Buscar

Grupo 6 Transtornos de personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Paulista 
Instituto Ciências da Saúde 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Campus Jundiaí 
 
Cauan Henrique O. Martins RA: B9974H-5 
Cristiane Barbosa RA: D00228-7 
Daniele G. Egydio RA: C95BCH-1 
Lais Gabriele C De Oliveira RA: T3099G-8 
Larissa C. Rocco dos Santos RA: N865JF-5 
Valéria de Sá Souza RA: N836JH-1 
 
 
 
 
 
 
Transtornos de Personalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2017 
Universidade Paulista 
Instituto Ciências da Saúde 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Campus Jundiaí 
 
Cauan Henrique O. Martins RA: B9974H-5 
Cristiane Barbosa RA: D00228-7 
Daniele G. Egydio RA: C95BCH-1 
Lais Gabriele C De Oliveira RA: T3099G-8 
Larissa C. Rocco dos Santos RA: N865JF-5 
Valéria de Sá Souza RA: N836JH-1 
 
 
 
 
 
 
Transtornos de Personalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2017 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Cuidados à pessoa / Família na Saúde Mental e 
Psiquiátrica, do 4º semestre do curso de 
Graduação em Enfermagem da Universidade 
Paulista UNIP – Jundiaí como parte do requisito 
para conclusão de semestre. 
 
Orientadora Prof.ª Márcia Moraes 
 
RESUMO 
 
O transtorno de personalidade é caracterizado pela dificuldade ou 
impossibilidade de se prever um comportamento devido a grandes alterações nos 
traços emocionais e comportamentais, sendo assim diferente do que a maioria da 
população apresenta e dificultando a integração do indivíduo na sociedade e sua 
própria conduta individual. Existem diversos tipos de transtornos de Personalidade, o 
Paranoide, caracterizado pela desconfiança implacável dos outros; O Esquizoide, 
caracterizado pelo retraimento ou afastamento dos contatos sociais afetivos; O 
Antissocial, que apresenta um desprezo em relação as normas e obrigações sociais; 
O Emocionalmente Instável podendo ser do Tipo Impulsivo que tem como 
característica marcante a falta de controle dos impulsos, e o do Tipo Borderline, que 
apresenta falta de controle, impulsividade; Histriônica, caracteriza-se por afetividade 
superficial, dramatizações, egocentrismo e sugestibilidade; Anancástica ou 
Obscessivo-Compulsivo, apresenta como comportamento um sentimento de dúvida; 
Ansiedade que caracteriza-se por sentimentos de tensão, apreensão, insegurança e 
inferioridade, sensibilidade exagerada a críticas e rejeição; E o Dependente, 
caracterizado pela incapacidade de tomar decisões e submissão extrema. Não existe 
uma causa específica para que uma pessoa manifeste o transtorno de personalidade, 
eles podem ser decorrentes da genética, do meio ambiente, da convivência familiar, 
social e cultural, e de alguns estressores presentes no dia-a-dia que acometem 
indivíduos mais vulneráveis. É muito dificultoso identificar se o transtorno se trata de 
alguma causa patológica ou se é um modo diferente do usual de se viver. O tratamento 
é baseado em psicoterapia e tratamento farmacológico com medicamentos 
antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. A enfermagem deve prestar um cuidado 
cauteloso a essas pessoas, fortalecendo nos próprios pacientes a conscientização de 
seu papel no tratamento, trabalhando para garantir a desinstitucionalização, a 
autonomia, o protagonismo do indivíduo e o relacionamento com os demais. Portanto, 
o presente trabalho tem por objetivo descrever de maneira minuciosa à cerca dos 
diversos tipos de transtornos de personalidade, seu tratamento, os cuidados e 
diagnósticos de enfermagem. 
Palavras-chave: Transtorno, personalidade, enfermagem. 
 
