Direito Empresarial Aula 01 21.01.2017

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo FDS | Disciplina: Direito Empresarial 
Aula: 01 | 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
1. Atividade Empresarial 
2. A Figura Empresário 
3. Empresário Individual 
4. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
5. Estabelecimento 
 
GUIA DE ESTUDO 
 Economia 
 Profissionalismo (Continuação dá atividade) 
1. Atividade Empresarial • Circulação de bens 
 (Art. 966, C.C) Organizada • Prestação de serviços 
 • Atividade de produção 
 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Atividade não é empresarial - Profissional intelectual – salvo se a atividade constituir elemento de 
empresa.” 
 
2. A Figura Empresário (titular da atividade empresarial) 
 
• Individual 
• EIRELI 
• Sociedade Empresária 
 
 
 
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3. Empresário Individual 
 
Pessoa física que decide realizar uma atividade empresarial. (Já o torna empresário). 
O registro é uma obrigação de se registrar. 
O registro deve ser feito na Junta Comercial (Registro Público de Empresas). 
Tem a obrigação de ter o CNPJ. 
Embora ele tenha CNPJ, ele não tem personalidade Jurídica. (Art. 44, C.C) 
O empresário individual é aquele que tem patrimônio. (Bens pessoais + bens empresa). 
Dívidas pessoais, dívidas empresariais, não há separação patrimonial. 
 
Risco integral. 
Assume a responsabilidade ilimitada. 
 
O empresário individual é alguém que pode adotar a MEI. 
MEI – Art. 18-A: Lei Complementar 123/06. (Receita bruta anual de até 81.000,00) 
 
A) Requisitos (Art. 972, C.C) 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade 
civil e não forem legalmente impedidos.” 
 
 • Continuação da atividade empresarial 
A1) CaXpaz • Para continuar depende de autorização judicial. 
 
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Incapaz • Se o juiz autorizar, ele vai nomear um representante ou assistente. 
Art. 974/976, C.C • O incapaz assume o mesmo risco, risco integral, mas alguns bens que não tem 
 relação com a empresa não serão atingidos pelas dívidas empresariais. 
“Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual 
revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.” 
 
Ex.: 
Lista de bens do incapaz 
Carro: não é usado na empresa- será protegido 
Caminhão: é usado na empresa – não será protegido. 
Terreno: não é usado na empresa - será protegido 
Máquinas: é usado na empresa – não será protegido. 
 
A2) Livre de impedimentos 
• Falido 
• Proibição do militar na ativa. 
• Proibição do servidor público federal. 
Se apesar da proibição ele for empresário individual, ele responde pelos atos praticados. (Art. 973, C.C.) 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas.” 
 
4. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Art. 980-A C.F). 
 
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Surgi a partir de uma pessoa física, se ela exercer uma atividade empresarial ela precisa registrar. 
Se a atividade não for empresarial, ele deve ser registrado no cartório de registro civil de pessoas 
jurídicas. 
Se estiver escrito que o patrimônio da EIRELI é insuficiente. 
Desconsideração da personalidade jurídica (para atingir os bens do titular). 
 Bens insuficientes 
Requisitos + 
 Abuso da PJ 
Art. 50, C.C. 
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.” 
 
OBS: 
A desconsideração para o direito do consumidor, para o direito ambiental, direito do trabalho, para 
ocorrer bastará a insuficiência de bens. 
 Precisa de um capital social mínimo de 100 salários mínimos, e esse valor precisa estar 
EIRELI Integralizado. 
 Em dinheiro ou bens. 
 
Origem Registro como EIRELI 
 Transformação 
 LTDA EIRELI 
 
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Administrador – usa nome da empresa, atos de gestão. 
 Titular ou terceiro. 
 
 Firma Social 
 Titular 
O nome empresarial da EIRELI ou 
 Denominação Social 
 Nome inventado 
Acrescenta a EIRELI 
Uma pessoa física deve ser no mínimo uma EIRELI 
Utiliza de forma subsidiária as regras subsidiária Regra de S. LTDA. 
 
5. Estabelecimento (Art. 1.142, ss, C.C.) 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da 
empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” 
É o conjunto de bens que são usados na atividade empresarial. 
 
A) Pode ser objeto unitário de negócio jurídico 
• Arrendamento 
• Usufruto 
• Alienação 
• Trespasse 
 
 
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B) Trespasse • Averbação na Junta Comercial 
B1) Formalidades (Art. 1.144, 1.145 C.C) Eficaz 3ª • Publicação na impressa oficial. 
 Salvo na ME e EPP 
 
 “Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do 
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição 
do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de 
publicado na imprensaoficial. 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento 
destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.” 
 
 
Exceção: 
Art. 71 e 72 Lei Complementar 123/06. 
 
B2) Trespasse – responsabilidade das dívidas contraídas antes do Trespasse. 
• O adquirente responde pelas dívidas contabilizadas. 
• O alienante – solidariamente pelo prazo de 1 ano. (Art. 1.146, C.C). 
 
“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, 
e, quanto aos outros, da data do vencimento.” 
 
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OBS: 
Na sessão de cotas o ex-sócio responde pelas dívidas por dois anos contados da averbação da sua saída. 
 
B3) Não concorrência do alienante. 
Se o contrato for omisso – a Lei estabelece a não concorrência por 5 anos. (Art. 1.147, C.C) 
 
“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.” 
 
B4) No Trespasse é necessário ou não a Concordância dos credores. 
Só é necessário se o alienante não tiver bens suficientes para saldar as dívidas. 
Notificação dos credores para saber se eles concordam ou discordam. 
30 dias (Art. 1.145, C.C). 
 
“Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento 
destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.”