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DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONCRETO IIDISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONCRETO IIDISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONCRETO IIDISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONCRETO II Prof. Sérgio A. de Miranda TEMA 2TEMA 2TEMA 2TEMA 2 CONSOLOS CONSOLOS CONSOLOS CONSOLOS Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 2 I – CONSOLOS (Item 22.5 da NBR 6118:2014 e item 7.3.2 da NBR 9062:2006) Professor: Sérgio A. de Miranda � São elementos usados como suporte para apoio de outras estruturas, como vigas, pontes rolantes, escoramento, substituição de aparelhos de apoio, etc. � São considerados consolos os elementos em balanço nos quais a distância (a) da carga aplicada à face do apoio é menor ou igual à altura útil (d) do consolo (a<d). Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 3 Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos http://premonta.com.br/construindo-com-pilares-de- concreto-pre-moldado/ http://www.archiexpo.com/pt/prod/pujol/product-89366- 915588.html#product-item_915798 4 Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos www.panoplia.net 5 Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 6 Professor: Sérgio A. de Miranda a) Mecanismos de ruína dos consolos Os principais mecanismos de ruína observados em consolos, de acordo com Park e Paulay (1983), são indicados a seguir: a) Por flexão b) Por fendilhamento da biela comprimida (após aparecimento de uma fissura, fendas são formadas) c) Por cisalhamento d) Por falta de ancoragem e) Devido a ação horizontal f) Por esmagamento local Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 7 Professor: Sérgio A. de Miranda b) Comportamento estrutural dos Consolos Estudos experimentais de fotoelasticidade, realizados por FRANZ e NIEDENHOFF (1963), permitem definir e avaliar a distribuição das tensões existente nos consolos. Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 8 Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 9 Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 10 Professor: Sérgio A. de Miranda c) Dimensionamento de consolos: c.1) Hipóteses de cálculo: � Se 0,5 d ≤ a ≤ d (CONSOLO CURTO), o dimensionamento se faz segundo o modelo matemático de uma treliça de duas barras, uma tracionada (tirante) e outra comprimida (biela). Modelo chamado de “bielas e tirantes”. � Se a < 0,5 d (CONSOLO MUITO CURTO), o dimensionamento se faz pelo chamado modelo “atrito-cisalhamento”. � Se a > d, o consolo deve ser tratado como VIGA EM BALANÇO e não mais como consolo. 11 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda c.2) Generalidades: 12 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Alguns aspectos são fundamentais para um comportamento adequado do consolo: a) Ancoragem adequada do tirante, abraçando a biela logo abaixo do aparelho de apoio; b) A taxa de armadura do tirante a ser considerada no cálculo deve ser limitada superiormente, de modo a garantir o escoamento, antes da ruptura do concreto; c) Verificação da resistência à compressão da biela ou do cisalhamento equivalente; d) É fundamental a consideração de forças horizontais no dimensionamento dos consolos e o seu consequente efeito desfavorável (A NBR 9062:2006 apresenta valores mínimos para esses esforços e esses são mostrados no próximo slide). 13 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 14 Professor: Sérgio A. de Miranda Para o dimensionamento dos consolos serão vistos neste curso os modelos de biela e tirantes segundo as referências abaixo: � Curso de Concreto - Volume I – José Carlos Sussekind (baseado na antiga NB-1 e atual NBR 6118:2014) � NBR 9062:2006 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos 15 Professor: Sérgio A. de Miranda c.3) Livro Curso de Concreto – Volume I – José Carlos Sussekind a) Forças de tração (Rsd) e compressão (Rcd) Fd Rsd Rsd Fd Rcd 16 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Rsd Fd Fd 17 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda As = Rsd / fyd At = 0,4 As 18 b) Detalhamento das armaduras Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda19 � Armadura principal (tirante) Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Cuidados com a armadura do tirante (principal): a) Cuidar da ancoragem da armadura do tirante nas duas extremidades, especialmente naquela junto à extremidade do consolo; b) Na extremidade do consolo não pode ser usado gancho no plano vertical, para evitar ruínas por ruptura de canto ou do cobrimento lateral do gancho e sob carga concentrada, deve ser usada uma ancoragem mais eficiente como alças no plano horizontal ou barras transversais soldadas à armadura do tirante; c) Deve ser avaliada considerando-se o mesmo critério para uma viga com base e altura iguais a b e h, respectivamente (“vigas”). 