 
ABSTRACT 
 
Personality disorder is characterized by difficulty or impossibility to predict a behavior 
due to large vaccines and behavioral, thus different from what the majority of the 
population presents and hinders an individual's integration in society and his own 
individual behavior. There are several types of personality disorders. The Paranoid, 
characterized by the relentless distrust of others; Schizoid, a specialist for the 
recruitment or removal of affective social contacts; Antisocial, which shows a contempt 
in relation as norms and policies; The Emotionally Unstable can be of the Impulsive 
Type that has as a characteristic the lack of control of the impulses, and the Borderline 
Type, which presents lack of control, impulsivity; Histrionic, characterized by superficial 
affectivity, dramatizations, egocentrism and suggestibility; Anancastic or Obsessive-
Compulsive, presents as a behavior a feeling of doubt; Anxiety characterized by 
feelings of tension, apprehension, insecurity and inferiority, exaggerated sensitivity to 
criticism and rejection; And the Dependent, condition for the inability to make decisions 
and extreme submission. There is no specific cause for a person to manifest 
personality disorder, they may be solvents of genetics, the environment, family, social 
and cultural coexistence, and some stressors present in everyday life that affect the 
most vulnerable. It is very difficult to identify if the disorder is a pathological cause or if 
it is a different way than usual to live. Treatment is based on psychotherapy and 
pharmacological treatment with antidepressant, anxiolytic and antipsychotic 
medications. Nursing should take care of these people with caution, strengthening our 
own patients and raising awareness of their unprocessed role, working to ensure a 
deinstitutionalization, autonomy, the protagonism of the individual and relationship with 
others. On the other hand, the present work aims to describe in a detailed way about 
the several types of personality disorders, their treatment, nursing care and diagnoses. 
Key words: Disorder, personality, nursing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 2 
3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 3 
3.1. Transtornos e descrição dos comportamentos ................................. 3 
3.1.1. Paranoide .......................................................................................... 3 
3.1.2. Esquizoide ........................................................................................ 3 
3.1.3. Antissocial ......................................................................................... 3 
3.1.4. Emocionalmente instável .................................................................. 3 
3.1.5. Histriônica ......................................................................................... 4 
3.1.6. Anancástica ou Obsessivo-compulsivo ............................................. 4 
3.1.7. Ansiosa ............................................................................................. 4 
3.1.8. Dependente ...................................................................................... 5 
3.2. Tratamento ........................................................................................ 5 
3.3. Cuidados de enfermagem ................................................................. 5 
3.4. Diagnóstico de enfermagem ............................................................. 6 
3.5. Intervenções de enfermagem ............................................................ 7 
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 9 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Em condições normais, indivíduos manifestam um padrão de comportamento e 
interação emocional com os demais. Esse padrão pode ser previsto, por ser estável, 
e caracteriza a personalidade. 
O transtorno de personalidade (TP) se caracteriza pela dificuldade ou 
impossibilidade de se prever um comportamento devido a grandes alterações nos 
traços emocionais e comportamentais, sendo assim diferente do que a maioria da 
população apresenta e dificultando a integração do indivíduo na sociedade e sua 
própria conduta individual. 
Os comportamentos são desajustados e contínuos, falhando em se enquadrar 
as expectativas sociais. 
Não há causa conhecida para que um indivíduo manifeste algum transtorno de 
personalidade e acredita-se que são desencadeados por uma combinação de 
genética, meio ambiente, convivência familiar, social e cultural. Estressores comuns 
do dia-a-dia podem ser gatilhos para pessoas hereditariamente vulneráveis. 
Há também bastante dificuldade em identificar o que é patológico e o que é 
apenas um modo de ser diferente do usual, o que dificulta bastante os estudos 
epidemiológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. METODOLOGIA 
 
Trata-se de revisão da literatura sobre Transtornos de personalidade. Realizou-
se em outubro/novembro de 2017 uma busca eletrônica nas bases de dados 
disponíveis na internet e a referência orientada pela professora . Foram utilizadas as 
palavras de busca “enfermagem”, “transtorno de personalidade”, “borderline”, 
“bipolar”. A data de publicação não foi considerada e foram utilizados apenas artigos 
do Brasil e em português. 
Foram localizados 17 artigos e conteúdos em sites eletrônicos. Houveram 
informações relevantes encontradas em 5 artigos e 1 livro que foram, portanto, 
incluídos no estudo. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
3. REVISÃO DE LITERATURA 
 
