), além da sua extensão e monitoramento de recuperação (NYLAND, 2005). O tendão flexor digital superficial (TFDS) e o tendão flexor digital profundo (TFDP), bem como o ligamento suspensor e a brida do tendão flexor profundo (check distal), são compostos por densas fibras lineares mais ecogênicas do que do tecido frouxo adjacente. Como essas estruturas apresentam ecotextura uniforme, anormalidades como hemorragia, edema, ruptura de fibras e lesões inflamatórias aparecem como áreas hipoecóicas na estrutura; essas lesões, podem se apresentar como grandes bolsas centrais ou como uma anormalidade difusa. Também, a presença de líquido nas bainhas tendíneas é notada adjacente às estruturas e bainhas. Já as lesões cicatrizadas tendem a ser isoecoicas ou hiperecoicas com relação à estrutura adjacente (KNELLER, 2010). A avaliação ultrassonográfica pode ser realizada a cada oito semanas após o diagnóstico da lesão ou previamente ao aumento do nível de exercício do animal. A melhora é considerada quando há uma diminuição na área do tendão ou da lesão no corte transversal (MIKAIL, 2008). Desta forma, pode-se concluir que a ultrassonografia é uma técnica não invasiva que auxilia no diagnóstico, acompanhamento e prognóstico de lesões de tendões e ligamentos; permitindo assim uma avaliação mais precisa e precoce das estruturas envolvidas, e identificando não só a presença de lesão como também a sua localização e o grau de severidade, além da sua extensão e monitoramento de recuperação. REFERÊNCIAS HAN, C. M.; HURD, C. D. Diagnóstico por imagem: para a prática veterinária. Tradução Paulo Aléscio Canola. 3. Ed. São Paulo: Roca, 2007. KNELLER, S. K. Metacarpo e metatarso. In: TRALL, D. E. Diagnóstico de radiologia veterinária. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 398-408. MIKAIL, S. C. Avaliação da terapia por laser arsenito de gálio em tendinite de cavalos Puro Sangue Inglês de corrida. 2008. 131 p. Dissertação (Mestre em Medicina Veterinária_ - Universidade de São Paulo: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, 2008. PASIN, M. et al. Caracterização ultra-sonográfica dos tendões flexores em equinos: região metacarpiana. Santa Maria, 2001. SANTOS, A. M. A. Reconstituição tendínea em equinos. 2010. 33 p. Trabalho (Título de Bacharel) – FMU, São Paulo, 2010. STASHAK, T. S. Claudicação em equinos: segundo Adams. Tradução Clarisse Simões Coelho, Melanie Schölzel Marques. 5. ed. São Paulo: Roca, 2006. THOMASSIAN, A. Enfermidade dos cavalos. 4. ed. São Paulo: Livraria Varela, 2005.
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