20 Professor: Sérgio A. de Miranda Detalhamento das armaduras segundo NBR 6118:2014: 21 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda • Não é permitido o projeto de consolos curtos ou muito curtos sem armadura de costura; • Os consolos curtos devem ter armadura de costura mínima igual a 40% da armadura do tirante, distribuída na forma de estribos horizontais em uma altura igual a 2/3d. � Armadura de suspensão (estribos verticais) • Quando existir carga indireta, deve-se prever armadura de suspensão para a totalidade da carga aplicada. 22 � Armadura de costura (secundária) Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda No caso de carregamento indireto (carga chegando ao dente através de viga), além da armação do console propriamente dita, dever ser adicionada uma armadura de suspensão: Asusp = Vd / fyd 23 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda � Carga horizontal: No caso de ser aplicada no consolo, além da carga vertical Fd, uma carga horizontal Hd, que tracione seu banzo superior, a armação principal As, deverá ser capaz de absorver, além de Rst esta força Hd, ou seja: Estruturas de Concreto II – Aula 2 – Consolos Rsd 24 Professor: Sérgio A. de Miranda v) Largura (bw): 25 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Rcd Rsd 26 c) Verificação do concreto (bielas) • Determinação da força Rcd Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Força de compressão na biela: Fazendo o equilíbrio de momentos no ponto B, calcula-se o valor da força de compressão atuante na biela de concreto pelas expressões: ∑MB = 0 Rcd . x – Fd . a – Hd . Δd = 0 Rcd = 1/x . (Hd . Δd + a. Fd) onde x é calculado a partir da geometria da treliça, sendo dado pela expressão: 27 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Rcd 28 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Substituindo as expressões anteriores e desprezando o efeito da força horizontal, tem-se a expressão para cálculo da força de compressão na biela: E a tensão de compressão na biela: Professor: Sérgio A. de Miranda σcd σcd 29 Desprezando a contribuição da força horizontal no cálculo da força na biela e substituindo a expressão anterior obtém-se:E essa tensão deverá atender: Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda30 c.4) NBR 9062:2006 a) Modelo de cálculo (bielas e tirantes) Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda b) Hipóteses de cálculo: Mesmas apresentadas anteriormente. c) Detalhamento armação: 31 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda d) Disposições construtivas � h1 ≥ h/2 – a2 � Para distância “a2” ver slide da página anterior e) Armaduras: � Principal (tirante): Para os consolos curtos, com 0,5 ≤ a/d ≤ 1,0, admite-se que a armadura total do tirante seja: 32 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Armadura mínima para armadura principal (tirante): 33 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Diâmetro das barras dos tirantes não deve ser maior que: • 1/8 da menor dimensão do consolo na seção de engastamento ou 25 mm. O espaçamento entre os tirantes não deve maior que: • 15Ø ou d. � Armadura de costura A armadura de costura é obrigatória e considerada adequada quando: Para consolos curtos, com 0,5 < a/d ≤ 1,0, adota-se o seguinte valor de armadura, distribuída em 2/3d, adjacentes ao tirante: (As/S)cost ≥ 0,4 (Asv/d) 34 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda � Seu diâmetro não deve ser maior que: • 1/15 da menor dimensão do consolo no engastamento � E seu espaçamento vertical não deve ser maior que: • 1/5 d; • 20 cm; • Distância a. � Para armadura transversal e de suspensão ver slides anteriores. � Verificação da biela comprimida Para consolos curtos com 0,5 < a/d ≤ 1,0, a tensão de compressão na biela inclinada não pode ultrapassar: 35 Estruturas de Concreto II – Tema 2 – Consolos Professor: Sérgio A. de Miranda Referência bibliográfica: • Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento – NBR 6118: 2014. ABNT, Rio de Janeiro, 2014. • Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Projeto e Execução de estruturas de concreto pré-moldado – NBR 9062: 2006. ABNT, Rio de Já • Sussekind, J.C. – Curso de Concreto Armado – Volume I. 36
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