3.1. Transtornos e descrição dos comportamentos 
 
3.1.1. Paranoide 
O Portador do Transtorno de Personalidade Paranoide tem como principal 
característica a desconfiança implacável dos outros, mesmo quando não há nenhuma 
razão para que se possa suspeitar, possui muitas atitudes referentes a si mesmo muito 
exageradas, são pessoas que se autovalorizam, tem reações agressivas decorrentes 
de interpretações erradas de outras pessoas, São geralmente pessoas muito frias e 
distantes. Em suas relações com outras pessoas podem se tornar ciumentas e 
controladoras. Possuem muita dificuldade de relaxar, está sempre de guarda vigiando, 
são hostis, teimosas e argumentativas (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.1.2. Esquizoide 
Apresenta-se como característica marcante deste transtorno o retraimento ou 
afastamento dos contatos sociais afetivos, possuem grandes dificuldades de 
expressarem seus sentimentos, são pessoas frias, distantes de todos inclusive da 
própria família, não reagem quando recebem elogios ou críticas. É um transtorno que 
em geral tem seu início na infância do seu portador (STEFANELLI, FUKUDA, 
ARANTES, 2008). 
 
3.1.3. Antissocial 
Caracteriza se o transtorno de personalidade antissocial pelo grande desprezo 
em relação as normas e obrigações sociais, não se preocupam com as consequências 
de seus atos, está sempre buscando a satisfação imediata, não apresenta 
sensibilidade aos sentimentos das pessoas, não apresenta tolerância nos momentos 
de frustações, está sempre culpando alguém por seus atos. Geralmente devido a 
esses comportamentos levam essas pessoas a se tornarem criminosas 
(STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.1.4. Emocionalmente instável 
A) Tipo impulsivo 
4 
 
Este transtorno tem como característica marcante a falta de controle dos 
impulsos. Não se preocupa com as consequências de seus atos, apresenta quadros 
de instabilidade emocional, pode estar feliz naquele momento em seguida já se 
apresenta entristecido. Tem alto risco de ser uma pessoa violenta, só realiza as tarefas 
quando se oferece uma gratificação por ter feito (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 
2008). 
 
B) Tipo Borderline (limítrofe) 
 O Transtorno de Personalidade Borderline apresenta falta de controle, 
impulsividade, que leva a ter dependências por jogos, gasto de dinheiro 
compulsivamente, consumo exagerado de comida, bebidas alcoólicas e drogas lícitas 
ou não. As relações interpessoais são muito intensas e instáveis. Tem medo de ser 
abandonado pela família e amigos, muitas alterações de humor ao longo do dia 
variando em momentos de muita euforia a momentos com muita tristeza, tendência a 
comportamento auto destrutivo, autoagressão e tentativa de suicídio (STEFANELLI, 
FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.1.5. Histriônica 
Caracteriza-se por afetividade superficial, dramatizações, egocentrismo e 
sugestibilidade. A pessoa não leva em consideração os outros. Tem tendência a ser 
sempre o centro das atenções. Apresenta comportamento sedutor. Em muitos casos 
pode ocorrer tentativa de suicídio (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.1.6. Anancástica ou Obsessivo-compulsivo 
Este tipo de transtorno tem como comportamento um sentimento de dúvida, 
muito perfeccionista está sempre preocupado até com coisas pequenas. É muito 
rígido, tem comportamentos parecidos com o transtorno obsessivo compulsivo 
diferencia-se pelo fato que no TOC há ansiedade vivida pela pessoa para livrar-se dos 
pensamentos intrusivos e de rituais (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.1.7. Ansiosa 
Caracteriza-se por sentimentos de tensão, apreensão, insegurança e 
inferioridade, sensibilidade exagerada a críticas e rejeição. Apresenta dificuldade em 
enfrentar situações do cotidiano. Neste transtorno há um isolamento social com medo 
5 
 
de existir a possibilidade de ser humilhado criticado por algum ato realizado ou de ser 
incapaz de realizar alguma atividade proposta (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 
2008). 
 
3.1.8. Dependente 
Caracteriza-se por incapacidade de tomar decisões e submissão extrema, 
subordinando as necessidades pessoais ás dos outros, dos quais são dependentes. 
Apresenta muito medo de ser abandonado sente-se incompetente, incapaz de realizar 
tarefas (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 
 
3.2. Tratamento 
 
Há dificuldade no tratamento por conta da não aceitação do indivíduo, que 
muitas vezes acredita que não precisa ser tratado por não se enxergar como doente. 
O tratamento é baseado em psicoterapia e tratamento farmacológico, e, 
conforme dito por Stefanelli, Fukuda e Arantes (2008), se faz “de acordo com o tipo 
de TP (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, entre outros). 
Comumente o tratamento é abandonado pelo cliente, sendo um dos motivos a 
dificuldade em criar um vínculo com o terapeuta (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 
2008). 
 
3.3. Cuidados de enfermagem 
 
O cuidado de enfermagem era, em meados do século XIX, baseada na 
disciplina e coerção do indivíduo e na prática dos procedimentos que garantiam as 
medidas de higiene e conforto, medicações e outras intervenções. (PESSOA JÚNIOR 
et al. 2014). 
Vários estudiosos tentaram definir o papel do enfermeiro, mas foi em meados 
de 1960 que o trabalho de Peplau auxiliou nessa definição. Peplau coloca o enfermeiro 
como conselheiro ou terapeuta além das tarefas que já desempenhava e foca na 
necessidade da presença a todo tempo. A questão mais importante pontuada por 
Peplau é o relacionamento interpessoal com o paciente e sua família (STEFANELLI, 
FUKUDA, ARANTES, 2008). 
6 
 
Com a Reforma Psiquiátrica, que ganha força em 1980, o modelo de 
assistência psicossocial passou a ser multiprofissional.O enfermeiro passou a ser 
parte integrante dessa equipe, fortalecendo nos pacientes a conscientização de seu 
papel no tratamento, trabalhando para garantir a desinstitucionalização, a autonomia, 
o protagonismo do indivíduo, o relacionamento entre enfermeiro-paciente e paciente-
sociedade (PESSOA JÚNIOR et al. 2014). 
Terapias diferenciadas também são ministradas pela enfermagem, como a 
musicoterapia, atividades motoras ou ioga, entre outras, que trazem benefícios 
quando ministradas juntamente com o tratamento convencional e podem ser aplicadas 
por enfermeiros capacitados (PESSOA JÚNIOR et al. 2014). 
O Enfermeiro tem o dever de orientar adequadamente. Uma vez que o indivíduo 
portador do transtorno de personalidade provavelmente não procurará ajuda, pois sua 
percepção de mundo é outra, a enfermagem tem que estar preparada para atuar como 
mediadora entre ele e a sociedade (LIMA, OLIVEIRA, FROSSARD, 2012). 
 
3.4. Diagnóstico de enfermagem 
 
Segundo o livro Enfermagem Psiquiátrica em suas dimensões assistenciais, no 
processo de enfermagem, há também o diagnóstico de enfermagem aos clientes com 
transtornos psicóticos, que foram elaborados segundo a North American Nursing 
Diagnosis Association (NANDA). 
Alguns dos diagnósticos são: 
1- Risco de automutilação relacionado à intoxicação por substâncias 
psicoativas e impulsividade, evidenciado por enfrentamento 
inadequado. 
2- Processos familiares interrompidos relacionados ao uso de 
substâncias psicoativas e à falta de habilidades para resolver 
problemas. 
3- Isolamento social relacionado à incapacidade de engajar-se em 
relacionamentos pessoais satisfatórios, valores e comportamentos 
sociais inaceitáveis, recursos pessoais inadequados e interesses 
imaturos. 
4- Processo de pensamento perturbado relacionado à interpretação 
não acurada do ambiente. 
5- Enfrentamento defensivo relacionado à hipersensibilidade ao 
menosprezo ou à crítica e projeção de culpa ou responsabilidade, 
ambos caracterizados pela racionalização de falhas e sentimento 
de superioridade em relação aos outros, às vezes evidenciados 
por risco hostil ou ridicularização dos demais. 
6- Risco de solidão relacionado ao isolamento social. 
7 
 
7- Desesperança relacionada ao isolamento social. 
8- Risco de suicídio relacionado à depressão, quando presente. 
9- Interação social prejudicada em decorrência da interação 
disfuncional com o grupo familiar e social. 
10- Manutenção ineficaz da saúde relacionada à não percepção de si 
mesmo como pessoa com o transtorno de personalidade incapaz 
de controlar-se, identificar ou buscar ajuda para a manutenção da 
saúde. 
11- Não-adesão ao tratamento relacionada à não aceitação da 
necessidade do tratamento decorrente da falta de percepção de 
seu estado de saúde. 
12- Tensão do papel do cuidador (profissional ou familiar) relacionada 
a expectativas não realistas de si mesmo e em relação aos 
membros da equipe; comportamentos inadequados em 
decorrência do comportamento manipulativo e de outros não 
aceitos socialmente. 
13- Percepção sensorial perturbada relacionada principalmente à 
presença marcante do comportamento manipulativo, o qual 
propicia a interpretação ambiental segundo seus desejos em 
detrimento das necessidades do outro. 
14- Enfrentamento ineficaz relacionado ao nível inadequado de 
percepção, de controle e suporte social inapropriado criado pelas 
características dos relacionamentos familiares e sociais 
consequentes à resolução inadequada de problemas, do 
comportamento destrutivo em relação a se e aos outros, das 
mudanças nos padrões habituais e do uso abusivo de substancias 
psicoativas. (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008 apud NANDA, 
2006) 
 
3.5. Intervenções de enfermagem 
 
A Intervenção em um paciente com transtornos ou desordem de personalidade 
é de total importância. O profissional tem que estar ciente que para ter um bom 
relacionamento com o paciente deve sempre ajudar o mesmo a expressar os seus 
sentimentos sem deixar de intervir pelo seu diagnóstico. É importante para o paciente 
não ser julgado pelos seus comportamentos pela equipe de enfermagem, o enfermeiro 
tem que usar muitas vezes a sua personalidade, compreensão e habilidade para se 
desenvolver com o paciente e conforme o paciente vai se expressando o profissional 
deve mostrar interesse e manter a firmeza deixando sempre o paciente se sentir 
seguro e nunca desconfiado durante o tratamento (MARTINS, 1999). 
O mais importante é o apoio, permanecer ao lado do paciente, é necessário 
impor limites, ajudar em suas expressões, o que diminui as suas crises de ansiedades. 
Enfermeiro precisa estimular o paciente a se comunicar, precisa entender os seus 
8 
 
sentimentos e ideias de auto depreciação, é necessário tempo disponível, pois o 
paciente demora para conseguir elaborar respostas. Necessitamos da confiança do 
paciente para poder traçar um plano de cuidados e conseguir uma melhora 
(MARTINS, 1999). 
As metas com esse processo interpessoal em todos os 
serviços de atendimento de saúde mental e psiquiatria são: 
 Educar o cliente e a família sobre promoção, 
manutenção e recuperação de comportamento que 
contribua para o seu funcionamento integrado; 
 Contribuir para melhorar suas habilidades de 
enfrentamento de desafios à saúde mental, sem 
desconsiderar as outras dimensões da pessoa. O 
cliente é sempre visto como uma pessoa, família ou 
comunidade, com seus direitos e deveres em relação 
à sua saúde (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 
2008). 
 
A administração de medicamentos a doentes de transtornos de personalidade 
exige muito cuidados, existem aqueles pacientes que se recusam a tomar 
medicações, outros que fingem aceitar e logo depois jogam fora e tem aqueles que 
acumulam os medicamentos para ingerir tudo de uma vez. Nunca conseguimos saber 
o que o mesmo está pensando, a equipe de enfermagem que faz essas 
administrações precisa ficar bem atenta (POSSI, 2010) 
Na intervenção da enfermagem na urgência, o paciente pode chegar muito 
agitado, agressivo, com desconfiança e angustias. A maioria dessas situações não 
necessita de um tratamento longo, por isso o profissional precisa estar apto a intervir 
e com isso evitar que aconteça uma crise forte (POSSI, 2010). 
É importante para o paciente e o tratamento do mesmo a conversa com o 
enfermeiro. Podemos entender se o paciente está tendo alucinações e delírios, 
sintomas considerados primários, ou pode estar tendo solidão, isolamento social e 
problemas afetivos, que são os sintomas secundários. Conseguimos também levantar 
histórico de saúde do mesmo e da família, pois ajuda com o tratamento saber como o 
paciente com transtorno está se sentindo e agindo. (CANABRAVA, 2012) 
 
 
 
 
 
9 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O T.P (Transtorno de Personalidade) se contradiz, pois, suas patologias e 
diagnósticos são muito discordantes. Conseguimos ter um diagnóstico de 
Enfermagem mais preciso graças aos instrumentos apresentados para nós no dia-a-
dia. 
A aceitação do indivíduo é muito enreda, pois ao olhar dele, está 
completamente saudável, ocasionando a rejeição de fármacos (antidepressivos, 
ansiolíticos, antipsicóticos, etc.) e psicoterapia. 
O que mais dificulta no tratamento é o próprio abandono do paciente, 
dificultando o vínculo entre o profissional da saúde e paciente. A musicoterapia, 
atividades físicas motoras, ioga, etc, convém para o tratamento visando a autonomia 
e integridade do paciente. 
É dever do Enfermeiro (a) orientar e educar, sempre que for necessário, de 
uma forma adequada para que a informação passada transpareçaao educando, e 
que sua informação se prolifere para a população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CANABRAVA, Danielly Souza et al. Diagnóstico e intervenções à pessoa com 
transtorno mental com base na consulta de enfermagem. Cogitare Enfermagem, 
v. 17, n. 4, 2012. Disponível em < http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/30363> 
Acesso em 02/11/2017. 
 
LIMA, Bruno; OLIVEIRA, Edilene; FROSSARD, Leonardo de Souza. Transtornos de 
personalidade anti-social e boderline: diagnósticos e intervenções de 
enfermagem. Webartigos, 2012. Disponível em 
<http://www.webartigos.com/artigos/transtornos-de-personalidade-anti-social-e-
boderline-diagnosticos-e-intervencoes-de-enfermagem/91806/#ixzz4xZzYSd48> 
Acesso em 02/11/2017. 
 
PESSOA JÚNIOR, João Mário, NUNES DE MIRANDA, Francisco Arnoldo, ARAÚJO 
SANTOS, Raionara Cristina, CARVALHO DANTAS, Magnus Kelly, GURGEL COSME 
DO NASCIMENTO, Ellany, Ações e cuidados de enfermagem em saúde mental 
num hospital-dia psiquiátrico: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa 
Cuidado é Fundamental Online 2014, 6 (Abril-Junho) Disponível em 
<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=505750622038> Acesso em 02/11/2017 
 
MARTINS, Luciana Monteiro Mendes. Assistência de enfermagem a pacientes com 
desordem bipolar e sentimentos da estudante de enfermagem: estudo de caso. 
Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 33, n. 4, p. 421-427, 1999. Disponível 
em <http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/478.pdf> Acesso em 02/11/2017 
 
POSSI, Karine Carvalho. A assistência de enfermagem ao paciente portador de 
transtorno de personalidade orgânica nas emergências psiquiátricas e crises 
decorrentes da patologia primária. Psychiatry online Brasil, v. 15, n. 2, 2010. 
Disponível em < http://www.polbr.med.br/ano10/art0210.php#cima> Acesso em 
02/11/2017 
 
11 
 
STEFANELLI, Magda Costa; FUKUDA, Ilza Marlene Kaue; ARANTES, Evalda 
Cançado. Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões assistenciais. Barueri 
(SP): Manoel, 2008.

Outros materiais

Outros materiais